História
de Caratinga MG
Em 1841 aportou por estas
terras o grande desbravador Domingos Fernandes Lana, que aqui permaneceu
até 1847.
No final desse ano, João Caetano do Nascimento, João Antônio de Oliveira e
João José, bravos pioneiros, vieram de mudança, trazendo suas famílias,
formando o primeiro núcleo habitacional.
Em junho de 1848, a localidade foi elevada à categoria de Paróquia e
Conselho Distrital, subordinada à Câmara de Mariana até 1860.
Pertenceu, posteriormente, a Ponte Nova, Abre Campo e Manhuaçu, da qual
desmembrou-se em março de 1890, pouco após a Proclamação da República, por
decreto do estadista Cesário Alvim.
Em 1892, surge a Comarca de Caratinga que comemora o seu aniversário no
dia 24 de junho, dia do padroeiro São João Batista.
Caratinga, conhecida também como Cidade das Palmeiras, tem uma população
estimada de 77.732 mil habitantes.
Atualmente, é sede da Regional Administrativa da Vertente Ocidental do
Caparaó.
Mais historia
A Decadência da mineração nos sertões planaltinos
provocou, em fins do século XVIII e princípios do XIX. um refluxo de povoamento
do interior para o litoral, determinando a vinda de muitos braços válidos às
zonas de "mata" da Encosta do Planalto favoráveis à agricultura e ainda
cobertas, então, pelo seu manto florestal primitivo.
Diversos fatores concorreram para que esta região tivesse ficado, por tão longo
tempo, à margem do povoamento; avultando, sem dúvida, entre eles, a formidável
barreira da floresta tropical que, da Bahia (margem esquerda do Paraguaçu) para
o sul, se estendia "ininterruptamente, vestindo os flancos e os altos das serras
que bordam o litoral", até a altura da então Capitania de São Paulo.
Para ela haviam fugido as tribos indígenas que não se tinham submetido ao
domínio do colonizador quando da conquista do litoral e, mais tarde, desde os
princípios do século XVIII, do planalto.
Na parte norte da Encosta Planaltina, algumas penetrações haviam sido feitas já
no século XVI compreendidas ainda no chamado "ciclo das entradas". Entre eras,
cumpre destacar a de Spinosa ao rio São Francisco, em 1553, e a de Sebastião
Fernandes Tourinho, através dos rios Guandu e Manhuaçu, ao rio Doce, em 1573.
Na bacia do rio Doce, a colonização, em sua fase mineradora , atinge os altos
afluentes do rio lavrando-se, desde meados do século XVIII, ouro em pequenas
proporções nos rios Suaci-Grande, Cuieté (Caratinga) e Manhuaçu. Várias cidades
atuais desta zona nasceram dos acampamentos dos faiscadores de ouro.
Em fins do século XVIII, ao declinar a produção aurífera das Minas Gerais,
afrouxa-se a política restritiva do governo colonial, que chega mesmo a
incentivar uma campanha de "pacificação dos índios" às "áreas proibidas", na
região norte da Encosta Planaltina.
O pioneirismo no desbravamento do território do atual Município de Caratinga é
atribuído a Domingos Fernandes de Lara, natural de Araponga Município de Viçosa.
Teria vindo, em companhia de amigos, serviçais, escravos e "índios
catequizados", à procura da poaia (ipecacuanha.), abundante na região e de
grande valor comercial. Acredita-se que ali tenha permanecido desde o princípio
de 1841 até 1847. Propagando-se as notícias das riquezas da região habitada por
índios de índole mansa atraíram a mesma, em 1847 ou 1848, João Caetano do
Nascimento, João Antônio de Oliveira e João José da Silva., vindos com o intuito
de aí se estabelecerem em definitivo. Abrigando suas famílias em habitações
provisórias, começaram eles a esquadrinhar a região, a procura de local
apropriado a sua fixação. Percorreram os vales dos rios Caratinga, Manhuaçu,
João Pinto e Cuieté (baixo curso do Caratinga), até o rio Doce. Abandonaram logo
a. zona do vale do Cuieté, devido ao clima e as febres. Em seguida,
separaram-se, dirigindo-se João Caetano Fara a região dos rios Prêto e Jacutinga.
Em sua viagem de regresso, procurou João Caetano atingir as nascentes dos rios
Laje e Prêto, fixando-se de vez em um dos contra fortes da serra que mais tarde
ficou conhecida por "da Jacutinga". Legitimou, então, como posseiro, o seu
direito sobre vastas sesmarias, trazendo parentes e amigos para participarem da
exploração das novas terras. Surgiu assim a povoação, cujo rápido
desenvolvimento lhe valeu a criação do conselho distrital em junho de 1848, sua
elevação à categoria de paróquia em 1873, e sua autonomia da de Manhuaçu, em
1890.
Gozando da posição privilegiada de ponta de trilhos serviu de apoio as
penetrações para o norte em direção ao rio Doce. Constituiu-se, assim, como o
principal centro urbano da margem direita daquele rio Projetou-se como centro
regional de amplo raio de ação.
O advento da rodovia federal Rio-Bahia, cortando-lhe o território, aproximou-o
mais dos grandes centros. ativando seu comércio e seu desenvolvimento.
Formação Administrativa
O Distrito (e freguesia.) foi criado pela Lei provincial n.° 2 027. de 1.° de
dezembro de 1873. O Município (e Vila) desmembrado de Manhuaçu, com sede no
povoado de São João de Caratinga, e com essa denominação, surgiu pelo Decreto
estadual n.° 16, de 6 de fevereiro de 1890.
A Lei estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do
distrito-sede do Município de Caratinga, cuja instalação se verificou a 12 de
maio de 1892.
Pela Lei estadual n.° 23, de 24 de maio de 1892 a vila foi elevada a cidade
Sofreu diversas perdas territoriais e reformulações administrativas, até 1958,
quando passou a compor-se dos atuais distritos de Caratinga (sede), São Cândido.
Vargem Alegre, Entre Folhas, Dom Lara, Sapucaia, Ubaporanga. Imbé, Santo Antônio
do Manhuaçu, São João do Jacutinga, Santa Rita e Santa Bárbara.
A Comarca de Caratinga foi criada pela Lei nº 11 de 13 de novembro de 1891,
ocorrendo sua instalação a 7 de março de 1892. Suprimida em 24 de julho de 1912,
foi restaurada em 1.° de dezembro de 1917.
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