História de Coxim  
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Os irmãos Lemes, em 1719, fugidos de São Paulo chegaram à região denominada hoje Cuiabá, via Camapuã-Coxim. A região começou a tornar-se mais conhecida quando, em 1722, por aqui passou Dom Rodrigo César de Menezes, então Governador da Capitania de São Paulo, pois, aqui chegando, assinou a concessão de uma sesmaria nos sertões do Taquari, em 4 de março de 1727, a favor de João de Araújo Cabral; outra sesmaria no Rio Taquari, a 4 de abril, a favor do Sargento-Mor Manoel Lopes do Prado e uma outra, ainda no Rio Taquari, em 31 de dezembro daquele ano, a favor de Domingos Gomes Biliago.


Este último, unindo-se a Antônio de Sousa Bastos, Manoel Caetano e os Padres Antônio de Morais e José Frias, em 1729, fundaram o Arraial do Biliago, à margem esquerda do Rio Taquari, onde hoje, na margem oposta, se assenta majestosamente Coxim, cujo fim era o de socorrer as monções partidas de São Paulo para Cuiabá.


O arraial fundado pouco se desenvolveu e, criado o Destacamento Militar do Piquiri, elevado à Freguesia em 1850, Biliago foi incluído dentro dos seus limites. Mas, às margens de um rio navegável e com a estrada que ligou ao interior de Goiás, o arraial foi se desenvolvendo, e, em 1862, tomou o nome de Núcleo do Taquari com criação no lugar, de uma Colônia Militar, pelo Governador da Província, Herculano Ferreira Penna. Em abril de 1865, o Núcleo é povoado por forças invasoras paraguaias, tendo seu Comandante, Capitão Antônio Pedro se retirado do Povoado com um contingente de 125 pessoas, rumo ao norte do Estado.

A 8 de maio do ano seguinte, a notícia da ocupação chegou à Cuiabá pelo cidadão Antônio Teodoro de Carvalho, morador na Fazenda São Pedro, a oito léguas do Núcleo. Segundo um ofício do Capitão Antônio Pedro ao Presidente da Província, datado de 15 de maio daque¬le ano, as forças invasoras que ocuparam o Núcleo compunham de 400 a 500 homens, com dois canhões que saquearam e incendiaram o Povoado, abandonando-o depois de seis dias de ocupação.


Em 1872, o Núcleo foi elevado à categoria de Freguesia com a denominação de São José de Herculânia, em homenagem ao Presidente Herculano Ferreira Penna, que lhe dera os primeiros im¬pulsos.
Em 1892, a Assembléia Legislativa apresentou ao Presi¬dente do Estado, para ser sancionada, uma Lei mudando o nome de Herculânia para Coxim, que foi vetada pelo Dr. Manoel José Murti¬nho com os seguintes fundamentos:


"Não aceito a presente Resolução, por me parecer que nenhuma razão de Utilidade Pública a sufraga. O nome de Levergeria dado à antiga povoação de Nioaque, foi uma homenagem prestada ao finado Barão de Melgaço (Augusto Levergeria, a quem Mato Grosso deve inolvidáveis serviços, sobressaindo entre eles importantes estudos sobre a geografia e a história da extinta Província, bem como a denominação de Herculânia, que tomou a po¬voação de Coxim, é um ato comemorativo da administração do ex-presidente Herculano Ferreira Penna. Não São pois, arbitrárias tais denominações, mas antes de se estribarem em motivos muitos plausíveis, e uma vez que elas persistam, torna-se injustificada a operação decretada, tanto mais quando a substituição do primei¬ro dos indicados nomes pode ter sido em conta de desconhecimentos dos méritos e serviços prestados pelo Barão de Melgaço, o que indubitavelmente não esteve na mente da ilustre Assembléia Legislativa.

Acresce elaborar um equívoco à Resolução, quando afir¬mo que as localidades de que se trata tiveram as denominações originárias de "Vila de Nioaque" e "Freguesia de Coxim", visto como o nome de Nioaque e Coxim, São provenientes dos rios que banham àqueles lugares, perderam-nos as duas povoações ao tempo em que foram elevados à categoria de Freguesia, tomando deste, as denominações modernas, como se pode verificar compulsando as co¬letâneas de leis da extinta Província. Pelo exposto, nego sanção ao Projeto. Seja ele devolvido à Assembléia Legislativa em conformidade do artigo 14 da Constituição".


Apesar das justas razões invocadas pelo Presidente, a Resolução de 1898, elevando a localidade à categoria de Vila e a Município, substituiu-lhe o nome pelo de Coxim, restituindo em 1944, pelo Interventor Júlio Müller.
Coxim - Dores de Coxim - era a denominação que lhe dava o Estado de Goiás que pretendia firmar posse nesta parte de Mato Grosso.
Em 1913, elevou-se à categoria de Comarca, conservando-se o nome e os mesmos limites, com o primeiro Juiz, o doutor Amâncio Ramos.


De 1916 a 1926, houve uma incrível fase de desgraças e crimes com um verdadeiro louco e assassino subindo ao Poder, exterminando e expulsando da Comarca as autoridades locais. Houve até a extinção da Comarca, restabelecida depois. Com a criação dos Municípios de Camapuã, Rio Verde, Pedro Gomes e Alcinópolis, Coxim perdeu parte do seu território e hoje seus limites São: Ao sudeste e norte, pelo Estado de Mato Grosso, entre o Rio Corrente. Ao Sul, pelos Rios Jauru, Coxim e Taquari. O oeste, abrangendo boa parte do Pantanal do Piquiri e a leste ficam as suas mais altas vertentes.
 


SÍNTESE HISTÓRICA: - O povoado teve início por volta do ano de 1729, quando Domingos Gomes Biliago, juntamente com Antônio de Souza Bastos, Manoel Caetano e os padres Antônio Morais e José Frias, fundaram o Arraial de Biliago ou de Coxim. Pela Lei nº 01, de 06 de novembro de 1872, o Arraial foi elevado à categoria de Distrito Judicial com o nome de São José de Herculânia, subordinando-o ao Município de Corumbá, e em homenagem a Herculano Ferreira Pena. Em 26 de outubro de 1892, a Lei nº 13, lhe dá a denominação originária de Coxim, e a 11 de abril de 1898, pela Resolução nº 202, é criado o Município de Coxim, Vila Freguesia da Comarca de Corumbá.


No dia 03 de janeiro de 1903, foi instalada a Primeira Câmara Municipal, sendo Evaristo de Albuquerque o seu Primeiro Intendente Geral. A Lei nº 630, de 03 de Julho de 1913, cria a Comarca de Coxim, e o Decreto nº 891, de 04 de janeiro de 1930, eleva-a a categoria de município. No dia 03 de janeiro de 1903, foi criada a Primeira Intendência Geral, cujo cargo foi ocupado por Evaristo de Albuquerque, seguido por Domingos Ribeiro Guimarães e depois Pedro Severo.

Referencia;

 

Câmara Municipal de Coxim

 

 

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