Localizada na região Sudeste do Brasil, a 716 quilômetros
de Brasília, 586 quilômetros de São Paulo, 444 quilômetros do Rio de
Janeiro e a 850 metros acima do nível do mar, a cidade de Belo Horizonte
ocupa posição estratégica nos mapas geopolíticos brasileiro e da América
Latina. A cidade integra uma malha viária e ferroviária vinculada aos
principais centros e portos do País, o que fortalece a importância
econômica do município.
Fundação 12 de dezembro de
1897 (112 anos)
Gentílico belo-horizontino
Unidade federativa Minas Gerais
Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte
Microrregião Belo Horizonte
Região metropolitana Belo Horizonte
Municípios limítrofes Vespasiano (N), Ribeirão das Neves,
Contagem, Ibirité (O), Brumadinho (S), Nova Lima (SE),
Sabará (L) e Santa Luzia (NE).
Distância até a capital 716 km
Características geográficas
Área 330,954 km²
Densidade 7.290,8 hab./km²
Altitude 852 [3] m
Clima tropical de altitude Cwa
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,839 elevado PNUD/2000
PIB R$ 32.725.361 mil (BR: 4º) - IBGE/2006
PIB per capita R$ 13.636,02 IBGE/2006 |
Brasão de Belo Horizonte |
Bandeira de Belo Horizonte |
A sede da capital mineiral localiza-se a 852,19 metros de altitude. A
maior área está entre 751 e 1000 metros, de norte para sudoeste. As
menores altitudes ocorrem a nordeste, entre 650 e 750 metros; as
maiores, nos limites a sul e sudeste, entre 1001 e 1150 metros nas
encostas, podendo atingir 1500 metros, no da Serra do Curral.
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e
referência histórica, foi planejada e construída para ser a capital
política e administrativa do estado mineiro sob influência das ideias do
positivismo, num momento de forte apelo da ideologia republicana no
país.
A cidade tem o quarto maior PIB entre os municípios brasileiros,
representando 1,38% do total das riquezas produzidas no país. Uma
evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é o ranking da
revista América Economía, no qual Belo Horizonte aparece como uma das 10
melhores cidades para fazer negócios da América Latina em 2009, segunda
do Brasil e à frente de cidades como Rio de Janeiro, Brasília e
Curitiba.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte, formada por 34 municípios,
possui uma população estimada em 5.397.438 habitantes, sendo a terceira
maior aglomeração populacional brasileira, sétima da América Latina e
62º maior do mundo.
Belo Horizonte é uma das 12 cidades brasileiras que serão sede dos jogos
da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014,e uma das sub-sedes dos Jogos
Olímpicos de Verão de 2016.
Nova Lima
Sabará
Santa Luzia
Vespasiano
Ribeirão das Neves
Contagem
Ibirité
Brumadinho |
|
Etnias
A população belo-horizontina é marcada pela miscigenação
étnica. Na imagem, um grupo de estudantes de escolas públicas da
cidade.Belo Horizonte é uma cidade multirracial, fruto de intensa
migração. O seu povoamento foi efetuado de forma gradual principalmente
por migrantes atraídos do interior mineiro, além de outras regiões de
outros estados e imigrantes oriundos de várias partes da Europa. Vieram
brancos, negros e mestiços de diversas origens, o que contribuiu para o
equilíbrio entre o número de pessoas brancas, pardas e pretas. Segundo o
censo de 2000 do IBGE, em pesquisa de autodeclaração, a população de
Belo Horizonte é composta por brancos (53,57%), pardos (37,24%), pretos
(8,04%), indígenas (0,34%) e amarelos (0,19%).
Europeus
Imigração italiana em Minas Gerais e Imigração portuguesa no Brasil.
Um dos primeiros grupos a habitar a cidade foram imigrantes italianos.
Em Belo Horizonte, os primeiros italianos chegaram para trabalhar na
construção da nova capital, em 1897. Nos arredores do município foram
criadas três colônias agrícolas: Barreiros, Carlos Prates e Américo
Werneck. Ali foram assentadas famílias italianas, com o intuito de
trabalharem na agricultura para abastecer a cidade com alimentos. Com o
crescimento da cidade, essas colônias foram engolidas e urbanizadas e
muitos italianos passaram a se dedicar à fabricação de tijolos, enquanto
outros se tornaram industriais e comerciantes. Atualmente calcula-se que
aproximadamente 30% da população belo-horizontina tenha ascendência
italiana. Os imigrantes e seus descendentes contribuíram ativamente para
o desenvolvimento da agricultura, da indústria, do comércio e da
identidade cultural da cidade, inclusive sendo fundadores do Cruzeiro
Esporte Clube, antigo Palestra Itália, um dos maiores times de futebol
da América do Sul.
Depois dos italianos, foram os espanhóis o grupo de imigrantes que
chegou em maior número em Minas Gerais no final do século XIX.
Trabalharam sobretudo nos núcleos coloniais nos arredores de Belo
Horizonte. Houve também um contingente substancial de imigrantes
portugueses.
O desenvolvimento do comércio e da indústria deve muito ao esforço de
acumulação de capital dos imigrantes italianos, portugueses e espanhóis
e de outras nacionalidades, em menor escala.
Negros
A cidade conta com uma população afrodescendente desde o início da
ocupação da cidade, com a migração dessa população proveniente do
interior do estado procurando melhores condições de vida na nova
capital.
