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  HISTORIA DO PARÁ  
   

De volta ao navio, logo começámos a dissecar o tema "Estado do Pará". Depois de efectuado o sorteio dos oradores, calhou à Marisa Cajado começar a falar sobre:


                    Estado do Pará
         

"A ocupação do delta amazónico foi iniciada por ingleses e holandeses. Penetrando pelo Amazonas e montaram feitorias e pequenos estabelecimentos fortificados até às cercanias do Rio Tapajós. No Xingu e nos estreitos estavam os principais estabelecimentos.

A presença dos portugueses no Pará, deu-se no século XVll. Em Janeiro de 1616, o capitão português, Francisco Caldeira de Castelo Branco iniciou a ocupação da terra, fundado o Forte Presépio, núcleo da futura cidade de Belém.

 

A fixação portuguesa foi efectivada com as missões religiosas e as bandeiras, que ligavam o Forte do Presépio a São Luís do Maranhão, por terra e subiram o Rio Amazonas".
         
          Quando esta oradora terminou, a Marcia Smith já estava preparada para entrar (falar):

"As dificuldades enfrentadas pelos portugueses, foram enormes. Além da natureza hostil, tiveram que lutar contra os núcleos europeus já instalados na região, além de enfrentar a oposição guerreira dos índios. Em 1637, uma expedição comandada por Pedro Teixeira partiu de Belém e, subindo os Rios Amazonas e Napo, chegou a Quito, no Equador. Ao voltar a Belém, tomou posse, em nome de Portugal, de todas as terras que se estendiam da margem esquerda do Rio Napo até ao Oceano Atlântico, ou seja, quase toda a Amazónia.

Nas décadas seguintes, foram explorados os principais afluentes do Amazonas. Teve início a procura das chamadas "drogas do sertão", como a canela, a baunilha, o cravo, o urucu e o cacau. Sertanistas, religiosos, tropas de resgate, tropas de guerra, contratadas para vencer a resistência dos índios ou escravizá-los, subiam e desciam rios, montando feitorias, explorando a floresta, pescando, estabelecendo portanto, os fundamentos para uma ocupação efectiva".
         
          A seguinte foi a Malou, que começou a falar com um pincel na mão e houve logo quem perguntasse se ela ia falar de batuta !:
         
          "Para esta ocupação, contribuiu a presença de casais açorianos e degredados portugueses. A capitania paraense estava integrada no Estado do Maranhão e Grão-Pará, criado em 1621, mas de 1751 em diante, passou para a capitania do Grão-Pará e Maranhão, passando Belém a sede do governo. Em 1755, foi fundada a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, que deu início a uma época de maios prosperidade para o Pará, com organização de lavouras de café, arroz, tabaco, cana-de-açúcar, cacau e algodão. A partir dessa época, surgiram fazendas de gado em Marajó e nas margens do Amazonas".
         
          A Henriette, sempre preocupada com os fundos de maneio, arranjou um momento para a dissertação:
         
          "Em 1775, Pará e Maranhão foram definitivamente separados. Em 1821, o sentimento nacionalista e ideias antilusitanas levaram os paraenses a apoiar o movimento liberal do Porto, que extinguiu o poder absoluto do rei. Houve lutas políticas e de rua, apaziguadas quando a junta do Governo local foi substituída por outra, sob a presidência do bispo Romualdo António de Seixas, favorável à independência do Brasil. Todavia, essa junta do dissolvida após a declaração da Independência do Brasil e os novos governantes eram contra a independência. Um expedição enviada por D. Pedro l, do Brasil (4º de Portugal), comandada pelo capitão John Pascoe Grenfell, chegou a Belém em Agosto de 1823 e dominou os dissidentes, forçando-os a apoiar o Imperador. As agitações, porém, continuaram".
         
          A professora Gislaine, sempre preocupada com o seu grande hobby, a pesca, interrompeu o banho à isca, e veio dar o seu depoimento:
         
          "Em 1833, o movimento popular conhecido como Cabanagem irrompeu no Pará. A partir de 1835, as lutas intensificaram-se e os cabanos conseguiram dominar a província. Sufocado em 1840, o levante causou a morte de cerca de 30 mil pessoas e paralisou a economia do Pará. Somente no final de século XlX haveria recuperação, com a alta dos preços mundiais da borracha e a chegada de imigrantes nordestinos. Esse período de desenvolvimento coincidiu com os primeiros tempos da República. Todavia, na década de 1910, surgiram na Ásia plantações de seringueira com métodos de produção mais rentáveis".
         
