O chumbo
(do latim plumbum) é um elemento químico de símbolo Pb ,
número atómico 82 (82 prótons e 82 elétrons), com massa
atómica igual a 207,2 u, pertencente ao grupo 14 da
classificação periódica dos elementos químicos. À
temperatura ambiente, o chumbo encontra-se no estado
sólido.
É um metal tóxico, pesado, macio, maleável e pobre
condutor de eletricidade. Apresenta coloração
branco-azulada quando recentemente cortado, porém
adquire coloração acinzentada quando exposto ao ar. É
usado na construção civil, baterias de ácido, em
munição, proteção contra raios-X , e forma parte de
ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis,
revestimentos de cabos elétricos, materiais antifricção,
metais de tipografia, etc. O chumbo tem o número atômico
mais elevado entre todos os elementos estáveis.
É um metal conhecido e usado desde a antiguidade.
Suspeita-se que este metal já fosse trabalhado há 7000
anos.
Características principais
O chumbo é um metal pesado (densidade relativa de 11,4 a
16°C), de coloração branca-azulada, tornando-se
acinzentado quando exposto ao ar. Muito macio ,
altamente maleável, baixa condutividade elétrica e
altamente resistente à corrosão. O chumbo se funde com
facilidade (327,4°C), com temperatura de vaporização a
1725°C.
Os estados de oxidação que pode apresentar são 2
e 4. É relativamente resistente ao ataque dos ácidos
sulfúrico e clorídrico, porém se dissolve lentamente em
ácido nítrico. O chumbo é um anfótero, já que forma sais
de chumbo dos ácidos, assim como sais metálicos do ácido
plúmbico. O chumbo forma muitos sais, óxidos e compostos
organolépticos.
Aplicações
O mais amplo uso do chumbo é na fabricação de
acumuladores. Outras aplicações importantes são na
fabricação de forros para cabos, elemento de construção
civil, pigmentos, soldas suaves e munições. A fabricação
de chumbo tetra etílico (TEL) vem caindo muito em função
de regulamentações ambientais cada vez mais restritivas
no mundo no que se diz respeito à sua principal
aplicação que é como aditivo na gasolina. No caso do
Brasil desde 1978 este aditivo deixou de ser usado como
antidetonante.
Têm-se desenvolvido varios compostos organoplúmbicos
para aplicações como catalisadores na fabricação de
espumas de poliuretano, como tóxico para as pinturas
navais com a finalidade de inibir a incrustação nos
cascos, agentes biocidas contra as bactérias
granpositivas, proteção da madeira contra o ataque das
brocas e fungos marinhos, preservadores para o algodão
contra a decomposição e do mofo, agentes molusquicidas,
agentes antihelmínticos, agentes redutores do desgaste
nos lubrificantes e inibidores da corrosão do aço.
Graças a sua excelente resistência a corrosão, o chumbo
encontra muitas aplicações na indústria de construção e,
principalmente, na indústria química. É resistente ao
ataque de muitos ácidos, porque forma seu próprio
revestimento protetor de óxido. Como conseqüência desta
característica, o chumbo é muito utilizado na fabricação
e manejo do ácido sulfúrico.
Durante muito tempo se tem empregado o chumbo como manta
protetora para os aparelhos de raio-X. Em virtude das
aplicações cada vez mais intensas da energia atômica,
torna-se cada vez mais importante as aplicações do
chumbo como blindagem contra a radiação.
Sua utilização como forro para cabos de telefone e de
televisão segue sendo uma forma de emprego adequada para
o chumbo. A ductilidade única do chumbo o torna
particularmente apropriado para esta aplicação, porque
pode ser estirado para formar um revestimento contínuo
em torno dos condutores internos.
O uso de chumbo em pigmentos tem sido muito importante,
porém a sua utilização tem diminuído muito. O pigmento,
que contém este elemento, é o branco de chumbo, 2PbCO3
.Pb(OH)2; outros pigmentos importantes são o sulfato
básico de chumbo e os cromatos de chumbo.
Utiliza-se uma grande variedade de compostos de chumbo,
como os silicatos, os carbonatos e os sais de ácidos
orgânicos, como estabilizadores contra o calor e a luz
para os plásticos de cloreto de polivinila (PVC).
Usam-se silicatos de chumbo para a fabricação de vidros
e cerâmicas. O nitreto de chumbo, Pb(N3)2, é um
detonador padrão para os explosivos. Os arseniatos de
chumbo são empregados em grande quantidades como
inseticidas para a proteção dos cultivos. O litargírio
(óxido de chumbo) é muito empregado para melhorar as
propriedades magnéticas dos imãs de cerâmica de ferrita
de bário.