Árabes
Imigração árabe no Brasil
A imigração de povos árabes para Minas Gerais se fez notar no início do
século XX. Embora chamados de turcos, eram provenientes da Síria e
Líbano e, segundo o censo de 1920, 8.684 sírio-libaneses viviam em
Minas. Dedicados em sua imensa maioria ao comércio, os árabes chegaram a
monopolizar o comércio de várias cidades do interior de Minas Gerais. Em
Belo Horizonte, participaram ativamente no comércio.
Outros brasileiros
A maior parte desse enorme fluxo migratório veio do interior do próprio
estado, desde o início da ocupação da área da capital mineira. A maior
proporção dessa migração provém dos municípios menores e de regiões
rurais da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do Vale do Aço.
Em dezembro de 2003, foi criada a Guarda Municipal de Belo Horizonte,
que tem entre suas atribuições a proteção de órgãos, entidades e
patrimônio da cidade, além da atuação na fiscalização, controle e
orientação do trânsito. Subordinada a uma das secretarias de governo
municipais, é limitada por lei a 3.000 homens. Apesar de serem
autorizados a portar armas de fogo, a Guarda ainda não as utiliza em sua
atividades.
Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (PRODABEL):
responsável pela infraestrutura eletrônica e informática da prefeitura.
Superintendência de Limpeza Urbana (SLU): vinculada à Secretaria
Municipal de Políticas Urbanas, essa autarquia executa os serviços
cotidianos de coleta domiciliar de resíduos, varrição, capina e
aterramento de resíduos, coleta seletiva e reciclagem, seja de papel,
metal, plástico e vidro, seja de entulho e resíduos orgânicos.
Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP): é a empresa
pública responsável pela elaboração e pela implementação da política de
estruturação urbana da cidade.
Por ser a capital do estado de Minas Gerais, a cidade também é sede do
Palácio da Liberdade (governo estadual) e da Assembleia Legislativa.
Região Metropolitana de Belo Horizonte
Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.O intenso processo
de conurbação atualmente em curso na Grande BH vem criando uma metrópole
cujo centro está em Belo Horizonte e atinge os municípios de Contagem,
Betim, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano e Sabará.
Os limites do município são com o município de Vespasiano a norte, Santa
Luzia a nordeste, Sabará a leste, Nova Lima a sudeste, Brumadinho a sul
e Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité a oeste.
Também integram a região metropolitana os municípios de Baldim, Betim,
Caeté, Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Florestal, Igarapé, Itaguara,
Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus
Leme, Matozinhos, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das
Neves, Rio Acima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa,
Sarzedo e Taquaraçu de Minas.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte é constituída por 34
municípios, sendo a terceira maior aglomeração urbana do Brasil. Seu
produto interno bruto (PIB) somava em 2005 cerca de 62,3 bilhões de
reais, dos quais aproximadamente 45% pertenciam ao município de Belo
Horizonte.
Cidades-irmãs
A política das cidades-irmãs procura incentivar o intercâmbio entre
cidades que têm algo em comum com Belo Horizonte. A troca de informações
e o aumento do comércio entre elas são meios de tornar as cidades irmãs
mais próximas. Belo Horizonte possui 16 cidades irmãs, que são:
Austin, Estados Unidos (1965)
Luanda, Angola (1968)
Zahle, Líbano (1974)
Granada, Espanha (1975)
Porto, Portugal (1986)
Minsk, Bielorrúsia (1987)
Havana, Cuba (1995)[82]
Nanjing, China (1996)
Belém, Palestina (2001)
Homs, Síria (2001)
Masaya, Nicaragua (2002)
Tripoli, Líbia (2003)
Fort Lauderdale, Estados Unidos (2003)
Tegucigalpa, Honduras (2004)
Cuenca, Equador (2004)[95]
Newark, Estados Unidos (2006)
Acordos de Cooperação
Acordos de cooperação são essenciais no processo de inserção da cidade
ao possibilitar a troca ou compartilhamento de experiências bem
sucedidas em diferentes áreas, incluindo planejamento urbano,
desenvolvimento de turismo, do meio ambiente e de atividades de
educação. Belo Horizonte possui 8 acordos de cooperação:
Ottawa, Canadá
Bolonha, Itália
Cottbus, Alemanha
Florença, Itália
Lisboa, Portugal
Lyon, França
Taiyuan, China
San Francisco de Quito, Equador
Subdivisões
O município de Belo Horizonte está dividido em nove administrações
regionais (Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte,
Oeste, Pampulha e Venda Nova), cada uma delas, por sua vez, divididas em
bairros. Criadas em 1983, a jurisdição das unidades administrativas
regionais levam em conta a posição geográfica e a história de ocupação.
Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas,
zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.
Cabe às administrações regionais a desconcentração e descentralização
administrativas no âmbito de suas respectivas jurisdições, para
atendimento ao público e manutenção e execução de obras de pequeno
porte, além de outras atividades. Os cargos de direção, assistência e
assessoramento da administração regional são providos por atos do
prefeito.
A cidade compreende 148 bairros, alguns deles nacionalmente conhecidos
como a Savassi e a Pampulha.
