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Belezas e respeito a natureza

Por Nide Lins

Se você responder que não vai a Paripueira, só posso lamentar; ou melhor, não faz mal, pois você é quem vai perder a oportunidade de assistir a um espetáculo natural que só precisa do sol e da maré baixa.

Espere as luas cheias e novas, assim diz o acadêmico de Biologia, Juliano Maurício. Nessas luas as marés são vivas, é como sentir a fertilidade em busca de prazer. Os peixes aparecem para os pescadores, as águas ficam mais dóceis, como se aguardassem as sereias para namorar.

Sendo ou não uma sereia, viaje no catamarã e as vozes surgem com sotaques muito diferentes, "barbaridade, lindo, bonito, pôxa meu, muy lindo".

São as expressões dos turistas paulistas, cariocas, gaúchos e argentinos, ao descobrirem as piscinas naturais Norte e Sul de Paripueira.


Preservação

A piscina já é explorada pelo turismo há cinco anos. E a palavra beleza não abrange a dimensão da piscina, é muito mais que bela, é um museu natural no mar, os corais estão preservados e ninguém pode levar de lembrança.

É proibido, retirar corais, conchas, peixinhos, estrelas do mar. Só é permitido tirar foto e guardar na memória.

Este aviso é dado pelo empresário Wanderley Turatti, do restaurante e náutica Mar & Cia., aos turistas que vão passear nas piscinas. Depois, o guia Juliano, no barco, relembra aos turistas a importância da preservação do meio ambiente e dos seres do mar.

Peixe Jesus

Preservação, esta palavra você encontra no dicionário de Paripueira e nos quadros de avisos. Por isso, a piscina é limpa, águas claras e cristalinas - como mostra a foto acima -, os peixinhos sargentinhos policiando, ou melhor, jogando charme para as crianças e marmanjos no mar.

Surpresa também faz parte do dicionário da Piscina Natural, pois de repente aparecem os peixes agulhinhas prateadas pulando. É um espetáculo! Por isso, os pescadores os chamam de "Peixes Jesus", pois parece que eles caminham sobre o mar.

Mas se você tiver sorte, como o guia Juliano teve, poderá ver o peixe Xaréu pulando em disparada para almoçar as Tainhas. "É muito bonito! Os peixes em cardume aparecem e mergulham rápido", exclama. Já as agulhinhas, tivemos o encanto de ver.

Segundo Armene Warthann, 55, do Projeto Oceanus, ex- paulista, diz que "Deus criou as piscinas de Paripueira quando estava em dia de graça. A piscina é a segunda maior reserva do mundo.

Existem oito espécies de corais endêmicos no mundo e encontramos aqui, neste mar. Sua água é clara como a luz do dia, e morna, além de possuir toda riqueza ecológica".

Então, vamos a Paripueira. Se tiver calma, espere a lua nova ou cheia e mergulhe entre os corais, conchas, peixes e renove o corpo num mar que é uma caixinha de surpresas.
 

O mar de Paripueira é uma calma bacia, formando uma gigantesca piscina salgada, apropriada ao banho dos que não se se aventuram à afoitesa do oceano. Nos períodos apropriados de lua, essa imensa planície de águas se ilumina de fachos e embarcações, na tradicional pesca da agulha, uma das fortes atividades econômicas e lúcidas do lugar.

A cidade está a apenas 27 quilômetros de Maceió e triplica a sua população em finais de semana. Duas fases do ano levam a Paripueira multidões acima da sua capacidade de ocupação: a Festa de Santo Amaro, o Padroeiro, que dura uma semana inteira, e o Carnaval, reconhecidamente um dos mais animados do Estado, com enormes manifestações de rua e um fantástico esbanjamento de alegria e liberdade. Existe no lugar uma boa estrutura de serviços, desde facilidades de de comunicação telefônica à água tratada, muitos bares e algumas pousadas.