O município de
Jales, um dos mais novos de Estado, surgiu de um
racional plano de arquitetura e urbanismo, que
atesta a clarividência de seus primeiros
colonizadores. Entre eles destacam Euplhy Jalles,
seu fundador, Aristóphalo Brasileiro de Souza,
José Nunes de Brito, Ataíde Gonçalves da Silva,
João Mariano de Freitas, Jorge Batista, Pedro
Marcelino, José Baspilia, Juvêncio Pereira de
Brito, Manoel Paz Landim, João Mariano de
Freitas Filho, Altino Antônio de Oliveira e
Alfredo Barbour.
Jales
foi fundada a 15 de abril
de 1941. O município foi criado por determinação
da Assembléia Legislativa Estadual de acordo com
o projeto de lei Qüinqüenal, da Divisão
Territorial, Administrativa e Judiciária do
Estado e elaborado pela comissão de Estatística,
em cumprimento à Resolução nº 1 de 15 de janeiro
de 1948.
Datam de
sua fundação os primeiros
prognósticos e estudos feitos sobre as enormes
possibilidades da região com finalidades de
favorecer sua expansão. Riscaram as zonas
urbanas e suburbanas, em função dos futuros
melhoramentos e também com o fim de incrementar
as pequenas propriedades agrícolas.
Criou-se um plano de aproveitamento do solo para
a cultura racional e intensiva do café, algodão,
arroz e cereais em geral, com o aproveitamento
de maquinaria por meio de processos técnicos e
modernos. Com apenas 100 habitantes, iniciou-se
como pequena vila. Com o correr dos tempos,
maravilhados com as possibilidades da região,
começaram a aparecer os pioneiros e a aumentar a
população. Expandiu-se assim, a cidade nos
moldes pré-estabelecidos.
Jales
foi elevada a Distrito de
Paz pelo Decreto Lei 14.334 de novembro de 1944.
Foi elevado a categoria de município por força
da Lei 233, de 24 de dezembro de 1948.
Suas
terras fertilíssimas são
produtos de aluviões dos grandes rios. O solo
oferece características próprias para a formação
de excelentes pastagens, recurso natural que
incentiva a pecuária.
Nas
glebas mais elevadas
aparece um solo formado por terras silico
argilosa massapé ou roxa, variedade rica para a
policultura.
A sede municipal fica situada na antiga vila do
mesmo nome, e com terras do ex-distrito de Jales,
antes incorporados ao município de Fernandópolis.
Jales contava até 1993 com três distritos: A
sede Municipal (Jales), Vitória Brasil e
Pontalinda. É sede de comarca pela Lei 1.940 de
03 de dezembro de 1952. A comarca abrange Jales,
Santa Albertina, Mesoplis, Pontalinda, Vitoria
Brasil, Dirce Reis e Paranapuã.
LEVANTAMENTO HISTÓRICO DAS FONTES PRIMÁRIAS DE
TRADIÇÃO ORAL DO MUNICÍPIO
O senhor Gonçalves de Athayde da Silva, recordou
fatos e fez declarações importantes sobre a
história de Jales, principalmente do período que
precedeu a fundação da cidade.
Athayde era um
homem que trazia
no semblante as marcas da luta árdua dos
bandeirantes em busca de ouro e pedras preciosas
do século XX contra as matas virgens, onde seu
papél era de destrui-la e levar as madeiras
nobres como o Pau-Brasil. No seu rosto queimado
pelo sol as rugas se destacavam. Dentes fortes,
proeminentes e enegrecidos, demonstram que fuma
há muito tempo. Nasceu em Viradouro, no dia 9 de
abril de 1.915. É casado e teve 10 filhos, e
como lavrador trabalhou numa fazenda em Nova
Itapirema, pertencente ao espólio do Dr. Euphly
Jalles.
Tranqüilo e
lúcido recorda com muita
facilidade os seus primeiros dias em Jales, onde
se ouvia o rugir das onças, quase todos as
noites, atualmente quase extintas. Ele conta que
a mudança de sua família de Uchoa onde morava,
até o córrego do Feijão Frio, durou 15 dias e
foi feita por carro de boi. ? As picadas?
DEPOIMENTO DO SR. ATHAYDE GONÇALVES DA SILVA
Eu estava a
caminho de Tanabi, à cavalo, quando na venda do
Procópio, pouco adiante de onde hoje está
Pontalinda, encontrei o Dr. Euphly Jalles pela
primeira vez. Corria o ano de 1939. O Dr. Estava
num caminhão e vinha acompanhado pelo Domingos
Paz Landim.
Pelo Aristóphano Brasileiro de Souza, o Duquinha,
pelo João Lapiá, pai do Nego Lapiá, pelo Zé
Cearense e outros que agora não me recordo.
