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  HISTORIA DE BARRA DO PIRAÍ  
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Foram os Tamoios da nação Tupi os primeiro habitantes encontrados no território fluminense. Eles ocupavam mais de dois terços da Capitania Hereditária da Paraíba do Sul doada a Pero Góis da Silveira, na margem do Paraíba em 1540.

Mais tarde a Capitania foi desdobrada em sesmarias sendo a da margem direita do Rio Piraí doada a Antônio Pinto de Miranda e da margem esquerda a Francisco Pernés Lisboa no dia 26 de janeiro de 1761 e 26 de fevereiro de 1765, respectivamente.

A data do início do povoado propriamente dito é a de 1853 quando o Comendador Gonçalves Morais mandou construir uma ponte sobre o Rio Piraí, no mesmo local onde se acha hoje a de cimento.

Na cabeceira da ponte, na margem esquerda o comendador construíra uma casa e cobrava pela passagem de todo veículo, pessoa ou animal que se utilizasse da ponte, para fazer a travessia do rio.

Era uma ponte de madeira com telhas, que foi reconstruída 2 vezes por causa de enchentes no Rio Piraí. O comendador cobrava "sete vinténs" pela travessia, A ultima reconstrução foi em 1882.


Nos dois períodos de interrupção de passagem pela ponte, a travessia era feita no beco do Camarão, hoje local onde está a Ponte Nilo Peçanha, através de uma barca de propriedade de Joaquim dos Santos.


Barra do Piraí era um cidade de Becos: Beco do Camarão, Beco do Alexandre, Beco do Gil etc.Outras obras também foram executadas pelo Comendador e seu filho José Gonçalves de Morais. O Comendador era grande proprietário não só de terras em Barra do Piraí como em Vassouras.

O povoado cresceu pertencendo parte a Piraí a parte a Vassouras.

Os riquíssimos irmãos Faro, José Pereira da Silva Faro e José Pereira de Faro - este Barão de rio Bonito - possuíam as Fazendas Santana, Monte Alegre, São José e Aliança.


Ambos muito contribuíram para a formação do povoado de Sant' Ana, com a primeiras casas que mandaram construir. Sua influência e prestígio foram utilizados na corte para trazer a rede ferroviária para a região.

Havia uma disputa com a também poderosa Família Teixeira Leite de Vassouras que estava utilizando seu prestígio e das famílias Correia e Castro, Avelar, Werneck e Furquim de Almeida, entre outras, junto à Família Real, para que se construísse o ramal ferroviário via Vassouras.

Os Faros tiveram o gosto dessa vitória que trouxe considerável progresso a Barra do Piraí.

Novos estabelecimentos comerciais apareceram e casas de café foram instaladas com as respectivas matrizes no Rio de Janeiro. Casas como as de José Ferreira Cardoso, Guerra & Ribeiro, Barbosa & Cia e outras que muito floresceram nesse período.

Com o aumento da vinda de visitantes e comerciantes à cidade foi construído um hotel junto a ponte com o nome "Hotel Piraí" de propriedade de Francisco Ilhéu.

Em 1860 o Imperador inaugurou a estação de Belém, em 1861 a estação dos Macacos. Mais tarde o Imperador veio inspecionar pessoalmente o Túnel Grande e inaugurar a estação de Rodeio.

Em 1864 foi inaugurado o tráfego regular entre Rodeio e Barra do Piraí. Isso ocorreu com a chegada do primeiro trem de passageiros à Estação de Ferro Central do Brasil - na época denominada Estrada de Ferro D. Pedro II.

A viagem inaugural foi efetuada com a locomotiva Baronesa com a presença da diretoria da estrada.

Barra do Piraí cresceu e se tornou o maior centro comercial da região cafeeira, sendo ponto de escoamento de toda a produção regional , que se estendia de Resende a Três Rios .

Em 1871 foi inaugurada a estação de Vargem Alegre em São Paulo , tornando possível as ligações da estrada também com Minas Gerais e pela sua localização transformando Barra do Piraí no maior entroncamento ferroviário da América do Sul.

