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  GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL  
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O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localizado na Região Sul, possui como limites o estado de Santa Catarina ao norte, o oceano Atlântico ao leste, o Uruguai ao sul e a Argentina a oeste. Sua capital é o município de Porto Alegre.

É o estado mais meridional do país, conta com o quarto maior PIB - superado apenas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais populoso e o quinto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado.

O estado possui papel marcante na história do Brasil, tendo sido palco da Guerra dos Farrapos, a mais longa guerra civil do país. Sua população é em grande parte formada por descendentes de portugueses, alemães, italianos, africanos e indígenas. Em pequena parte por espanhóis, poloneses e franceses, dentre outros imigrantes.

Em certas regiões do estado, como a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul, ainda é possível ouvir dialetos da língua italiana (talian) e do alemão (Hunsrückisch, Plattdeutsch).

Esse estado brasileiro originalmente teve sua economia baseada na pecuária bovina que se instalou no Sul do Brasil durante o século XVII com as missões jesuíticas na América, e posteriormente expandiu-se aos setores comercial e industrial, especialmente na metade norte do Estado.

 

Hino: Hino do Rio Grande do Sul
Gentílico: gaúcho ou sul-rio-grandense

Localização

- Região Sul
- Estados limítrofes Santa Catarina (norte), Argentina (oeste) e Uruguai (sul)
- Mesorregiões 7
- Microrregiões 35
- Municípios 496
Capital Porto Alegre
Área
- Total 281 748,538 km² (9º)
População 2009
- Estimativa 10 914 128 hab. (5º)
- Censo 2000 10 187 798 hab.
- Densidade 38,74 hab./km² (13º)
Economia 2008
- PIB R$193,500 bilhões (4º)
- PIB per capita R$17.825 (6º)
Indicadores 2008[3]
- Esper. de vida 75,3 anos (3º)
- Mort. infantil 13,1‰ nasc. (1º)
- Analfabetismo 5,0% (6º)
- IDH (2005) 0,832 (5º) – elevado
Fuso horário UTC-3
Clima subtropical Cfa/Cfb
Cód. ISO 3166-2 RS

Bandeira do Rio Grande do Sul

Brasão do rio Grande do Sul


 

 

Etimologia

 

O nome do estado originou-se de uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa dos Patos fosse a foz do Rio Grande, que já era demonstrado em mapas neerlandeses, décadas antes da colonização portuguesa na região. Pelo que se sabe até agora, o primeiro cartógrafo dos Países Baixos a registrar a Lagoa dos Patos, ainda considerada o Rio Grande, foi Frederick de Wit, em seu atlas de 1670. Já o primeiro registro cartográfico feito por um neerlandês a mostrar o suposto rio com um formato próximo ao que é conhecido hoje da referida lagoa foi Nikolaus Visscher, em 1698. Apesar de ele não ter sido o primeiro a mencionar os índios Patos que habitavam suas margens e boa parte do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, foi ele quem associou o nome à lagoa. Por volta de 1720, açorianos vindos de Laguna vieram à região de São José do Norte buscar o gado cimarrón vindo das missões, possibilitando a posterior fundação da cidade de Rio Grande, no ano de 1737. A partir do nome do município, surgiu também o nome do estado do Rio Grande do Sul.

 

O estado do Rio Grande do Sul ocupa uma área de 281.748,538 km²[9] (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador) e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT. Todo o seu território está abaixo do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sul, fazendo fronteiras com o estado de Santa Catarina e dois países: Uruguai e Argentina. É banhado pelo oceano Atlântico e possui duas das maiores lagoas do Brasil: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, além de possuir uma das maiores lagunas do mundo: a Lagoa dos Patos, que possui água salobra.

Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.

Geologia e relevo


Serra Geral.

 

O estado do Rio Grande do Sul apresenta, em sua maior parte, relevo baixo, com setenta por cento de seu território a menos de 300m de altitude. A única porção elevada, com mais de 600m de altitude, no nordeste, compreende 11% da superfície total. Podem-se descrever quatro unidades morfológicas no estado: a planície litorânea, o planalto dissecado de sudeste, a depressão central e o planalto basáltico.

Planície costeira


Também conhecida como planície litorânea. Toda a fachada leste do estado é ocupada pela planície litorânea, que consiste em terrenos arenosos com cerca de 500 km de extensão no sentido nordeste-sudoeste e largura muito variável. Os areais se desenvolvem tanto nas margens orientais quanto nas ocidentais das lagoas dos Patos e Mirim. Essas lagoas apresentam um desenho característico, com recorte lobulado, em virtude das pontas de areia que de uma e outra margem se projetam para dentro delas. Ao contrário do que acontece no interior das lagoas, a linha da costa apresenta traçado regular. A planície litorânea é constituída pela justaposição de cordões litorâneos (restingas), que às vezes deixam entre si espaços vazios ocupados por lagoas alongadas ou banhados (antigas lagoas colmatadas).

 

Planalto Dissecado de Sudeste

Também denominado impropriamente Serras de Sudeste, o planalto dissecado de sudeste compreende um conjunto de ondulações cujo nível mais alto não ultrapassa 500 m. Trata-se de um planalto antigo, cuja superfície tabular só foi preservada entre alguns rios. Esses terrenos pré-cambrianos constituem o chamado escudo rio-grandense e ocupam toda a porção sudeste do estado, formando uma área triangular cujos vértices correspondem aproximadamente às cidades de Porto Alegre, Dom Pedrito e Jaguarão. O conjunto está dividido, pelo vale do rio Camaquã, em duas grandes unidades, uma ao norte e outra ao sul, denominadas serras de Herval e Tapes, respectivamente. É o domínio típico das campinas, cuja melhor expressão é encontrada na campanha gaúcha.

Depressão Central


Constituída por terrenos da era paleozoica, a Depressão Central forma um arco em torno do planalto dissecado de sudeste, envolvendo-o dos lados norte, oeste e sul. Forma um amplo corredor com aproximadamente cinquenta quilômetros de largura média e 770 km de extensão, dos quais 450 no sentido leste-oeste, 120 no sentido norte-sul e 200 no sentido oeste-leste. A grafia suave e a pequena altitude em relação ao nível do mar (menos de cem metros), permitem classificar a depressão central como uma planície suavemente ondulada.

Coxilhas das Serras de Sudeste, no município de Morro Redondo.



Cânion de Itaimbezinho.Representa a porção sul do Planalto Meridional do Brasil. O norte e parte do oeste do estado são ocupados pelo Planalto Basáltico, que descreve uma meia-lua em torno da depressão central. Esse planalto, que tem como traço marcante a estrutura geológica, é formado pelo acúmulo ou empilhamento de sucessivos derrames basálticos (isto é, derrames de lava), intercalados de camadas de arenito. Alcançam espessura muito variável. No nordeste do estado registra-se a espessura máxima, responsável pela maior elevação do planalto nessa área.

A superfície do planalto apresenta uma inclinação geral de leste para oeste. No nordeste, junto ao litoral, alcança sua maior elevação, entre 1.000 e 1.100m; em Vacaria atinge 960m; em Carazinho, 602m. Em Cruz Alta, 469m; no extremo oeste do estado, junto à barranca do rio Uruguai, não ultrapassa cem metros. A grafia é plana ou levemente ondulada, mas os rios, que banham a parte mais elevada, abriram nela profundos sulcos ou vales, isolando compartimentos tabulares.

