Começa nos idos de 1650, quando é assinalada a
presença humana na região do ponto de vista
documental. Porém, séculos antes, os índios já a
habitavam.Através de seus rios, cachoeiras,
florestas abundantes, vales e montanhas, que até
hoje são preservados como se fossem um presépio
de grandes dimensões, a região foi recebendo
lentamente os primeiros fazendeiros. De origem
portuguesa, esses primeiros habitantes da
civilização ocidental traziam uma cultura
superior.
Assinalada pelas
construções, pela técnica empregada na
agricultura e na criação de animais, esses
primeiros habitantes iniciaram suas fazendas e
foram trazendo aos poucos as primeiras sementes
de fruta do além mar. Os portugueses eram
eminentemente trabalhadores. Rasgavam o sertão
com técnica e disciplina.
Cultuavam o
cristianismo de forma acentuada. Mas não tinham
muitos cuidados cristãos quando o objetivo era
criar as suas vilas e propriedades. Tentavam
submeter os índios à disciplina do trabalho.
Tarefa difícil porque os índios tinham costumes
também muito arraigados. Viviam da caça e da
pesca na região. E não estavam acostumados a ter
patrão. Sempre que eram submetidos à pressão,
eles fugiam e iam para outras terras.
Com dificuldades para
obter trabalhadores nativos, os portugueses
realizaram a grande empreitada de trazer para o
Brasil os negros africanos, que eles bem
conheciam graças às viagens transoceânicas.
Porém. não há nenhum registro de que Jarinu
tenha alcançado este estágio de forma acentuada,
uma vez que existe entre os descendentes de
escravos de Jundiá a tradição oral de que entre
o Caxambu e Jarinu existiu um quilombo de
escravos fugitivos de fazendas da região. Ora, o
quilombo só existiu em regiões onde não havia
escravidão.E assim os historiadores acreditam
que Jarinu não foi palco de atração de grandes
levas de escravos.
A Fundação - Através
de escrituras e documentos da época, já se podia
assinalar em 1765 a existência de pelo menos
duas centenas de propriedades rurais. Mas como
demonstra o historiador de Jarinu Lázaro de
Siqueira, em 1786, Lorenço Franco da Rocha era
nomeado capitão do bairro de Campo Largo,
primitivo nome de Jarinu. Ele era casado com
Dona Rita Cássia de Moraes, filha do Capitão
Francisco Lourenço Cintra.
Consta que Dona Rita
de Cássia de Moraes era profunda conhecedora de
ervas medicinais amplamente existentes.
Conhecimento esse adquiriu através dos índios e
também da tradição da vida Portuguesa. Muitas
das ervas européias que hoje são abundantes no
Brasil vieram para cá em sementes ou em pequenos
vasos trazidos por portugueses. E assim, a casa
de Dona Rita era muito visitada por pessoas
necessitadas. Deste modo, a casa de Capitão
Lourenço Franco da Rocha era o centro da nossa
civilização da região.
Em 1796, Jarinu
possuía 496 habitantes. Em 1807, o Capitão
Lourenço Franco e sua esposa, através de
escritura pública, desmembram sua fazenda e doam
à freguesia a gleba de terras para o inicio do
novo município. Em razão desta doação a fundação
do município foi reconhecida como sendo deste
casal, que constitui o marco inicial do
município, em 1807. Em 1811, o Capitão Lourenço
Franco da Rocha.
E já em 1814, ele e
seu compadre Inácio Caetano da Silveira,
representando Jarinu, tomam parte na reunião
preparatória dos estudos para a construção da
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A
tradição oral dos negros evidencia que foram
poucos os escravos existentes na região de
Jarinu. E alguns deles ajudaram a construir as
primeiras edificações públicas.
No início do século
XIX, documentos oficiais evidenciam que a região
era maior produtora de açúcar e álcool do Estado
de São Paulo. E a partir dessa formação agrícola
e industrial, muitas terras novas foram sendo
ocupadas e tudo indica que a tradição da
cana-de-açúcar tenha alcançado Jarinu e deixado
marcas profundas na vida econômica do município.