Havia um comércio vigoroso com um movimento intenso de tropas, carroças e carros puxados à bois, conduzindo todo tipo de mercadorias e café das fazendas para a estação, com destino à Corte e outros procedendo de cidades e povoados vizinhos atravessando a ponte para continuarem seu caminho até Minas Gerais e Goiás pelas estradas de rodagem.

Havia movimentação também de barcos que navegavam pelo Rio Paraíba e Piraí fazendo transporte entre Resende e Piraí.

Antes da construção do ramal ferroviário de São Paulo, o transporte de café e outras mercadorias, era feito por uma empresa de barcos, cuja navegação no Paraíba alcançava as localidades de Pinheiro, Barra Mansa e as proximidades de Resende.

A Estrada D. Pedro II passa em 1865 a pertencer ao Governo Imperial.

Apesar de todo esse movimento e da prosperidade decorrente do comércio, Barra do Piraí ainda continuava a ser um povoado, não sendo nem distrito, nem curato e sendo administrada por Piraí.

De 1865 a 1879 a cidade progrediu significativamente. Com o aumento de construções civis os impostos prediais pagos a Piraí foram aumentando.
Dessa forma os municípios vizinhos preferiam não facilitar a emancipação do povoado.

Em 1881 foi concluída a Igreja de Sant'Ana cuja construção foi obra do Barão de Rio Bonito. Próximo a nova igreja já havia existido uma Capela de Sant'Ana, cuja pedra fundamental havia sido colocada com a presença de D. Pedro II. Essa capela foi transformada depois em residência.

O jardim que rodeia a igreja foi construído mais tarde pelo Padre Benevides, através de subscrição e colaboração da população local em 1884.

Além da Igreja nesse ano foi o do término da construção da Estrada de Ferro Santa Isabel do Rio Preto, iniciada em 1877. Tinha a extensão de 85 km e ligava Barra de Piraí a Santa Isabel, em Valença.

Barra do Piraí era dividida em duas facções políticas. Os que habitavam o lado esquerdo do Paraíba onde fica a Igreja de Sant'Ana e os do lado direito que possuía a Capela de S. Benedito.

A rivalidade entre os habitantes do lado de Sant'Ana e do de S. Benedito muito prejudicou a evolução da cidade, além de atrapalhar muitas comemorações e festas com ciúmes e pendengas.

A rivalidade só foi terminar por volta de 1910.

Em 1887 uma epidemia de varíola assola a cidade com grande perdas para Barra do Piraí.

Em 19 de fevereiro de 1890 foi criado o município de Barra do Pirai com o território constituído por áreas desmembradas de Pirai , Vassouras e Valença.
A emancipação foi recebida com grande alegria pela população que saiu as ruas para festejar sua nova cidade.

Barra do Piraí foi o primeiro município criado pelo novo regime republicano.

A República foi também recebida com alegria, apesar de monarquistas mais exaltados começarem distúrbios no Hotel da Estação. A polícia local resolveu o caso pedindo um reforço de praças a um batalhão do exército que passava procedente de Minas em direção ao Rio de Janeiro.

A população nessa época era de 4.000 habitantes.

Nos anos seguintes nova epidemia de febre amarela trouxe muitas preocupações à cidade, cujas clínicas trabalhavam com afinco para debelar o mal.

O início do abastecimento de água para a cidade foi em 1895.
Apesar de um desastre ferroviário em 1900, que deixou alguns feridos ,a estrada de ferro funcionava a todo vapor.

A luz elétrica chegou em 1906. Até então a iluminação era feita por lampiões a querosene. Estes eram colocados suspensos em postes de ferro e tinham uma hora legal para serem desligados.

A cidade possuía nessa época sua companhia teatral amadora que realizava freqüentes espetáculos no teatro local. Recebia também atores consagrados e companhias teatrais do Rio de Janeiro.

A cidade foi calçada com paralelepípedos em 1912 com direito a uma remodelação geral na área urbana.

A atividade cafeeira diminuiu com o passar dos anos e as fazendas passaram paulatinamente da agricultura para a pecuária.

O trem continuou a ser um ponto de ligação importante entre aos municípios vizinhos e a capital, até os anos 50, quando por opção do governo estadual e federal, as estradas de rodagem, passaram a ser desenvolvidas.