Um aspecto saliente do planalto é a forma de transição para as terras mais baixas com que se articula. A nordeste, cai diretamente sobre a planície litorânea, com um paredão íngreme ou escarpa, de quase mil metros de desnível: são os chamados "aparados da serra". Os rios favorecidos pelo forte declive abriram aí profundas gargantas ou taimbés. Nesse trecho, próximo à divisa com Santa Catarina, a escarpa à borda do planalto corre paralela à costa. À altura de Osório, desvia-se bruscamente para oeste e a partir daí vai diminuindo progressivamente de altura. Nesse trecho voltado para o sul, os rios que correm para a depressão central abriram amplos vales. O rebordo do planalto basáltico recebe no Rio Grande do Sul, como nos demais estados meridionais, a denominação de Serra Geral.

Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo


São os mais importantes vales do Rio Grande do Sul, sendo o Vale do Taquari o mais fértil do Brasil e o terceiro mais fértil do mundo. No Vale do Taquari se destacam além da agricultura, atividades industriais e um forte comércio, principalmente nas cidades de Lajeado e Estrela. Em Lajeado ocorre uma das maiores feiras de exposição do RS, a EXPOVALE. A cidade possui também o maior comércio dos vales, com lojas de destaque como Lojas Colombo, Casas Bahia, Subway (rede de fast-food) e o Unicshopping. No Vale do Rio Pardo a maior e mais importante cidade é Santa Cruz do Sul é a mais populosa dos vales, mas tem mais força industrial.

 

 

 

Planalto Basáltico Cânion de Itaimbezinho.

Hidrografia

Lista de rios do Rio Grande do Sul

A rede de drenagem compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação. Toda a região ocidental do estado e uma estreita faixa de terras ao longo da divisa com Santa Catarina pertencem à bacia do Uruguai. Compreende, além do rio Uruguai e seu formador, o Pelotas, os afluentes da margem esquerda: o Passo Fundo, o Ijuí, o Piratini, o Ibicuí, e o Quaraí.

À vertente atlântica pertence toda a metade oriental do estado, drenada por rios cujas águas, antes de atingir o Atlântico, vão ter a uma das lagoas litorâneas. Assim, a lagoa Mirim recolhe as águas do rio Jaguarão, a lagoa dos Patos, as dos rios Turuçu, Camaquã e Jacuí, as deste último por meio do estuário denominado Guaíba. A lagoa dos Patos se comunica com a lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo, e com o Atlântico por meio da barra do Rio Grande. Além das duas grandes lagoas, há numerosas outras, menores, na planície litorânea, entre elas a Itapeva, dos Quadros, do Peixe e Mangueira.

 

ClimaO clima no Rio Grande do Sul é subtropical úmido nas partes mais baixas e temperado oceânico nas partes mais elevadas, constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos frescos (com temperaturas baixas para os padrões brasileiros) e verões quentes (amenos nas partes mais elevadas), separados por estações intermediárias com aproximadamente três meses de duração, e chuvas bem distribuídas ao longo do ano.

Devido às diferenças altimétricas, o clima do estado divide-se ainda, segundo a classificação climática de Köppen, nos tipos Cfa e Cfb. O clima oceânico com verões amenos (Cfb) ocorre na Serra do Sudeste e na Serra do Nordeste, onde as temperaturas médias dos meses de verão ficam abaixo dos 22 °C, e o tipo Cfa (subtropical úmido) nas demais regiões, onde a temperatura média do mais quente ultrapassa os 22 °C.

Devido à sua situação latitudinal (inserida no contexto das latitudes médias), o Rio Grande do Sul apresenta características peculiares diferentes do clima do resto do Brasil. As temperaturas do estado, em diversas regiões, estão entre as mais baixas do inverno brasileiro, chegando a -6 °C em cidades como Bom Jesus, São José dos Ausentes e Vacaria, com geadas frequentes e ocasional precipitação de neve.

A temperatura mínima registrada no estado foi de -9,8 °C no município de Bom Jesus, em 1º de agosto de 1955, enquanto a temperatura máxima registrada foi de 45,6 °C em Jaguarão, no sul do estado, em 1943. Municípios como Uruguaiana, Lajeado e Campo Bom destacam-se em recordes de temperaturas altas no verão, registrando valores que, por vezes, chegam aos 40 °C.

 

O estado está ainda sujeito, no outono e no inverno, ao fenômeno do veranico, que consiste de uma sucessão de dias com temperaturas anormalmente elevadas para a estação, isto devido ao Aquecimento Global.

No estado, a neve ocorre com maior frequência nas regiões serranas do nordeste, entre as altitudes de 900 a 1.400 m, denominadas de Campos de Cima da Serra, onde estão as cidades mais frias do país, como São José dos Ausentes, Bom Jesus e Cambará do Sul (acima de 1.000 m de altitude), e Vacaria, São Francisco de Paula, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Esmeralda e Jaquirana (acima de 900 m), locais em que o fenômeno ocorre praticamente em todos os anos (geralmente com fraca intensidade e em poucos dias no inverno), além de outras cidades acima dos 600 metros de elevação, de forma mais esporádica. No resto do estado, a neve é muito rara ou nunca registrada. Porém, fortes geadas podem atingir toda a área estadual, de maio a setembro.

Dos ventos que sopram no estado, dois têm denominações locais: o pampeiro, vento tépido, procedente dos pampas argentinos; e o minuano, vento frio e seco, originário dos contrafortes da cordilheira dos Andes.


Hidrografia


A rede de drenagem compreende rios que pertencem à bacia do Uruguai e rios que correm para o Atlântico. Os rios Jacuí, Taquari, Caí, Gravataí, Guaíba e dos Sinos, entre outros, são razoavelmente aproveitados para a navegação. Toda a região ocidental do estado e uma estreita faixa de terras ao longo da divisa com Santa Catarina pertencem à bacia do Uruguai. Compreende, além do rio Uruguai e seu formador, o Pelotas, os afluentes da margem esquerda: o Passo Fundo, o Ijuí, o Piratini, o Ibicuí, e o Quaraí.

À vertente atlântica pertence toda a metade oriental do estado, drenada por rios cujas águas, antes de atingir o Atlântico, vão ter a uma das lagoas litorâneas. Assim, a lagoa Mirim recolhe as águas do rio Jaguarão, a lagoa dos Patos, as dos rios Turuçu, Camaquã e Jacuí, as deste último por meio do estuário denominado Guaíba. A lagoa dos Patos se comunica com a lagoa Mirim através do canal de São Gonçalo, e com o Atlântico por meio da barra do Rio Grande. Além das duas grandes lagoas, há numerosas outras, menores, na planície litorânea, entre elas a Itapeva, dos Quadros, do Peixe e Mangueira.

 

Vegetação


Dois tipos de cobertura vegetal ocorrem no Rio Grande do Sul: campos e florestas. Os campos ocupam cerca de 66% da superfície do estado. De modo geral recobrem as áreas de grafia regular, plana ou ligeiramente ondulada, ou seja, a depressão central e a maior parte do planalto basáltico.
 

Araucárias, típica dos gelados Planaltos Rio-Grandenses.


As florestas cobrem 29% do território estadual. Aparecem na encosta e nas porções mais acidentadas no planalto basáltico, no planalto dissecado de sudeste e, ainda, na forma de capões e matas ciliares, dispersas pelos campos, que recobrem o resto do estado. Nas áreas de maior altitude, com mais de 400m, domina a chamada mata de pinheiros, uma floresta mista de latifoliadas e coníferas, a chamada mata de pinheiros. Nas demais áreas ocorre a floresta latifoliada.

Nos dois tipos de floresta está presente a erva-mate, objeto de exploração econômica desde o início do povoamento do estado. Em cerca de cinco por cento do território ocorre a vegetação do tipo litorâneo, que se desenvolve nos areais da costa.