Neste dia o Dr. Euphly Jalles me convidou para
eu abrir estrada para os lados de onde hoje é
Jales. Empreitei com o Dr. Euphly Jalles a
abertura das estradas, na base de 400 réis o
quilometro.
Devo ter aberto com meus peões mais de 30
quilômetros de estradas no meio da mata virgem.
Fiz a ligação do quebra Cabaça com o Córrego da
Figueira a Outros.? E continua, ?Acabei
comprando por aqui 20 alqueire de terras do Dr
Euphly Jalles por seis contos de réis. Construí
um rancho e trouxe a minha família que morava no
Lageado.
Eu já era casado e tinha filhos. Minha terra
ficava na cabeceira do Marimbondo, hoje ela
estaria dentro da cidade. Quem fez a minha
mudança foi o Nivaldo de Paula, que era
considerado um carrinheiro dos bons, Naquele
tempo o carro de boi era o quebra-galho.
O Dr. Euphly Jalles pretendia fundar a cidade;
inicialmente ele escolheu um local que não deu
certo. Era onde hoje existe a caixa D? água.
Fizemos limpeza no terreno, mas, como tinha
muito declive, ele resolveu abandonar a idéia.
Tempos depois o Dr Euphly me procurou no rancho,
ele estava decidido a fundar a cidade e ia
determinar outro local. Ele ficou no meu rancho
por doze dias seguidos, estudando o problema.
Nossa comida era arroz, feijão e carne de
queixada.
Certo dia saímos de manhã bem cedinho. Na frente
ia meu peão abrindo picada. Eu e o Dr. Euphly
carregando os instrumentos de medição no meio do
mato. Trabalhamos quase o dia todo sem comer e
sem beber nada. Só tínhamos no estômago o café
da manhã. O local definido era onde está hoje o
Grupo (Escola) e a Casa da Lavoura na Rua Um com
a Rua Oito. Nesse dia o Dr. Euphly mandou que eu
escolhesse uma quadra para mim. Eu não queria
saber de nada. Estava com uma fome danada e só
queria voltar para casa.
Dias depois, o Dr. Eufhly fundava Jales. Ele
acreditava no seu crescimento e repetiu o dia
todo que ela ia ser uma grande cidade.
Naquele
dia eu senti que ele
acreditava mesmo em Jales. Eu confesso que não.
A cidade foi fundada, cresceu e eu ajudei no que
pude. Fui até delegado. Naquele tempo era
nomeado e não ganhava nada. Só trabalho e dor de
cabeça.?
Domingos Paz
Landim, residente
à Rua 13 nº 620 em Jales, filho de Francisco Paz
Landim e Hermínia Rosalina dos Passos, nasceu em
São Raimundo Nonato ? PI, em 20 de dezembro de
1916.
Foi um dos
pioneiros na formação de
Jales, veio do Piauí para o Estado de São Paulo,
se estabeleceu em Altair vindo para Jales em
1939 para conhecer a região. Lutou muito pelo
progresso de Jales, possui propriedade no
município. Ocupou cargos onde demonstrou seu
trabalho e seu dinamismo.
DEPOIMENTO DE DOMINGOS PAZ LANDIM
Em junho de 1.940,
fomos convidados pelo Sr. Duquinha, encarregado
de vender as terras do Dr. Euphly.
Saímos de Rio
Preto, passamos em
Monte Aprazível e seguimos pela Boiadeira (estrada)
e depois de mais ou menos quatro dias de viagem
chegamos e hospedamos em uma fazendo no córrego
da Pimenta que o Tonico Garcia era o encarregado.
Ele, solicitado pelo Dr. Euphly, forneceu
animais para a caravana ir ver as terras que
ficava na cabeceira do córrego do Marimbondo.
Assim, seguimos em trilhos margeando o Córrego
mais oito quilômetros, e onde é o retiro do Dr.
Euphly e a reserva de mato. Morava em um racho
um caboclo que se chamava Manoel Costa. Este nos
recebeu muito bem ali, deixamos a tropa e
seguimos a pé fazendo picada no mato, até
encontrarmos o espigão, onde hoje é a estrada de
ferro. Dr. Euphly parou e disse que a estrada de
ferro Araraquarense, já decretado pelo
Governador Ademar de Barros, passaria pelo
espigão do rio Grande com o Rio São José dos
Dourados, e assim ele iria fundar uma vila ali,
para quando a Estrada de Ferro chegasse já
encontraria a vila, e que, se nós quiséssemos,
ele venderia chácaras em volta da futura cidade.
De volta pela Boiadeira, na venda do Procópio
onde hoje é Pontalinda, estava o Athayde
Gonçalves esperando o Dr. Euphly para pegar
alguma empreitada na fazenda, pois soube que o
Dr. Tinha trazido arame para fazer cerca, mas o
Dr. Euphly empreitou para derrubar dois
alqueires de mato no espigão na cabeceira do
Córrego do Marimbondo e fazer uma picada que
passasse até a ponta da futura vila. Seguimos de
volta e a certa altura paramos na beira de um
córrego para matutar, onde o Sr. Duquinha
perguntou ao Dr.
