Em 25 de dezembro de
1597, quando o Capitão-mor de Pernambuco, Manoel
de Mascarenhas Homem, aportou com sua esquadra
na foz do Rio Potengi ele tinha como objetivo
ocupar, em nome de Portugal, uma região então
denominada por corsários franceses e índios
hostis. A primeira providência foi construir uma
fortificação, denominada Forte dos Reis Magos e
entregar o comando das operações terrestres a
Jerônimo de Albuquerque.
A ocupação total somente se deu dois anos depois,
após embates contra os franceses e articulações
com os indígenas. Em 25 de dezembro de 1599,
Jerônimo de Albuquerque, fundou a Cidade de
Santiago, posteriormente rebatizada como Natal.
A coincidência entre as datas do desembarque da
expedição e da fundação da cidade, ambas no dia
25 de dezembro, dia do nascimento de Cristo,
justifica a escolha do nome – Natal.
Corria o ano de
1633, quando Natal foi conquistada pelos
holandeses da Companhia das Índias Ocidentais,
passando a chamar-se Nova Amsterdam. A Cidade
permaneceu com esta denominação, até quando
tropas portuguesas, auxiliadas por brasileiros e
índios aliados expulsaram os invasores e
restauraram o domínio de Portugal na região.
A partir daí, a cidade só cresceu. Natal tem
várias denominações, dentre elas: “Trampolim da
Vitória” – Porque daqui partiam os aviões
americanos para combater o nazi-fascismo na
Europa durante a II Guerra Mundial; também”
Capital Espacial do Brasil “ – Depois da
instalação de uma base de lançamento de sondas
de análises meteorológicas na base de
lançamentos de Barreira do Inferno.
Situada no
Nordeste brasileiro, Natal apesar de
quatrocentona, é uma cidade moderna. Concentrada,
inicialmente, no bairro da Ribeira, com seus
casarios, é separada geograficamente pelo Rio
Potengi, realçando sua beleza, onde de um lado
ficam os bairros de Santos Reis e as Rocas e na
outra margem a praia da Redinha. Ganhou ares de
modernidade quando o arquiteto Giácomo Palumbo
montou um projeto arquitetônico que diferenciou
a cidade das demais capitais nordestinas, com
ruas e largas avenidas, para os bairros do Tirol
e Petrópolis.
Natal tem no turismo sua principal fonte de
renda, chegando a concentrar atualmente 25% de
sua população economicamente ativa como mão-de-obra
trabalhando nessa atividade.
Suas principais
atrações turísticas são as praias de Ponta Negra,
Via Costeira (Onde se concentram os maiores
hotéis instalados na capital), Areia Preta,
Praia dos Artistas, Praia do Meio, Praia do
Forte e a Praia da Redinha. Os monumentos
históricos são o Forte dos Reis Magos, Teatro
Alberto Maranhão, Palácio da Cultura (antiga
sede do Governo Estadual), Palácio Felipe
Camarão (atual sede do Governo Municipal), Solar
Bela Vista, Prédio da Ordem dos Advogados do
Brasil, Instituto Histórico e Geográfico,
Academia Norte-rio-grandense de Letras, Grande
Hotel, Colégio Atheneu Norte-rio-grandense,
Prédio da Associação Comercial, antiga Faculdade
de Direito, Capitania das Artes (antiga
Capitania dos Portos), Farol de Mãe Luiza, Junta
Comercial do Rio Grande do Norte, Estação
Metropolitana de Trens Urbanos, Pedra do Rosário.
Mais Historia
Vista externa do Forte dos Reis Magos, um dos
marcos da cidade. A história da Capitania do Rio
Grande do Norte teve início a partir de 1535 com
a chegada de uma frota comandada por Aires da
Cunha, a serviço do donatário João de Barros e
do Rei de Portugal, e que tinha o objetivo de
colonizar as terras da região.
A tentativa de colonização, porém, era impedida
pela forte resistência dos índios Potiguares e
de piratas franceses traficantes de pau-brasil.