          Foi a vez da descontraída e sempre alegre, Flóra Cavalcanti:
         
          "O relevo geográfico paraense divide-se em três grandes planos: Planície Amazónica, Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro. A Planície Amazónica é composta pela várzea e pela terra firme. A primeira estende-se ao longo do Rio Amazonas e nas suas partes mais baixas é inundada na época das cheias; a segunda é mais elevada, com altitude média de 100 metros, e forma duas faixas paralelas ao Norte e ao Sul a várzea, sendo constituída por terrenos arenosos. O Planalto das Guianas, ao norte da Planície, apresenta elevação das altitudes em direcção ao norte, até à serra de Acari, onde atinge  o seu ponto mais alto, 906 metros.
         
          Por fim, calhou à Arneyde falar. E ela que estava ansiosa ... :
         
          "O Planalto Brasileiro estende-se ao sul da Planície, com uma superfície ondulada onde as altitudes não ultrapassam os 500 metros. O principal rio paraense é o Amazonas, que no Estado tem como principais afluentes o Jari, o Paru, o Trombetas e o Nhamundá, pela margem esquerda; e o Xingu e o Tapajós, pela margem direita. Também são importantes o rio Gurupi, na fronteira com o Maranhão, e o Araguaia, na fronteira com Goiás.

A maior ilha brasileira, Marajó, fica no Pará, entre a foz do Rio Amazonas e o Oceano Atlântico. Cerca de 85% da superfície do Estado do Pará, são ocupados pela floresta amazónica. A parte restante, cabe aos campos e campos cerrados. Os primeiros ocorrem na várzea e na ilha de Marajó, enquanto os campos cerrados formam pequenas manchas a norte de Óbidos e Monte Alegre, e ainda no médio vale do Rio Trompetas".
         
          Mais uma vez, a nossa querida Maria Nascimento nos surpreendeu com outro belíssimo trabalho sobre o Estado do Pará. Todos ficaram absortos da sua bela voz e do seu belo trabalho:
         
          PARÁ ( o Estado  ) – (Trabalho da Drª Maria Nascimento)
          Para que todos os integrantes da comitiva conheçam um pouquinho  melhor  o Estado do Pará, necessário se faz que, inicialmente, prestemos algumas informações sobre o referido Estado.
          O Pará, cuja capital  é  Belém, ocupa cerca de 15%  de todo o território nacional e é o segundo maior Estado da federação  em extensão territorial.  Está localizado no Norte do Brasil  e se situa entre  a Guiana e o Suriname, ao norte; o Amapá e o Oceano Atlântico, a nordeste;  o Maranhão, a leste; Goiás, a sudeste; Mato Grosso,  ao sul  e  Amazonas  e  Roraima, a oeste  e sua área é  de 1.248.042km2.


          Duas das  mais importantes obras  construídas pela engenharia brasileira  estão localizadas no PARÁ, ambas cortadas pelo Tocantins e o Araguaia que são : A Hidrelétrica de Tucuruí e a exploração  mineral da Serra  dos  Carajás.
          Suas cidades mais importantes são :  Belém (capital),  Santarém,  Castanhal, Abaetetuba, Altamira, Marabá, Faro, Óbidos, Bragança, Cametá, Vigia, onde se realizou o primeiro Círio de Nazaré, Capanema, Serra  dos  Carajás, Salva terra, Soure,  Igarapé, Tucuruí, Conceição do Araguaia, Marajó, a maior ilha fluviomarítima do mundo, Barcarena etc.


