A descoberta de ouro em meados do século
XVIII nos sertões do Cataguás ( atualmente estado de Minas Gerais),
promoveu uma intensa movimentação àquela região do país (ainda inóspita)
no período.
Levas de aventureiros se arriscaram por trilhas incertas
buscando a oportunidade de enriquecimento.
Enquanto desbravadores provinientes do Rio de Janeiro procuravam
alcançar as "minas" circundando a Serra da Mantiqueira por sua face norte,
adentrando naquela região pela parte que hoje se convencionou chamar de
Zona da Mata de Minas Gerais, os paulistas e bandeirantes encontraram na
face sul dessa cadeia montanhosa um caminho mais facilitado, visto que um
oportuno vão de passagem entre as encostas permitia o trânsito com menor
sacrifício.
Nesse trajeto, foram formando diversos pousos e paragens, que
visavam reabastecimento dos viajantes, dando assim base de formação a
inúmeros municípios hoje existentes.
O lugar, inicialmente conhecido como Embaú, fixava-se ainda em
ponto intermediário de comunicação entre as capitais das províncias de São
Paulo e Rio de Janeiro, o que favoreceu ainda mais sua solidificação,
visto que servia também de parada para as tropas e negociantes que
circulavam entre esses dois, já então, grandes centros mercantis.
O núcleo fortaleceu-se, e seus habitantes passaram a ampliar as
atividades agrícolas, no intento de comercializar seus excedentes aos
ávidos compradores que por ali tinham de trafegar. Os resultados desse
intento mostraram-se tão favoráveis que permitiram, no ano de 1846, a
elevação do lugar em condição de freguesia, passando a se chamar Nossa
Senhora da Conceição do Embaú.
Passados 25 anos desse fato e, acrescido o desnsenvolvimento que
se deu, foi alcançado a situação de vila, mudando seu nome para Nossa
Senhora da Conceição do Cruzeiro, em alusão a ter-se localizado na ocasião
em seu território o marco que havia definido a separação das capitanias de
São Paulo e Minas Gerais, ocorrida 150 anos antes e que possuía o formato
de uma cruz.
O núcleo mais povoado desenvolveu-se ao lado da estação
ferroviária ali instalada em 1890 ficando conhecido como Povoado da
Estação, tornado posteriormente a sede atual do município.
Considerando-se o contigente humano que ali vivia,
justificava-se seu erguimento a condição de município, fato efetivado em
1901 em um ato legislativo datado do dia 02 de outubro daquele ano.
O surto de desenvolvimento causado pela implantação da Rodovia
Presidente Dutra, nos anos 50 deste século, impulsionou a formação de
centros industriais ao longo de seu eixo, que vieram beneficiar ainda mais
a economia local, refletindo-se na instalação de um amplo parque de
comércio regional que atualmente merece destaque em Cruzeiro.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Freguesia criada com a denominação de Nossa
Senhora da Conceiçào do Embaú, por Lei nº 5, de
19 de fevereiro de 1846, no Município de Lorena.
Elevado a vila com a denominação de Conceição do
Cruzeiro, por Lei provincial no 8, de 06 de
março de 1871, desmembrado de Lorena.
Constituído do Distrito Sede.
Decreto Estadual nº 190, de 3 de junho de 1891,
transfere a vila Conceição de Cruzeiro para a
povoação da Estação de Cruzeiro com o nome de
Vila Novais.
Lei Estadual nº 45, de 18 de julho de 1892,
reconduz o Município de Estação do Cruzeiro à
categoria de Distrito, incorporando ao Município
de Conceição do Cruzeiro (extinto).
Lei Estadual no 789, de 02 e outubro de 1901,
transfere a Sede do Município de Cruzeiro (antigo
Conceição do Cruzeiro) para o Distrito Estação
do Cruzeiro, elevando a categoria de município
com a mesma denominação, retornando o Município
de Cruzeiro (antigo conceição do Cruzeiro) a
condição de distrito, incorporando ao Município
de Estação do Cruzeiro.
Cidade por Lei Estadual nº 1038, de 19 de
dezembro de 1906.
Em divisão administrativa referente ao ano de
1911, o Município de Cruzeiro se compõe de 2
Distritos: Cruzeiro e Embaú.
Em divisão administrativa referente ao ano de
1933, o Município de Cruzeiro se compõe de 2
Distritos: Cruzeiro e Embaú.
Decreto-Lei Estadual no 7054, de 03 de abril de
1935, cria o Distrito de Itagaçaba e incorpora o
Município de Cruzeiro.
Lei Estadual no 2821, de 31 de dezembro de 1936,
desmembra do Município de Cruzeiro o Distrito de
Embaú.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936
e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao
Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de março de
1938, o Município de Cruzeiro compreende o único
termo judiciário da comarca de Cruzeiro e se
divide em 2 Distritos: Cruzeiro e Itagaçaba.
Pelo Decreto Estadual nº 9775, de 30 de novembro
de 1938, o Distrito de Cruzeiro, no Município de
Cruzeiro, adquiriu o território do extinto
Distrito de Itagaçaba, do mesmo Município de
Cruzeiro.
Em 1939-1943, o Município de Cruzeiro é composto
de 1 único Distrito, Cruzeiro, sub-dividido em 2
zonas: 1º, Cruzeiro e 2º Itagaçaba e é termo
único da comarca de Cruzeiro.
Pelo Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de
novembro de 1944, a 1º zona Distrital de
Cruzeiro passa a ser 1º subdistrito e a 2º zona
Distrital de Cruzeiro ( Itagaçaba ) passa a ser
2º subdistrito.
No quadro fixado, pelo referido Decreto-lei
14334, para vigorar em 1945-1948, o Município de
Cruzeiro ficou composto de 1 único Distrito,
Cruzeiro com 2 subdistritos: 1º e 2º e
constituiu o único termo judiciário da comarca
de Cruzeiro a qual é formada pelos Municípios de
Cruzeiro e Lavrinhas.
Permanece composto do Distrito, Cruzeiro (2
subdistritos), comarca de Cruzeiro, nos quadros
fixados pelas Leis Estaduais nos 233, de
24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-1953, para vigorar,
respectivamente, nos períodos 1949-53 e 1954-58.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído do Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada
de 15-VII-1999.
REFERENCIAS
Wikipedia
IBGE
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