Administrações Regionais
Regional População Superfície (km²) Densidade1
1 Barreiro 262.194 53,51 4.899,9
2 Centro-Sul 258.786 31,53 8.207,6
3 Leste 256.311 28,52 8.987,1
4 Nordeste 274.060 39,59 6.922,5
5 Noroeste 337.351 38,16 8.840,4
6 Norte 194.098 33,21 5.844,6
7 Oeste 268.124 33,39 8.030,1
8 Pampulha 145.262 47,13 3.082,2
9 Venda Nova 242.341 27,80 8.717,3
Belo Horizonte2 2.452.617 330,95 7.410,8
Notas: (1)Os dados de população e área das regionais são do PNUD/2000.
(2)Os dados referentes à população do município são da projeção
populacional do IBGE/2009.
Economia
Economia de Belo Horizonte
Composição econômica de Belo Horizonte Serviços
83,12%
Indústria
16,88%
Belo Horizonte é a quarta cidade mais rica do Brasil com 1,38% do PIB
nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Segundo dados
da FJP, em 2008 seu PIB somou R$ 32.725.361.000, o que equivale a
aproximadamente 15,2% de toda produção de bens e serviços do estado.
Segundo dados do IBGE, em 2007, o PIB per capita do município é de R$
13.636,00. A capital tem 77.454 sedes de empresas legalizadas, que
abarcam 1.025.205 pessoas ocupadas.
Sua região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$ 74,16
bilhões, o que corresponde a 34,5% de todo o PIB mineiro em 2006.[103]
Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade
no resto do país abrange 9,1% da população e 7,5% do PIB brasileiro. A
influência é percebida em 698 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e de
Minas Gerais.
Evolução do Produto Interno Bruto (PIB)
Ano PIB (R$ 1000) PIB per capita (R$)
2002 21.036.166 9.141
2003 23.305.046 10.020
2004 27.195.182 11.570
2005 28.386.694 11.951
2006 32.725.361 13.636
Um dos maiores centros financeiros do Brasil, Belo Horizonte é
caracterizada pela predominância do setor terciário em sua economia.
Mais de 80% da economia do município se concentra nos serviços, com
destaque para o comércio, serviços financeiros, atividades imobiliárias
e administração pública. Segundo dados do IBGE, em 2006 o setor
agropecuário representou apenas 0,0005% de todas as riquezas produzidas
na cidade.
O município está entre os sete municípios com a melhor infraestrutura do
país.[106] Posicionada em um eixo logístico do Brasil é servida por uma
malha viária e ferroviária que a liga aos principais centros e portos do
país. Recebe voos nacionais e internacionais através do Aeroporto de
Confins e voos nacionais e regionais através do Aeroporto da Pampulha.
Setor secundário
Tecelagem da Companhia Renascença Industrial, em 1937As primeiras
atividades produtivas que surgiram antecedem a fundação do município. O
Arraial do Curral del-Rei produzia gêneros para o abastecimento da
região mineradora, especialmente gado e produtos agrícolas. As primeiras
atividades industriais surgem no século XIX em Nova Lima com a
instalação da Saint John del Rey Mining Co. em 1834 e da Cia. Mineira de
Fiação e Tecidos em 1879, em Marzagão, distrito de Sabará. Outros
empreendimentos surgiram como um estabelecimento de fiação e tecelagem
em 1838, no distrito de Neves Venda Nova; uma fundição de ferro e bronze
em 1845, próximo à Lagoa Maria Dias, onde hoje é o cruzamento da avenida
Paraná com a Rua Carijós no centro de Belo Horizonte; uma fundição, no
lugar denominado Cardoso, em 1885; e uma pequena manufatura de velas de
sebo para fornecimento à Cia. de Morro Velho.
A concepção inicial da cidade, planejada no final do século XIX,
contemplava aspectos extremamente modernos da teoria urbanística mas não
previa a determinação de espaços destinados à atividade industrial, e
nem tampouco para habitações populares ou proletárias. Já nos primeiros
anos, as atividades industriais surgiam voltadas para o mercado local,
utilizando matérias-primas provenientes do setor primário e possuíam um
baixo grau de mecanização, dentre elas empresas produtoras de cerâmica
às bebidas e cartões postais, do processamento de fumos à fabricação de
balas e bombons.
A montadora de veículos da FIAT sediada em Betim, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte.Muitas empresas surgiram do esforço de
acumulação de capital dos imigrantes italianos, portugueses e espanhóis
e de outras nacionalidades, em menor escala. Em 1902, o prefeito
Bernardo Monteiro baixou um decreto que regulava a concessão de terrenos
a indústrias, associações e a venda a particulares. A partir de então, a
Prefeitura passou a incentivar a industrialização ao fornecer energia
gratuita a diversas indústrias durante um longo período. Estes
incentivos perduraram até 1916, quando chegaram a representar 20% da
arrecadação do município.
Desde os anos 1970, ocorreu a chegada de grandes empresas multinacionais
de bens de capital e a migração de indústrias para a área mineira da
SUDENE, devido aos incentivos fiscais. A instalação da Refinaria Gabriel
Passos, em 1968, aliada à instalação da FIAT Automóveis em 1973, a
primeira montadora fora do eixo Rio-São Paulo, estabeleceu um grande
polo industrial no estado em Betim, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte. A Fiat hoje lidera a produção e as vendas no mercado do
país, tornando-se a mais importante unidade produtora fora da Itália.
Sua planta de Betim é a maior produtora de veículos da empresa no mundo.
A entrada em operação da montadora de veículos e seu gradativo aumento
de produção foi extremamente importante para a consolidação do segmento
de bens de capital e de bens de consumo duráveis em Minas Gerais.