 

Parques nacionais

Aparados da Serra (RS-SC), criado pelo decreto 47.446 (7 de dezembro de 1959), com 10.250 ha, onde se encontra o Itaimbezinho, um dos maiores cânions do Brasil.
da Lagoa do Peixe, criado pelo decreto 93.546 (6 de novembro de 1986), com 34.400 ha.
da Serra Geral, RS-SC, criado pelo decreto 531 (5 de maio de 1992), com 17.300 ha, onde estão se destacam cânions como o Fortaleza, o Churriado e o Malacara.


Estação Ecológica do Taim, entre Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, criada pelo Decreto 92.963 (21 de julho de 1987)


Salto do Yucumã, no Parque Estadual do Turvo. Parques estaduaisParque Estadual de Camaquã
Parque Estadual do Caracol
Parque Estadual do Delta do Jacuí
Parque Estadual do Espinilho
Parque Estadual Espigão Alto
Parque Estadual de Itapuã
Parque Estadual de Nonoai
Parque Estadual de Rondinha
Parque Estadual de Tainhas
Parque Estadual de Torres
Parque Estadual da Guarita
Parque Estadual do Turvo
 

Graxains-do-mato no Cânion


Demografia

 

Segundo o censo demográfico de 2000, o Rio Grande do Sul tem uma população de 10 187 798 hab. Em 1991, o estado contava com 9.127.611 hab. Esses números mostram que a taxa de crescimento demográfico na última década foi de 1,2% ao ano, abaixo portanto da média do país como um todo (1,33% anuais). A estimativa para 2006 é de 10.963.219 hab. Ainda segundo o censo de 2000, o Rio Grande do Sul é o sexto estado mais populoso do Brasil e concentra 6,00% da população brasileira. Do total da população do estado, 5.193.079 hab. são mulheres e 4.994.719 hab. são homens.

O Rio Grande do Sul é um estado em que a população urbana supera a rural. Segundo o censo demográfico de 2000, 80,8% dos gaúchos moram em cidades. Nesse mesmo ano a densidade demográfica do estado chegou a 36,14 hab./km², mais de duas vezes superior à do Brasil como um todo (19,92 hab./km²).

A área mais densamente povoada do Rio Grande do Sul é a de Porto Alegre e municípios vizinhos, onde se registram densidades acima de 2.000 hab./km². Seguem-se o litoral norte e a encosta do planalto, a leste da serra Geral e o Vale do Taquari com densidades próximas de 50 hab./km². A zona do alto Uruguai, a noroeste, e as áreas centralizadas por Passo Fundo e Iraí, apresentam densidades entre 30 e 40 hab./km². No sul do estado, as densidades raramente ultrapassam 10 hab./km². Somente em torno de Pelotas a população aparece mais concentrada, chegando a mais de 20 hab./km².

  Ficha técnica

Área 281 748,5 km².
População 10 963 219 (2006)
Densidade 38,9 hab./km² (2000)
Crescimento demográfico 1,2% ao ano (1991-2006)
População urbana 80,8% (2004)
Domicílios 3 464 544 (2005)
Carência habitacional 281 800 (2006)
Acesso à água 84,6% (2005)
Acesso à rede de esgoto 80,7% (2005)
IDH 0,814 (2005)
Número de Municípios 496


 

Evolução demográfica

Evolução demográfica do estado do Rio Grande do Sul.
 



Principais centros urbanos

 

Porto Alegre, a capital do estado, é a décima primeira cidade brasileira em população. Situada à margem do rio Guaíba, Porto Alegre tem um movimentado porto fluvial e é o mais importante centro industrial, comercial e cultural do Rio Grande do Sul. Forma com mais 30 municípios, área metropolitana da Região Metropolitana de Porto Alegre.


Caxias do Sul, segundo maior município do estado e capital da serra Gaúcha é grande produtora de uva e possui um diversificado parque industrial, destacando-se as indústrias de vinho e as metalúrgicas (Caxias do Sul é o segundo Polo Metal-mecânico do Brasil). O município é um dos mais desenvolvidos do estado e também do Brasil. Caxias do Sul possui a décima maior frota de veículos por habitantes do Brasil, sendo 1 carro a cada 1,92 habitantes, superando grandes centros urbanos como Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro.


Pelotas, perto da Lagoa dos Patos, é a terceira cidade mais populosa do Rio Grande do Sul e a maior cidade do sul do estado. Sua economia baseia-se na industrialização da carne e de produtos agrícolas, além do comércio e das instituições de ensino técnico e superior. A cidade também é conhecida por sua gastronomia (e principalmente pelos seus doces), com a realização de uma feira anual chamada Fenadoce.


Canoas e Novo Hamburgo, nas proximidades da capital, destacam-se com centros industriais.


Lajeado, mais importante cidade dos Vales, tem um forte comércio e uma força industrial de nível nacional.


Santa Maria, no centro do estado, é a quinta cidade do Rio Grande do Sul. Importante centro universitário e entroncamento ferroviário, Santa Maria conta ainda com indústrias ligadas ao beneficiamento de produtos agrícolas, principalmente arroz e trigo.


Passo Fundo, no norte do estado é a 12ª cidade mais populosa. Sua base econômica é concentrada basicamente na agropecuária e no comércio. A cidade conta com uma boa infraestrutura em hotéis, lojas de vestuário e eletrodomésticos, shoppings, casas noturnas, restaurantes, cinemas, livrarias e teatros. Considerada polo em saúde, conta com um dos maiores e mais modernos centros médicos do sul do Brasil. O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) tem o terceiro maior e mais moderno centro de radiologia e radioterapia do sul do país, sendo este hospital também, o maior do interior gaúcho. Possui ainda o único banco de tecido ósseo do estado do Rio Grande do Sul.


Erechim, município planejado com base em cidades europeias, é a segunda cidade mais populosa do norte gaúcho. Sua economia é basicamente industrial, sendo um dos maiores polos do ramo no sul do País.


Rio Grande, a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul, sendo também o 11º maior município do estado. Rio Grande está localizada a 56 km ao sul de Pelotas. Tem o maior porto marítimo da Região Sul do Brasil, responsável pela exportação de grande parte da produção agropecuária do estado. O município destaca-se também pelas numerosas indústrias que possui.


Ijuí, localizado no noroeste do Rio Grande do Sul, vem se destacando como cidade universitária, através da Unijuí. É referência em saúde, com 3 hospitais bem equipados: Hospital de Caridade de Ijuí,o Hospital Bom Pastor e o Hospital da Unimed. Com economia baseada na agricultura, comércio e indústria, atualmente vem ampliando seu parque industrial. Na Expo-Ijuí, terceira maior feira do estado, é possível conhecer o comércio, indústria, agropecuária, vestuário, artesanato da região e do estado, além das 11 etnias e suas casas típicas.


Uruguaiana, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, é conhecida por ter o maior porto-seco da América Latina, é o berço do cavalo Crioulo, tem o terceiro melhor carnaval de rua do Brasil, é a maior produtora de arroz do Brasil, teve a primeira refinaria de petróleo do Brasil além de ser berços de um dos maiores grupos de petróleo do Brasil, foi a primeira cidade do Brasil a libertar seus escravos e tem o segundo maior aeroporto do Rio Grande do Sul, o Aeroporto Internacional Rubem Berta. Criada na época da guerra dos farrapos, teve enorme importância por ser uma cidade bifronteiriça, fazendo fronteira com Uruguai e Argentina.
 

Etnias

 

Os principais imigrantes em número foram os portugueses (em grande parte, açorianos), seguidos dos alemães e italianos, que vieram somar-se aos ameríndios e escravos africanos. Também podem-se citar entre os grupos de imigrantes minoritários: espanhóis, poloneses, russos, judeus, árabes, japoneses, argentinos, uruguaios, entre outros.