          No  Pará  encontram-se outras cidades, tais como :  Acará, Afuá,  Alenquer, Igarapé-Açu,  Itaituba,  Moju,  Monte Dourado,   Novo Repartimento,  Ponta  de  Pedras,  Redenção,  Rondon  do  Pará,  Salinópolis,  Tucumã.
          Tecendo alguns comentários  sobre as  regiões do Pará, registramos que :
          Barcarena  :  A praia do Ciripy, de água doce  e extensos coqueirais, é a principal atração deste município, tem acesso rodo fluvial  e fica a 50 km de Belém.


          Marapanim :  Aqui o turista conhece o autêntico carimbó, nas festas  de São Benedito, em dezembro. É a primeira praia de nudismo  do norte do Brasil.. Acesso : rodoviário. 150 km  de  Belém.
          Bragança : É o lugar mais apropriado para o turista dançar  a Marujada  e depois se refrescar  numa das mais bonitas praias  oceânicas, a  Ajuruteua.  Acesso : rodoviário. 210 km de Belém.
          Vigia : Em novembro acontece o Festival  da  Gurijuba, peixe típico e delicioso da região. Acesso : rodoviário.  77 km  de  Belém.
          Santarém :  É a " Pérola  do  Tapajós " e a segunda maior cidade do estado. É nela que  se verifica o encontro das águas límpidas do rio Tapajós e as águas barrentas  do Amazonas. As águas não se misturam.  Alter  do  Chão, vila tranqüila enfeitada por uma praia deslumbrante, acalentada pelas águas azuis  do Tapajós.


          Oriximiná :  Fica às margens do rio Trombetas, um dos mais belos tributários  do rio Amazonas, onde há uma infinidade de cachoeiras, reservas florestais e biológicas. Sua população é se constitui de nativos indígenas, descendentes de escravos africanos ( quilombolas ) e de europeus.  Acesso : Aéreo e fluvial.  819 km de Belém em linha reta.


          Óbidos : Em frente à cidade, o rio Amazonas tem apenas um quilômetro de largura  e mais de 80m de profundidade. É igual a um prédio de 30 andares. Cidade histórica, berço do escritor  Inglês de Souza. Uma das visitas mais importantes  é a serra da Escama com suas  incontáveis e indescritíveis cavernas.  Acesso : aéreo e fluvial. Fica a 779 km de Belém  em linha reta.
          Monte Alegre :  Contém grutas, cavernas, sítios arqueológicos e as fontes de águas sulfurosas que fazem parte da paisagem da cidade. Acesso : aéreo e fluvial.  Fica a 623 km de
          Belém.
          Alenquer  :  Visite a Morada dos Deuses :  concentração de rochas em calcário forma inúmeros córregos de água cristalina.  Acesso : aéreo e fluvial.  A  701 km de Belém.


          Tucuruí  :  Nos lagos da hidrelétrica  de  Tucuruí, acontece o Festival do Tucunaré, no mês de agosto,  com torneio de pesca, que atrai turistas até de outros países.  Acesso : aéreo, rodoviário e fluvial.   Dista 385 km de Belém.
          Marabá  :  Aqui acontece outro magnífico encontro das águas dos rios Tocantins e Itacaiúnas.  O turista  não pode deixar de conhecer a Casa de Cultura Antônio   Morbach  e as bonitas  praias do Tucunaré  e de São Félix.  Acesso : aéreo e rodoviário.  Fica  a  500 km de Belém.


          Conceição  do  Araguaia  :  É reconhecida pela Embratur  como área e local de interesse turístico devido à sua beleza nativa e suas paradisíacas ilhas , praias e corredeiras.


          Acesso :  aéreo e rodoviário. Está a cerca de 1.000 km  de  Belém.
          Altamira  :  Bem no coração do Pará,  às margens do misterioso rio  Xingu, está cercada  por densa floresta, com igarapés e rios cheios de espécies  cobiçadas pelos pescadores  esportivos.  No município, há dezenas de reservas indígenas.  Acesso : aéreo e fluvial.  Encontra-se a  512 km  de Belém, em linha reta.


          Marajó  :  É a maior ilha fluviomarítima do mundo. Nela encontramos uma infinidade de búfalos,  praias, mangues, igarapés,  muito carimbó e, freqüentemente acontece aqui o fenômeno da pororoca. Visitando  Marajó, o turista pode conhecer ainda  estas cidades :
          Soure , onde se destacam as praias, como a do Pesqueiro e os campos de criação de búfalos e cavalos da raça marajoara.  Acesso : fluvial. Está a 87 km de Belém.