As décadas de 80 e 90 foram marcadas por um longo período de recessão e
estagnação econômica. A cidade passou a desenvolver e abrigar um parque
industrial baseado nas indústrias não-poluentes e de alta tecnologia,
tornando-se um dos mais importantes polos industriais do país, com
empresas de ponta nas áreas de confecção, calçados, informática,
alimentação, aparelhos elétricos e eletrônicos, perfumaria e turismo de
negócios com estruturas produtivas leves, ampla terceirização de
atividades e grandes investimentos em marketing e publicidade.
Setor terciário
Com um diversificado setor de comércio e da prestação de serviços e
contando com uma desenvolvida rede de hotéis, restaurantes e agências
bancárias, Belo Horizonte é um dos principais polos de turismo de
negócios do país sediando importantes eventos nacionais e internacionais
como o III Encontro das Américas em 1997, o 26° Encontro Econômico
Brasil-Alemanha em 1999, a 47ª Reunião Anual do BID em 2006 e a
Ecolatina em 2007.
No início do século XX, a cidade se destacou como centro de comércio de
gado e de redistribuição de mercadorias, beneficiada pela localização
estratégica como passagem dos caminhos do comércio viajante e pelo
posicionamento equidistante dos grandes polos consumidores do país e
principais capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O
diferencial de posicionamento permite que diversos tipos de eventos
sejam captados para a capital mineira. Belo Horizonte é também o Portão
de Entrada para cidades históricas mineiras como Ouro Preto, Mariana,
Sabará, Caeté, Santa Luzia, Congonhas, Diamantina, São João del-Rei e
Tiradentes.
Edifício do banco Banif.Outro fator importante deve-se à presença de um
setor de serviços bastante significativo e com infraestrutura capaz de
atender aos seus habitantes e aos visitantes. A rede hoteleira tem
observado um crescimento considerável. No ano de 2003, ainda em meio a
uma crise, a ocupação média dos hotéis obteve índices de 40%. Como
exemplo, o parque hoteleiro apresentou crescimento de 40,15% no número
total de unidades habitacionais entre 1998 e 2005 e um aumento no número
de apart-hotéis. Operam em Belo Horizonte cerca de 150 estabelecimentos
incluindo grandes redes internacionais, como o Grupo Accor.
Recentemente, o município tem se destacado por sua capacidade de
desenvolver duas modalidades de turismo: o turismo de eventos e o
turismo cultural. Essa delineação do desenvolvimento do setor terciário
da economia com o incremento do setor turístico integra a política de
estímulo desse setor, que ganha reforços também no sucesso que a cidade
vem experimentando na área artística-cultural.
A cidade tem realizado congressos, convenções, feiras, eventos
técnico-científicos e exposições, causando uma grande movimentação na
economia, aumentando os níveis de ocupação da rede hoteleira e do
consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade já
foi sede de importantes eventos internacionais como o 47ª Reunião Anual
do BID, a Ecolatina, o Encontro das Américas e o Encontro Econômico
Brasil-Alemanha.
No Estudo de competitividade dos destinos indutores do turismo nacional
realizado em 2008 pelo Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas
(FGV) e Sebrae, Belo horizonte se destacou nos aspectos de
infraestrutura geral, marketing e capacidade empresarial. No estudo, a
cidade alcançou médias superiores a 70% em oito das 13 dimensões
analisadas. A maior pontuação do município foi no aspecto capacidade
empresarial, que teve no estudo 86,1%, de aproveitamento. A média das
capitais brasileiras ficou em 72,1% e a média Brasil no mesmo item foi
de 51%. A avaliação neste aspecto verificou as variáveis de qualificação
profissional, presença de grupos nacionais e internacionais do setor
turístico, número de empresas de grande porte, filiais e/ou
subsidiárias.
Na dimensão infraestrutura geral, Belo Horizonte obteve 80,5% de
aproveitamento, enquanto a média das capitais brasileiras foi 70,5% e a
média Brasil foi de 63,3%. O estudo analisou a saúde pública, energia,
comunicação e facilidades financeiras, além de segurança e urbanização.
Na dimensão Marketing, a cidade se destacou no estudo, obtendo 84,5% do
aproveitamento, frente à média de 46,3% das outras capitais e a média
nacional de 37,7%. Nesse aspecto, foram avaliados planejamento,
participação em feiras e eventos, material promocional e website.
Muito do sucesso alcançado pela capital deve-se ao Belo Horizonte
Convention & Visitors Bureau, organização cooperativa de marketing com
finalidade de captar congressos, feiras, convenções e eventos nacionais
para Belo Horizonte e atrair grupos organizadores de turistas para a
capital.[116] A utilização desse potencial, porém, tem esbarrado nas
deficiências na malha viária. A malha rodoviária que liga Belo Horizonte
às cidades do estado de Minas Gerais e aos demais estados, foi
classificada recentemente como uma das piores do país, segundo o SGP/DNER,
quanto ao seu estado de conservação.
Estrutura urbana
Saúde
Belo Horizonte tem os mesmos problemas na saúde pública que afligem
todas as grandes metrópoles, possui um sistema de saúde pública
considerado ruim e péssimo segundo os dados recolhidos no banco de dados do SUS e
do PNUD/2012.
