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HISTORIA
DE CORNÉLIO PROCÓPIO |
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As primeiras incursões ao Norte do Paraná
foram feitas, certamente, por lavradores oriundos de São
Paulo. No entanto, a primazia não coube exclusivamente
aos paulistas, mas também aos mineiros, nordestinos e
nortistas.
A origem de Cornélio Procópio, situado quase nos limites
do Paraná com o Estado de São Paulo, às margens do
Paranapanema, data de 1920 quando o coronel Cornélio
Procópio, paulista de Ribeirão Preto, doou cinco mil
alqueires de terras situadas no local onde existe hoje o
Município, ao seu genro, Francisco Junqueira. As glebas
foram divididas em lotes ou datas, para facilitar sua
aquisição e, terminados os trabalhos de loteamento, em
1926, ocorreu grande afluxo de moradores provindos de
outros estados. Vinham, atraídos pela fertilidade das
terras, especialmente os colonos paulistas que para ali
afluíram no intuito de plantar café, uma vez que os
terrenos em São Paulo já se tornavam de difícil
aquisição. Posteriormente, a Cia. Agrícola Barbosa ali
se estabeleceu, construindo uma estrada de rodagem,
visando iniciar o ciclo cafeeiro com a venda de pequenos
lotes de terra.
Com início da construção da estrada de ferro São
Paulo-Paraná, houve nova corrente migratória,
notadamente de São Paulo e Minas Gerais e, assim, em
1931, inaugurada a estação ferroviária Cornélio
Procópio, denominação dada em homenagem ao coronel
Cornélio Procópio, já era um povoado regularmente
habitado, com tendência a crescer progressivamente.
Em face do seu desenvolvimento, tanto no setor social
como no industrial e agropecuário, o povoado passou,
mais tarde, a Distrito Judiciário do Município de
Bandeirantes.
Corria o ano de 1937 quando surgiu a idéia de
emancipação político-administrativa e, para tanto, uma
comissão constituída de Júlio Mariucci, Francisco
Lacerda Júnior, Augusto Cicolli, Oscar Dantas, Roberto
da Rocha Leão, Vitorino Gomes, Alfeu Biagi, Francisco G.
Sotto Maior, endereçou memorial ao então Interventor
Federal do Paraná, Manoel Ribas, pleiteando a medida.
Coroada de êxito a iniciativa desses pioneiros, foi o
Distrito elevado a Município e Comarca no ano de 1938. A
instalação da sede ocorreu neste mesmo ano, sendo
empossados Francisco Lacerda Júnior como Prefeito
Municipal; Antônio Baltar Júnior, Juiz de Direito;
Estevão dos Santos, Promotor Público e Luiz dos Santos,
Delegado Regional de Polícia.
Formação Administrativa
Em 1932 Cornélio Procópio foi elevado a freguesia e
integrava o Município de Bandeirantes (desmembrado do de
Jacarézinho).
Por efeito do Decreto-lei estadual nº.6.212, de 18 de
janeiro de 1938, deu-se ao Município de Bandeirantes a
denominação de Cornélio Procópio, passando a sede
municipal a localizar-se no distrito de igual nome.
Desta forma, ficou o Município constituído de dois
distritos: Cornélio Procópio e Bandeirantes.
Em virtude, porém, do Decreto-lei estadual nº. 6.282, de
24 de janeiro de 1 938, restaurou-se o Município de
Bandeirantes, com desmembramento de parte do território
de Cornélio Procópio. Este foi elevado a categoria de
cidade em 15 de fevereiro de 1938, verificando-se sua
instalação na mesma data. Era, segundo o Decreto-lei
estadual nº 6.667, de 31 de março de 1938, formado de um
só distrito, o de Cornélio Procópio, situação que
perdurou até o quinquênio 1944-48.
Por ocasião do censo de 1950 o Município possuía quatro
distritos: Cornélio Procópio (sede), Congonhas, Leópolis
e Sertaneja. em 14 de novembro de 1 951 perdeu os dois
últimos, transformados em municípios de iguais nomes.
Atualmente compõe-se de dois distritos: Cornélio
Procópio (sede) e Congonhas.
Em 18 de janeiro de 1938, o Decreto-estadual nº. 6.213
criou a Comarca de Cornélio Procópio que, no quadro
anexo ao Decreto-lei nº. 6.667, de 31 de março de 1938,
abrangia apenas o termo judiciário da sede, formado
pelos municípios de Cornélio Procópio e Jataí.
Na divisão territorial do Estado, em vigor no quinquênio
1939-43, estatuída pelo Decreto-lei estadual nº. 7.573,
de 20 de outubro de 1938, a referida Comarca era
constituída de dois termos: Cornélio Procópio e São
Jerônimo, este criado com o Município de igual nome
(antigo Jataí).
No quadro vigente no período 1944-48, estabelecido pelo
Decreto-lei estadual nº.199, de 30 de dezembro de 1943,
Cornélio Procópio formava novamente o termo Judiciário
único da Comarca de idêntico nome, de vez que o de
Araiporanga (ex-São Jerônimo), fora anexado a Comarca do
mesmo nome, recém-criada.
A Comarca, de entrância intermediária, tem jurisdição
sobre os municípios de Leópolis e Sertaneja.
Fonte: IBGE
Pagina visitada em 16/02/2012
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