O
município de Gravatá teve origens numa fazenda,
em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de
Miranda. De clima agradável, com água abundante,
pois se situava às margens do Rio Ipojuca, o
local servia como hospedagem para os viajantes
que iam comercializar o açúcar e carne bovina,
principais produto da época.
Esses produtos eram
levados em embarcações do Recife até o interior.
Como a navegação pelo Rio Ipojuca era difícil,
os comerciantes eram obrigados a fazer paradas
estratégicas para evitar também que o gado
perdesse peso.
Uma dessas paradas
ficou conhecida como Crauatá, pois era terra de
boas pastagens. A denominação Caruatá, que
deriva de Karawatã , significa “mato que fura”
em Tupi, e foi como o local ficou conhecido, por
conta da predominância de uma planta do gênero
da família das bromélias, também chamada
Caraguatá, Caroatá, Caroá e Gravatá.
Foi no fim do século
XVIII que José Justino Carreiro de Miranda tomou
posse da Fazenda Gravatá que, por muito tempo,
serviu de hospedagens para viajantes. Como
conseqüência natural, surgiram dois arruados, um
em cada margem do rio.
Em 1810, o
proprietário da fazenda iniciou a construção de
uma capela dedicada a Santa’Ana que, 12 anos
depois, seria concluída por seu filho João Félix
Justiniano. Em seguida, as terras foram
divididas em 100 lotes e vendidas aos moradores,
dando início ao povoado Gravatá.
Em 1881, o povoado,
que era um distrito de Bezerros, foi elevado a
Vila pela lei 1500/1881. Três anos depois, a
Vila se transformaria cidade e comarca pela lei
1805/1884. Sua efetiva emancipação, porém, só
veio após a Proclamação da República, pela Lei
Orgânica dos Municípios, de 15 de março de 1893,
quando a cidade adquiriu sua autonomia municipal
e elegeu o seu primeiro prefeito, Antonio
Avelino do Rego Barros.
Por rodovia, o acesso
à cidade era quase impossível, em função das
condições gráficas: localizada na subida da
Chapada da Borborema denominada Serra das
Russas. No final do século XIX, com a
inauguração da Ferrovia Great Western Railways,
ligando o Recife ao Sertão pernambucano, a
cidade tomou um considerável impulso e, aos
poucos, foi definido sua vocação para o turismo,
sobretudo com a construção da BR-232 em 1950 o
que permitiu um melhor acesso, encurtando o
tempo de viagem e vencendo o desafio da Serra
das Russas.
Mais historias,
Durante o período
colonial e área territorial do município foi
ocupado por criadores de gado, que mantinham
estreita ligação com a Vila de São José dos
Bezerros, situada na direção oeste, apresentando
surto de progresso desde o século XIX, o
proprietário da fazenda chamada Gravatá, também
conhecida por Coroatá desde 1822.
O topônimo de Gravata,
segundo o naturalista Carl F. Martius, é um
vocábulo de origem indígena: ? vem da corruptela
da palavra Caranhetá. Significa erva que
arranha, ou espinhosa?.
Formação
Administrativa
Distrito criado com a
denominação de Gravatá, pela lei provincial nº
422, de 25-05-1857, subordinado ao município de
Bezerros. Elevado à categoria de vial com a
denominação de Gravatá, pela lei provincial nº
1560, de 30-05-1881, desmembrado de Bezerros.
Constituído do
distrito sede. Instalado em 09-01-1883. Elevado
à condição de cidade e sede do município com a
denominação de Gravatá, pela lei provincial nº
1805, de 13-06-1884. Pela lei municipal de
27-09-1897, é criado o distrito de Uruçú-Mirim e
anexado ao município de Gravatá. Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, o
município aparece constituído de 4 distritos:
Gravatá, Chã Grande, Russinha e Uruçú-Mirirm.
Assim permanecendo em
divisões territoriais datadas 31-XII-1936 e
31-XII-1937.
No quadro fixado para
vigorar no período de 1944-1948, o município
aparece constituído de
3 distritos: Gravatá,
Chã Grande e Uruçu-Mirim. Não figurando o
distrito de Russinha. Pela lei municipal nº 300,
de 18-04-1955, é criado o distrito de Mandacaru,
com terras desmembrada dos distritos de Gravatá
e Uruçú-Mirim e anexado ao município de Gravatá.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1955, o município é constituído
de 4 distritos: Gravatá, Chã Grande, Mandacaru e
Uruçú-Mirim. Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei
estadual nº 4961, de 20-12-1963, desmembra do
município de Gravatá o distrito de Chã Grande.
Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial
datada de 31-XII-1968, o município é constituído
3 distrito: Gravatá, Mandacaru e Uruçú-Mirim.
Assim permanecendo em divisão territorial datada
de 2005.
Referencias
Wikipedia
IBGE
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