Estava iniciada a trajetória historica da área
situada na esquina da América do Sul.
No dia 25 de dezembro de 1597, sessenta e dois
anos após a frustrada tentativa de Aires da
Cunha, uma esquadra comandada pelo Almirante
Antônio da Costa Valente e integrada por
Francisco de Barros Rego, Manuel Mascarenhas
Homem, Jerônimo de Albuquerque e Santiago (O
Grande), entrava na barra do Rio Potengi.
A primeira providência adotada pelos
expedicionários foi tomar precauções contra os
ataques indígenas e dos corsários franceses.
Doze dias depois da chegada, no dia 6 de janeiro
de 1598, começaram a construção de um forte
sobre os arrecifes situados nas redondezas da
chamada Boca da Barra. A edificação foi chamada
de Fortaleza da Barra do Rio Grande (conhecida
popularmente como Forte dos Reis Magos ou
Fortaleza dos Reis Magos).
Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de
Natal. O forte foi concluído no dia 24 de junho
do mesmo ano e, nas circunvizinhanças, logo se
formou um povoado que, segundo alguns
historiadores, foi chamado de "Cidade dos Reis".
Tempos depois, o povoado mudou de nome passando
a se chamar "Cidade do Natal". Para alguns
escritores, o nome Natal é explicado em duas
versões: a primeira refere-se ao dia em que a
esquadra penetrou na barra do Potenji; a segunda
tem ligação direta com a data da demarcação do
sítio primitivo da cidade, realizada por
Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de
1599.
Com a presença holandesa na região, a vida da
cidade começou a evoluir. Durante o domínio
holandês, a fortaleza que antes era de taipa
passou a ser de alvenaria e a se chamar Forte de
Kenlen. Natal, então, virou Nova Amsterdã no
período de 1633 a 1654.
Casarão de Luís da Câmara Cascudo. Seu
crescimento foi acentuadamente lento nos
primeiros séculos de sua existência. Segundo o
historiador Câmara Cascudo em 31 de dezembro de
1805 Natal tinha apenas 6.393 habitantes. Porém,
no último ano do século XIX, a cidade já possuía
uma população de mais de 16.000 pessoas. Começou
a se desenvolver em ritmo mais acelerado, porém,
somente a partir de 1922. As primeiras
atividades urbanas tiveram início no bairro da
Ribeira, situado na parte baixa da cidade,
próximo à foz do Rio Potenji.
Posteriormente, expandia-se em direção ao
Centro, atual bairro da Cidade Alta. Na década
de quarenta, a deficiente estrutura física da
cidade provocou o adensamento das áreas
urbanizadas, sobrecarregando-as de novos
logradouros, notadamente no bairro do Alecrim.
Pela sua privilegiada posição geográfica
localizada no litoral nordestino, na chamada
esquina do continente ou esquina do atlântico,
foi favorecida pelo advento da Segunda Guerra
Mundial. A cidade cresceu e evoluiu com a
presença de contingentes militares brasileiros e
aliados (particularmente norte-americanos),
consumando-se o seu progresso com a construção
das bases aérea e naval, local de onde as tropas
partiam para o patrulhamento e para a batalha na
defesa do Atlântico Sul, e na realização das
campanhas militares no norte da África; fatos
esses que lhe valeram para a região o apelido de
“Trampolim da Vitória”.
Os americanos mudaram profundamente o modo de
vida em Natal; além de trazer novos produtos,
(Natal foi à primeira cidade brasileira a
conhecer o chiclete e a Coca-Cola) sua visão
democrática e de liberdades teve influências
visíveis até hoje no modo de vida de Natal.
Coluna Capitolina depois disso a cidade não
parou de crescer e, no ano 1999, aniversário de
400 anos da cidade, Natal já estavam com 700 mil
habitantes. Hoje em dia a cidade transita por um
processo para, talvez, tornar-se a próxima
metrópole brasileira.