Para os cerca 2,5 milhões de habitantes da capital, há água encanada
para 98% da população, energia elétrica para 99,8% e coleta de resíduos
em 98,4% da casas. Em relação ao sistema de saúde, existem quatro
médicos para cada mil habitantes de Belo Horizonte. No Brasil, a média é
de 0,27 médicos para cada mil habitantes. A mortalidade infantil até um
ano de idade na capital mineira é de 27,25 mortes por mil nascidos
vivos. No Brasil, a média é de 30,10 por mil. Ainda assim, a saúde
pública sofre com a falta de recursos humanos na área da saúde. A razão
se fundamenta nos baixos salários praticados pelo município e a falta
completa de estrutura de referência (encaminhamento de um paciente de
uma instalação de saúde para outra de maior complexidade) e
contra-referência (encaminhamento de um paciente para o estabelecimento
de origem e que o referiu, após a solução do caso que foi objeto de
referência) no sistema.
O Centro Metropolitano de Especialidades Médicas.Belo Horizonte dispõe
de um total de 36 hospitais, sendo um municipal, dois federais, sete
estaduais e o restante filantrópicos e privados. Há cerca de 5.500
leitos na capital (3,2 leitos por mil habitante) e a rede conta com 141
postos de saúde, 150 ambulatórios e 507 equipes do Programa Saúde da
Família (PSF), que dão cobertura à 76% da população da capital. Ainda
assim, a qualidade do atendimento é precária, com filas e grande espera
por especialistas médicos, além da frequente falta de medicamentos
básicos nos postos de saúde e sobrecarga de demanda, o que torna o
sistema cada vez mais precarizado. As urgências médicas do município,
chamadas de unidades de pronto atendimento (UPAs) e os pronto
atendimentos conveniados e do SUS também sofrem com a falta crônica de
médicos, filas intermináveis e falta de estrutura geral de atendimento.
Há ainda 26 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU),
sendo 22 básicas, quatro avançadas e uma com equipe especializada em
atendimento à saúde mental. Há cerca de 15 mil profissionais de saúde em
Belo Horizonte, dos quais 2.500 são agentes comunitários de saúde, e
1.200 fazem o serviço de controle de endemias, como a dengue.
Toda essa estrutura custou aos cofres municipais R$ 158,46 por
habitante, com um repasse de recursos pelo SUS para o sistema municipal
de saúde no valor de R$ 276,66 por habitante, em 2007. A despesa total
com saúde no município foi de R$ 415,53 por habitante e os gastos totais
em valores absolutos (recursos próprios mais transferências do SUS)
alcançaram R$ 1.002.636.625,58, em 2007. Ainda em 2007, o município
aplicou 18,8% de seu orçamento em saúde.
Um dos grandes problemas do sistema de saúde de Belo Horizonte é a
violência em algumas áreas da capital. A cidade é uma das regiões
metropolitanas mais violentas do país. Com dificuldades para trabalhar
em ambientes violentos, os profissionais do sistema de saúde pública
deixam de prestar atendimento à população que vive nesses locais
dominados pela criminalidade, o que compromete a cobertura de saúde. Há
dezenas de postos de saúde em Belo Horizonte que não consegue fixar
profissionais por conta da criminalidade crescente na cidade.
Um fato interessante é a grande quantidade de pessoas que vivem na
região metropolitana de Belo Horizonte mas vêm buscar atendimento no
sistema de saúde da capital. Belo Horizonte é umas das capitais que mais
atende no campo da internação pessoas do interior do estado. Cerca de
45% das internações em Belo Horizonte são de fora. Como comparação, no
Rio de Janeiro são 18% e em São Paulo 11%. Para exemplificar o problema,
recentemente foi realizado o cadastramento de uma fila de 30 mil pessoas
para cirurgias eletivas e mais de metade das pessoas que disseram que
moravam em Belo Horizonte não foram encontradas pelos agentes
comunitários de saúde. Tudo isto contribui para inchar e precarizar
ainda mais o já combalido sistema público de sáude de Belo Horizonte.
Educação
Com 672 estabelecimentos de ensino fundamental, 587 estabelecimentos de
ensino infantil, 251 escolas de nível médio e 49 instituições de nível
superior, a rede de ensino da cidade é uma das mais extensas do país. Ao
total, são 639.352 matrículas e 153.284 docentes registrados.
Educação em Belo Horizonte em números
Nível Matrículas Estudantes da rede pública (%) Docentes Escolas (total)
Unidades de ensino da rede pública (%) Ano de referência
Educação infantil 41.306 40,32 2.653 587 14,99 2007
Ensino fundamental 349.342 81,89 15.973 672 55,95 2007
Ensino médio 118.225 82,04 6.295 251 59,36 2007
Ensino superior 130.479 20,48 10.333 49 10,20 2005
Indicadores
O fator educação do IDH no município atingiu em 2000 a marca de 0,929 –
patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) [121] – ao
passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico
do IBGE foi de 4,6%, superior apenas à porcentagem verificada nas
cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro e
Vitória. Nota-se que o analfabetismo vem se reduzindo nos últimos 30
anos, tanto no município como no país (no Brasil, a taxa de
analfabetismo é de 13,6%). Os maiores índices de analfabetismo na
capital encontram-se nas faixas etárias que vão de 45 a 59 anos (7,0%) e
de 60 anos ou mais (14,9%). Entre a população de 10 aos 19 anos de
idade, a taxa de analfabetismo é de 1,5%, situando Belo Horizonte entre
as cinco capitais brasileiras com menor número de analfabetos também
nesta faixa etária.
