A ocupação da região do Triângulo Mineiro, antigo Sertão
da Farinha Podre, efetivou-se no início do Séc.. XIX; antes, era apenas
um ponto de passagem de tropeiros e mineradores. O Triângulo Mineiro
pertenceu à Província de Goiás até 1816, passando então para a Província
de Minas Gerais. No intuito de colonizar as terras situadas na região, o
governo de Minas iniciou uma campanha visando intensificar a ocupação do
Sertão da Farinha Podre. Nessa época, os índios Caiapós, primitivos
habitantes da região , foram empurrados para as regiões.
A ocupação da
região do Triângulo Mineiro, antigo Sertão da Farinha Podre, efetivou
-se no início do Séc. XIX; antes, era apenas um ponto de passagem de
tropeiros e mineradores . O Triângulo Mineiro pertenceu a Província de
Goiás até 1816, passando então para a Província de Minas Gerais.
No intuito de colonizar as terras situes de Goiás e Mato Grosso,
facilitando a vinda dos desbravadores. Entre eles, encontrava-se João
Pereira da Rocha que, atraído pela possibilidade de ocupar áreas imensas
e férteis, chegou ao local onde se situa hoje o município de Uberlândia.
Em 29 de junho de 1818 atingiu as margens de um ribeirão denominado
Ribeirão São Pedro; local onde hoje passa a Av. Rondon Pacheco. Com a
aquisição de Sesmaria e a incorporação de terras devolutas, fundou a
Fazenda São Francisco, marco inicial da região.
Foto da Fazenda São Francisco
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Em
1832, procedente de Campo Belo do Oeste de Minas, chega a região a
Família Carrejo. Adquirindo algumas terras e tomando posse de outras,
formaram uma gleba assim distribuída: Fazenda Olhos d'Água para Luiz
Alves Carrejo; Fazenda Lage, para Francisco Alves Carrejo; Fazenda
Marimbondo, para Antônio Alves Carrejo e Fazenda Tenda para
Felisberto Alves Carrejo. |
Oriundas de
várias regiões, aqui aportaram outras
famílias aumentando o contingente de
colonizadores. Para atender às necessidades
imediatas, surgiram as oficinas, serrarias ,
olarias, engenhos de cana, teares, as rocas
das fiandeiras e a tenda de ferreiro . Em
1835, Felisberto Alves Carrejo funda, na
Fazenda da Tenda, a primeira escola da
região, escrevendo, ele mesmo, as lições e
os exercícios utilizados na alfabetização .
Acredita-se que o contínuo funcionamento da
escola foi uma contribuição decisiva para o
nascimento da cidade. Felisberto, dotado de
um espírito empreendedor, idealizou o início do povoado. Para tanto, em
1846 adquiriu 10 alqueires de terras, da Fazenda do Salto. À margem
direita do Ribeirão São Pedro e Córrego Cajubá. |
Felisberto Alves Carrejo |
O local escolhido , onde hoje funciona a Biblioteca Pública Municipal, na
Praça Cícero Macedo, era uma vasto "Capão" de mato, mas não tinha água.
Para sanar o problema, Felisberto construiu um rego d'água que, saindo do
Ribeirão São Pedro, próximo de onde hoje está instalada a Escola de
Educação Física, acompanhava o declive do terreno, passando pela atual Av.
Rio Branco, Rua Barão de Camargos, Rua Marechal Deodoro até a Praça Cícero
Macedo.
Em 1943 o templo católico
foi demolido, sendo construída no local a
Estação Rodoviária , que ali permaneceu até a
década de 70, quando foi transferida para o
atual Terminal Rodoviário Castelo Branco e
atualmente o prédio abriga a Biblioteca Pública
Municipal.
A partir de 1951 -
Cícero Macedo. Com o crescimento do Arraial, formou-se um núcleo de
habitação denominado Fundinho e, em 1851, uma fazendeira local,
Senhora Francisca Alves Rabelo, vendeu uma extensão de 100 alqueires
de terra ao patrimônio da Capela de N. Sra. do Carmo e São Sebastião
da Barra. |
Estação Rodoviária
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A partir dessa transação de
terras configurou-se então uma área pública onde,
sob a proteção da Igreja e por concessão, foi se
formando o povoado que era então uma extensão de
campo. Têm
início as construções de habitações destinadas a
residência e comércio. Sem critério de
urbanização, foram abertas ruas em terrenos
irregulares e maltratados.
Casa Comercial do Sr.Custódio Pereira - ano de 1902
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As
primeiras denominações dadas aos logradouros públicos foram: Rua do
Pasto (Tiradentes), Rua das Pitangas (Augusto César), Rua do Cota
(Dom Barreto) Rua São Pedro (General Osório), Rua Boa Vista (Felisberto
Carrejo), Rua Sertãozinho José Ayube), Praça das Cavalhadas (Coronel
Carneiro), Praça da Matriz (Cícero Macedo). Com o crescimento
demográfico, as lideranças políticas pleitearam a emancipação do
povoado de São Pedro de Uberabinha do Têrmo de Uberaba, o que foi
concretizada através da Lei nº 4643 de 31 de agosto de 1888.
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A Vila de São Pedro de Uberabinha foi elevada a categoria de
Cidade pela Lei nº 23 de 24 de Maio de 1892, instalando-se a
primeira Câmara Municipal e sendo o Agente Executivo, que
corresponde hoje ao cargo de Prefeito , o Sr. Augusto César
Ferreira e Souza.
