Mais de 70% estão fora da universidade
por falta de dinheiro e 44% dos estudantes de 15
anos trabalham
No Brasil, 70% dos
universitários abandonam os estudo por falta de
dinheir e43,7% dos estudantes de 15 anos
trabalham antes ou depois das aulas, segundo
análise dos dados do Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, divulgados
nesta quarta-feira. De acordo com o estudo,
feito pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país é um
dos seis com o maior número de jovens estudantes
no mercado de trabalho.
Segundo o relatório,
que contou com a participação de 540.000
estudantes de 15 anos que, por amostragem,
representam 29 milhões de alunos de 72 países
(são 35 países-membros da OCDE e 37 economias
parceiras, entre elas o Brasil), o índice
brasileiro é quase o dobro da média dos
países-membros da OCDE, em que 23,3% dos alunos
declaram trabalhar. O Brasil fica atrás da
Tunísia (em que 47,2% dos estudantes trabalham),
Costa Rica (45,3%), Romênia (45,3%), Tailândia
(43,9%) e Peru (43,8%). O país com o menor
número de estudantes no mercado de trabalho é a
Coreia do Sul, com índice de 5,9%.
Segundo a OCDE, os
jovens que estudam e trabalham tendem a ter
pontuação menor em ciências do que os colegas
que apenas estudam – a média é uma diferença de
55 pontos entre aqueles que trabalham e aqueles
que não têm atividades remuneradas. Os
estudantes que estão no mercado de trabalho
também costumam chegar atrasados às aulas e um
em cada cinco é mais propenso a dizer que não se
sente enquadrado no ambiente escolar. Além
disso, esses alunos também tendem a abandonar o
colégio antes do fim do ensino médio.
Bullying
Esta é a primeira vez
que o Pisa divulga dados da performance dos
estudantes que dizem respeito à relação deles
com os professores, à vida em casa e a como
gastam o tempo fora da escola. Aplicado pela
OCDE, o Pisa testa os conhecimentos de
matemática, leitura e ciências de estudantes de
15 anos de idade. Em 2015, o foco foi em
ciências, que concentrou o maior número de
questões da avaliação. Neste quesito, os jovens
brasileiros têm pontuação de 401, enquanto a
média dos estudantes dos países da OCDE é de 439
pontos.
A nova análise dos
dados mostra ainda que, no Brasil,
aproximadamente um em cada dez estudantes de 15
anos é vítima frequente de bullying nas escolas,
ou seja, estão no do indicador de agressões
e mais expostos a essa situação. Em comparação
com os demais países avaliados, contudo, o
Brasil aparece com um dos menores “índices de
exposição ao bullying”.
Segundo os dados,
17,5% dos jovens brasileiros de 15 anos disseram
sofrer alguma das formas de bullying “algumas
vezes por mês”; 7,8% disseram ser excluídos
pelos colegas; 9,3%, ser alvo de piadas; 4,1%,
serem ameaçados; 3,2%, empurrados e agredidos
fisicamente. Outros 5,3% disseram que os colegas
frequentemente pegam e destroem as coisas deles
e 7,9% são alvo de rumores maldosos.
Em um ranking de 53
países com os dados disponíveis a respeito de
bullying, o Brasil está em 43º. Em média, nos
países da OCDE, 18,7% dos estudantes relataram
ser vítimas de algum tipo da agressão mais de
uma vez por mês e 8,9% foram classificados como
vítimas frequentes.
(com conteudo
Veja.com) |
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