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HISTORIA DE ÁGUAS DA PRATA |
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A inauguração da estrada de ferro e consequentemente da Estação do Prata, em
1886, marca o início das atividades do que viria a ser depois um povoado.
Águas da Prata situa-se em parte da antiga Fazenda do Alegre e da antiga
Fazenda do Prata. Gabriel José Ferreira foi um dos herdeiros de Mariana
Antonio de Jesus e Antonio Rabelo de Carvalho. Os demais fazendeiros
residiam todos em suas propriedades.
Extinto o ciclo do ouro, o café passou a determinar a evolução econômica de
São Paulo e do Brasil. Colhido e ensacado, o café descia a serra em lombo de
burros até a Estação do Prata. Ali, era embarcado para Santos ou São Paulo.
Os fazendeiros desciam a cavalo com a tropa, permanecendo na Estação da
Mogiana, para assistir ao embarque e acondicionamento do café, nos vagões de
carga. Eram obrigados a esperar horas e às vezes dias, para o embarque do
café, daí nasceu a idéia de construir casas ao redor da Estação.
primeiro grande edifício foi construído pelo fazendeiro Gabriel José
Ferreira. O exemplo surtiu efeito. Outros edifícios foram sendo construídos.
Em 1912, foi feio o primeiro loteamento onde hoje é a área central da
cidade, também por Gabriel José Ferreira. Contrariando toda a tradição
histórica brasileira, em que os povoados surggem ao redor da igreja, Águas
da Prata nasceu ao redor da estação, em função do ciclo do café. O segundo
ponto que evocou o povoamento foi a água mineral.
Descoberta das águas
A descoberta, propriamente dita, da
primeira fonte se deu muito antes deste ciclo, embora tenha caído no
esquecimento.
1876, o dentista Rufino Luiz de Castro Gavião, de São João da Boa Vista,
durante uma caçada nas matas da Fazenda do Alegre, descobriu a primeira
fonte de água mineiral da região de Águas da Prata.
Narrou o fato aos engenheiros da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e ao
Coronel Gabriel José Ferreira, proprietário das terras onde se localizavam
as fontes.
Praticamente, a fonte foi esquecida até 1912 quando já havia as primeiras
casas ao redor da Estação da Mogiana, foi novamente notificada a existência
da fonte hidromineral, ficando comprovado, após novos exames, o seu alto
valor de mineralização.
A primeira captação de água mineral da estância data de 1913; a Fonte
Antiga, localizada, hoje, nas proximidades da empresa Águas Prata.
As águas desta fonte, altamente bicarbonatada, já foram comparadas às de
Vichy, na França. Jornais tradicionais de todo o estado começaram a nomear
Águas da Prata como Vicky Brasileira. Logo depois, deu-se a descoberta das
demais fontes.
Emancipação
Em 3 de julho de 1935, Águas da Prata passou a município, desmembrando-se de
São João da Boa Vista e recebendo o nome de Estância Hidromineral de Águas
da Prata.
Durante muitos anos, a Estância foi administrada por prefeitos nomeados pelo
governador.
Em 29 de abril de 1979, o povo elegeu seu primeiro dirigente: Luís Wolgran,
que administrou a cidade até o final de 1982.
O turismo
O primeiro hotel, construído em 1915, por Tonico Vilela (Antonio Vilela de
Carvalho), foi o hoje extinto "Hotel Glória", que se chamou também
"Guilherme", "Costa" e "Radium". O prédio margeava a rua Dr. Brandão. O
hotel foi demolido em 1974, para liberar a vista do Balneário Antonio
Vilela. Em 1916, o Cel. Gabriel José Ferreira construiu o "Grande Hotel
Prata", hoje "Hotel Prata". Em seguida veio o "São Paulo Hotel", construído
pelo fazendeiro Ernesto de Oliveira, em 1921. Foi o maior hotel construído.
Em suas dependências encontrava-se o Cassino, que durante anos foi ponto de
referência de jogadores de todo o estado. Águas da Prata chegou a ter quatro
cassinos, tamanha era a procura por turistas.
