A Paleontologia no Brasil vem engatinhando
há muito tempo e ainda não conseguiu se igualar a paises como E.U.A., Inglaterra
e Argentina.Três são os principais motivos que brecam esse desenvolvimento: a
falta de investimentos, o pequeno números de pesquisadores dessa área e o
próprio aspecto geográfico, pois não dispomos de muitas áreas favoráveis às
escavações, não pelo tipo de solo, mas pelo fato de muitas vezes os locais
favoráveis à descoberta de fósseis estarem localizados em áreas de preservação.
Não se pode, é claro, destruir um local de
mata só para escavar fósseis... Nos E.U.A. e Argentina, por exemplo as
escavações são normalmente realizadas em desertos, onde o impacto das mesmas é
pequeno. Aqui no Brasil não existem desertos, por emquanto, com a devastação e a
extinção das florestas logo seremos deserto, se nossa espécie sobreviver haverá
um deserto gigantesco para pesquisar. O mais próximo que temos disso é o
sertão nordestino, parte de minas entres outros estados se desertificando.
Em relação aos dinossauros poucas foram as
espécies descritas até hoje. Mas os especialistas acreditam que nosso país foi
habitado por uma inúmera variedade desses animais. Um indício disso são as
várias descobertas feitas no país vizinho ao nosso, a Argentina.
Um fato interessante sobre nossa
paleofauna mesozóica é de que quase todos os dinossauros descobertos aqui ou são
do final do Triássico ou do começo do Cretáceo. Aparentemente não foram
encontrados até agora fósseis do Jurássico. Alguns acreditam que nesse período
nossa região por alguma causa não explicada tornou-se inabitável para essas
criaturas (provavelmente houve um processo de desertificação), espantando-as
para outras regiões até que no início do Cretáceo as condições melhoraram e eles
voltaram.
Fósseis indicam a presença de criaturas
semelhantes mas não diretamente aparentadas aos dromeossaurídeos da América do
Norte e Ásia, tais como o Velociraptor e
o Deinonychus.
Também existem pistas de
ornitomimossaurídeos, semelhantes ao Ornithomimus.
Há ainda ovos de prováveis ceratopsianos
(dinos com chifres), pegadas de iguanodontídeos e outros ornitópodes,
estegossaurídeos bastante grandes, além de dentes de enormes carnossauros, como
o Abelisaurus.
Com certeza esse era o paraíso dos
saurópodes do grupo dos titanossaurídeos. Centenas de ossos dessas criaturas
enormes foram encontrados em várias partes do Brasil. Duas espécies já foram
descritas: o Antarctosaurus
e o Gondwanatitan (abaixo,
respectivamente).
Além deles ainda foram encontrados
representantes do grupo dos espinossaurídeos (abaixo), dinossauros carnívoros
grandes com cabeça de crocodilo e provavelmente especializados em apanhar
peixes. Também possuem 2 gêneros descritos: o Angaturama e o Irritator
(atualmente são considerados
que possam ser da mesma espécie ou até o mesmo
espécimen).
Entre os dinossauros primitivos existem
ocorrências de sauropodomorfos como o Saturnalia de
1,5 m de comprimento e pequenos carnívoros como o Staurikosaurus
(abaixo) e o Guaibasaurus.
Recentemente foi adicionado a nossa
coleção mais um interessante animal, o Santanaraptor
(abaixo). Esse novo dinossauro carnívoro de 1,5 m de comprimento
representa uma nova peça no quebra-cabeças do mundo pré-histórico. Viveu no
Ceará há cerca de 110 milhões de anos e parece ter pertencido à mesma linhagem
que deu origem ao majestoso Tyrannosaurus da América
do Norte. Não só foram encontrados fósseis de ossos como também de tecidos
"moles" como vasos sangüíneos, pele e fibras musculares, fato raro na
Paleontologia. Com base em toda essa informação os especialista puderam traçar
um perfil bastante próximo da aparência real dessa criatura. Acredita-se que os
fósseis encontrados pertenciam a um animal jovem. Supõe-se que quando adulto o
Santanaraptor poderia chegar a 2,5 m de comprimento.
Não está descartada a hipótese de que os
dinossauros descobertos na Argentina também tivessem habitado nossa região, tal
como ocorreu com o Abelisaurus , descrito tanto aqui
como lá. Só porque ainda não foram encontrados não significa que não viveram
aqui também. Sendo animais migratórios e estando as duas regiões tão próximas e
aparentemente sem barreiras é possível que grandes herbívoros como o
Argentinosaurus, o Amargasaurus
(abaixo, respectivamente ) e o Saltasaurus,
seguidos pelos carnívoros
Giganothosaurus, Megaraptor
(abaixo, respectivamente ) e Carnotaurus
podem ter passado parte de suas vidas em solo brasileiro.
Só o tempo e as novas
expedições de pesquisa dir����������������o se essa afirmação est�� correta. . .
O Brasil ainda é conhecido
como um dos mais importantes sítios de fósseis de pterossauros. A região da
Chapada do Araripe na Era Mesozóica foi um importante ponto de encontro para
pterossauros de diversos tipos e tamanhos.
Entre os mais impressionantes
pterossauros aqui encontrados encontram-se: Tupuxuara, Tapejara
(abaixo), Tropeognathus e o Anhanguera.
Alguns fósseis estudados mais
recentemente de Anhanguera, sugerem que ele pode ter
sido o maior pterossauro já encontrado (abaixo), desbancando o
Quetzalcoatlus da América do Norte. Supõe-se que sua envergadura
pudesse atingir cerca de 13 m.
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