A saíra-amarela (Tangara
cayana) é uma ave passeriforme da família
Thraupidae. Também é conhecida popularmente
pelos nomes saí-de-asas-verdes, saí-amarelo,
saíra-cabocla, saíra-tamanduá (Espírito Santo),
capelo e sanhaço-caboclo (Minas Gerais), guriatã-do-coqueiro
(Rio Grande do Norte) e sanhaçu-macaco (Ceará),
frevicente (Pernambuco), sanhaço-íris (São
Paulo).
Foto David Campos - Nome popular,(ave dançarina
de Caiena ou vinda de Caiena.)
O macho possui uma plumagem de coloração
amarelo-dourada e uma notável máscara negra, que
se estende pela garganta e passa pelo meio de
toda a barriga, a qual é diferente nas diversas
subespécies, que são divididas em dois grupos:
cayana e flava. O grupo cayana é encontrado na
região norte da Amazônia e os machos não possuem
a máscara negra, mas apenas uma mancha escura ao
redor dos olhos. O grupo flava é encontrado na
maior parte do Brasil, da região Nordeste até a
Sudeste e Centro-Oeste, e os machos possuem a
extensa máscara negra.
A fêmea é mais pálida e não possui a máscara de
cor negra. Em ambos os Patologias as asas apresentam
uma coloração verde brilhante.
Pesa cerca de 20
gramas e mede 15 centímetros.
Essa saíra se
alimenta de frutos e insetos como cupins e
vespas. Costuma frequentar comedouros e árvores
com frutos maduros, como a aroeira-vermelha (Schinus
terebinthifolia), magnólia (Magnolia spp) e
tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa).
Reprodução
O ninho, em forma de taça aberta, é feito com
folhas, raízes e capins e envolto por finas
raízes. Ele é colocado em ramos com folhas a
cerca de 2 metros do solo, em árvores baixas e
isoladas. A postura consta normalmente de 2 ou 3
ovos.
Os ovos são esbranquiçados, azul-pálidos ou
branco-pardos com manchas pardas num dos polos.
A fêmea, embora auxiliada pelo macho, é a
responsável pela maior parte da construção do
ninho, incuba os ovos e aquece os filhotes.
Durante este período o macho permanece nas
proximidades do ninho e alguns podem alimentar a
fêmea. O macho auxilia também na alimentação dos
filhotes.
Habita matas
abertas e ciliares, áreas cultivadas, parques e
jardins. Vive aos pares ou em pequenos grupos.
Subespécies
Existem 7
subespécies reconhecidas e são divididas em 2
grupos: cayana e flava. Alguns estudiosos
defendem que o melhor seria dividi-las em duas
espécies diferentes Tangara cayana e Tangara
flava. A diferença básica entre os dois grupos é
que no grupo cayana, o negro se limita à máscara,
enquanto que no grupo flava, o negro se estende
pelo peito e alto da barriga.
GRUPO cayana: Ocorre na região norte da Amazônia,
nos seguintes países: Brasil, Suriname, Guiana
Francesa, Guiana, Venezuela e Colômbia.
Cayana (Linnaeus, 1766) - E-Colômbia (S de Meta
e Vaupés) e Venezuela (S para Cerro Yapacana, em
C Amazonas, e Bolívar), localmente através das
Guianas ao litoral NC Brasil (Amapá); populações
isoladas no nordeste do Peru, SE Peru e Bolívia
adjacente N e C no Brasil (R Madeira; R Negro).
Fulvescens (Todd, 1922) - Colômbia, em ambas as
encostas da Cordilheira dos Andes E no final N
(S de Norte de Santander).
Similar à anterior, mas de maior tamanho e de
cor mais pálida.
GRUPO flava:Flavo: adj. Louro, fulvo, dourado.
Ocorre na maior parte do Brasil. É encontrado
nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Também ocorre no Paraguai e no norte da
Argentina.
Huberi (Hellmayr, 1910) - Ilha de Marajó (NE do
Pará), no N Brasil.
Esta subespécie é
intermediária entre os grupos cayana e flava. As
partes inferiores são similares à chloroptera,
mas o negro é menos intenso. os flancos e as
coberteiras caudais inferiores são similares à
cayana. Interessante observar que as fêmeas
desta subespécie também possuem asas e caudas
azuis.
Flava (JF Gmelin, 1789) - NE Brasil (CE Pará; C
Maranhão e Ceará N S N para Goiás e Bahia S).
Similar em tamanho à anterior, mas sua coloração
é, no geral, mais escura e suas coberteiras
inferiores das asas são amarelas esbranquiçadas.
Máscara negra menor que em chloroptera.
sincipitalis (Berlepsch,
1907) - Goiás (exceto N), na CE Brasil.
Distingue-se das anteriores por possuir uma
faixa frontal amarelo-amarronzada e as costas
possuem uma tonalidade esverdeada.
Margaritae (JA
Allen, 1891) - C Brasil (Mato Grosso).
Semelhante à
chloroptera, mas suas costas possuem uma
tonalidade esverdeada, como sincipitalis.
Chloroptera (Vieillot, 1819) - Sudeste do Brasil
(Minas Gerais, São Paulo e Paraná para o Rio
Grande do Sul), Paraguai e E NE Argentina
(Misiones).
É de grande tamanho, com a máscara negra se
estendendo através da garganta, peito e até o
alto da barriga. A coroa e as costas são
amareladas, enquanto as coberteiras inferiores
das asas são negras (ao invés de esverdeadas).
Distribuição
Geográfica
Ocorre no Brasil,
Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia,
Venezuela, Guiana, Suriname e na Guiana Francesa.
Risco de extinção
Devido ao
desmatamento e agrotóxico indiscriminado, a ave
esta desaparecendo do Brasil.
Referências
Infonatura - Animais e ecossistemas da América
Latina. Disponível em:
http://www.natureserve.org/infonatura/. Acessado
em: 05.03.2009
Arthur Grosset's Birds. Disponível em
http://www.arthurgrosset.com/sabirds/burnished-bufftanager.html.
Acessado em: 05.03.2009 (Em inglês)
Aves no Campus - Cidade Universitária Armando de
Salles Oliveira. Disponível em:
http://www.seed.pr.gov.br/portals/portal/usp/primeiro_trimestre/imagens/Aves/
aves_no_campus/f_emberizidae_thraupinae.html.
Acessado em: 05.03.2009
Portal Ambiente Brasil. Disponível em:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./especie/fauna/index.html&conteudo=./especie/fauna/aves/tangara.html.
Acessado em: 05.03.2009
LIMA, Pedro. 2006. Aves do Litoral Norte da
Bahia. 661 p.
The Cornell Lab of Ornithology - Disponível em
http://neotropical.birds.cornell.edu/portal/species/identification?p_p_spp=607916.
Acesos em 15 OUt 2012
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