Geram um filhote após cerca de 11 meses de gestação. É mais facilmente
encontrado nas proximidades de ilhas próximas à costa, como a Ilha do Arvoredo,
em Santa Catarina, as Ilhas Vitória e Alcatrazes, assim como a Laje de Santos,
em São Paulo, e ao redor da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Costumam aproveitar
as ondas das embarcações na proa das mesmas. Deslocam-se em grupos grande de até
90 indivíduos.
Famosos pelas piruetas acrobáticas que fazem fora d’água, os
golfinhos-rotadores se distribuem desde as águas do nordeste brasileiro, até o
litoral paranaense. Têm preferência por águas oceânicas e uma das duas
concentrações mundiais da espécie está associada no Arquipélago de Fernando de
Noronha, onde podem ser facilmente observadas ao longo de todos os meses do ano.
Receberam este nome pela característica única de darem saltos girando sobre o
eixo do próprio corpo. Muito provavelmente se utilizam desse comportamento aéreo
para a comunicação entre diferentes indivíduos em uma mesma área. Apresentam um
rostro (bico) longo em comparação com o corpo, como o próprio nome científico
diz (longirostris, que significa rostro longo). Chegam a 2 metros de
comprimento na idade adulta. Alimentam-se principalmente de peixes e de lulas.
Em Fernando de Noronha, afastam-se da ilha ao final da tarde para alimentarem-se
à noite em águas profundas, quando a concentração de lulas na superfície da água
é maior. De dia, descansam nas baías protegidas onde se reproduzem e cuidam de
seus filhotes. Geram um filhote após cerca de 11 meses de gestação. Costumam
acompanhar as embarcações na proa, aproveitando a energia da ondas criadas pela
mesma.
Golfinho-rotador acidentalmente capturado em rede
de pesca em Ubatuba
(Foto: Eduardo Humberto Ditt)
Toninha ou Franciscana -
Ponria
blainvillei
Esta espécie de golfinho tem distribuição restrita às águas
costeiras entre o Espírito Santo e a região da Prata, na Argentina. Tem
coloração marrom-claro e um rostro (bico) relativamente longo quando adultos.
Podem chegar a 1,6 metros na idade adulta. Geram um filhote após cerca de 11
meses de gestação. Alimentam-se principalmente de peixes e de lulas. Têm
preferência por águas mais escuras, provavelmente para fugir de predadores como
os tubarões e as orcas. Curiosidade: é raro se observar a toninha em ambiente
natural. Se você conseguiu observar um exemplar desta espécie, corra para a casa
lotérica mais próxima pois pode ser o seu grande dia de sorte!!! No sul do
Brasil esta espécie encontra-se muito ameaçada pelas capturas acidentais em
operações de pesca. Como o próprio nome já diz, esses pequenos cetáceos não
conseguem perceber a presença de redes de pesca na água e, muitas vezes, se
emaranham nas mesmas e morrem afogados, já que são mamíferos como nós, humanos,
e respiram por pulmões.
Exemplares de Franciscana capturados
em
redes de pesca no sul do Brasil
(Foto: Marcos César de Oliveira Santos)
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