Nas chapadas de cerradões do Oeste de Minas, Zona do Alto São Francisco, com 522 quilômetros quadrados de área, o município pertence à bacia do Rio São Francisco, sendo cortado, ainda, pelos ribeirões Picão, Santo Antônio e Maquiné, todos afluentes do Rio das Velhas. O nome do lugar significa na língua indígena, a cidade do fio do algodão. Aliás, a cidade é uma das pioneiras na indústria têxtil do País. Está distante de Belo Horizonte 185 quilômetros. Foi fundada no século XIX. Em 1874, os irmãos Vitor Mascarenhas, Dr. Francisco de Paula Mascarenhas e Dr. Pacífico Gonçalves da Silva Mascarenhas associaram-se ao cunhado Luiz Augusto Viana Barbosa para aí estabelecerem uma fábrica de tecidos de algodão. A fábrica começou a funcionar em 1877. Nesse período, formou-se o povoado que, a princípio, recebeu a denominação de Cachoeira e, mais tarde, Ipiranga. Foi elevado a distrito e, posteriormente, passa a chamar-se Inimutaba que significa "Aldeia de Tecelões". Em 1883, a fábrica da Cachoeira fundiu-se com a do Cedro (Caetenópolis), formando a empresa denominada Companhia de Fiação e Tecelagem Cedro e Cachoeira, hoje uma das maiores indústrias texteis do país. Inimutaba pertencia a Curvelo, conseguindo sua emancipação em 31 de março de 1962.
Fundada em 1874 e situada no vale do Alto do São Francisco, Inimutaba, originalmente Cachoeira, teve em suas terras a instalação da segunda fábrica de tecidos da família Guimarães. Tratava-se da Fábrica de Santo Antônio do Curvelo, que iniciou sua produção em janeiro de 1877. Àquela época, somente uma fábrica de tecidos existia no Brasil, a modesta Santo Aleixo, nas vizinhanças do Rio de Janeiro, além da Fábrica do Cedro, primeira indústria da família Guimarães. O empreendimento em Cachoeira foi cercado de grande arrojo, numa época em que nada havia no campo industrial. Ele também é um marco na história das manufaturas, que foi entravada durante toda época colonial por obstáculos criados pela Metrópole que pautava a economia nacional na dependência de seus fornecimentos. A situação nas Gerais foi ainda mais grave do que nas demais Capitanias; no caso de Minas houve ainda a preocupação de evitar-se a aplicação de braços e capitais em outras atividades que não fosse o da extração do minério de ouro. A indústria têxtil da família Mascarenhas tinha como fundamento o algodão cultivado na região de Minas Novas e nas cercanias de Paracatu, havendo em toda as parte, no entanto, pequenas plantações de algodão.
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