Geografia da �frica do Sul

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A �frica do Sul tem uma paisagem variada. Na parte ocidental, estende-se um grande planalto composto em parte por deserto e em parte por pastagens e savanas, cortado pelo curso do rio Orange e do seu principal afluente, o Vaal. A sul, erguem-se as cordilheiras do Karoo e, a leste, o Drakensberg, a maior cadeia montanhosa da �frica meridional. A norte, o curso do rio Limpopo serve de fronteira com o Botswana e o Zimbabwe.

O clima varia entre uma pequena zona de clima mediterr�nico, no extremo sul, na regi�o do Cabo, a des�rtico a noroeste. No Drakensberg h� �reas com clima de montanha.

A maior cidade � Joanesburgo. A Cidade do Cabo, Durban e Pret�ria s�o outras cidades importantes.
A popula��o da �frica do Sul � de 43.647.658 habitantes e a densidade populacional de 36,05 hab./km�.

A taxa de natalidade � de 18,87% e a taxa de mortalidade � de 18,42%. A esperan�a m�dia de vida � de 46,56 anos. O valor do �ndice do Desenvolvimento Humano (IDH) � de 0,684 e o valor do �ndice de Desenvolvimento ajustado ao G�nero (IDG) � de 0,678. Estima-se que em 2025 a popula��o diminua para 35.109.000 habitantes, como consequ�ncia da expans�o da epidemia de SIDA.

Os negros correspondem a 76% da popula��o total, os brancos representam 13% e as etnias restantes s�o 11%. As l�nguas oficiais s�o o Afric�nder (l�ngua materna de 14% da popula��o), Ingl�s (8%), Zulu (22%), Xhosa (17%), Swati (2%), Ndebele (1%), Sotho Meridional (7%), Sotho Setentrional (9%), Tsonga (4%), Tswana (8%) e Venda (2%).

A popula��o negra � composta por quatro grandes grupos �tnicos e todos eles falam as l�nguas bantas que prov�m do subgrupo Benue-Congo, da fam�lia da l�ngua do N�ger-Congo. O grupo Nguni inclui v�rios indiv�duos Xhosa, Zulu, Swasi e Ndebele que, juntos, s�o mais de metade da popula��o negra. O grupo Sotho-Tswana inclui um grande n�mero de pessoas Sotho, Pedi e Tswana. Os Tsonga e os Venda constituem outros dois fortes grupos lingu�sticos.

Os brancos do pa�s falam afric�nder ou ingl�s e descendem, na maior parte, de colonos holandeses e alem�es ou de emigrantes brit�nicos. Os maiores grupos religiosos incluem-se no cristianismo: a Igreja Negra Independente, a Igreja Afrikaans Independente, o Catolicismo Romano, os Metodistas, o Anglicanismo e o Luteranismo; tamb�m se professam as cren�as tradicionais, o Hindu�smo e o Isl�o.

A �frica do Sul est� dividida em 9 prov�ncias: Cabo Ocidental, Cabo Oriental, Cabo Setentrional, Estado Livre, Gauteng, KwaZulu-Natal, Limpopo, Mpumalanga e Noroeste.
 

Cultura

N�o existe uma �nica cultura da �frica do Sul devido � diversidade �tnica do pa�s, e cada grupo racial tem a sua pr�pria identidade cultural. Isto pode ser apreciado nas diferen�as na alimenta��o, na m�sica e na dan�a entre os v�rios grupos. H�, no entanto, alguns tra�os unificadores. A culin�ria sul-africana � fortemente baseada em carne e gerou a reuni�o social tipicamente sul-africana chamada braai. A �frica do Sul tamb�m se tornou num grande produtor de vinho, possuindo algumas das melhores vinhas do mundo nos vales em torno de Stellenbosch, Franschoek e Paarl. A pouco habitual comida r�pida que consiste de grilos fritos tamb�m � comum na �frica do Sul.

