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História de São Miguel Arcanjo SP

 

O município de São Miguel Arcanjo pela Lei nº 86 no dia 1º de abril de 1889, é resultado do final feliz de uma luta antiga e árdua de seus moradores de então. Foi conseguida através do Deputado Provincial Campos Salles e a história é esta: São Miguel Arcanjo era já uma pequena cidade – Freguesia, como era chamada, e pertencente à Itapetininga.
Possuía uma praça, a mesma de hoje, com sua pequena Capela cercada de casas já arrumadas, casas estas cobertas de telhas ou de tabuinhas como se usava nesse tempo.
Com estes requisitos a Freguesia já tinha qualificação para tornar-se uma pequena cidade e o Município emancipar-se de Itapetininga. Assim amadureceu nos seus habitantes o desejo de obter a Independência Política de São Miguel Arcanjo e conseguir o seu próprio Governo e suas próprias Leis.
Então, homens decididos e importantes na comunidade como Ernesto Arantes de Noronha, João Alfredo Leme Brisola, José Leme de Moraes Brisola e outros mais, liderados por Manoel Fogaça de Almeida resolveram por em prática os seus projetos.
Temendo, porém o indeferimento da justa reivindicação, Manoel Fogaça de Almeida, pediu ao seu sogro José Leme Brisola, que era advogado, que levasse o requerimento à Câmara de Itapetininga. José Leme Brisola era figura importante na cidade, onde morava e trabalhava; político influente e republicano convicto foi Presidente do Partido Republicano em Itapetininga, tinha ligações com o governo do Estado através do Deputado Provincial Campos Salles e conhecia muito bem São Miguel Arcanjo, onde vinha sempre visitar a filha Francisca Leonel Ferreira Leme Brisola, casada com Manoel Fogaça de Almeida.
Acatando o pedido do genro, José Leme Brisola entregou o requerimento que, no entanto, foi indeferido. A alegação foi a de que Freguesia era um amontoado de casas cobertas de sapé, sem nenhum arruamento.
José Leme Brisola, justamente indignado pelas inverdades das alegações, protestou com veemência dizendo que as razões apresentadas eram falsas e, escudado da sua autoridade moral e sua reconhecida valentia rasgou o requerimento ali mesmo, atirando os pedaços na mesa e deixando os vereadores atônitos. Saiu pisando duro no recinto e nenhum vereador ousou contestá-lo.
Então, ele guiou o genro Manoel Fogaça de Almeida até o Deputado Provincial Campos Salles, graças a quem conseguiu a almejada Emancipação, em 1º de abril de 1889.
Foi eleito o 1º Presidente da Câmara em 30 de outubro de 1889. Jeremias Moreira Branco e José Leme de Morais Brisola foram os vereadores Republicanos da 1ª Câmara, sendo que havia três Monarquistas: Ernesto Arantes de Noronha, Alfredo Olegário dos Santos Terra e João Alves Pereira”.