Das capitais do Nordeste é a cidade em que
residem mais estrangeiros e, no Brasil, perde
apenas para São Paulo, Rio de Janeiro e
Balneário Camboriú (Santa Catarina), com
predomínio dos italianos, portugueses, espanhóis
e chilenos, sendo também muito procurada por
estudantes africanos (geralmente de Angola,
Guiné-Bissau ou Moçambique) e originários de
países europeus (principalmente dos países
escandinavos, especialmente da Islândia, Suécia
e Noruega) para intercâmbio cultural.
Atualmente é uma cidade moderna, que apresenta
os melhores índices socioeconômicos do Nordeste,
uma das menores desigualdades sociais do país e
uma economia moderna e dinâmica. Devido a todos
esses fatores, seus habitantes usufruem de uma
ótima qualidade de vida em uma das capitais que
mais se desenvolve hoje no Brasil.
Mais historia
Tudo começou com as Capitanias Hereditárias
quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530,
dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje
compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a
João de Barros e Aires da Cunha. A primeira
expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois
com o objetivo de colonizar as terras. Antes
disso, os franceses já aportavam por aqui para
contrabandear o pau-brasil. E esse foi o
principal motivo do fracasso da primeira
tentativa de colonização.
Os índios potiguares ajudavam os franceses a
combater os colonizadores, impedindo, a fixação
dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma
nova expedição portuguesa, desta vez comandada
por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque,
chegou para expulsar os franceses e reconquistar
a capitania. Como estratégia de defesa, contra o
ataque dos índios e dos corsários franceses,
doze dias depois os portugueses começam a
construir um forte que foi chamado de Fortaleza
dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos
Santos Reis.
O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de
Samperes. Concluído o forte, logo se formou um
povoado que, segundo alguns historiadores, foi
chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do
Natal. O nome da cidade é explicado em duas
versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou
na barra do Potengi ou a data da demarcação do
sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no
dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do
povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos,
o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e
Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses,
a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100
anos de sua existência, Natal apresentou
crescimento lento. Porém, no final do século
XIX, a cidade já possuía uma população de mais
de 16 mil habitantes.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Natal, pela
Lei Municipal n.º 92, de 30-04-1904.
Elevado à categoria de vila com a denominação
Natal. Sede no atual distrito de Natal.
Instalado em 25-12-1599.
Em divisão administrativa referente ao ano de
1911, o município aparece constituído de 3
distritos: Natal, Cidade Alta e Cidade Nova.
Em divisão administrativa referente ao ano de
1933, o município aparece constituído do
distrito sede. Não figurando os distritos de
Cidade Alta e Cidade Nova.
Assim permanecendo em divisões territoriais
datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pela Lei Estadual n.º 146, de 23-12-1948, é
criado o distrito de Parnamirim e anexado ao
município de Natal.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o
município é constituído de 2 distritos: Natal e
Parnamirim.
Pela Lei Estadual n.º 53, de 21-12-1953, é
criado o distrito de Redinha (ex-povoado) e
anexado ao município de Natal.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o
município é constituído de 3 distritos: Natal,
Parnamirim e Redinha.
Pela Lei Estadual n.º 2.325, de 17-12-1958, é
desmembrado do município de Natal o distrito de
Parnamirim. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído de 2 distritos: Natal e
Redinha.
Pela Lei Estadual n.º 2.987, de 03-12-1963, é
criado o distrito de Igapó e anexado ao
município de Natal.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o
município é constituído de 3 distritos: Natal,
Igapó e Redinha.
Assim permanecendo em divisão territorial datada
de 1-VI-1995.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o
município aparece constituído do distrito sede.
Não figurando os distritos de Igapó e Redinha,
pois os mesmos foram anexados ao distrito sede
de Natal.
Assim permanecendo em divisão territorial datada
de 2007.
Referencias:
Arquivos publicos de Natal
IBGE
Wikipédia
Prefeitura Municipal
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