O chumbo forma ligas com muitos metais e, em geral, é
empregado nesta forma na maior parte de suas aplicações.
Todas as ligas metálicas formadas com estanho, cobre,
arsênio, antimônio, bismuto, cádmio e sódio apresentam
importantes aplicações industriais (soldas, fusíveis,
material de tipografia , material de antifricção,
revestimentos de cabos elétricos, etc.).
Uma mistura de zirgonato de chumbo e de titanato de
chumbo, conhecida como PZT, está sendo posta no mercado
como um material piezoelétrico.
História
O chumbo está sendo usado pelos humanos por, pelo menos,
7000 anos, porque era (e continua sendo) muito difundido
na natureza e de fácil extração. Também é fácil de ser
trabalhado por ser altamente maleável, ductil e de baixo
ponto de fusão.
O chumbo foi mencionado no "Livro do Exodus". A peça
mais antiga de chumbo descoberta pelos arqueólogos data
de 3800 a.C. e, está guardada no Museu Britânico. Por
volta de 3000 a.C. há evidências que os Chineses já
produziam este metal. Há indícios, também, que os
fenícios exploravam o chumbo em 2000 a.C.
Encanamentos
de chumbo com as insígnias de imperadores romanos, de
300 a.C, ainda estão em serviço. Os alquimistas achavam
que o chumbo era o mais velho dos metais e associavam
este metal ao planeta Saturno. A partir de 700 d.C. os
alemães iniciaram a exploração deste metal, juntamente
com a da prata, nas minas existentes nas montanhas de
Hartz, no vale do vale do Reno e na Boêmia a partir do
século XIII. Na Grã-Bretanha, a partir do século XVII,
principalmente nas regiões de Derbyshire e Gales as
indústrias de fundições deste metal prosperaram.
O símbolo “Pb” do chumbo é uma abreviatura do nome
latino “plumbum”.
Ocorrência e obtenção
Minério de chumbo. O chumbo raramente é encontrado no seu
estado elementar. O mineral de chumbo mais comum é o
sulfeto denominado de galena (com 86,6% deste metal).
Outros minerais de importância comercial são o carbonato
( cerusita) e o sulfato (anglesita), que são mais raros.
Geralmente é encontrado com minerais de zinco, prata e,
em maior abundância, de cobre.
Também é encontrado
chumbo em vários minerais de urânio e de tório, já que
vem diretamente da desintegração radioativa destes
radioisós. Os minerais comerciais podem conter pouco
chumbo (3%), porém o mais comum é em torno de 10%. Os
minerais são concentrados até alcançarem um conteudo de
40% ou mais de chumbo antes de serem fundidos.
Através da ustulação do minério de chumbo, galena, obtém-se
como produto o óxido de chumbo que, num alto forno, é
reduzido com a utilização de coque, fundente e óxido de
ferro. O chumbo bruto obtido é separado da escória por
flotação. A seguir, é refinado para a retirada das
impurezas metálicas, que pode ser por destilação. Desta
forma pode-se obter chumbo com uma pureza elevada
(99,99%).
Os principais depósitos de minérios de chumbo estão
localizados nos EUA , Austrália, Canadá, Peru, México,
Bolívia, Argentina, África do Sul, Zâmbia, Espanha,
Suécia, Alemanha, Itália e Sérvia, sendo os principais
produtores os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Peru e
México
Isós
O chumbo tem 4 isós naturais estáveis que, com a
respectiva abundância natural, são: Pb-204 (1.4%),
Pb-206 (24.1%), Pb-207 (22.1%) e Pb-208 (52.4%). O
Pb-206, Pb-207 e o Pb-208 são os produtos finais de uma
complexa cadeia de decaimento que se inicia com o U-238,
U-235 e Th- 232, respectivamente.
As correspondentes
meias-vida destes esquemas de decaimento são : 4.47 x
109, 7.04 x 108 e 1.4 x 1010 anos, respectivamente. Cada
um deles é documentado em relação ao 204Pb, o único
isó natural radioativo, que devido a sua longa
meia-vida pode ser considerado estável. As escalas de
relações isotópicas para a maioria de materiais naturais
são 14.0-30.0 para Pb-206/Pb-204, 15.0-17.0 para
Pb-207/Pb-204 e 35.0-50.0 para Pb-208/Pb-204, embora
numerosos exemplos fora destas escalas sejam relatados
na literatura.