Posteriormente, com a chegada do café, novas
terras foram conquistadas, e o café, que se
espalhou rapidamente pelos sete municípios que
hoje compõem a Grande Jundiaí, também penetrou
fundo nas fazendas de Jarinu.
Quando o
café alcançou o município de Bragança Paulista,
houve um grande movimento para construção de
Estrada de Ferro Bragantina que, saindo de Campo
Limpo, Botujuru, Campo Largo e outras terras da
região, chegava a Bragança. Porém, o importante
era a conexão em Campo Limpo com a Estrada de
ferro Santos a Jundiaí. Essa conexão permitia
que toda a produção desta região fosse
transportada para São Paulo, Santos, depois
embarcada para o exterior, e também alcançasse o
interior através da Companhia Paulista de
Estrada de Ferro e da Sorocabana.
Informações Gerais -
JARINU se destaca pelo seu clima considerado o
2° MELHOR CLIMA DO MUNDO. Segundo os dados da
UNESCO, com temperatura média oscilante entre
18ºc e 28ºc, mais frios entre 15ºc e 16ºc, com
exceções nos dias de geada, que podem ocorrer um
ou dos dias na estação de inverno.
mais
historias
O antigo Distrito de Campo
Largo do Atibaia, mais tarde Jarinu, tem duas
correntes de opinião quanto aos fundadores: uma,
de tradição popular, atribui a José Inácio da
Silveira (ou da Silva) e outros. Uma segunda
corrente atribui ao Capitão Lourenço Franco da
Rocha e sua mulher Rita de Cássia Moraes que, em
1807,constituiram um patrimônio doando parte de
suas terras no local onde hoje se ergue a
cidade.
Em 12 de outubro de 1830, a
capela de Nossa Senhora do Carmo foi elevada a
Curato. A povoação em torno da capela elevada à
categoria de Freguesia (Distrito), em 1842, cuja
instalação ocorreu no ano seguinte.
Em
1895, houve uma tentativa de emancipação, porém,
quando a Câmara de Atibaia foi consultada sobre
a conveniência de se constituir o novo
município, essa Casa não reconheceu a utilidade
da medida por não ter sido reclamada pelo povo
do Distrito, que passou a denominar-se Jarinu,
que corresponde, na língua Tupi, à anterior
denominação portuguesa de Campo Largo.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Freguesia
criada com a denominação de Campo Largo, por Lei
Provincial no 3, de 05 de fevereiro de 1842, no
Município de Atibaia.
Em divisão
administrativa do Brasil referente ao ano de
1911, figura no Município de Atibaia o Distrito
de Jarinu.
Tomou o nome de Jarinu por
Lei Estadual nº 1257, de 29 de setembro de 1911.
Em divisão referente ao ano de 1933, o
Distrito de Jarinu permanece no Município de
Atibaia.
Em divisões territoriais
datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, figura o
Distrito judiciário de Jarinu no Município de
Atibaia.
No quadro anexo ao Decreto-lei
Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o
Distrito de Jarinu permanece no Município de
Atibaia. No quadro fixado, pelo Decreto Estadual
nº 9775, de 30 de novembro de 1938, para
1939-1943, o Distrito de Jarinu permanece no
Município de Atibaia, assim figurando no quadro
fixado, pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, de
30 de novembro de 1944, para vigorar em
1945-1948.
Elevado à categoria de
município com a denominação de Jarinu, por Lei
nº 233, de 24 de dezembro de 1948, desmembrado
de Atibaia. Constituído do Distrito Sede. Sua
instalação verificou-se no dia 19 de abril de
1949.
Fixado o quadro territorial para
1949-1953, o Município é composto do Distrito
Sede. Assim permanece
o quadro
territorial fixado para 1954-1958, pela lei nº
2456, de 30-XII-1953. Em divisão territorial
datada de 01-VII-1960, o município é constituído
do Distrito Sede. Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 15-VII-1999.
Referencias IBGE Wikipedia Ache Tudo e
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