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  BRASIL 



Tanques russos se aproximam de Kiev, mas a guerra já está perdida para Putin: virou um pária

As tropas de Vladimir Putin se aproximam de Kiev, enfrentando mais resistência do que imaginavam. A marcha, que avança sobre inocentes produzindo um banho de sangue, como as imagens que correm o mundo mostram, não conseguirá ser detida pelos voluntários ucranianos. Se for necessário, o russo poderá devastar o país, como já fez na Chechênia (1991). Esse cenário de horror é possível. Seria uma solução mais drástica do que as ocupações controladas da Georgia (2008) e da Crimeia (2014), subtraída da própria Ucrânia.



Ao contrário do que propagandeia, Putin não tem medo da instalação de mísseis ocidentais nesses países. Sua maior preocupação é com o avanço democrático nos vizinhos. Contra isso, ele subjuga as ex-repúblicas soviéticas e instala fantoches autoritários, como acontece na Belarus. Para seu projeto de poder, é uma ameaça ter democracias na vizinhança. Ele está de olho na própria estabilidade interna.

Para mascarar a atual carnificina, Putin proibiu os órgãos de imprensa locais (apenas uma TV não oficial sobrevive) de se referir ao conflito como uma guerra, precisou esmagar protestos contra a invasão que reuniram milhares de russos em São Petersburgo e restringiu o Facebook e o Twitter no país. É bom lembrar que os principais líderes de oposição, ou jornalistas independentes, foram assassinados ou envenenados pelo regime. Um deles, Alexei Navalny, sobreviveu a um atentado, mas foi encarcerado na Sibéria. Desde o fim do comunismo e a extinção da KGB (antigo empregador do atual presidente), nunca foi tão grande a repressão política na Rússia, que tem eleições forjadas.

Putin achou que se beneficiaria do antigo arsenal soviético, além das enormes reservas de petróleo, para restabelecer o império russo. Procurou esmagar levantes populares pró-democracia na Belarus e na própria Ucrânia. Tentou desestabilizar a democracia americana com uma guerra cibernética que ajudou a colocar Donald Trump no poder, seguido de autocratas pelo mundo. Mas não conseguiu impedir que o Leste europeu continuasse sua marcha democrática. A Otan, antes desacreditada, hoje está fortalecida. Países que não cogitavam ingressar na aliança militar, como Suécia e Finlândia, hoje consideram essa opção.

Ao invés de mudar a geopolítica mundial a seu favor, o russo virou um pária internacional. União Europeia e EUA se realinharam, depois de anos de estremecimento. Os líderes radicais que o russo patrocinou nos últimos anos foram constrangidos pela guerra e ficaram isolados na sua defesa: Matteo Salvini (Itália), Marine Le Pen e Éric Zemmour (França), Nigel Farage (Reino Unido), Alexander Gauland (Alemanha), Bolsonaro e o próprio Trump.

O ex-presidente americano, que ainda mantinha o controle do partido Republicano, perdeu essa sustentação ao dizer que a guerra na Ucrânia tinha sido uma ação “genial” do antigo aliado: precisou se retratar e condenar a invasão, o que seu amigo brasileiro ainda não teve coragem de fazer. Na triste companhia desses extremistas ficou a antiga esquerda, inclusive no Brasil. A guerra poderá no fim poderá ter esse efeito colateral benéfico: enterrar a nostalgia comunista e os novos candidatos a tirano, recolocando o mundo no caminho democrático.




 



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, é vital dividirmos espaço com outras criaturas ou seremos também eliminados do planeta. Proteger as árvores, os animais, rios e mares são dever cívico de cada cidadão. Seremos todos responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo a natureza.

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