Existe uma grande diversidade na m�sica da �frica do Sul. Muitos m�sicos negros que cantavam em afrikaans ou ingl�s durante o apartheid passaram a cantar em l�nguas africanas tradicionais, e desenvolveram um estilo �nico chamado kwaito. Digna de nota � Brenda Fassie, que alcan�ou fama gra�as � sua can��o "Weekend Special", cantada em ingl�s. M�sicos tradicionais famosos s�o os Ladysmith Black Mambazo, e o Quarteto de Cordas do Soweto executa m�sica cl�ssica com sabor africano. Os cantores sul-africanos brancos e mesti�os tendem a evitar temas musicais tradicionais africanos, preferindo estilos mais europeus. Existe um bom mercado para m�sica afrikaans, que cobre todos os g�neros da m�sica ocidental.

A maioria negra do pa�s ainda tem um n�mero substancial de habitantes rurais que levam vidas bastante pobres. �, no entanto, entre estas pessoas que a m�sica e dan�as tradicionais sobrevivem. � medida que os negros se foram tornando cada vez mais urbanizados e ocidentalizados, aspectos da cultura tradicional come�aram a cair no esquecimento. Os negros urbanos geralmente falam ingl�s ou afrikaans para al�m da sua l�ngua natal. Existem grupos mais pequenos mas ainda significativos de falantes de l�nguas khoi-san, que n�o s�o l�nguas oficiais mas s�o uma das oito l�nguas oficialmente reconhecidas. Existem pequenos grupos de falantes de l�nguas amea�adas, muitas delas pertencentes � fam�lia khoi-san, e que n�o t�m nenhum estatuto oficial. Alguns grupos no interior da �frica do Sul, no entanto, est�o a tentar promover o seu uso.

A minoria branca tem um estilo de vida que � em muitos aspectos semelhante aos estilos de vida da Europa Ocidental, Am�rica do Norte e Austral�sia. A inimizade hist�rica entre os brancos de l�ngua afrikaans e de l�ngua inglesa deu lugar a gracejos puramente amig�veis.

Apesar de terem sofrido muita descrimina��o durante o apartheid, os mulatos tendem a relacionar-se mais com a cultura branca sul-africana do que com a negra, em particular a comunidade de l�ngua afrikaans, cuja l�ngua e cren�as religiosas s�o semelhantes ou id�nticas �s dos b�eres brancos. Uma pequena minoria de "mulatos", conhecidos como malaios do Cabo, s�o mu�ulmanos.

Os asi�ticos, predominantemente de origem indiana, preservam a sua pr�pria heran�a cultural, l�nguas e cren�as religiosas, professando ou o hindu�smo ou o isl�o sunita, e falando ingl�s, com l�nguas indianas como o Telugu ou o Gujarati a ser faladas com menos frequ�ncia. Existe uma comunidade chinesa bastante mais pequena, se bem que o seu n�mero tenha vindo a crescer devido � imigra��o de Taiwan. Uma vez que os taiwaneses eram classificados como brancos e n�o como asi�ticos durante o apartheid, eles tendem a ser em muitos aspectos mais semelhantes aos brancos do que aos outros asi�ticos.

O crime � um problema s�rio na �frica do Sul, especialmente o crime violento. De acordo com um estudo das Na��es Unidas (veja os resultados) a �frica do Sul ocupa o primeiro lugar no assass�nio com arma de fogo, no homic�dio involunt�rio, na viola��o e na agress�o. � segundo em homic�dio e quarto em roubo. Este facto teve um impacto profundo na sociedade: muitos dos sul-africanos mais ricos mudaram-se para comunidades fechadas, trocando os bairros comerciais de algumas cidades pela relativa seguran�a dos sub�rbios. Este efeito � mais pronunciado em Joanesburgo, embora a tend�ncia tamb�m se note noutras cidades. Muitos emigrantes sul-africanos afirmam que o crime foi uma motiva��o para a sua sa�da do pa�s.

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