Precauções
O chumbo pode ser encontrado na água potável através da
corrosão de encanamentos de chumbo. Isto é comum de
ocorrer quando a água é ligeiramente ácida Este é um dos
motivos para os sistemas de tratamento de águas públicas
ajustarem o pH das águas para uso doméstico. O chumbo
não apresenta nenhuma função essencial conhecida no
corpo humano. É extremamente danoso quando absorvido
pelo organismo através da comida, ar ou água.
O chumbo pode causar vários efeitos indesejáveis, tais
como:
Perturbação da biosíntese da hemoglobina e anemia;
Aumento da pressão sanguínea;
Danos aos rins;
Abortos;
Alterações no sistema nervoso;
Danos ao cérebro;
Diminuição da fertilidade do homem através de danos ao
esperma;
Diminuição da aprendizagem em crianças;
Modificações no comportamento das crianças, como
agressão, impulsividade e hipersensibilidade.
O chumbo pode atingir o feto atraves da placenta da mãe,
podendo causar sérios danos ao sistema nervoso e ao
cérebro da criança .
O seu uso durante o Império Romano em encanamentos de
água (e seu sal orgânico, acetato de chumbo, conhecido
como “açúcar de chumbo”, usado como adoçante em vinhos)
é considerado por alguns como causa da demência que
afetou muitos dos imperadores romanos.
Devido à elevada toxicidade do chumbo e dos seus
compostos, ações para prevenir e reparar contaminações
ambientais são comuns nos tempos atuais. Materiais e
dispositivos que contém chumbo não podem ser descartados
ao ambiente. Devem ser reciclados.
A reciclagem por sua vez trata-se de um processo com
desafios muito grandes a serem enfrentados diante dos
resíduos gerados durante o processo de reciclagem. No
caso da reciclagem das baterias automotivas por exemplo,
primeiro, os componentes das baterias (plástico e metal)
são separados hidraulicamente. Depois, o metal é fundido.
Ao longo desse trabalho, ocorrem emissões de gases e
efluentes, ambos contaminados com o chumbo. Muito tem-se
desenvolvido para reduzir ao máximo essas contaminações
e minimizar o impacto desse processo. Também ocorre a
geração de escória ao longo do processo. Estima-se que
de cada tonelada de metal reaproveitada são gerados
cerca de 150 a 300 quilos de resíduo sólido contaminado
com chumbo. Uma das opções que se tem pensado como
solução para este segundo caso é o uso deste resíduo no
lugar da brita após tratamento adicional de imobilização
do metal.
Toxicologia
Vias de exposição:
As principais vias de exposição são a oral, inalatória e
cutânea. A ingestão é a principal via de exposição para
a população em geral, sendo especialmente importante nas
crianças. No caso da exposição ocupacional a via de
maior importância é a inalação.
Contudo, os efeitos
tóxicos são os mesmos, qualquer que seja a via de
exposição. A via cutânea tem apenas um papel importante
na exposição ao chumbo orgânico. Outra via de exposição
que pode influenciar os níveis de chumbo na corrente
sanguínea é a endógena. Uma vez absorvido, o chumbo pode
ser armazenado no tecido mineralizado (ossos e dentes)
por longos períodos.
Quando há necessidades de cálcio
esse chumbo pode ser novamente libertado na corrente
sanguínea; isto acontece sobretudo na gravidez, lactação
e osteoporose e é especialmente perigoso para o feto em
desenvolvimento.
Toxicocinética
A absorção do chumbo depende do estado físico e químico
do metal e é influenciada pela idade, estado fisiológico
e nutricional e factores genéticos. Nos adultos, 5 a 15%
do chumbo ingerido é absorvido no tracto
gastrointestinal, enquanto nas crianças essa absorção
pode ultrapassar os 50%.
A absorção de partículas de
chumbo após inalação envolve a deposição das partículas
no tracto respiratório e a sua absorção e clearance para
a circulação. A via de absorção tem pouco efeito na
distribuição do chumbo. O chumbo absorvido é
transportado pelo sangue e distribuído por três
compartimentos: • Sangue; • Tecidos mineralizados (ossos
e dentes); • Tecidos moles (fígado, rins, pulmões,
cérebro, baço, músculos e coração).
Mais de 90% do
chumbo no sangue encontra-se nos glóbulos vermelhos. O
tempo de semi-vida do chumbo no sangue varia entre 28 a
36 dias. Os ossos e dentes dos adultos contêm cerca de
94% da quantidade total de chumbo no organismo; nas
crianças, esta quantidade é de aproximadamente 73%.
As
maiores acumulações de chumbo nos tecidos moles
encontram-se no fígado e rins. O tempo de semi-vida do
chumbo nos tecidos moles é de 40 dias. O chumbo orgânico
pode ser metabolizado a chumbo inorgânico pelo sistema
hepático citocromo P450. O chumbo inorgânico não é
metabolizado, no entanto pode sofrer conjugação com a
glutationa.