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) de 2007, o município obteve a segunda colocação entre as
capitais brasileiras. Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM) de 2008, três escolas da cidade figuraram entre as 20
melhores do ranking, sendo os colégios Bernoulli, Santo Antônio e
Colégio Coleguium os respectivos segundo, quarto e décimo terceiro
colocados. Contudo, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o
aparato educacional público de nível médio e fundamental é deficitário,
dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a
violência manifestada em assaltos, brigas e vandalismo costuma impor
certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das
causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado carencial.
Ensino superior
A cidade conta com 55 instituições de ensino superior que oferecem 704
cursos/habilitações. Destacam-se importantes universidades públicas e
privadas, muitas delas consideradas centros de referência em
determinadas áreas.
As instituições públicas de ensino superior sediadas em Belo Horizonte
são:
Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, no campus Pampulha.
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, no campus Pampulha.
Faculdade de Direito da UFMG, no centro de BH.Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG): instituição de referência de ensino superior, conta
com 2.446 professores (sendo 65% desses doutores e 25% mestres,
aproximadamente), possui 34.174 alunos e 645 grupos de pesquisa em 49
cursos de graduação, 56 opções de doutorado, 65 cursos de mestrado e 77
opções de especialização. A UFMG já ultrapassou a marca de 11.000
publicações científicas, 238 patentes nacionais e 55 patentes
internacionais. Foi a instituição de ensino superior de melhor
desempenho nas três edições do Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes (ENADE). É considerada como instituição de referência para o
resto do país.
A UFMG aparece como a 462° melhor instituição de ensino superior no
"Ranking das 500 melhores universidades do planeta", divulgado em
novembro de 2007 pelo Higher Education Evaluation & Accreditation
Council of Taiwan, que avaliou e classificou o desempenho da produção
científica em universidades do mundo todo. Em 2008, segundo o ranking
anual da Shanghai Jiao Tong University, da China, a UFMG foi uma das 400
melhores universidades do mundo. A universidade destaca-se na área de
biotecnologia, sendo considerada como um dos mais promissores polos de
pesquisa em emergência no mundo.
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG):
fundado em 1910, é reconhecida nacionalmente pelo alto nível de
qualidade de ensino oferecido. Seja ensino integrado ou superior, os
alunos do da instituição apresentam um aproveitamento acima da média,
como o recente caso da ex-aluna do curso integrado de Química, que
obteve 100% de aproveitamento na prova do ENEM, fato inédito nos 10 anos
de existência do exame. Mantendo a tradição nas disputas, na Olimpíada
Brasileira de Matemática, quatro alunos foram premiados com medalhas de
ouro, assim como na competição de física, em que os alunos ganharam
medalhas e menção honrosa, e na Olimpíada Brasileira de Astronomia,
aluno medalha de prata.
Outros prêmios importantes conquistados foram o XXII Prêmio Jovem
Cientista e sete projetos premiados na V Feira Brasileira de Ciência e
Engenharia, Criatividade e Inovação. A qualidade do ensino se repete nos
cursos de graduação voltadas para a área de tecnologia, dentro os quais
se destacam as várias opções de Engenharia, os cursos tecnólogos e os
cursos de bacharelado em Administração e Química Tecnológica. Na
Competição Nacional de Aerodesign, promovida pela Sociedade de
Engenharia da Mobilidade (SAE Brasil), a CEFAST, uma equipe de alunos
dos cursos de engenharia conquistou o primeiro lugar com um avião
projetado e construído por eles, em 2007.
Escola de Governo da Fundação João Pinheiro: a Escola de Governo Paulo
Neves de Carvalho foi criada em 1992 como uma diretoria da Fundação João
Pinheiro, vinculada ao governo estadual. A Escola de Governo é uma
instituição de ensino superior isolada, que oferece cursos de graduação,
mestrado, especialização e extensão na área de Administração Pública. Em
todas as edições do ENADE, o CSAP recebeu conceito A. Além disso, obteve
5 estrelas nas duas últimas edições do Guia do Estudante Abril e obteve
nota 5 no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação em
2008, o valor mais alto do índice.
Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG): é uma instituição pública
estadual de ensino superior, que oferece mais de vinte cursos
distribuídos em seis cidades mineiras (Belo Horizonte, Barbacena, Frutal,
João Monlevade, Poços de Caldas e Ubá). Foi criada pelo com o advento da
Constituição de Minas Gerais de 1989, que proporcionou às fundações
educacionais de ensino superior instituídas pelo estado ou com sua
colaboração, optar por serem absorvidas como unidades da UEMG. O curso
de Pedagogia da instituição foi apontado como um dos melhores do Brasil
pelo Guia do Estudante e vencedor da Medalha Paulo Freire, em 2005. Em
2006, a UEMG recebou dois selos do Guia do Estudante pelos cursos de
Design Gráfico, da Escola de Design e Pedagogia, da Faculdade de
Educação.
Entre as instituições privadas, destacam-se:
Faculdade de Ciências Médicas, na Alameda Ezequiel Dias.Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas): a PUC Minas, criada
em 1958, é hoje uma das cinco maiores universidades brasileiras: reúne
56.751 estudantes em 56 cursos de graduação, 17 programas de mestrado, 6
opções de doutorado e 287 cursos de especialização ministrados por 2.312
professores e sustentados por uma infra-estrutura técnica e
administrativa que reúne aproximadamente 1.682 funcionários. Está
presente em Belo Horizonte (Barreiro, Coração Eucarístico, Praça da
Liberdade e São Gabriel), Betim, Contagem, Poços de Caldas, Arcos, Serro
e Guanhães. A PUC Minas foi eleita em 2006 a Melhor Universidade Privada
do Brasil, pelo Prêmio Melhores Universidades, do Guia do Estudante
Abril.
