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HISTORIA DE SÃO GONÇALO |
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O território do atual Município de São
Gonçalo, primitivamente ocupado pelos Tamoios, fez parte
da Capitania de São Vicente e mais tarde da do Rio de
Janeiro. Sua história está intimamente ligada à da Vila
Real da Praia Grande (Niterói).
O devassamento da região, segundo vários autores, ter-se-ia
verificado em fins do século XVI; a ocupação efetiva do
território, no entanto, só se verificou na primeira
metade do século XVII, quando os jesuítas ali chegaram,
fixando-se longe do litoral, na zona atualmente
conhecida por Colubandê e nas margens dos rios Cabuçu e
Imboaçu.
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Concedida
uma sesmaria, na margem esquerda do rio
Guaxindiba, a Gonçalo Gonçalves, este mandou
edificar uma igreja, sob a invocação de São
Gonçalo; data a paróquia de 1646 ou 1647. A
partir da concessão do paroquiato, a
localidade entrou em fase de progresso,
baseando sua economia na agricultura,
particularmente na cultura da cana-de-açúcar. |
Posteriormente, visando à facilidade de comunicações foi
a sede da Paróquia de São Gonçalo transferida das
margens do Guaxindiba para as do Imboaçu, o que veio,
ainda mais, contribuir para o seu desenvolvimento.
Antônio Lopes Siqueira para isso cooperou doando terras
para aumento do cemitério, construção de casas em frente
à igreja, e formação do primeiro núcleo urbano.
Por essa época, incorporou-se o café à economia
gonçalense. O bispo D. José Joaquim Justiniano forneceu
aos padres Couto e João Lopes, residentes em Resende e
São Gonçalo, as primeiras sementes da rubiácea. De São
Gonçalo o café espalhou-se por todo o interior do Estado
do Rio de Janeiro, pela Bahia e, anos mais tarde, pelo
Espírito Santo. A iniciativa do padre João Lopes
garantiu à freguesia a liderança no cultivo da maior
riqueza do Brasil-Império. Atualmente, embora destinadas
a suprir somente o consumo interno, existem pequenas
plantações, remanescentes das primeiras culturas.
O intercâmbio econômico com os centros mais populosos
foi, nos primeiros tempos, dificultado pela morosidade
dos transportes entre os centros produtores e as regiões
centrais e o litoral. O aproveitamento dos rios,
entretanto, facilitou em grande parte o comércio
importador e exportador, e ainda antes da República,
providências foram tomadas no sentido da abertura de
rodovias, visando-se ao engrandecimento da região. Mais
tarde, quando o desenvolvimento agrícola e industrial
veio a exigir maior capacidade de escoamento para a
produção local, tiveram inicio as construções
ferroviárias. A inauguração dos ramais da Estrada de
Ferro Cantagalo - hoje Leopoldina e da Estrada de Ferro
Maricá concorreram decisivamente para o progresso de
toda a Baixada Fluminense.
A proximidade da Capital da Província dificultou a
emancipação de São Gonçalo, não obstante a posição de
destaque que ostentava já em meados do século XIX. Só em
1890 se desligou de Niterói, tornando-se Município.
Mesmo assim, vários fatores continuaram a influir em
contrário à nova situação, do que resultou a supressão
do Município, dois anos depois. Com tal decisão não
concordaram os habitantes, os quais, poucos meses após,
viram coroada de êxito a campanha reivindicadora.
Gentílico: gonçalense
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de São Gonçalo, por
alvará de 10-02-1646 ou 1647, no município de Niterói.
Elevado à categoria de vila com a denominação de São
Gonçalo, pelo decreto estadual nº 124, de 22-09-1890,
desmembrado de Niterói. Constituído do distrito Sede.
Pelas leis estaduais nº 752, de 15-10-1906 e nº 1232, de
18-01-1915, a vila de São Gonçalo adquiriu do município
de Niterói o distrito de Ipiiba, ex-São Sebastião do
Itaipu.
Pelas leis estaduais nº 791, de 05-09-1907 e nº 1807, de
15-01-1924, o distrito de Ipiiba volta a denominar-se
São Sebastião do Itaipu.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a
vila aparece constituída 3 distritos: São Gonçalo,
Cordeiros e Itaipu.
Pela lei nº 1679, de 20 de dezembro de 1920, é criado o
distrito de Neves e anexado ao município de São Gonçalo.
Elevado à condição de cidade e sede municipal com a
denominação de São Gonçalo, pela lei estadual n° 1.797,
de 20-11-1922, e lei estadual n° 2.335, de 27 de
dezembro de 1929.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
município é constituído de 4 distritos: São Gonçalo,
Cordeiros, Neves e Sebastião do Itaipu.
Assim permanecendo em divisões terrritoriais datadas de
31-Xll-1936 e 31-Xll-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o
distrito de São Sebastião do Itaipu passou a denominar-se
Itaipu.
Pelo decreto-lei estadual nº 641, de 15-12-1938, são
criados os distritos de Monjolo Sete Pontes e anexado ao
município de São Gonçalo e o distrito de Cordeiros
passou a denominar-se José Mariano.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o
município é constituído de 6 distritos: São Gonçalo,
Itaipu ex-São Sebastião do Itaipu , José Mariano ex-Cordeiros,
Monjolo, Neves e Sete Pontes.
Pelo decreto-lei estadual nº 1055, de 31-12-1943,
transfere o distrito de Itaipu do município de São
Gonçalo para o de Niterói.
Pelo dcreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, o
distrito de José Mariano passou a denominar-se Ipiiba.
Em divisào territorial datada de 1-Vll-1960, o município
é constituído de 5 distritos: São Gonçalo, Ipiiba
ex-José Mariano, Monjolo, Neves e Sete Pontes.
Em "Síntese" de 31-Xll-1994, o município é constituído
de 5 distritos: São Gonçalo, Ipiiba, Monjolo, Neves e
Sete Pontes.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
IBGE pagina visitada em 03/10/2012
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