Um gás nobre é um membro da família dos gases nobres da
Tabela Periódica. O termo “gás nobre” vem do fato que,
do ponto de vista humano, nobre é aquele que geralmente
evita as pessoas comuns. Do mesmo modo, a característica
destes gases é de não combinarem com os demais elementos.
Estes gases têm uma baixa reactividade e são também
conhecidos por gases inertes (apesar de não serem
inertes porque já foi comprovado que alguns podem
participar de reações químicas). De um modo geral, os
gases nobres tem uma relativa dificuldade de combinação
com outros átomos porque são pouco reactivos.
Os gases nobres formam uma série química. São elementos
químicos do grupo 18 (grupo 0 ou 8A nas tabelas mais
antigas); especificamente são os elementos hélio, neônio,
argônio, criptônio, xenônio, radônio e ununóctio.
Embora existam em quantidades consideráveis na atmosfera
terrestre, não foram descobertos devido à baixa
reatividade que possuem. A primeira evidência da
existência dos gases nobres foi através da descoberta da
existência do hélio no sol, feita por análise
espectrográfica da luz solar. Mais tarde, o hélio foi
isolado da atmosfera terrestre por William Ramsay. Os
gases nobres apresentam forças de atração interatômicas
muito fracas, daí apresentarem baixos pontos de fusão e
ebulição. Por isso, são gasosos nas condições normais,
mesmo aqueles que apresentam átomos mais pesados.
Todos os gases nobres apresentam os orbitais dos níveis
de energia exteriores completos com elétrons, por isso
não formam facilmente compostos químicos. À medida que
os átomos dos gases nobres crescem na extensão da série
tornam-se ligeiramente mais reativos, daí poder-se
induzir o xenônio a formar compostos com o flúor. Em
1962, Neil Bartlett, trabalhando na Universidade de
Columbia, Inglaterra , reagiu o xenônio com o flúor
produzindo os compostos XeF2, XeF4, e XeF6. O radônio
foi combinado com o flúor formando o fluoreto de radônio,
RnF, que brilha intensamente na cor amarelada quando no
estado sólido. Além disso, o criptônio pode ser
combinado com o flúor formando KrF2, o xenônio para
produzir o biatômico de curta-duração Xe2 , e pode-se
reagir gás nobre com outros haletos produzindo, por
exemplo, XeCl usado em lasers. Em 2002, foram
descobertos compostos nos quais o urânio formava
moléculas com argônio, criptônio ou xenônio. Isso sugere
que os gases nobres podem formar compostos com os demais
tipos de metais. O fluoreto de argônio (ArF2) foi
descoberto em 2003 pelo químico suíço Helmut Durrenmatt.
Na tabela periódica, abaixo do radônio, existe um espaço
vazio. Isto significa que, teoricamente, pode existir um
outro gás nobre ainda não descoberto. Este gás nobre
ainda a descobrir tem sido nomeado temporariamente como
Ununoctium.
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