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HISTORIA
DE CARUARU |
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NO INÍCIO do século XVII, segundo a tradição local
constituía a área da atual cidade de Caruaru uma grande fazenda de gado.
Até hoje não está rigorosamente estabelecida a origem do topônimo. De
acordo com Teodoro Sampaio, a palavra caruaru, substantivo composto de
caruar e u, significa aguada das caruaras, alusão feita à fonte ou água
que na localidade pernambucana produzia moléstia que ataca os rebanhos,
ocasionando inchação e paralisia das pernas. O vocábulo caruara (caruuara),
com vários significados quase todos porém, associados a entidades
mórbidas, encerraria assim o étimo de que se derivou a denominação
consagrada pelo uso popular.
A definição do mestre baiano acompanha, de certo modo, a que foi dada
pelo historiador e folclorista pernambucano Alfredo de Carvalho, para o
qual a palavra caruaru era corruptela de caruari, significando rio das
caruaras. Outra versão faz derivar o topônimo do nome de uma planta
vulgarmente conhecida por caruru e que outrora cobria um poço na margem
do rio Ipojuca, em local que, por isso, passou a ser denominado Poço ou
Sítio do Caruru. Por acréscimo de uma vogal, o nome teria alterado para
caruaru.
Os donos daquelas terras constituíam a família dos "Nunes dos Bezerros",
assim denominada em virtude da curta distância entre a fazenda e a
Paróquia dos Bezerros. Admite se que os Nunes eram remanescentes dos
primitivos concessionários daquelas terras, quando foram distribuídas
como sesmarias. Os Nunes abrigavam um casal de órfãos. O menino, José
Rodrigues de Jesus, foi mais tarde o fundador de Caruaru.
Em virtude de desentendimento com a família, José Rodrigues apossou-se
das terras que lhe pertenciam por herança, a Este e a Sudeste, da
Fazenda dos Nunes. Com 20 anos já era senhor poderoso e residia com sua
mulher D. Maria do Rosário de Jesus, numa boa vivenda, a Casa Grande, no
local denominado Caruaru, onde, sob a invocação de N. Sª da Conceição,
aí construiu uma capela, que passou a ser ponto de convergência de novos
moradores', iniciando-se assim o povoado.
Dessa capela utilizaram-se os moradores até 1846, quando o missionário
Frei Euzébio de Sales, Capuchinho da Penha, iniciou a construção da
Igreja Matriz, hoje Catedral. Reconstruída duas vezes, a última em 1883,
a capelinha ganhou, nesse ano, o sino que ainda hoje ali se vê, o maior
"exvoto" do lugar, promessa de Francisco Gomes de Miranda Leal, que fez
transportar a oferenda em lombo de animais, de Tapera a Caruaru, onde a
população a recebeu com imenso júbilo .
Em dezembro de 1895, foi inaugurada a estação ferroviária da "Great
Western" que ligou Caruaru ao Recife e constituiu, então, importante
fator de progresso no Município.
Gentílico: caruaruense Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Caruaru, pela lei municipal nº 3,
de 02-121892, subordinado ao município de Bonito. Elevado à categoria de
vila com a denominação de Caruaru, pela lei provincial nº 212, de
16-08-1848, desmembrado de Bonito. Instalada em 16-09-1849. Elevado à
condição de cidade e sede do município com a denominação de Caruaru,
pela lei provincial nº 416, de 18-05-1857. Pela lei municipal de
15-11-1896 e lei municipal nº 3, de 02-12-1892, é criado o distrito de
Carapotós e anexado ao município de Caruaru. Pela lei provincial nº 133,
de 02-05-1844, é criado o distrito de São Caetano da Raposa e anexado ao
município de Caruaru. Pela lei municipal 15-11-1907, é criado o distrito
de Antônio Olinto e anexado ao município de Caruaru. Em divisão
administrativa referente ao ano e 1911, o município é constituído de 4
distritos: Caruaru, Carapotós, São Caetano da Raposa e Antônio Olinto.
Pela lei municipal nº 149, de 02-12-1919, é criado o distrito de Trapiá
e anexado ao município de Caruaru.
Nos quadro de apuração de Recenseamento Geral de I-IX-1920, o município
é constituído de 5 distritos: Caruaru, Antônio Olinto, Carapotós, São
Caetano da Raposa e Trapiá.
Pela lei estadual nº 1931, de 11-09-1928, desmembra de município de
Caruaru os distritos de São Caetano da Raposa e Antônio Olinto. Para
formar o novo município de São Caetano ex-São Caetano da Raposa.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é
constituído de 3 distritos: Caruaru, Riacho Doce ex-Carapatós e Riacho
das Almas ex-Trapiá.
Pelo decreto estadual nº 952, de 31-12-1943, o distrito de Riacho Doce
voltou a denominar-se Carapotós.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído
de 3 distritos: Caruaru, Carapotós ex-Riacho Doce e Riacho das Almas.
Pela lei estadual nº 289, de 30-12-1953, confirmado pela lei estadual nº
1819, de 3012-1953, é criado o distrito de Gonçalves Ferreira e anexado
ao município de Caruaru.
Pela lei municipal nº 271, de 15-10-1953, é criado o distrito de Lajedo
do Cedro e anexado ao município de Caruaru.
Pela lei estadual nº 1818, de 30-12-1953, desmembra do município de
Caruaru, o distrito de Riacho das Almas. Elevado à categoria de
município
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído
de 4 distritos: Caruaru, Carapatós, Gonçalves Ferreira e Lajeto do
Cedro.
Assim permanecendo em divisão territorial datada em 2007.
Fonte: IBGE
Pagina visitada em 27/03/2012
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