Atualmente, a população autodeclara-se da seguinte maneira quanto à raça:

 

Milicianos, portugueses e espanhóis

 

Anteriormente, no século XVIII, o Rio Grande do Sul era uma região disputada entre portugueses e espanhóis. A ocupação iniciou-se de fato com os milicianos, que eram tropeiros de São Paulo e Minas Gerais, sendo reforçada com a vinda de casais açorianos na década de 1750. Essa imigração açoriana foi promovida pela Coroa Portuguesa, para estabelecer o domínio português na região.

Os espanhóis introduziram a criação de gado, que rapidamente se tornou a economia predominante no Rio Grande do Sul. A população se concentrava nos pampas, tendo havido uma fusão de costumes espanhóis, portugueses e indígenas, que deram origem ao tipo regional gaúcho. Embora o gaúcho fosse mais português que espanhol, a influência cultural vinda dos países vizinhos tornaram os gaúchos dos pampas bastante hispanizados, a ponto de falarem um dialeto que misturava elementos espanhóis e portugueses.

Povos ameríndios

 

No estado existiu a presença de três grandes grupos indígenas: guaranis, pampeanos e gês.

Antes e mesmo depois da chegada dos europeus, esses grupos indígenas empreenderam movimentos migratórios característicos de seu modo de vida seminômade.

Os guaranis ocupavam as margens da Lagoa dos Patos, o litoral norte do Rio Grande do Sul, as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, incluindo a região dos Sete Povos das Missões. Apesar da variedade de dialetos, o tupi-guarani era o tronco linguístico comum a esses grupos indígenas. Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam o sul e o sudoeste do estado. Os gês possivelmente eram os mais antigos habitantes da banda oriental do rio Uruguai. É provável que essas tribos começaram a se instalar na região por volta do século II a.C. Os gês do atual Rio Grande do Sul foram dizimados pelos bandeirantes, guaranis missioneiros, colonizadores portugueses e ítalo-germânicos.

Ainda hoje existem pequenos grupos que vivem nas reservas de Nonoai, Iraí e Tenente Portela, e que lutam para manter suas identidades. São eles os mbyás-guaranis e os caingangues.

Escravos africanos

 

Africanos e afrodescendentes escravizados foram levados para os territórios do atual Rio Grande do Sul desde os momentos iniciais da ocupação luso-brasileira do litoral, no início do século XVIII. Esse processo se acelerou com a produção de trigo e, a seguir, de charque, a partir de 1780. A produção pastoril e a urbana apoiaram-se também fortemente no trabalho do negro escravizado. Inicialmente, os africanos escravizados no Rio Grande do Sul foram trazidos, em grande número, da costa da atual Angola, em geral desde o porto do Rio de Janeiro.

 

O Rio Grande permaneceu sempre como capitania e província com forte população escravizada, tendo conhecido forte exportação de cativos nascidos no Sul para São Paulo, na segunda metade do século XIX. Fato singular no processo demográfico do Brasil, a população escravizada rio-grandense continuou-se expandindo, mesmo após o fim do tráfico transatlântico de trabalhadores escravizados, em 1850. Foi também muito forte a resistência dos trabalhadores escravizados no Rio Grande do Sul, através de fugas sistemáticas, com destaque para o período da Guerra dos Farrapos, formação de pequenos quilombos, resistência ao trabalho, organização de insurreições.

Imigrantes alemães

A população do Rio Grande do Sul não passava de 100 mil pessoas no ano da Independência do Brasil, composta por estancieiros e seus escravos, sendo a grande maioria concentrada na região dos pampas ou na região de Porto Alegre. Preocupado com a escassez de habitantes e a cobiça dos países vizinhos sobre o Sul do Brasil, o Imperador Dom Pedro I resolveu atrair imigrantes para a região. Casado com a princesa austríaca Dona Leopoldina, o imperador optou pelos imigrantes alemães, conhecidos por serem trabalhadores e guerreiros. O major Antonio Schaffer foi mandado para a Alemanha e ficou responsável por encontrar pessoas que estivessem dispostas a imigrar para o Brasil. Nos arredores de Hamburgo, o major agrupou 9 famílias, ao todo 39 pessoas que, após vários dias de viagem, chegaram ao Rio de Janeiro e mais tarde foram encaminhadas para o Rio Grande do Sul.


Os primeiros alemães chegaram ao que seria atualmente o município de São Leopoldo, a 25 de julho de 1824. Foram-lhes prometidos 50 hectares de terra para cada família, além de porcos, cavalos e sementes para que pudessem se desenvolver. Apenas as terras foram dadas, sendo os alemães prontamente abandonados à própria sorte nos primeiros anos. A região era coberta por florestas e os imigrantes tinham que construir suas próprias casas e desenvolver a terra para sua sobrevivência. Nos primeiros seis anos, entraram no Rio Grande do Sul 5.350 alemães. Apesar de abandonados pelo governo brasileiro, os colonos se expandiram por toda a região do Vale do Rio dos Sinos, mantendo-se distantes dos estancieiros gaúchos que estavam à procura de mão-de-obra barata para criar o gado.
 

Arquitetura alemã em Nova Petrópolis na foto a esquerda.

Nos primeiros cinquenta anos de colonização, foram introduzidos mais de 30 mil alemães no Rio Grande do Sul. Eles se agruparam em diversas colônias rurais, dependendo da região de origem. Porém, com o passar do tempo, houve a mistura de alemães das mais diversas partes da Alemanha. As colônias nasceram principalmente na beira de rios, e ali nascia um novo Rio Grande do Sul, totalmente diferente do mundo gaúcho. Os colonos alemães criaram em terras brasileiras o ambiente que deixaram na Alemanha, mantendo a língua alemã e as tradições germânicas. Mas, com o decorrer da colonização, inevitavelmente os colonos alemães passaram a ter contato com a população gaúcha, ocorrendo o fenômeno do abrasileiramento desses imigrantes.

Na região do Vale dos Sinos, os alemães deram os primeiros passos da indústria brasileira. Ali foram criadas fábricas de sapatos, têxtil e de algodão, principalmente para o mercado regional.



Imigrantes Italianos

Em 1870, o governo do Rio Grande do Sul criou colônias na região das Serras gaúchas e esperava-se atrair 40 mil imigrantes alemães para que ocupassem a região. Porém, as notícias de que os alemães estavam enfrentando problemas no Brasil fizeram com que cada vez menos imigrantes viessem da Alemanha. Isso obrigou o governo a procurar por uma nova fonte de imigrantes: os italianos.

 

Em 1875, chegou o primeiro grupo, oriundo da Lombardia, que se estabeleceu em Nova Milano. Mais grupos, vindos principalmente da região do Vêneto, mas também do Trentino e do Friuli, se instalaram na região onde atualmente estão as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves, Farroupilha e Caxias do Sul. Depois alguns grupos se deslocaram para as regiões de Encantado, Guaporé, Veranópolis, Serafina Corrêa e Casca e, posteriormente, para a região de Santa Maria, Vale Vêneto, Nova Treviso e Silveira Martins.

 

Ali eles passaram a viver da plantação de milho, trigo e outros produtos agrícolas, porém, a introdução do cultivo de vinho na região tornou a vinicultura a principal economia dos colonos italianos. De 1875 a 1914, cerca de 100 mil italianos foram introduzidos no Rio Grande do Sul. A colonização italiana foi efetuada no alto das serras, pois as terras baixas já estavam ocupadas pelos alemães. Assim, nas regiões altas do Rio Grande do Sul, a cultura de origem italiana predomina.

