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HISTORIA DE PAIÇANDU |
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Em 1948, teve
início, por iniciativa planejada da Companhia de
Terras Norte do Paraná, a formação da Gleba Paiçandu
entre outras. As perspectivas de progresso atraíam
moradores dos mais diferentes pontos do país. O
comércio prosperava de forma acentuada com a
instalação de armazéns e mercadorias em geral. A boa
qualidade das terras deram início às primeiras
produções agrícolas, principalmente a cultura do
café.
O indígena que vivia no Norte do Paraná, vivia em
ordem como a paisagem e pertencia à terra como a
água pertence ao rio. Acredita-se nos mitos, nas
lendas e nas histórias dos seus ancestrais, de
acordo com a harmonia cósmica, em completa
inter-relação com a fauna e flora.
No ventre da natureza e pela ação do homem, são
criados e paridos os mitos, a idéia primitiva dos
deuses e a existência de criaturas divinas, humanas
e fantásticas.
O Brasil como um todo, tem um potencial místico em
sua etno-história e na sua arqueologia.
Diferente do mito, a lenda é uma narração de
vestuário suntuoso e fantástico, que sempre tem uma
ponta de verdade.
Foi assim que surgiu Paiçandu, em uma das versões,
uma lenda: ?Pai 'Çandu'?.
A lenda é propriedade de regiões e comunidades,
transmitida por gerações e gerações, sempre em forma
oral. Elas podem ser consideradas um repositório de
ditos, crenças, superstições e temores que animam a
cosmologia dos povos.
De origem tupi-guarani ?I-páu-zan-du? - Ilha do
Padre ou Ilha do Pai.
Os primeiros habitantes de Paiçandu foram índios e
caboclos, onde havia aqui um famoso curandeiro de
nome
?Çandu", aliás muito respeitado, que realizava curas
extraordinárias. Este poder começou a atrair
numerosas pessoas de Maringá e arredores, aumentando
assim, pouco a pouco, a sua população.
Em geral, os curandeiros eram chamados de PAI, donde
se originou a denominação Pai ?Çandu?.
Numa outra versão, Paiçandu é topônimo da cidade
uruguaia (Paysandu), sendo nome de uma fortaleza
onde travou-se importante batalha na Guerra do
Uruguai, nesta época comandava o corpo de ataque do
Brasil, naquele setor, o Almirante Tamandaré e o
Marechal Procópio Menna Barreto, os quais forçaram
sua rendição a 2 de janeiro de 1865, em batalha
decisiva no panorama político continental daquela
época. Deu-se assim a denominação ao município em
homenagem àquele histórico episódio.
Entre os anos de 1938 e 1940, a área de terra onde
achava plantado o Município de Paiçandu era um
sertão inóspito habitado por índios e caboclos, pois
havia um pequeno cemitério que era o ponto de
referência na densa mata virgem, onde eram
enterrados os que morriam naquela época.
No período de 1942 a 1944, começaram a surgir os
primeiros desbravadores de Minas Gerais e de São
Paulo, atraídos pela fertilidade das terras próprias
para o café, que na época do desbravamento se
constituíam na maior fonte de riqueza da região.
Enfrentando toda espécie de dificuldades,
corajosamente adentravam ao sertão através de
?picadas?, construíam seus rústicos ranchinhos e com
tenacidade e vigor formavam pequenas lavouras.
Por volta de 1948, teve início em nossa cidade de
Paiçandu, a obra colonizadora, pela empresa
Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, e a
formação das glebas como Paiçandu, Colombo,
Bandeirantes, Chapecó e outras.
Os trilhos que foram alicerçando o povoado chegaram
a Apucaran em 1943, a Maringá e Paiçandu em 1954 e
até Cianorte em 1973.
Fonte: IBGE
Autor do Histórico: LAÉRCIO ARALI
Pagina visitada em 08/03/2012
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