Outros nomes
populares: ibirapitanga, orabutã,
arabutá, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga,
pau-rosado, pau-pernambuco
Características gerais: Árvore de
8-12 m de altura. Consta ter existido no passado exemplares de até 30 m de
altura e diâmetro de 50-70 cm. Um exemplar antigo cultivado no Jardim
Botânico do Rio de Janeiro possui 25 m de altura e 60 cm de diâmetro.
Seus
ramos terminais, folhas e frutos são providos de pequenos espinhos. Suas
folhas são compostas duplamente pinadas (bipinadas) com 5-6 pares de
pinas, cada uma com 6-10 pares de folíolos. Seu tronco é áspero e
descamante através de placas de forma irregular, deixando mostrar por
baixo uma superfície vermelho-alaranjada que contrasta com o restante da
casca de cor cinza.
Este aspecto originou seu nome indígena "ibirapitanga"
com o significado de "madeira cor de brasa". Flores muito perfumadas, de
cor amarela, que permanecem na planta por menos de uma semana. Seus frutos
são vagens totalmente recobertas por espinhos que se formam logo após a
floração e amadurecem deixando cair espontaneamente as sementes em menos
de 50 dias. |
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Origem:
Desde o Ceará até o Rio de Janeiro na floresta pluvial atlântica.
Atualmente sua presença pode ser notada apenas nos estados da Bahia,
Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Utilidades: Sua madeira é muito
dura, pesada, compacta, de grande resistência mecânica e praticamente
incorruptível. Nos tempos coloniais era muito utilizada na construção
civil e naval e para trabalhos de torno, pela coloração
vermelho-laranja-vivo. Era também exportada em grande quantidade para
extração de um princípio colorante denominado "brasileína" muito usado
para tingir tecidos e fabricar tintas de escrever, representando a
primeira grande atividade econômica do país. Sua exploração intensa gerou
muitas riquezas para o reino e caracterizou um período econômico de nossa
história, que estimulou a adoção do nome "Brasil" ao nosso país. Sua
madeira, já muito escassa, é empregada atualmente apenas para a confecção
de arcos de violino, sendo exportada para vários países exclusivamente
para este fim. Á árvore, de qualidades ornamentais notáveis e de grande
importância histórica para o país (símbolo nacional), é amplamente
cultivada em todo o país com fins paisagísticos.
Informações ecológicas: Planta
semidecídua, heliófita ou esciófita, característica da floresta pluvial
atlântica. Ocorre preferencialmente em terrenos mais secos (mata-de-cipó),
inexistindo na cordilheira marítima. É planta típica da floresta primária
densa, sendo rara nas formações secundárias. Sua tolerância ao sol (heliófita),
contudo, é derivado da observação de sua perfeita adaptação ao cultivo em
áreas abertas e não de seu comportamento no habitat natural.
Produção
de mudas: Colher os frutos
diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, geralmente
nos meses de novembro-dezembro. Como este fenômeno é muito rápido (2-3
dias), pode-se recolher as sementes sob a planta-mãe logo após a queda. Se
houver a ocorrência de chuvas as sementes germinam em poucos dias. Um kg
de sementes contém aproximadamente 3.600 unidades. Devem ser semeadas
imediatamente após a coleta, diretamente em embalagens individuais ou em
canteiros semi-sombreados contendo substrato argilo-arenoso. A emergência
ocorre em 7-15 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. As mudas
estarão prontas para o plantio no local definitivo em 3-5 meses, contudo o
desenvolvimento das plantas no campo é um tanto lento, não ultrapassando
2,5 m de altura aos 2 anos.
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