Características morfológicas
- Altura de 15-20 m, com tronco de 50-150 cm de diâmetro. Folhas finamente
coriáceas, glabras, de 6-10 cm de comprimento por 1,5-2,0 cm de largura.
Ocorrência
- Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas submatas dos pinhais e
nas partes mais elevadas da encosta Atlântica. A cidade de Imbuia (SC)
teve seu nome emprestado dessa planta.
Madeira
- Moderadamente pesada (densidade 0,65 g/cm3), dura, de cor muito variada,
superfície irregularmente lustrosa e lisa, medianamente resistente, de
grande durabilidade mesmo em obras expostas.
Utilidade
- A madeira é uma das mais procuradas para confecção de mobiliário de
luxo, principalmente pela sua beleza; muito utilizada também para
construção civil como tacos, esquadrias, lambris, para obras expostas
como dormentes pontes e moirões, para marcenaria de luxo, contraplacados,
laminados e carpintaria. A árvore é bastante ornamental e pode ser usada
com sucesso no paisagismo em geral. Seus frutos são avidamente
procurados por várias espécies de pássaros.
Informações
ecológicas
- Planta semidecídua e heliófita, característica dos pinhais do planalto
meridional e de submatas mais desenvolvidas. É particularmente freqüente
na região sul do Paraná e norte de Santa Catarina. Apresenta
comportamento de planta pioneira, infiltrando-se nas matas mais abertas
e capoeirões.
Fenologia
- Floresce durante os meses de
outubro-novembro. Os frutos amadurecem em janeiro-março.
Obtenção de sementes
- Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda
espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Em seguida despolpá-los
em água corrente e secar as sementes à sombra caso se deseja
armazená-las ou remetê-las para outra região. No caso de plantio
imediato, semear os frutos inteiros como se fossem sementes. Um kg de
sementes contém cerca de 780 unidades.
Produção de mudas
- Colocar as sementes ou frutos para germinação, logo que colhidos, em
canteiros ou embalagens individuais mantido à meia sombra, contendo
substrato organo-argiloso. A emergência inicia-se no 15o-20o dias,
prolongado-se por até 4 meses.
Características Ecológicas:
Secundária tardia ou clímax. Semidecídua, heliófila e relativamente
indiferente à fertilidade do solo, ainda que prefira solos férteis e bem
drenados. Apresenta comportamento de planta secundária, infiltrando-se
em capoeirões e regenerando em clareiras de florestas mais
desenvolvidas. É, possivelmente, a espécie mais longeva da Floresta com
Araucária, podendo ultrapassar os 500 anos de idade, por este motivo é
comum nas florestas clímax. Consta nas listas nacional e estadual de
espécies ameaçadas de extinção.
Ocorrência Natural:
De Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, concentrando-se sobretudo nos três
estados sulinos. Ocorre apenas na Floresta Ombrófila Mista.
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Flores e
Frutos:
As flores são branco-amareladas e pequenas, com o cálice
densamente revestido de pelos dourados, dispostas em cachos
terminais. Os frutos são drupas globosas lisas e lustrosas,
de coloração roxo-escura a vermelho-arroxeada, e cúpula
carnosa em forma de disco, reduzida e de bordos recortados.
A floração ocorre de outubro a novembro e os frutos
amadurecem de janeiro a março. |
Usos:
Árvore ornamental, indicada para o paisagismo de grandes áreas. Seus
frutos são avidamente procurados pela avifauna e suas flores são muito
melíferas. Sua madeira de grande beleza foi muito usada para a confecção
de móveis de luxo, tacos, lambris, laminados, esquadrias, para obras de
entalhe, instrumentos musicais e coronhas de armas de fogo entre outros.
Por destilação se extrai um fixador para perfumaria, considerado
superior ao próprio sândalo.
Aspectos de Cultivo:
As sementes têm baixa viabilidade em armazenamento, não ultrapassando
três meses. A germinação inicia-se entre 20 a 105 dias após a semeadura,
prosseguindo de forma bastante irregular por até 18 meses. Apresenta
poder germinativo variável, em média de 70%. As mudas podem ser
plantadas no campo após cerca de 9 meses e seu desenvolvimento
geralmente é lento.
Bibliografia de apoio:
“Projeto Madeira do Paraná” (TAKAO, RODERJAN & KUNIYOSHI, 1984);
“Árvores Brasileiras, Vol.1” (LORENZI, 1992); “Espécies Arbóreas
Brasileiras, Vol.1” (CARVALHO, 2003); “Arvores do Sul” (BACKES & IRGANG,
2002).
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