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG): fundada em 1950
pelo médico, professor e humanista Lucas Monteiro Machado, que liderou
grupo inicial de 10 colegas atuantes na Santa Casa de Belo Horizonte,
sua Escola de Medicina diplomou a primeira turma em dezembro de 1956. É
a segunda mais antiga faculdade de medicina do estado e oferece os
cursos de graduação em Medicina, Fisioterapia, Terapia Ocupacional,
Enfermagem e Psicologia além de cursos de pós-graduação lato sensu,
incluindo residências médicas e especializações em vários hospitais da
Capital. A instituição administra o Hospital Universitário São José, que
fornece suporte para o sistema público primário de saúde da Região
Metropolitana de BH.
Segurança e criminalidade
Belo Horizonte é a quinta capital estadual mais violenta do país,
segundo o estudo "Mapa da Violência dos municípios brasileiros",
publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA),
com base nos dados do Ministério da Saúde de 2008, é uma das piores.
Em 2006, entre as grandes cidades e capitais brasileiras, Belo Horizonte
possuía o quinto maior número absoluto de homicídios (1.168), somente
atrás de São Paulo (2.546), Rio de Janeiro (2.273), Recife (1.375),
Salvador (1.176). A cidade registrou, em 2006, 49,2 casos de homicídios
para cada grupo de 100 mil habitantes, índice acima do verificado em
cidades como São Paulo (23,7), Rio de Janeiro (37,7), Goiânia (36,4),
Porto Alegre (36,3), Fortaleza (35,4) ou Brasília (32,1). A cidade
também está entre os locais com mais mortes no trânsito. Em 2006, Belo
Horizonte foi a segunda no número de óbitos por acidentes de transporte,
com 704 mortos, atrás somente de São Paulo, com 1.593.
Taxa anual de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes em Belo
Horizonte.
Segundo o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp)
da UFMG, entidade acadêmica parceira do governo na elaboração de
políticas públicas de segurança, os homicídios na cidade tem alta
concentração justamente em seis aglomerados pobres controlados por
traficantes: a Pedreira Prado Lopes, as favelas do Cafezal, Morro das
Pedras, Morro do Papagaio, Taquaril e Cabana do Pai Tomás. Do total de
homicídios ocorridos em Belo Horizonte entre janeiro e dezembro de 2002,
36% aconteceram nessas áreas que, somadas, totalizam 310 mil pessoas,
14% da população e apenas 4,3% da área da cidade.
Em 2003, seis em cada dez assassinatos foram derivados do uso e tráfico
de drogas. Estima-se que 90% dos menores internados em centros de
recuperação de infratores têm algum envolvimento com drogas. Outra
pesquisa em 50 escolas estaduais, municipais e particulares de Belo
Horizonte, realizada pelo Crisp, revelou que 51,9% dos alunos já viram
ou ouviram falar de consumo de drogas dentro de suas escolas.
Risp, na Praça da Rodoviária.A violência também tem seu custo econômico.
O efetivo total da Polícia Militar de Minas Gerais em 2001 era de 37.635
indivíduos. Desse total, 7.786 pertenciam a batalhões situados em Belo
Horizonte, isto é, 21% das verbas estaduais destinadas à segurança
atenderam à capital mineira. O gasto total pela Prefeitura no combate à
violência atingiu R$4,06 milhões em 2000. Em 1999, Belo Horizonte
destinou aproximadamente R$ 835 milhões para o tratamento das vítimas e
prevenção da violência e com gastos indiretos. A soma dos custos
endógenos e exógenos com a violência chegaram a 4,1% do PIB do
município.
Apesar dos altos níveis de violência verificados em meados dessa década,
têm-se verificado uma queda nesses índices, como o de homicídio.
Pode-se atribuir essa queda ao aumento do investimento público em
segurança pública e prevenção de crimes, com a melhoria na estruturação
e entrosamento das polícias, decorrente da metodologia de integração.
Por meio dessa nova metodologia, foi criado o Risp, Região Integrada de
Segurança Pública, uma unidade estratégica integrada pela Polícia
Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros que articula a atuação dos
órgãos de defesa social na região num mesmo espaço físico,
compartilhando informações e planejando conjuntamente as ações de
combate à criminalidade, respeitadas as funções de cada uma das
corporações
Além disso, a implantação de programas de prevenção à criminalidade como
o Fica Vivo! nos aglomerados populacionais mais violentos da cidade
e do Disque-Denúncia unificado contribuem para a diminuição dos índices
de criminalidade. Estudos indicam que os índices de criminalidade são
fortemente determinados pela desigualdade de renda e a coesão social em
ambientes sociais marcados por altas taxas de imigração, urbanização e
grandes populações.
Transporte em Belo Horizonte
Os problemas de mobilidade urbana enfrentados pela população de Belo
Horizonte é considerado um dos maiores males da cidade. Os problemas começaram já na concepção do projeto urbanístico do engenheiro
Aarão Reis, responsável pela construção da nova capital. O traçado
viário idealizado pelo engenheiro, cuja implementação se limitou à área
compreendida dentro do círculo formado pela Avenida do Contorno,
privilegiou a forma radioconcêntrica, ou seja, todas as ruas partiam do
centro. Atualmente, essa área corresponde a 3,5% da mancha demográfica
da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A configuração então assumida
pela cidade através das décadas seguintes, de ter no seu centro o polo
provedor, foi um dos fatores preponderantes para o atual cenário somado
à ausência de obras viárias importantes.