Hoje, dentre as suas atrações, destaca-se o Balneário, cuja área construída
é a maior da América Latina. Somam-se a isso, as inúmeras cachoeiras,
trilhas e fontes de águas minerais.
Destacados nomes da literatura brasileira, como Menotti Del Pichia e
Monteiro Lobato, foram grandes frequentadores da estância.
Cascata:
na fronteira com Minas
O bairro Cascata era a antiga Fazenda Pinheirinhos, propriedade dos irmãos
Junqueira: Emerenciano Gabriel e Joaquim. O obelisco da Cascata foi fixado
em 31 de julho de 1937, como marco comemorativo do acordo que deu longo
litígio entre São Paulo e Minas Gerais, pela posse das terras.
O mais provável é que a povoação da Cascata tenha surgido durante a
construção da Estrada de Ferro da Mogiana. Os acampamentos eram feitos em
pontos estratégicos, tornando-se uma cidade provisória. Registros históricos
dão conta que a povoação da Cascata é anterior à de Águas da Prata. Constiui
uma localidade histórica, pelo fato de constituir terra fronteiriça entre
dois estados, que, durante séculos, brigaram pelos seus limites.
Durante a revolução de 1932, as tropas paulistas ficaram aquarteladas na
Estação de Águas da Prata. Quando houve o encontro das tropas paulistas e
mineiras, a Cascata tornou-se palco de luta.
São Paulo lutava pela volta de um governo democrático, em choque com o
governo da União, que na ocasião era absolutista, após a queda de Washington
Luiz e a tomada de poder por Getúlio Vargas.
Ali, caíram paulistas e federalistas. O seu solo foi regado com sangue
derramado por ideais antagônicos de patrícios empolgados numa guerra civil.
A guerra que fez com que a Nação voltasse a gozar dos privilégios de país
democrático, com governo representativo.
São
Roque: um bairro perto do céu
São Roque da Fartura, cujo acesso se dá pela estrada que liga Águas da Prata
à Poços de Caldas, pouco antes da divisa com Minas, é uma região que ficou
próxima de lugares marcados por conflitos entre paulistas e mineiros, mas
que constitui, por sua situação geográfica, ponto de encontro dos que moram
em São João da Boa Vista: a região azulada das serras, que ora parecem
diáfanas, ora compactas, pela mudança de temperatura.
O povoado foi se formando em terras que, de primeira mão, pertenceram a João
Francisco Dutra, depois foram sendo recortadas em prósperos sítios. Ali,
como acontece até hoje, viviam basicamente sitiantes, plantadores de batatas
e cultivadores do café da serra, o "café fino" (cultivo que praticamente
desapareceu). Estas terras pertencentes a diversos herdeiros, desmembradas,
formaram a Fazenda Sobradinho. Foi um desses herdeiros, o Capitão João Urias
da Silva, que doou um alqueire de terra para o patrimônio religioso, onde
foi construída a Igreja, e outro alqueire para a colocação de um Cruzeiro,
dando início ao povoamento do bairro.
A família de João Paina doou o terreno onde foi construído o cemitério e
Felipe Urtado Serrati doou a área para a construção da escola estadual, a
qual leva o nome do fundador: Capitão João Urias.A manutenção do local em
terras paulistas deu-se após a abertura da estrada que leva ao Mirante, por
Gerônimo Ribeiro.
Hoje, o principal ponto deste sub-distrito é o Pico do Mirante, local de
onde é possível avistar seis cidades.
A comunidade se orgulha dos seus pontos de atração, muitos ainda
inexplorados. São inúmeras as cachoeiras, quedas d'água, trilhas e cavernas
existentes no local, bem como em todo o município.
(texto extraído do caderno informativo
"Redescobrindo Águas da Prata",
publicado no jornal "O Município", de São João da Boa Vista, de 5 de
julho de 1997,
baseado em "História de São João da Boa Vista"
de Maria Leonor Alvarez Silva e Matildes Rezende Lopes Salomão,
e nos arquivos do jornal "O Município")
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