Línguas minoritárias

 

Além do português, no Rio Grande do Sul também são faladas outras línguas como o caingangue ou o mbyá-guaraní, de povos autóctones, e também o Portunhol Riverense em regiões fronteiriças.

Considerável parte do povo gaúcho, em geral os descendentes de imigrantes alemães e italianos, dentre outros, também falam os seguintes idiomas:

Riograndenser Hunsrückisch (um idioma regional sul-brasileiro falado desde há quase dois séculos pela maioria dos teuto-brasileiros no Rio Grande do Sul) também conhecido como alemão hunsrückisch (dialeto da região de Hunsrück / Simmern, na Alemanha). Hoje o número de falantes é de cerca de 200 mil pessoas.


Plattdietch ou plattdüütsch, que é uma junção dos dialetos do baixo-alemão em uma só língua (falado em partes dos Países Baixos, sul da Dinamarca, norte da Alemanha e noroeste da Polônia, com a sua existência linguística reconhecida oficialmente pela União Europeia) ao qual pertence o dialeto Pomerano falado em várias regiões do sul do Brasil, na pequenina vila Dona Otília, localizada no município de Roque Gonzales, e nas cidades de Blumenau e Pomerode, no estado vizinho de Santa Catarina; O termo Plattdeutsch é usado na Alemanha para diferenciar o Hochdeutsch (alemão formal) dos dialetos, sendo todos estes referenciados como Plattdeutsch.


Talian (versão sul-brasileira do vêneto) falado principalmente na região de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e outras cidades e lugarejos da região italiana do Rio Grande do Sul, sendo um patrimônio linguístico aprovado oficialmente no estado.
Castelhano, sem deixar de mencionar o "portunhol" muito falado nas regiões fronteiriças do Brasil com a Argentina e Uruguai, Paraguai etc.);
Em menor escala, ainda existem vários outros núcleos de idiomas e dialetos no Rio Grande do Sul, como polonês, lituano, árabe e iídiche.

 

O estado do Rio Grande do Sul, consoante os ditames contidos na Carta Constitucional da República Federativa do Brasil, é governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e outros tribunais e juízes. Além dos três poderes, o estado também permite a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.

A atual constituição do estado do Rio Grande do Sul foi promulgada em 1989.

O Poder Executivo gaúcho está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. Sua sede é o Palácio Piratini, que desde 1921 é a sede do governo gaúcho.


O Palácio Farroupilha em Porto Alegre.O Poder Legislativo do Rio Grande do Sul é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, localizado no Palácio Farroupilha. Ela é constituída por 55 deputados, que são eleitos a cada quatro anos. No Congresso Nacional, a representação gaúcha é de 3 senadores e 31 deputados federais.

A maior corte do Poder Judiciário estadual é o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, localizada no centro de Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul está dividido em 496 municípios. O mais populoso deles é a capital, Porto Alegre, com 1,4 milhões de habitantes, sendo a cidade mais rica do estado. Sua região metropolitana possui aproximadamente 4,1 milhões de habitantes.


O estado do Rio Grande do Sul possui várias subdivisões, baseadas em aspectos sócio/econômicos, com fins estatísticos, principalmente. O estado é dividido em sete mesorregiões, 35 microrregiões e 496 municípios, segundo o IBGE.
 

1.Mesorregião do Centro Ocidental Rio-Grandense
2.Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense
3.Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre
4.Mesorregião do Nordeste Rio-Grandense
5.Mesorregião do Noroeste Rio-Grandense
6.Mesorregião do Sudeste Rio-Grandense
7.Mesorregião do Sudoeste Rio-Grandense


O estado também é dividido a partir da regionalização do Conselho Regional de Desenvolvimento, criado na primeira métade da década de 1990. Existem atualmente 24 regiões do COREDE.

Economia

Entre os principais produtos agrícolas gaúchos, destacam-se o arroz (5,2 milhões de toneladas), a soja (7 milhões de toneladas), o milho (6 milhões de toneladas), a mandioca (1,3 milhão de toneladas), a cana-de-açúcar (1 milhão de toneladas), a laranja (2 bilhões de frutos) e o alho (24 mil toneladas).

No Rio Grande do Sul, destacam-se os rebanhos bovino (13,6 milhões de cabeças), ovino (4,9 milhões de cabeças) e suíno (4,2 milhões de cabeças). Além disso, a criação de galináceos chega a 112 milhões de aves.

O estado abriga grandes reservas de carvão mineral e de calcário. A extração de água mineral é também importante (aproximadamente 92 milhões de litros anuais).

O parque industrial gaúcho, em franca expansão, dedica-se principalmente aos ramos petroquímico, tabagista, de calçados, de construção, de alimentos e automobilístico.

Graças às paisagens diversificadas, o Rio Grande do Sul atrai turistas por diversos propósitos. Há, no extremo norte, as praias de Torres, vizinhas ao Parque Nacional de Aparados da Serra, que tem se destacado como importante destino de ecoturismo. Os turismos gastronômico (na região de Bento Gonçalves, produtora de vinho) e histórico (na região das missões jesuíticas de São Borja e São Miguel) também são dignos de menção. A capital, Porto Alegre, além de centro cultural de relevância nacional, tem servido de sede de grandes encontros internacionais, especialmente para assuntos relacionados ao Mercosul.

O Rio Grande do Sul dispõe de extensa malha ferroviária, que serve todo o seu território. Além disso, destaca-se a rede de estradas federais e estaduais, que soma aproximadamente 152,2 mil quilômetros. Porém, apenas 10,3 mil quilômetros são pavimentados.

Agropecuária

Com uma expansão vertiginosa de sua cultura na década de 1970, a soja se tornou o principal produto agrícola do Rio Grande do Sul. A área de produção se encontra difundida por todo o quadrante noroeste do estado e compreende algumas porções da depressão central e sobretudo do planalto basáltico. O trigo, cultivado em condições ecológicas muito diferentes, é plantado quer em zonas de campo, quer em áreas florestais. Nas primeiras, assume o caráter de monocultura extensiva e mecanizada. Nas zonas de floresta surge como pequena lavoura integrada no sistema de rotação de cultura praticado por pequenos lavradores. A principal região produtora é o planalto basáltico, sobretudo sua porção ocidental.

O arroz é a cultura típica das áreas de menor altitude do estado. É quase sempre uma cultura irrigada e na planície litorânea, em decorrência da pobreza dos solos arenosos, recebe considerável aplicação de adubos químicos. O milho é cultura bastante difundida nas áreas de solos florestais e está comumente associado à criação de suínos, para o qual contribui como ração. A mandioca tem distribuição geográfica semelhante à do milho. Além de utilizada na alimentação da população rural, é empregada como forragem por criadores de suínos e bovinos.

O cultivo do fumo concentra-se na região da encosta inferior da serra Geral, nas zonas dos rios Taquari e Pardo. Outra cultura importante do estado é a da uva, que se concentra na região da alta encosta da serra Geral, nas zonas dos rios Taquari e Caí.

O Rio Grande do Sul destaca-se por sua produção agropecuária. O gado bovino criado na região do planalto destina-se sobretudo à produção de leite, enquanto que o criado no sul do estado, nos grandes estabelecimentos localizados na região da Campanha, ou estâncias, destina-se ao corte. A criação de ovinos concentra-se sobretudo na porção mais meridional da Campanha enquanto a de suínos, que absorve parte significativa da produção de milho e a mandioca é típica das regiões florestais.

Merecem destaque as pastagens naturais da campanha gaúcha, em sua maioria utilizadas em pastoreio continuado e geralmente em potreiros de grande extensão, de modo a permitir a expansão das atividades pecuárias, de grande repercussão na economia regional.