Euphly o nome da futura cidade. O Dr. Euphly
achou a idéia interessante e disse que todos
deviam escolher o nome para a cidade, e o nome
que tivesse mais acie, digo, aceitação teria a
aprovação dele. Estávamos sentados em círculo e
o Dr. Euphly faz a pergunta um a um, primeiro ao
Sr. Duquinha, este respondeu que sugeria o nome
de ?Jales? pois era o sobrenome do fundador e em
seguida foi a minha vez que aproveitei a
sugestão do Sr. Duquinha aprovando o nome de ?Jales?
e assim, sucessivamente, todos aprovaram e o Dr.
Anunciou que a futura cidade chamaria ?Jales? e
dali seguimos anunciando a nova cidade.
JALES E SUA HISTORIA
Enquanto
homens heróicos,
dedicados ao trabalho, derrubando matas e
arrancando do solo as riquezas indispensáveis à
manutenção, iam, aqui e ali fazendo uma clareira
na mata, o Dr. Euphly Jalles sonhava com a
fundação de uma cidade, com possibilidades para
tornar se estável e que viesse a ser acolhedouro
de uma civilização condgna.
Não medindo sacrifícios, alimentando-se de caças
sofrendo toda espécie de hostilidades, de
insetos e animais selvagens, dormindo ao relento,
embrenha-se no sertão em busca da concretização
de seu sonho. Procede um estudo do solo, examina
as posições e todas as possibilidades de
substâncias para uma avantajada aglomeração
humana.
Depois de tudo bem estudado, conclui ser
conveniente a criação de uma cidade em região
que era totalmente coberta de matas virgens.
Primeiramente prepara quatro ofícios,
comunicando sua intenção de fundar uma cidade.
Envia o primeiro a Getulio Vargas, um para o
interventor do Estado que, era, nesta época, o
Sr. Ademar de Barros, os outros aos Prefeitos de
Tanabi e Pereira Barreto, Respectivamente.
Depois munido de ferramentas adequadas e rodeado
de diversos colaboradores, penetra no sertão de
machado em punho. Confia a tarefa de derrubada
do mato virgem a Athayde Gonçalves da Silva,
João mariano de Freitas (Lapiá pai), José Nunes
Brito, Jorge Batista, Pedro Marcelino, José
Basílio, Juvêncio Pereira de Brito, Aristóphano
Brasileiro de Souza, José Rosa e tantos outros.
Dotados de espírito de luta, que não mediram
esforços, não se curvando ante as incertezas que
lhes podia acontecer ao encontra o desconhecido.
Athayde Gonçalves, pegando a empreitada penetra
no mato a dentro fazendo a derrubada da parte
onde se localiza hoje a Vila São Jose, Lapiá (pai),
Pedro Marcelino, aproveitando, lança à terra a
primeira semente, produzindo a primeira colheita.
Através de picadas no mato foram feitas as
demarcações do perímetro e verificada a
inaptidão do terreno para localização da cidade,
procede-se outra derrubada no lugar onde está
Praça João Mariano de Freitas antiga Praça
Bandeirantes (conhecida com Praça do Jacaré).
Era apenas uma roçada de pouco mais de dois
quarteirões.
Junto a
esta picada no mato, que
caia para dar lugar à nova cidade, na
fervescente ansiedade de se ver brotar na mata
virgem uma civilização, iam chegando daqui e
dali, os soldados do desbravamento, tirando das
selvas verdes a sua vestimenta, para dar lhes
novos matizes de casas e lavouras e o colorido
de homens e animais. Ângelo Pedreira da Silva
constrói a primeira casa que passa a ser
habitada por José Rosa. Jorge José Batista abre
o primeiro boteco e já se vê ao cair da tarde, a
rodinha para tomar aperitivo e recordar as
anedotas.
O cair das matas fazia surgir enfermidades
várias e aparece o Moacir vendendo drogas. Mas
Moacir não ficou muito tempo e logo foi
substituído por Simão de Souza Nobre, que
instalou a primeira botica. João Missena se
dispõe a abrir a primeira pensão. A parte de
carpintaria estava a cargo de Pereira da Silva,
o mesmo que ajudaria a construir o cruzeiro.
Para chegar as margens do Marimbondo, vindo de
Votuporanga, o caminhão que trouxera a família
de Lapiá e de Pedro Marcelino, levou dois dias.