          Salvaterra  :  Local da praia de Joanes.   No mês de julho se realiza o Festival do Abacaxi.  Acesso : rodofluvial, fluvial e aéreo.  Fica a 83 km de Belém.
          Seus Rios mais importantes são : Rio  Amazonas, Xingu, Trombetas,  Araguaia, Tapajós, São Benedito e Rio Pará. Há também outros Rios, como : o Mapuera, o Caruá, o Capim, Rio Fresco,  Paru, Maicaru, Teles,  Rio Gurupi, Arapiranga,  Arataú,  Guamá, do Leão etc.


          Suas principais Ilhas são : Ilha do Marajó,  de Mosqueiro,  do Outeiro,  de Cotijuba, Mexiana , Ilha Grande etc.  
          O Pará é dotado de um grande número de cachoeiras e entre elas estão :Cachoeira Grande, Tucunaré, Maranhão, da Bateria, do Tubarão, das Guaribas, Bacuri, Araras, Cantagalo, Ubá, do Chacorão,  da Liberdade  etc.


          Principais Serras do Pará : Serra  dos  Carajás,  Serra  dos  Gradaús,  do  Cachimbo, da Seringas etc.
          Bibliografia :Este  trabalho  foi realizado com  base nas  informações  contidas  no  folheto " PARÁ, a  obra - prima da  AMAZÔNIA ", da  PARATUR – Companhia  Paraense  de  Turismo".
          Maria  Nascimento  Santos  Carvalho
         
          Hino do Pará

Segundo alguns pesquisadores, o Hino ao Pará surgiu em época anterior ao ano de 1915 e não tinha caráter ou sentido oficial, desconhecendo-se qualquer ato que tenha oficializado naquela oportunidade.

Cantado pelos alunos do "Colégio Progresso Paraense", foi publicado em 1895, na página 5 dos "Annaes do Colégio Progresso Paraense", edição comemorativa do tricentenário da fundação de Belém.

O referido Hino se tornou oficial com o nome de "Hino do Pará" através da Emenda Constitucional nº 1, de 29 de outubro de 1969.

LETRA: ARTHUR PORTO
MÚSICA: NICOLINO MILANO
ADAPTAÇÃO E ARRANJO: GAMA MALCHER

Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador !
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!

          Estribilho

          Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
          De um colosso, tão belo, e tão forte;
          Juncaremos de flores teu trilho,
          Do Brasil, sentinela do Norte.
          E a deixar de manter esse brilho,
          Preferimos, mil vezes, a morte!

Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã !

          Autores

O professor dr. Arthur Teódulo Santos Porto foi autor da letra do "Hino ao Pará". Ele era conhecido intelectual e educador, fundador do "Colégio Progresso Paraense", nascido em Pernambuco em 1886 e falecido em Belém-PA em 1938.

Embora atribuída a Gama Malcher, professor de canto coral daquele colégio, a autoria da música é na realidade de Nicolino Milano, violonista, compositor e regente brasileiro, nascido em Lorena-SP, no ano de 1876 e falecido no Rio de Janeiro em 1931. O Maestro Gama Malcher foi o autor da adaptação e do arranjo musical para canto coral.
         
Simbolismo

A letra deste Hino é um verdadeiro poema de exaltação ao Pará. Ela fala da beleza natural do Estado, da exuberância de suas matas e flores, dos seus rios, do heroísmo do seu povo e traz uma mensagem de otimismo e esperança para o futuro.
         
          Bandeira do Pará
          A bandeira do Estado do Pará foi aprovada pela Câmara Estadual em 03 de junho de 1890, por proposta apresentada pelo deputado Higino Amanajás. Na verdade, antes mesmo de ser oficializada como símbolo do Estado, representava o Clube Republicano Paraense. Por isso, tremulou, pela primeira vez, por ocasião da adesão do Pará à República do Brasil, em 16 de novembro de 1889. Alguns meses depois, mais exatamente no dia 10 de abril de 1890, o Conselho Municipal, por proposição do seu presidente, Artur Índio do Brasil, aprovou projeto fazendo do distintivo do Clube, a bandeira do município de Belém.