Aproximadamente 90% do chumbo é eliminado
pelas fezes antes de ser absorvido. O chumbo absorvido é
excretado pela urina (76%), bile (25-30%), fezes (16%),
cabelos, unhas e suor (8%), independentemente da via de
exposição. Geralmente a excreção do chumbo é
extremamente lenta o que favorece a sua acumulação no
organismo.
Mecanismos de toxicidade
Dos vários órgãos afectados pelo chumbo o mais
importante é o sistema nervoso central (SNC). Muita da
sua toxicidade no SNC pode ser atribuída à alteração de
enzimas e proteínas estruturais, mas existem outros
alvos.
O chumbo é um cátion divalente que se liga aos
grupos sulfidrilo das proteínas e interfere com a
formação da mielina, a integridade da barreira
hematoencefálica, a síntese de colagénio e a
permeabilidade vascular. Em doses elevadas pode levar a
edema e hemorragia cerebrais.
No cérebro, o cálcio é um
componente crítico de numerosas funções bioquímicas e
metabólicas e o chumbo tem a capacidade de mimetizar e
competir com o cálcio alterando essas funções: bloqueia
a entrada de cálcio para os terminais nervosos, inibe as
ATPases do cálcio, sódio e potássio, afectando o
transporte membranar, inibe a utilização de cálcio pelas
mitocôndrias diminuindo a produção de energia essencial
às funções cerebrais e interfere com os receptores do
cálcio acoplados a segundos mensageiros.
Normalmente o
cálcio induz uma mudança conformacional na calmodulina,
convertendo-a na sua forma activa; o chumbo activa de
forma inapropriada a calmodulina, podendo alterar as
vias relacionadas com o cAMP. O chumbo activa a proteína
cinase C, a qual está envolvida em muitos processos
importantes para a transmissão sináptica como a síntese
de neurotransmissores, interacções ligando-receptor e
ramificação dendrítica.
O chumbo induz uma anemia microcítica hipocrómica
frequentemente observada em crianças e que é
morfologicamente semelhante à que resulta da deficiência
em ferro. Esta anemia resulta de dois factores:
diminuição do tempo de semi-vida dos eritrócitos e
inibição da síntese do heme.
A diminuição do tempo de
semi-vida dos eritrócitos deve-se possivelmente ao
aumento da fragilidade mecânica das membranas celulares.
O chumbo é um potente inibidor da ácido aminolevulínico
desidratase (ALAD), da coproporfirinogénio oxidase e da
ferroquelatase, enzimas que catalizam, respectivamente,
o segundo, sexto e último passos da biossíntese do heme.
A ALAD é uma enzima octamérica contendo zinco que
catalisa a condensação de duas moléculas do ácido
5-aminolevulínico (ALA) numa molécula de monopirrol
porfobilinogénio (PBG).
O chumbo desloca o zinco do
local activo da enzima. A inactivação da ALAD resulta na
acumulação do ALA, responsável por um efeito
neuropatogénico ao actuar como agonista dos receptores
GABA no SNC (diminui a libertação de GABA por inibição
pré-sináptica). A ALAD, que é codificada por um gene
localizado na região cromossómica 9q34, é uma enzima
polimórfica com dois alelos, ALAD1 e ALAD2.
Da expressão
dos genes da ALAD1 e ALAD2 resultam três fenótipos
diferentes: ALAD1-1, 1-2 e 2-2. Em alguns estudos
verificou-se que os indivíduos com o fenótipo 1-2 ou 2-2
exibiam níveis sanguíneos de chumbo mais elevados do que
os indivíduos homozigóticos para o alelo ALAD1. Estas
evidências sugerem que a ALAD2 é determinante para
aumentar a susceptibilidade à toxicidade do chumbo. O
chumbo inibe a pirimidina 5’ nucleotidase resultando
numa acumulação de nucleótidos e consequente hemólise e
anemia.
Nas células o chumbo liga-se a uma variedade de
proteínas, algumas das quais têm sido implicadas na sua
toxicidade. A formação de corpos de inclusão
intranucleares no túbulo proximal renal é uma das
características da nefrotoxicidade do chumbo. Outra
dessas características é a alteração da estrutura das
mitocôndrias das células do túbulo proximal renal.
O
chumbo entra na mitocôndria como substrato do
transportador de cálcio, interferindo com o metabolismo
energético e favorecendo a formação de radicais livres
que levam ao stress oxidativo. Por promover a abertura
do poro de permeabilidade transitória leva à libertação
do citocromo C para o citoplasma activando a morte
celular por apoptose.