E das imediações do retiro Tamburi ao atual
Largo de Santo Expedito foi preciso todo um dia
de carro de boi. Mas por fim surgiu a via de
transporte ligando Votuporanga e Vila Pereira à
nascedoura Jales. Esta primeira estrada foi
construída às espensas exclusivas do Dr. Euphly
Jalles, até a nascente de Estrela D? Oeste foi
construída no meio da mata, sem nem uma clareira
sequer e o heróico homem desta construção foi o
empreiteiro Altino Antonio de Oliveira.
A estrada partiu de Jales e sua continuação de
Estrela D? Oeste para frente também foi
construída pelo Dr. Euphly Jalles que conseguiu
do prefeito de Tanabi um auxilio de 500 mil réis
por quilometro. A estrada foi inaugurada pelo
Dr. Euphly jalles que saiu de Jales ás 18:00
horas do dia 31 de dezembro de 1.941 arrastando
seu pé-de-bode, e chegou a São José do Rio Preto
às 06:00 horas da manhã do dia 01 de janeiro de
1.942, foi uma grande corrida.
Ao
cair da tarde de 15 de
abril de 1941 toda a população se reúne no largo
para levantar o madeiro, marco comemorativo do
1º aniversário da morte de uma floresta e
nascimento de uma cidade. Fica na terra a cruz
histórica.
Presente ao ato comemorativo estava o
representante de igreja Padre Vitor, que a noite
celebrou missa campal encerrando as festividades
do 1º aniversario. No vertiginoso desenrolar de
seu progresso logo se fez necessária sua
elevação a distrito, o que se deu três anos após
a sua fundação, pelo decreto Lei nº 14.334, de
30de novembro de 1.944.
Criado o distrito, o alvo era a criação do
município, também, a emancipação. Euphly Jalles,
que lutou para a criação do distrito e o
contemplou, também lançou se à luta para criação
do município e ai também a este viu brotar
heroicamente pelo decreto Lei nº 233 de 24 de
dezembro de 1.948 por determinação da Assembléia
do Estado de acordo com o projeto de Lei
Qüinqüenal, elaborado pela Comissão de
Estatística, em cumprimento à Resolução nº 1
de15 de janeiro de 1.948. Era a terceira vitória
da cidade e seu fundador.
Depois de
muita luta do então
prefeito Euphly Jalles, eleito nas primeiras
eleiçoes municipais em 1949, conseguiu mais uma
vitória para Jales, que foi a elevação à
categoria de comarca pela Lei nº 1.940 de 03 de
dezembro de 1.952 e a instalação se deu somente
em 25/05/1.953.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com a denominação de Jales, por
Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro
de 1944, com terras desmembradas do Distrito de
Igapira, no Município de Fernandópolis. No
quadro fixado pelo referido Decreto-lei para
vigorar em 1945-1948, o Distrito de Jales figura
no Município de Fernandópolis. Fixado o quadro
para vigorar em 1949-1953, o Distrito de Jales
permanece no Município de Fernandópolis.
Elevado a
categoria de município
com a denominação de Jales, por Lei Estadual nº
233, de 24 de dezembro de 1948, desmembrado de
Fernandópolis. Constituídos de 5 Distritos:
Jales, Dolcinópolis, Palmeira d?Oeste, Três
Fronteiras e Vitória Brasil. Sua instalação
verificou-se no dia 15 de abril de 1949.
No quadro fixado pela Lei Estadual nº 2456, de
30 de dezembro de 1953, para vigorar em
1949-1953 composto dos Distritos de Jales,
Dolcinópolis, Palmeira d? Oeste, Pontalinda,
Santa Albertina, Urânia e Vitória Brasil,
comarca de Jales, menos o Distrito de Três
Fronteiras, transferido para o município de
Santa Fé do Sul.
Lei Estadual no 2456, de 30 de dezembro de 1953,
transfere o Distritos de Três Fronteiras para o
Município de Santa Fé.
Lei Estadual no 5285, de 18 de fevereiro de
1959, desmembra do Município de Jales os
Distritos de Dolcinópolis, Palmeiras d?Oeste,
Santa Albertina e Urania.
Em
divisão territorial
datada de 01-VII-1960, o município é constituído
de 4 Distritos: Jales, Pontalinda, São Francisco
e Vitória Brasil.
Lei Estadual no 8092, de 28 de fevereiro de
1964, desmembra do Município de Jales o Distrito
de São Francisco.
Lei Estadual no 7644, de 30 de dezembro de 1991,
desmembra do Município de Jales o Distrito de
Pontalinda.
Lei Estadual no 8550, de 30 de dezembro de 1993,
desmembra do Município de Jales o Distrito de
Vitória Brasil.
Em
divisão territorial
datada de 01-VI-1995, o município é constituído
do Distrito Sede.
Assim
permanecendo em divisão
territorial datada de 15-VII-1999.
Referencias
IBGE
Ache Tudo e Região |
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o portal
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