          O decreto que finalmente transformou a bandeira municipal em bandeira do Estado, manteve os mesmos simbolismos, e teve o seguinte teor:
          "O Congresso Legislativo do Estado do Pará decreta:
          Art. 1º - Fica considerada como Bandeira do Estado do Pará a que servia de distintivo ao Clube Republicano Paraense, antes da proclamação da República, e que em sessão de 10 de abril de 1890 foi adotada como Bandeira do Município.
          Art. 2º - Renovam-se as disposições em contrário"


Simbolismo

A faixa branca é a faixa planetária e representa o Zodíaco "projetada como um espelho horizontal". Lembra o equador e o gigantesco Rio da Amazônia.

A estrela pertence à constelação da Virgem e é de primeira grandeza. Chama-se Spica e simboliza o destaque do Pará na linha equatorial, visto que, na Bandeira Nacional, o Pará goza de situação privilegiada sobre a faixa "Ordem e Progresso".

O vermelho é a força do sangue paraense, que corre nas veias como um verdadeiro espírito de luta harmonizada, dando provas da dedicação dos patriotas nas causas da adesão do Pará à Independência e à República, realizadas em 15 de agosto de 1823 e 16 de novembro de 1889, respectivamente.

A autoria da bandeira é atribuída ao republicano Philadelfo Condurú.
         
       Brasão do Estado do Pará

O Brasão de Armas do Estado do Pará foi criado em 9 de novembro de 1903, cuja lei foi sancionada pelo governador Augusto Montenegro. É a Lei nº 912, que determina a criação de um Escudo d'Armas para o Estado.


          Tem a seguinte redação:
          "O Congresso Legislativo do Estado decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1º - Fica criado um Escudo d'Armas para este Estado.
Parágrafo Único - O Escudo será vermelho, cortado por uma faixa oblíqua branca da esquerda para direita, com inclinação de 45º, tendo a mesma faixa ao centro uma estrela azul. Este Escudo avulta sobre outro, recortado nas extremidades de fundo róseo, encimando-o duas volutas ligadas a um pedestal, sobre o qual se vê uma altiva águia guianense prestes a alçar vôo.
         

No último plano por trás da águia, destaca-se o sol nascente. À base do escudo maior cruzam-se dois virentes ramos, um de seringueira e outro de cacaueiro. O primeiro acompanhando à esquerda os recortes do referido escudo e o segundo erguendo-se para a direita, entrelaçando com uma fita amarela, que se alonga até a parte superior do escudo sobre o qual se lê: "Sub lege progrediamur - Estado do Pará".

Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário".
O Secretário de Justiça Interior e Inscrição Pública assim a faça executar.
Palácio do Governo do Estado do Pará, aos nove dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e três - décimo quinto da República.
         
          Autores

O arquiteto José Castro Figueiredo foi o autor do desenho e o historiador e geógrafo Henrique Santa Rosa fez a sugestão dos motivos para sua confecção.
         
          Simbolismo
          O vermelho e o róseo representam as cores republicanas.
          Os ramos de seringueira e cacaueiro representam
          a riqueza exponencial da época.
          A águia guianense representa a altivez,
          nobreza e realeza do povo paraense.
          A faixa branca corresponde à linha imaginária
          do Estado do Pará ao extremo Sul.
          A estrela solitária representa o Pará
          como unidade da República Federativa Brasileira.
          A inscrição latina Sub lege progrediamur,
          traduzida para o português, significa: "Sob a lei progredimos".
         
          Neste textos falámos de:
         

Francisco Caldeira de Castelo Branco

Capitão-mor português. Governou o Rio Grande do Norte, entre 1613 e 1615. Neste último ano, auxiliou Jerónimo de Albuquerque na luta contra os holandeses, no Maranhão. Ergueu o Forte do Presépio e a vila de Nossa Senhora de Belém, quando em 1616 fundou a capitania do Pará. Governou esta até 1618, quando foi deposto, alegadamente por irregularidades. Morreu na prisão, em Portugal, em 1619.

