Descrição
Escudo redondo português, encimado pela coroa mural privativa das
municipalidades. No centro da coroa há um
escudete,
com a meia lua, que recorda o orago da cidade: Nossa Senhora da Conceição.
Criado pela lei municipal de 14 de abril de 1930.
No primeiro (à esquerda), em campo vermelho (goles), um "gibão de armas"
dos bandeirantes de São Paulo, ao natural, passado de três flechas de
prata, e um rio de prata com três bagres nadantes de sable (preto),
recordando que o nímio bandeirante da Franca era "Pouso dos Bagres",
para os sertanistas que se dirigiam às terras, hoje de Minas Gerais e de
Goiás.
Partido (à direita), também de vermelho, com um leão rompente e duas
coroas: uma real de Portugal em 1818 e outra imperial do Brasil.
O leão é o das armas da Vila Franca, em Portugal; e as coroas recordam que
Franca se chamou Vila Franca Del Rei e Vila Franca do Imperador.
No segundo (em baixo), em campo azul (bleau), uma cidade fortificada, de
prata, assente em terreno, ao natural, recorda a resistência tenaz, oposta
pelos francanos à intrusão e invasão do território de sua Vila pelas
autoridades limítrofes de Minas Gerais. A bandeira, arvorada no parapeito
do baluarte, traz o braço armado de prata, sobre o fundo de goles do
brasão da cidade de São Paulo.
Como tenentes: à senestra, um capitão general, fardado de gala, com as
insígnias da Ordem de Cristo, recorda a personalidade de Antônio José de
Franca e Horta, "Governador e Capitão General da Capitania de São Paulo,
professo da Ordem de Christo, fidalgo da Casa de Sua Alteza Real"; à
destra, um homem vestido de couro, armado de bacamarte e trazendo a
garrucha à cinta, recorda a personalidade, célebre na história francana,
de Anselmo Ferreira de Barcelos, promotor da Anselmada, a revolta de 1938
reivindicadora das liberdades populares espesinhadas pelos régulos locais
daquele tempo.
No listel, enramados de ramos de café frutados, alusivos à grande lavoura
do município, e de hastes de capim mimoso, tão característico dos nossos
campos, a ponto de se chamar, antigamente, o território de Franca "Campos
de Capim Mimoso", inscreve-se em letras de goles, em campo de prata, a
divisa, que é alusiva à resistência de Franca às pretensões mineiras:
"GENTI MEAE PAULISTAE FIDELIS" - "Fiel à minha grei paulista".
O Brasão é de autoria do historiador Dr. Affonso D'Escragnolle Taunnay e
foi desenhado pelo artista Henrique Manza, de São Paulo.
A lei municipal nº 144 de 26 de janeiro de 1955 fez colocar no Brasão de
Franca nove estrelas, simbolizando os noves voluntários francanos que
tombaram durante a Revolução Constitucionalista de 32.
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