Extrativismo

As reservas de pinheiros do norte do estado, embora já limitadas em face da exploração intensa, constituem uma das principais riquezas vegetais. Os ervais, em apreciável extensão, também proporcionam extração vegetal para atender ao grande consumo regional. Vegetais taníferos, como, por exemplo, a acácia-negra, embora com produção reduzida, incluem-se entre os principais recursos da região.
 

A erva-mate é um principais produtos extrativistas do Rio Grande do Sul.

 


Entre os produtos minerais do estado destacam-se o cobre e o carvão. O Rio Grande do Sul foi pioneiro no refino de petróleo, com a instalação, em 1932, da Destilaria Sul-Riograndense, em Uruguaiana. Duas refinarias de petróleo e um polo petroquímico, que utiliza matéria-prima da refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobrás (Canoas), dão ao estado posição de destaque na petroquímica nacional. Entre as ocorrências minerais conhecidas encontram-se jazidas de carvão mineral, minérios de cobre, chumbo, tungstênio e cristal de rocha.

Industrias

O Rio Grande do Sul é um dos estados com maior grau de industrialização no país. O principal gênero de indústria é o de produtos alimentícios, responsável por substancial parcela do valor da produção fabril. Seguem-se a metalurgia e as indústrias mecânica, química, farmacêutica, de vestuário e calçado e de madeira e mobiliário.

A área industrial da região de Porto Alegre é a mais desenvolvida do estado. Os principais produtos são carnes frigorificadas, charques, massas alimentícias e óleo de soja. A indústria de calçados e artefatos de couro destaca-se particularmente em Novo Hamburgo, Sapiranga e Campo Bom, e em praticamente todos os outros municípios do Vale dos Sinos. A indústria mecânica e metalúrgica alcançam também considerável expressão, sobretudo em Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Canoas, além de Gravataí, Sapucaia do Sul, Esteio e Sapiranga que possuem grandes empresas do ramo e que também pertencem a Região Metropolitana de Porto Alegre. A esses centros junta-se São Jerônimo, que abriga a usina siderúrgica de Charqueadas.

Outra área industrial é a chamada região de colonização antiga, na qual se integram os municípios de Caxias do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Farroupilha e Santa Cruz do Sul. A atividade fabril é marcada pela produção de vinho e beneficiamento de produtos agropastoris, tais como couro, banha, milho, trigo e fumo.

No restante do estado encontram-se diversos centros industriais dispersos, todos ligados ao processamento de matérias-primas agropastoris. Destacam-se nesse grupo Erechim, Passo Fundo, Santa Maria, Santana do Livramento, Rosário do Sul, Pelotas, Rio Grande e Bagé.

Turismo

O Rio Grande do Sul é um estado com vastas opções de turismo. O estado recebe anualmente cerca de 2,0 milhões de turistas de fora do país. As praias do litoral norte nas cidade de Capão da Canoa, Tramandaí e Torres são as mais conhecidas no estado, esta última apresentando falésias.
 

Foto a esquerda do lago negro.

São três pedras que ficam na beira do mar, sendo que uma delas avança mar adentro em uma altura de 30 metros. No litoral sul destaca-se a praia do Cassino, em Rio Grande, constante no Guiness Book como a maior praia do mundo. Também destacam-se as praias da Laguna dos Patos, principalmente as praias de São Lourenço do Sul, Tapes e Pelotas (Praia do Laranjal).


As serras atraem milhares de turistas todos os anos, no inverno e verão. As cidades de Gramado e Canela são conhecidas na época de Natal pela decoração das cidades, juntamente com os parques natalinos. No inverno, os turistas visitam essas cidades juntamente com São José dos Ausentes e Cambará do Sul, devido às temperaturas baixas, muitas vezes negativas e com a possibilidade de queda de neve, para a felicidade dos turistas.

Nas mesmas se encontram os cânions de Itaimbezinho e da Fortaleza, os quais são dos maiores do Brasil. Em Gramado acontece o Festival de Cinema. Na conhecida como "Pequena Itália", em que se localizam as cidades de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi, pode-se encontrar as melhores vinícolas do Brasil. Ainda a oeste, se encontram as Missões Jesuíticas, nas cidade de São Miguel das Missões e arredores.

Embora com menor destaque turístico, a região de Pelotas, reconhecida por ser o município brasileiro do doce e por possuir grandes monumentos e prédios tradicionais e seculares, vem alcançando destaque com a festa anual denominada Fenadoce.

Outro destaque do turismo rio-grandense é a Oktoberfest, uma festa de cultura alemã, realizada em várias cidades gaúchas. A principal Oktoberfest do Rio Grande do Sul é a de Santa Cruz do Sul, que teve na edição de 2008, mais de 450.000 visitantes. A "Festa da Alegria" de Santa Cruz do Sul é a 2ª maior do Brasil, atrás apenas da Oktoberfest de Blumenau(SC), e a 3ª maior do mundo, atrás de Blumenau (SC) e de Munique, na própria Alemanha. Cidades como Igrejinha, também realizam a Oktoberfest.

Vale dos Vinhedos

Na serras do estado (Bento Gonçalves e Garibaldi), se localizam a maior concentração de produtores de vinho do país. Mais ao sul, na região da Campanha, está situada a segunda mais importante área produtora. As vinícolas gaúchas são premiadas internacionalmente, em razão da alta qualidade de seus vinhos e espumantes.

O estado é privilegiado pela sua condição geo-climática, estando situado no início da faixa entre os paralelos 30° e 50°, considerada ideal para a produção de uva vinífera. Isso lhe permite a produção de cepas nobres de uvas europeias, como Merlot, Chardonnay e Cabernet Sauvignon, entre outras.


A uva e o vinho gaúchos são produzidos sob as melhores técnicas disponíveis e condições tecnológicas avançadas, a exemplo das melhores regiões vinícolas da Europa.

Litoral

Ao Norte, o litoral do estado nasce em uma pequena faixa entre o mar e a serra, onde se encontra o maior cordão de lagos da América Latina. São cerca de 50 lagos, que se ligam através de rios e canais. No sul, encontra-se o maior complexo lacustre do mundo, constituído pela Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim, as duas maiores do Brasil. Nesse ponto, passa a ser acompanhado por áreas de reservas naturais de preservação que vão até o extremo sul do Brasil, no município de Chuí.
 

A costa é retilínea, com cerca de 622 km de extensão, constituindo uma das mais extensas e contínuas praias arenosas do mundo, na qual o visitante encontra rios, praias de água doce, mar aberto, dunas móveis e fixas, com mais de 10 metros de altura, lagos e serras, um complexo único e de rara beleza.


Termas
No município de Nova Prata, em meio à mata nativa, há um parque temático com fontes que jorram águas termais numa temperatura de 41 °C, e que possuem excelentes propriedades medicinais e terapêuticas.

Iraí é conhecida como "cidade saúde" devido às suas fontes de águas minerais. No Balneário Osvaldo Cruz, a água jorra de uma fenda rochosa com vazão de 3,8 litros por segundo e possui temperatura de 36,5 °C.


Turismo paleontológico

O Rio Grande do Sul possui um grande potencial para o turismo paleontológico, com muitos sítios paleontológicos e museus, no Geoparque da paleorrota.

Há uma grande área no centro do estado que pertence ao triássico na Formação Santa Maria e Formação Caturrita, que datam de 230 milhões de anos. Os municípios de Santa Maria, Candelária, São Pedro do Sul, Mata e Agudo pertencem à rota paleontológica. Ali viveram rincossauros, exaeretodons, estauricossauros, guaibassauros, saturnalia tupiniquim, sacissauros, unayssauros, tecodontes e muitos outros.
 

Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto.
Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.
Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS.
Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul.
Museu Educativo Gama D'Eça.
Museu Vicente Pallotti.
Museu Aristides Carlos Rodrigues.
Museu Paleontológico e Arqueológico Walter Ilha.
Museu Padre Daniel Cargnin.

Nos dias 21 e 22 de maio de 2011, foi realizado o primeiro dia da Paleorrota, onde os museus de paleontologia da Grande Porto Alegre, Candelária, Santa Maria, São Pedro do Sul e Mata, abriram suas portas para a visita de turistas. O dia da Paleorrota deverá ocorrer todo ano no mês de maio durante a semana nacional do museu. Nesta mesma semana, no dia 17 de maio, é o aniversario da cidade de Santa Maria.

Educação

Em 2008, estavam matriculados 1.598.403 alunos nas escolas de ensino fundamental do estado, das quais 740.749 eram municipais, 721.811 estaduais, 134.553 particulares e 1.290 federais. Quanto ao corpo docente, era o mesmo constituído de 97.039 professores.

O ensino de nível médio foi ministrado em 1.410 estabelecimentos, com a matrícula de 429.349 alunos e corpo docente de 30.673 professores. Dos 429.349 discentes, 5.753 estavam na escola pública federal, 369.317 na escola pública estadual, 6.993 na escola pública municipal e 47.286 na escola particular.

Em 2007, quanto ao nível de ensino superior, o estado administrava através de 100 estabelecimentos, com 21.772 professores e 345.029 discentes. O estado conta com onze universidades públicas e vinte 24 universidades particulares, no total de 35 (ver lista de instituições de ensino superior no Rio Grande do Sul).

Em 2004 a taxa de analfabetismo no estado era de 5,5%, uma das mais baixas do Brasil. Da população, 16,8% dos gaúchos são analfabetos funcionais. O Rio Grande do Sul é a quinta melhor educação do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,921.

As principais universidades do Rio Grande do Sul são a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio Grande, o Instituto Federal Farroupilha, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul, o Instituto Federal Sul-rio-grandense, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, a Universidade Federal de Pelotas, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Maria, a Universidade Federal do Pampa e a Universidade Federal da Fronteira do Sul.

Hidrovias

O Rio Grande do Sul apresenta uma importante malha hidroviária, concentrada nas bacias Litorânea e do Guaíba. Nessas bacias estão os principais rios de rota rio Jacuí, rio Taquari e rio dos Sinos, além do Guaíba e da Laguna dos Patos. Atualmente, a navegação no rio Uruguai é de pequena importância, assim como de seu principal afluente, o rio Ibicuí, o único que apresenta condição navegável.

A principal rota hidroviária do estado é Porto Alegre-Rio Grande, que apresenta calado de 5,2 metros.

As principais cargas no sentido Rio Grande são produtos petroquímicos, derivados de petróleo, óleo de soja e celulose. No sentido Porto Alegre destacam-se os fertilizantes.

Portos

O Porto de Rio Grande é de grande importância para o Mercosul, e também o principal ponto de multimodalidade do estado, fazendo com que parte do sistema rodoviário e ferroviário tenham o Porto de Rio Grande como foco. O Porto de Rio Grande, em 2005, chegou a 18 milhões de toneladas, consolidado como o segundo maior porto com movimento de containers do Brasil, e o terceiro em cargas.

Os principais portos são:

Porto de Rio Grande
Porto de Porto Alegre
Porto de Estrela
Porto de Pelotas

Aeroportos

O Aeroporto Internacional Salgado Filho localiza-se em Porto Alegre e é o mais importante do estado, tendo uma movimentação de 5,6 milhões de passageiros ao ano (Infraero - 2009), envolvendo o movimento de 79 mil aeronaves por ano.

Em setembro de 2001 foi concluído um novo terminal, que tem capacidade para atender uma demanda de até quatro milhões de passageiros/ano, podendo receber até 28 aeronaves de grande porte.

Existe o Aeroporto Internacional de Pelotas, operado pelas linhas aéreas NHT. Localiza-se no sul do estado com voos até Erechim , Porto Alegre , Rio Grande e até mesmo para Montevidéu, no Uruguai.

Existe também o Aeroporto de Caxias do Sul, que é importante para o estado, e conta com três voos diários para São Paulo (exceto aos sábados, quando tem apenas um voo). É um aeroporto operado por uma companhia aérea, a Gol, que opera com Boeing 737.

Ferrovias

O Rio Grande do Sul, hoje, possui uma malha de 3.260 quilômetros de linhas e ramais ferroviários, utilizadas para cargas. A maior parte apresenta bitola métrica, sendo que apenas cinco quilômetros apresentam bitola mista, com objetivo de realizar a integração com as malhas argentinas e uruguaias.

Atualmente, alguns trechos das ferrovias não estão em operação regular e os terminais ferroviários que apresentam maior concentração de cargas localizam-se nas proximidades da Grande Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta e Uruguaiana.

Rodovias

O sistema rodoviário é responsável pela maior parte da carga transportada e pela quase totalidade do transporte de passageiros no Rio Grande do Sul. O estado possui 153.960 km de rodovias, sob jurisdição nacional, estadual ou municipal.

A malha nacional estrutura a rede de transporte com rodovias longitudinais, diagonais, transversais e de ligação. As principais rodovias são:

BR-392
BR-101
BR-386
BR-153
BR-158
BR-116
BR-290
BR-285

Cultura

O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. De uma forma sucinta, pode-se concluir que a cultura do estado tem duas vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam o pampa; a outra vertente é a cultura trazida pela colonização europeia, efetuada por colonos portugueses, espanhóis e imigrantes alemães e italianos.

A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina. A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil. Os gaúchos viviam em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de índio, português e espanhol, e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura dos índios guaranis, charruas e pelos colonos hispânicos.


Dança típica gauchesca.No século XIX, o Rio Grande do Sul começou a ser colonizado por imigrantes europeus. Os alemães começaram a se estabelecer ao longo do rio dos Sinos, a partir de 1824. Ali estabeleceram uma sociedade baseada na agricultura e na criação familiar, bem distinta dos grandes latifundiários gaúchos que habitavam os pampas. Até 1850, os alemães ganhavam facilmente as terras e se tornavam pequenos proprietários, porém, após essa data, a distribuição de terras no Brasil tornou-se mais restrita, impedindo a colonização de ser efetuada nas proximidades do Vale dos Sinos. A partir de então, os colonos alemães passaram a se expandir, buscando novas terras em lugares mais longes e levando a cultura da Alemanha para diversas regiões do Rio Grande do Sul.

A colonização alemã se expandiu nas terras baixas, parando nas encostas das serras. Quem colonizou as serras do Rio Grande do Sul foram outra etnia: os italianos. Imigrantes vindos da Itália começaram a se estabelecer nas Serras Gaúchas a partir de 1875. A oferta de terras era mais restrita, pois a maior parte já estava ocupada pelos gaúchos ou por colonos alemães. Os italianos trouxeram seus hábitos e introduziram na região a vinicultura, ainda hoje a base da economia de diversos municípios gaúchos.


Acervo arquitetônico

O estado possui rico acervo arquitetônico e dispõe de inúmeros monumentos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre os quais se destacam a igreja de São Sebastião, em Bagé, construída em 1863 e onde repousam os restos mortais de Gaspar da Silveira Martins; o forte inacabado de Dom Pedro II, em Caçapava do Sul; o palácio do governo farroupilha (hoje Museu Farroupilha), o quartel-general farroupilha e a casa de Giuseppe Garibaldi, em Piratini; a Catedral de São Pedro, em Rio Grande; as ruínas do Povo e da igreja de São Miguel, em Santo Ângelo; os casarões, a Catedral, o Theatro 7 de abril(o mais antigo em funcionamento no Brasil), o Teatro Guarany, Catedral no Centro, a Igreja do Porto, os Casaróes na praça Coronel Pedro Osório, o Mercado Central e as Charqueadas em Pelotas; a igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Viamão.
 