Pedro Teixeira

Em 1637, o Capitão Pedro Teixeira, a frente de um expedição cujo efectivo chegava a cerca de 2.500 pessoas, lançou-se para Oeste, contra a correnteza, pela calha do rio Amazonas, com a finalidade de reconhecer e explorar a região e colocar marcos de ocupação portugueses, até aonde pudesse chegar. E assim foi feito. Valendo-se do conhecimento e da adaptação à selva de mais de um milhar de índios, levou a cabo sua penosa missão, tendo chegado a Quito, na América Espanhola.

Tal empreitada, que durou cerca de 2 anos, constitui feito memorável e de suma importância para o reconhecimento, com base no "Uti-possidetis", da presença portuguesa na Amazónia. Apresentando-se a 25 de julho de 1637, em Belém, com todos os seus oficiais, inicia Pedro Teixeira seu admirável cometimento, saindo de Cametá, águas arriba do rio mar, a 28 de outubro, com 45 canoas, nas quais fez embarcar 70 soldados, mil índios de flecha e remo, nove oficiais, dois sargentos, um almoxarife, e um escrivão de viagem. Atingindo seu objectivo em setembro de 1638, põe-se Pedro Teixeira a caminho de regresso, em fevereiro de 1639; tomando posse a 16 de março, na barra do Aguarico, para a Coroa de Portugal das terras que para o ocidente se estendiam até beira mar, alargando assim os domínios coloniais de sua pátria.

John Pascoe Grenfell

Para submeter os revoltosos do Pará foi enviado o mercenário John Grenfell, sob o comando de Cochrane, no reinado de D. Pedro l (1º Imperador do Brasil). Nessa província, a repressão imperial foi a mais cruel e desumana que se tem notícia. Indistintamente, os paraenses (revoltosos ou não) foram perseguidos por não aceitarem as ordens de Grenfell, resultando na chacina de 1.300 pessoas, das quais 249 morreram corroídas e dilaceradas pela acção cáustica de cal virgem lançada no porão do navio onde se encontravam aprisionadas. Os autores foram punidos exemplarmente. Grenfell continuou prestando "bons serviços" ao Brasil e Cochrane recebeu os títulos de Marquês e Primeiro Almirante da Marinha Brasileira.

Alexandre Rodrigues Ferreira

O primeiro naturalista brasileiro a viajar pela Amazónia e relatar suas observações, foi escolhido pelo Instituto Pau Brasil de História Natural como seu patrono. O texto que se segue foi retirado do artigo da Revista Ciência Hoje vol. 2 no. 10 "A Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira", esplendidamente escrito pelo Prof. José Cândido de Melo Carvalho do Museu Nacional do Rio de Janeiro.


Alexandre Rodrigues Ferreira nasceu na Bahia em 27 de abril de 1756, e após receber as primeiras ordens eclesiásticas em 1768 foi enviado a Portugal pelo pai, não para continuar seus estudos canónicos, mas para cursar ciências jurídicas. Matriculado na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, transfere-se em 1774 para a Faculdade de Filosofia Natural, vindo a doutorar-se em 10 de janeiro de 1779. Seu mestre foi Domingos Vandelli, médico e professor de química em Pádua, contratado pelo governo português para leccionar ciências naturais em Coimbra, onde fundou o Museu de História Natural e o Jardim Botânico da universidade.


O interesse e a dedicação de Rodrigues Ferreira (que se assinava Roiz Ferreira) fizeram com que Vandelli o convidasse para assistente gratuito do Museu de Ajuda, em Lisboa. Nessa época, o então ministro da Marinha e dos Negócios Ultramarinos, Martinho de Melo e Castro, considerado patrono das ciências e grande interessado nos territórios de além-mar, decidiu promover expedições às colónias e autorizou Vandelli a indicar pessoas para esse mister. A decisão de promover a viagem filosófica ao Brasil e a escolha de Rodrigues Ferreira para empreendê-la datam de 1782.


A formação do naturalista talvez reflectisse, juntamente com a de seus colegas que seguiam para outras colônias, as idéias do reitor brasileiro Francisco de Lemos Faria Pereira Coutinho, que coordenara uma profunda reforma da Universidade de Coimbra por determinação do marquês de Pombal, durante o reinado de Dom José I (1750-1777): "A faculdade de pensar é livre no homem, por isso não deve ter outros limites que não sejam os da razão e da religião".