Efeitos tóxicos
O chumbo é um dos mais perigosos metais tóxicos pela
quantidade e severidade dos seus efeitos. É
classicamente uma toxina crónica, sendo observados
poucos efeitos após uma exposição aguda a níveis
relativamente baixos. Pode ter efeitos no sangue, medula
óssea, sistema nervoso central e periférico e rins,
resultando em anemia, inapetência (anorexia),
encefalopatia, dores de cabeça; dificuldade de
concentração e memorização, depressão, tonturas,
sonolência, fadiga, irritabilidade, cólicas abdominais e
dores musculares, dores nos ossos e articulações,
insuficiência renal e hipertensão; é tóxico para a
reprodução e desenvolvimento humanos.
A exposição das
crianças, mesmo a níveis baixos de chumbo, pode ao longo
do tempo provocar redução do QI, dificuldades de
aprendizagem ou problemas de comportamento. As mulheres
grávidas devem ter especial cuidado porque o feto em
desenvolvimento é muito sensível aos efeitos da
exposição ao chumbo. Chumbo inorgânico ataca com maior
violência os ossos, enquanto o chumbo orgânico, por ser
mais lipossolúvel que o anterior, causa distúrbios de
ordem neurológica.
Limites Máximos de Tolerância de chumbo em alimentos
Alimento In natura (mg/kg) Industrializado (mg/kg).
Aves 0,20 1,00
Carnes 0,50 1,00
Pescado 2,00 2,00
Ovos 0,10 0,20
Bulbos 0,50 0,50
Raízes e tubérculos 0,50 0,50
Oleaginosas 0,20 0,20
Chocolate não adoçado - 2,00
Café torrado e moído - 1,00
Alimento infantil - 0,20
Informações gerais
Nome, símbolo, número Chumbo, Pb, 82
Série química Metal representativo
Grupo, período, bloco 14 (IIIA), 6, p
Densidade, dureza 11340 kg/m3, 1,5
Aparência Branco Azulado
Número CAS
Número EINECS
Propriedade atómicas
Massa atômica 207,2(1) u
Raio atómico (calculado) 154 pm
Raio covalente 147 pm
Raio de Van der Waals 202 pm
Configuração electrónica [Xe]4f14 5d10 6s2 6p2
Elétrons (por nível de energia)
Estado(s) de oxidação
Óxido
Estrutura cristalina Cúbica de face centrada
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido
Ponto de fusão 600,61 K
Ponto de ebulição 2022 K
Entalpia de fusão 177,7 kJ/mol
Entalpia de vaporização 4,799 kJ/mol
Temperatura crítica K
Pressão crítica Pa
Volume molar m3/mol
Pressão de vapor 4,21 x 10−7 Pa a 600 K
Velocidade do som 1260 m/s a 20 °C
Diversos
Eletronegatividade (Pauling) 2,33
Calor específico 129 J/(kg·K)
Condutividade elétrica 4,81 x 106 m−1·Ω−1 S/m
Condutividade térmica 35,3 W/(m·K)
1º Potencial de ionização 715,6 kJ/mol
2º Potencial de ionização 1450,5 kJ/mol
3º Potencial de ionização 3081,5 kJ/mol
4º Potencial de ionização 4083 kJ/mol
5º Potencial de ionização 6640 kJ/mol
6º Potencial de ionização {{{potencial_ionização6}}}
kJ/mol
7º Potencial de ionização {{{potencial_ionização7}}}
kJ/mol
8º Potencial de ionização {{{potencial_ionização8}}}
kJ/mol
9º Potencial de ionização {{{potencial_ionização9}}}
kJ/mol
10º Potencial de ionização {{{potencial_ionização10}}}
kJ/mol
Isós mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
202Pb sintético 52500 a α
ε 2,598
0,050 198Hg
202Tl
204Pb 1,4% >1,4 x 1017 a α 2,186 200Hg
205Pb sintético 1,53 x 107 a ε 0,051 205Tl
206Pb 24,1% estável (com 124 nêutrons)
207Pb 22,1% estável (com 125 nêutrons)
208Pb 52,4% estável (com 126 nêutrons)
210Pb sintético 22,3a α
β 3,792
0,064 206Hg
210Bi
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.
|
Foto: quimlab.com.br |
Literatura
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Science, 160, p. 413-415, 1968.
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Lead: New Tool for Authentication. In: Curator, 11, No.
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McGraw-Hill, 2001
Referências:
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2009
Ache Tudo e Região