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Ouriço
Preto |
(Chaetomys subspinosus) |
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O ouriço-preto é um roedor da família Erethizontidae, endêmica do leste do
Brasil, mais especificamente nos estados de Sergipe, Bahia, Espírito
Santo e Rio de Janeiro. É semelhante ao ouriço-cacheiro, com pêlos
cerdáceos e cauda não preênsil, de ponta nua. É uma espécie ameaçada de
extinção. Também é conhecido pelo nome de jaú-torino.
Roedor de porte avantajado de coloração geral pardacenta, outrora
abundante. A despeito de suas características externas, questiona-se a
afinidade do ouriço-preto com as espécies de porco-espinho do Novo Mundo
uma vez que apresenta várias características típicas dos
ratos-de-espinho (família Echimyidae). Recentemente, foi sugerido que a
espécie possa não ser porco-espinho verdadeiro, mas um rato-de-espinho
altamente especializado e muito primitivo. Os espinhos diferem dos de
outras espécies de porcos espinhos.
Assemelham-se mais a cerdas do que os espinhos verdadeiros, de onde se
originou um de seus nomes populares "ouriço-do-espinho-mole".
Durante o dia, abriga-se no dossel das árvores ou de palmeiras,
tendo predileção por locais onde bromélias e cipós se apresentam como
verdadeiros emaranhados, denominados de "baceiros" no sul da Bahia. São
animais noturnos, arborícolas e de movimentos lentos quando no chão, o
que os torna bastante vulneráveis. São dóceis e emitem um som rouquenho
quando molestados. Acredita-se que as fêmeas produzem um único filhote. |
Alimentam-se de frutos, incluindo
o cacau, forrageando individualmente. São animais solitários capazes de ocupar
um grande número de habitats. São procurados como alimento em toda sua atual
área de distribuição geográfica.
Ocorrência Geográfica
Ocorrência restrita à região de Floresta Atlântica, distribuição geográfica
provavelmente compreendida desde o norte do estado do Rio de Janeiro até Sergipe.
Pode habitar áreas de mata em diferentes estágios de regeneração, incluindo
restingas, bordas de matas e áreas de cabruca. O ouriço-preto é endêmico da
Floresta Atlântica e ocorre atualmente nos estados da Bahia e Espírito Santo.
Apenas em algumas partes do sul da Bahia, onde a caça de subsistência ainda é
uma ocupação primária, grupos de caçadores desenvolvem técnicas específicas para
a captura do animal.
Categoria/Critério:
Classificada pela IUCN como Vulnerável. Suas populações têm
sido reduzidas sobretudo em função da destruição de seu habitat e da caça
clandestina. A maiores ameaças são os assentamentos humanos e o desmatamento.
População em declínio.
Cientista que descreveu: Olfers, 1818
Observações adicionais: Os porcos-espinhos são também perseguidos na região pela
crença de que seus espinhos causam danos aos cães e outros animais de estimação.
Acredita-se também que os espinhos são entidades vivas e independentes, além de
possuírem propriedades medicinais. É a única espécie do gênero Chaetomys e,
talvez, da subfamília. |
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Erethizontidae
Subfamília: Chaetomyinae |
Género: Chaetomys
Gray, 1843
Espécie: C. subspinosus
Peso: aproximados 2kg.
Comprimento: 69 cm.
Nome binomial
Chaetomys subspinosus |
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