As ruínas jesuíticas de São Miguel das Missões. Patrimônio da Humanidade desde 1983.

Pontos turísticos

Além dos monumentos históricos e das festas religiosas e populares, destacam-se na capital o palácio Piratini (sede do governo estadual), a catedral metropolitana, a igreja Nossa Senhora das Dores, o parque Farroupilha, o auditório Araújo Viana, a ponte móvel da travessia Getúlio Vargas, o morro Santa Teresa (cujo belvedere proporciona uma visão panorâmica da cidade), o Theatro São Pedro, e o hipódromo do Cristal.
 

Cascata do Caracol em Canela.


No litoral contam-se alguns balneários conhecidos. Os principais são os de Torres, com as praias Grande, da Guarita, da Cal e a Prainha; e os de Rio Grande, com a praia do Cassino, os molhes da barra, o Navio Altair, entre outros, sem esquecer da praia da Capilha, na Lagoa Mirim. Em Capão da Canoa, estão localizadas as praias de Araçá, Arco-Íris, Guarani, Zona Nova, Noiva do Mar, Rainha do Mar e Capão Novo; em Tramandaí, as praias Jardim Atlântico, Oásis do Sul e Jardim do Éden.

Entre os pontos de interesse turístico da zona serrana, destacam-se as cidades de Canela, Gramado e São Francisco de Paula, com parques e cascatas. Também na região serrana se encontram as cidades de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, centros de produção

Dentre as festas religiosas do estado, destacam-se, na capital, a procissão fluvial de Nossa Senhora dos Navegantes padroeira de Porto Alegre, em 2 de fevereiro; a festa do Divino, celebrada na igreja do Espírito Santo; e a procissão de Corpus Christi
 

Eventos


Ainda na capital, realizam-se exposições anuais de animais e produtos derivados (agosto), a Semana Farroupilha (14 a 20 de setembro) e a exposição estadual de orquídeas (de 1º a 8 de dezembro); em Santana do Livramento e São Borja realizam-se exposições agropecuárias (outubro); em Caxias do Sul, a famosa Festa da Uva (fevereiro); e em Gramado, a Festa das Hortências (bienal) e a Feira Nacional de Artesanato (anual).

 

Em Pelotas acontece a Festa Nacional do Doce (Fenadoce), a maior feira do Brasil de doces, o evento acontece entre os meses de junho e julho no Centro de Eventos Fenadoce; em Rio Grande acontece a Festa do Mar, voltada aos frutos do mar, pescados em geral, acontecendo normalmente na época da Páscoa, bom como a FEARG, voltada ao artesanato, comércio e etnias locais, e a Festa de Iemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro, recebendo umbandistas, fiéis e simpatizantes de várias cidades do estado e até de outros países.

 

Em várias cidades do estado acontecem eventos literários conhecidos por Feira do Livro, destacando-se as de Passo Fundo, praia do Cassino e, principalmente, a de Porto Alegre. Em Santa Rosa, realiza-se a Fenasoja que atrai muitos visitantes de fora do país.
 

Musica

 
A Califórnia da Canção Nativa é um evento musical considerado como patrimônio cultural do estado,[38] ocorre a cada ano em diversas cidades, com a final no mês de dezembro em Uruguaiana. Considerado pelo governo um modelo de divulgação da música regional rio-grandense, onde através da triagem de mais de 500 músicas com estilos regionais, na final é selecionada a melhor composição.Danças típicas do estado são o bambaquerê (espécie de quadrilha), e congada (auto popular), a chimarrita (fandango), a jardineira (dança figurada e cantada, de pares soltos) e a quebra-mana (dança sapateada e valsada). Nas zonas de colonização alemã, realizam-se os kerbs, bailes populares que duram em geral três dias.

Um Canto para Martin Fierro

Ocorre em dezembro, no município fronteiriço de Santana do Livramento, é um dos maiores festivais de música nativista do estado.

Culinária

A cozinha típica tem como prato principal o churrasco (pedaços de carne cortados de modo especial, colocados em espetos e postos a assar em uma churrasqueira). A bebida típica é o chimarrão (chá de erva-mate quente e amargo sorvido por meio de uma bomba). O vinho e o curtido de cachaça com buti���������������� são outras das bebidas preferidas dos gaúchos.

Esporte

Como exemplos de ídolos do esporte, o estado conta com Daiane dos Santos, vencedora das principais competições na ginástica artística, como a Copa do Mundo de Ginástica; João Derly, campeão mundial de judô; e Ronaldinho Gaúcho, eleito o melhor jogador de futebol do mundo duas vezes. Em Erechim, no norte do estado, é realizada a única etapa no Brasil do campeonato sul-americano de rally velocidade pela CODASUR.

Referências:

1. IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 22 de julho 2010.
2. a b Estimativas do IBGE para 1º de julho de 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009).
3. Síntese dos Inidicadores Sociais 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Página visitada em 22 de outubro de 2009.
4. a b Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (15 de setembro de 2008). Página visitada em 17 de setembro de 2008.
5. IBGE, Estatísticas do IBGE para o ano de 2005, acessado em 26 de novembro de 2007.
6. a b Dados do Rio Grande do Sul no Portal do Governo Estadual
7. A Origem do Nome do Rio Grande do Sul, FARIAS, B. M., setembro de 2008.
8. RS Virtual
9. a b Rio Grande do Sul - Estados@. IBGE. Página visitada em 8 de Fevereiro de 2010.
10. Frio de "renguear cusco", Página Cambará do Sul On-line
11. Temperatura pode quebrar recorde histórico no Rio Grande do Sul, O Estado de São Paulo, 7 de janeiro de 2006
12. Síntese dos Inidicadores Sociais 2008 (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Tabela 8.1 - População total e respectiva distribuição percentual, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2007. Página visitada em 1º de outubro de 2008.
16. Cf. MAESTRI, Mário. O escravo no Rio Grande do Sul: trabalho, resistência, sociedade. 3 ed. rev. e ampl. Porto Alegre: EdiUFRGS, 2006.
20. Corpo Saudável Centenário da Imigração Judaica no Rio Grande do Sul
21. Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística
22. Aprovado projeto que declara o Talian como patrimônio do RS, acessado em 21 de agosto de 2011
23. Censo Populacional 2011. Censo Populacional 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (04 de setembro de 2011). Página visitada em 04 de setembro de 2011.
26. a b Página do Vinho Brasileiro
27. Portal do Prata
28. Cultura Gaúcha - Iraí
32. TOSCANO, Fernando. Portal Brasil - Rio Grande do Sul. Portal Brasil.
33. Jornal O Sul, 23 de novembro de 2007 e O Globo Online, 23 de novembro de 2007
34. Gazeta Mercantil Online - 28 de novembro de 2007
35. Agência Brasil - 27 de novembro de 2007
36. a b Zero Hora, Saneamento é precário na Região Metropolitana, 28 de novembro de 2007
37. Página do Gaúcho
38. Califórnia da Canção Nativa ganha status de patrimônio cultural do RS
39. O que é a Califórnia
 



  Proteger as árvores, animais, rios e mares é um dever cívico. Faça sua parte, todos seremos responsabilizados pelo que estamos fazendo de mal a natureza.


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