A formação universitária de Rodrigues Ferreira pode ser entendida conforme ele próprio expressou em um de seus manuscritos: "A mim nenhum obséquio faz a filosofia, quem a estuda por deleitável (...) o grau de aplicação que merece uma ciência mede-se pela sua utilidade". Talvez tenha sido com essa mentalidade que partiu para sua missão no Brasil, em 1º de setembro de 1783 levando consigo a ordem de Martinho de Melo e Castro "de averiguar inscrições, costumes, literaturas, comércios, agricultura, além do peso enorme das produções dos três reinos".


          Embarcando na charrua Águia Real e Coração de Jesus, chegou a Belém 50 dias depois, em 21 de outubro. Sua primeira impressão, transmitida a Martinho de Melo e Castro, foi: "A terra em si, Senhor Excelentíssimo, é um paraíso; aqui mesmo são tantas as produções que eu não sei a que lado me volte."


          Acompanhava-o uma equipe técnica formada por um jardineiro botânico, Agostinho José do Cabo, e dois artistas riscadores, Joaquim José Godina e José Joaquim Freire, todos excelentes profissionais e dedicados companheiros. Rodrigues Ferreira trazia consigo 11 livros e um mapa do rio Amazonas, além de 17 volumes com 424 itens de equipamento.

Até fevereiro de 1785, data em que chegou à barra do rio Negro, hoje Manaus, realizou viagens à ilha de Marajó, ao rio Tocantins e aos arredores de Belém e rio Amazonas acima. Os preparativos para a viagem ao rio Negro levaram cinco meses. O material, as ilustrações e as notas coligidas nesse período foram enviados de Belém ou de Barcelos, onde o naturalista chegou em 20 de agosto desse ano.

Passou então, por ordem do governador e capitão-general da capitania do Grão-Pará e Rio Negro, João Pereira Caldas, a realizar observações na parte superior do rio Negro, acima de Barcelos, visitando Moreira, Tomar, Lamalonga, Santa Isabel, São Gabriel, o rio Uapés até a cachoeira de Ipanoré, o rio Içana até a cachoeira de Tunui, o rio Xié, Marabitanas e Caldas, no rio Cauaboris. Subiu até o salto de Maturacá, visitando ainda os rios Padeuari e Maracá, para regressar a Barcelos em 30 de dezembro. A viagem foi feita numa canoa grande que lhe servia de verdadeira habitação.

Em 15 de março de 1786, recebeu novamente ordens do governador João Pereira Caldas para visitar o baixo rio Negro e o rio Branco. Deu inicio aos trabalhos percorrendo Poiares, Carvoeiro, Moura, Airão e Fortaleza da Barra (Manaus), que atingiu em 1.° de maio. Antes de ingressar no rio Branco, demonstrou a Martinho de Melo e Castro sua preocupação com a extensão percorrida e o tempo gasto em suas viagens, temendo pelo futuro de suas coleções:

"Quanto mais se prolonga a colecção dos produtos, mais retardará depois o conhecimento individual de cada uma amostra no confuso caos de milhares de produções diversas".

No rio Branco, passou por São Felipe, Cachoeira Grande e Serra Caraumaã, seguindo até o forte de São Joaquim, penetrando pelo rio Maú até a cachoeira do Urubu. Regressou a Barcelos, onde permaneceu até a ordem de viagem para o rio Madeira, que Ihe foi dada em 3 de setembro de 1787. Após os arranjos para a viagem, muito demorados, deu inicio à exploração desse rio em 27 de agosto de 1788.

Nada menos de dois anos foram consumidos no preparo do material do rio Negro, elaboração de manuscritos e preparação para a próxima etapa. Sabemos que de Barcelos foram enviadas 23 memórias, quatro diários de viagem (o do rio Negro com 14 participações), duas descrições, um extracto, um tratado histórico, uma notícia, um mapa, nove remessas de material e uma de amostras de madeira.

Referencia:

Wikipedia

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