O
processo de urbanização se acelerou graças a atuação de
alguns personagens idealistas . A construção da estrada
de ferro foi de vital importância para o progresso da
cidade e quem primeiro pensou em estabelecer aqui o
transporte ferroviário foi o Coronel José Teófilo
Carneiro. Como o projeto era arrojado, o Cel. Carneiro
não mediu esforços em fazer com que a Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro passasse a operar em Uberabinha .
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Foto Augusto César
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Mogiana (Uberabinha) |
Ao descobrir
que Uberabinha não fazia parte do roteiro
originalmente traçado pela Cia. Mogiana,
idealizou um novo trajeto incluindo nele a
cidade. Em 21 de dezembro de 1895, foi
inaugurada a Estação Ferroviária da Cia.
Mogiana de Estradas de Ferro , localizada no
final da hoje Av. João Pinheiro que, junto
aos telégrafos, fez a ligação de Uberabinha
com outras cidades mais desenvolvidas,
inserindo-a no cenário nacional. |
Na época,
entretanto, a via férrea passava pelo meio
do cerrado e os caminhos que ligavam a
cidade eram conhecidos por "Estradas".O
crescimento de Uberabinha obrigou o
desenvolvimento do parque ferroviário, com a
construção de novas estações de embarque de
passageiros e mercadorias. A primeira
modificação se deu em 1941, sendo construída
a nova estação onde hoje está o viaduto da
Avenida João Naves de Ávila, sobre a Av .
Afonso Pena.
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Mogiana (Uberabinha) |
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Dessa forma, a estrada de
ferro arrastou a cidade para o norte,
sendo responsável pela urbanização do
que hoje é o centro de Uberlândia e na
época era apenas a "cidade nova", mas
acabou sendo a barreira de seu
desenvolvimento urbanístico.
Ao lado: Foto Mogiana Av.
Floriano Peixoto esquina c/ Av: João Naves de Ávila
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Foto da cidade na década
de 40 |
A cidade cresceu até as portas da Mogiana e
ultrapassou seus limites, continuando a crescer para
o norte, fazendo-se necessária a mudança da estação.
Inaugurada em 1970, nas proximidads do Aeroporto de
Uberlândia, trevo da rodovia BR -050, que se dirige
a Brasília e à Cidade Industrial. No ano seguinte
deixou de ser Mogiana para ser FEPASA (Ferrovia
Paulista S/A). Mudou de nome, mas sua importância
ainda permanece. Nos caminhos do progresso a cidade
se beneficiava com melhoramentos que foram
condicionantes da urbanização.
Em 1894, se deu a
construção do primeiro matadouro e, em 1897, era
editado o primeiro jornal da cidade, "A Reforma"; Em
1909 , foi inaugurado o serviço de fornecimento de
energia elétrica, construída a Ponte Afonso Pena,
ligando Uberabinha a Goiás, inaugurada a primeira
sala de exibição, o Cinema São Pedro, e construída a
Praça da Liberdade, no local do antigo cemitério
onde, mais tarde, se edificou o Paço Municipal.
Foto Theatro São Pedro - exterior |
Foto Theatro São Pedro - interior |
A partir da instalação da usina geradora de energia elétrica, várias
fábricas se instalaram: marmoraria, ladrilhos, bebidas, artefatos de
couro, tecelagens, etc., que deram início ao desenvolvimento industrial
da cidade. Em 1912, graças à atuação de Fernando Vilela, Uberabinha
consolidou sua inserção na economia nacional com a instalação da
Companhia Mineira Intermunicipal de Auto-Viação, estabelecendo as bases
da comunicação necessárias para efetivar o desenvolvimento econômico da
cidade. A inauguração de novos e diversificados empreendimentos dão
continuidade ao processo de urbanização. De um campo de futebol surge,
no início do século, a Praça da República . Graças à quantidade de
bambus ali plantados foi chamada pela população de Praça dos Bambus.
Foto do Campo de Futebol
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Foto Praça dos Bambus - República
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No início da década de 40, na gestão do Prefeito Vasco Gifone, a praça foi
remodelada pelo paisagista Júlio Steinmetz passando a chamar-se Praça
Benedito Valadares, nome que não foi bem aceito pela população,
retornando, após o final do mandato de Vasco Gifone, seu antigo nome. Em
1959, passa a chamar-se Tubal Vilela, sendo remodelada pelo projetista e
engenheiro uberlandense João Jorge Cury, com uma concepção mais voltada
para um espaço de convívio e de encontro.
Foto anos 80 da Praça Tubal Vilela |
A Praça Tubal Vilela, além de ser um conjunto
arquitetônico representativo na identidade cultural da cidade,
abrigou ao seu redor construções, como: Hotel Zardo e Colombo;
edifício do Fórum (1922); Escola Estadual Bueno Brandão, construída
em 1915, demolida e reconstruída em 1967. A praça constituiu-se também, em um importante
referencial para a comunidade. |
Em 1929,
através de um plebiscito, Uberabinha passou a chamar-se Uberlândia.
Ao longo do caminho do desenvolvimento procurou -se reavivar a memória recuperando alguns
elementos do núcleo urbano. |
Foto do Fórum (1922) |
Referencias
Arquivos Prefeitura Municipal de Uberlândia
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