Muitas das linhas férreas que cruzavam Barra do Piraí foram desativadas e perderam sua importância.

Mais historia

O povoamento de Barra do Piraí teve início em terras de sesmarias doadas em 1761 em quadra, ficavam e 1765 a Antônio Pinto de Miranda e Francisco Pernes Lisboa.

Com área de uma légua situadas nas margens direita e esquerda do rio Piraí, em sua confluência com o Paraíba do Sul. Os primeiros colonizadores foram membros das famílias Faro e Pereira da Silva. Grandes senhores de escravos, dedicaram-se à agricultura e, em pouco tempo, dominaram a região cafeeira, serra acima.

Em 1853 as primitivas sesmarias ficaram interligadas pela ponte que o comendador Gonçalves Morais mandara construir. Perto dela levantou-se o Hotel Piraí, e mais tarde novas edificações. A esse tempo, na margem oposta do Paraíba, os comendadores João Pereira da Silva e José Pereira de Faro, futuro barão do Rio Bonito, erguiam o pequeno povoado de Santana.

O rápido desenvolvimento do lugar, onde se realizavam grandes transações comerciais, propiciou a inauguração de uma estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, a 7 de agosto de 1864. Em seguida iniciou-se a construção dos ramais mineiro e paulista.

Gentílico: barrense

Formação Administrativa

Freguesia criada com a denominação de São Benedito da Barra do Piraí, Pela lei provincial nº 2779, de 03-11-1885, subordinado ao município de Piraí

Elevado a categoria de município em denominação de Barra do Piraí, pelos decretos nºs 50, de 19-02- 1890 e 59, de 10-03-1890, desmembrado dos municípios de Piraí, Vassouras e Valença. Sede na vila de Barra do Piraí. constituído de 5 distritos: Barra do Piraí, Dores do Pirahi , Turvo, Mendes e Vargem Alegre. Instalado em 18-03-1890.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Barra do Piraí é constituído de 5 distritos: Barra do Piraí, Dores do Piraí, Turvo, Mendes e Vargem Alegre.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Barra do Piraí permanece com 5 distritos: Barra do Piraí, Nossa Senhora das Dores do Piraí, São José do Turvo, Mendes e Vargem Alegre.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1936, bem como no quadro anexo ao decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, observando-se apenas que nestas divisões, o distrito de Nossa Senhora das Dores do Piraí passa a denominar-se simplesmente nossa Senhora das Dores.

No quadro fixado pelo decreto-lei nº 641, de 15-12-1938 em vigência no quinquênio de1939-1943; apenas o distrito, que até então era denominado São José do Turvo, passou

a denominar-se simplesmente Turvo, permanecendo os demais distritos com a níma inalterada. O município de Barra do Piraí permanece com 5 distritos: Barra do Piraí, Nossa Senhora das Dores, Turvo, Mendes e Vargem Alegre, e é único termo judiciário da Comarca de Barra do Piraí.

Em virtude do decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, que fixou o quadro da divisão administrativa e judiciária do estado, para vigorar em 1944-1948, o município de Barra do Piraí é constituído de 7 distritos; Barra do Piraí, Conservatória, Ipiabas, Mendes, São José do Turvo, Vargem Alegre e Dorândia (ex- Nossa Senhora das Dores), e constitui o único termo judiciário da Comarca de Barra do Piraí.

No quadro fixado, pelo referido decreto-lei nº 1056, por ato das disposições constitucionais transitórias deste estado, promulgado em 20-06-1947, fica transferido do município de Barra do Piraí, para o município de Valença, o distrito de Conservatória.

Disposições estas que alteram a divisão administrativa e judiciária que foi fixado para vigorar em 1944-1948 e é termo da Comarca de Barra do Piraí Pela lei estadual nº 1559, 11-07-1952, desmembra do município de Barra do Piraí, o distrito de Mendes.

Elevado a categoria de município. Em divisão territorial datada de l-Vll-1960, o município de Barra do Piraí, figura com 5 distritos: Barra do Piraí, Dorilândia, Ipiabas, São José do Turvo e Vargem Alegre. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Referencias:

IBGE

Prefeitura Municipal Piraí

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