Abacate
e folhagem do abacateiro
|
|
|
O abacateiro, cujo fruto é o abacate, também designado como
abacado, loiro-abacate e louro-abacate é uma espécie da
família Lauraceae, de nome científico Persea americana
Mill..
É uma árvore de grande porte, de crescimento rápido,
ultrapassando os 30 metros de altura, nativa da América
Central e México. Possui folhas coriáceas, lanceoladas e
lustrosas e flores pequenas (5 a 10 mm de diâmetro) de um
verde esbranquiçado.
Os frutos são bagas ovóides ou
piriformes (em forma de pera), de casca verde-escuro e polpa
cremosa, adocicada, rica em gordura, de cor verde-clara ou
amarelada, com uma única semente grande esférica, de 3 a 5
cm de diâmetro. Os frutos das plantas selvagens são
pequenos, mas as variedades cultivares apresentam frutos de
dimensão considerável (7 a 20 cm de comprimento e pesam de
100 a 1000 g). Esta planta prefere solos férteis e úmidos, e
clima ameno a quente, de modo que prefere climas tropicais
ou subtropicais.
Uma árvore adulta pode produzir mais de uma centena de
abacates em uma estação, e há sempre o incômodo dos frutos
não colhidos que caem no chão, causando grande sujeira e
fedor. Assim, não é uma árvore recomendada para locais de
grande circulação ou arborização de ruas. Os frutos, apesar
de nutritivos para os humanos, podem ser tóxicos para alguns
animais.
Barlow & Martin (2002) identificam o abacate como um fruto
adaptado para uma relação ecológica com mamíferos de grande
porte, hoje em dia extintos (por exemplo, os herbívoros
gigantes sul americanos, como as preguiças-da-terra e
gonfoterídeos). O seu fruto, com um caroço apenas levemente
tóxico, terá co-evoluído com esses animais já extintos, de
modo a ser disperso depois de ingerido por estes e expulso,
juntamente com as fezes, pronto a germinar. Com o
desaparecimento dos seus parceiros ecológicos, a planta não
terá tido tempo para se adaptar a uma forma de dispersão de
sementes alternativa.
|