Avenida Amazonas, uma das vias mais movimentadas da cidade.O uso do
espaço urbano pelos veículos em Belo Horizonte mostra incoerências:
apesar de representar menos de 10% da frota, os ônibus coletivos
transportam 40% da população enquanto os carros, que representam mais de
80% da frota, são responsáveis pelo transporte de apenas 24,5% dos
habitantes de Belo Horizonte. A BHTrans não mede congestionamentos como
em São Paulo mas um reflexo da saturação da frota pode ser indicado pela
velocidade média de tráfego dos ônibus, que por causa do excesso de
carros, no horário de pico a velocidade dos ônibus no hipercentro é de
18 km/h chegando a 8 km/h em determinados locais.
Proporcionalmente, Belo Horizonte tem uma das maiores proporções de
veículo por habitante do país: 1 veículo para cada grupo de 2,4
habitantes (em São Paulo, estima-se um veículo por 1,78 habitante;
Brasília tem 1 veículo por 2,4 habitantes e o Rio de Janeiro 1 veículo
por 2,9 habitantes). Enquanto os ônibus costumam andar lotados com até
cem passageiros, os carros costumam circular vazios. Na cidade, a taxa
média de ocupação é de 1,4 pessoa por carro causando congestionamentos
de filas de automóveis quase vazios, ocupados somente pelo motorista.
A utilização de bicicletas como meio de transporte é bastante reduzida.
O relevo acidentado e a falta de ciclovias inibem o crescimento do uso
do transporte. Em Belo Horizonte, 24 mil viagens são feitas de bicicleta
diariamente, o equivalente a apenas 0,6% dos 4,2 milhões de
deslocamentos.
Em 2009, a frota de veículos atingiu a marca de quase 1,1 milhão de
carros, o que serve como um alerta de que o pior ainda pode estar por
vir, já que a curto prazo não há projetos para acompanhar o desenfreado
crescimento da frota de veículos na cidade. Diariamente, o Detran de
Minas Gerais tem emplacado cerca de 500 veículos novos. A frota de
carros tem crescido a taxas que variam de 4 a 7% ao ano desde 1999 e
esse crescimento só perde para o número de motos na cidade, que registra
um crescimento médio de 11,5% ao ano.
Praça Raul Soares, no centro da capital mineiraO Sistema de Transporte
Coletivo por ônibus em Belo Horizonte transporta diariamente 1,4 milhão
de passageiros e abrange 300 linhas exploradas por 50 empresas que
operam uma frota de 2.874 mil veículos com idade média de 5 anos e 8
meses.
Desde 1995 vem sendo implantado o BHBUS (Plano de Reestruturação do
Sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte), que busca aprimorar o
sistema de ônibus no sentido de criar uma rede de transporte integrada
(metrô e ônibus municipais e intermunicipais), que se divide em dois
subsistemas: Tronco-alimentado e Interbairros.
A partir do ano de 2008, haverá a implantação de um novo projeto de
mobilidade urbana com conclusão prevista até 2020. Dentre as várias
medidas, o plano prevê mais investimento na criação de faixas e pistas
exclusivas ao tráfego dos coletivos na cidade, além da adoção das
chamadas estações-tubo, inspiradas nas existentes em Curitiba, que se
trata de pontos de ônibus com calçadas elevadas ao nível dos ônibus que
agilizam o embarque dos passageiros.
O Metrô de Belo Horizonte é operado pela CBTU e possui atualmente 19
estações e 28,2 km de extensão, transportando atualmente de 145 mil
usuários/dia. A operação comercial do Metrô de Belo Horizonte teve
início em 1º de Agosto de 1986. No dia 7 de Novembro de 2005, foram
concluídas as obras da Linha 1 do metrô da cidade. As obras do metrô da
cidade vêm se arrastando desde a década de 1980 e a previsão é de que,
neste ritmo, o metrô somente irá concluir a sua segunda linha em 2015.
Até agora, somente 10% da infra-estrutura foram concluídos na Linha 2,
Calafate/Barreiro, iniciada em 1998.
Aeroporto Internacional de ConfinsO sistema de táxis é considerado o
melhor da América Latina e serve de referência para outros estados
brasileiros, sendo fiscalizado pela BHTrans, órgão da administração
indireta da Prefeitura de Belo Horizonte. Possui uma frota de 6034 táxis
padronizados na cor branca, operada por 11.352 taxistas (6034
permissionários e 5318 condutores auxiliares).
O transporte coletivo de passageiros em vans ou peruas é proibido em
Belo Horizonte. Desde 5 de julho de 2001, a Prefeitura tem o aval da
Justiça para barrar os veículos que praticam o transporte
não-regulamentado de passageiros na capital mineira, que chegou a ter
três mil perueiros nas ruas em 2001.
A capital encontra-se praticamente livre do transporte clandestino desde
19 de julho de 2001, quando mais de mil perueiros invadiram as ruas do
centro de Belo Horizonte protestando contra a fiscalização da BHTrans em
conjunto com a Polícia Militar, criando uma praça de guerra com bombas
de gás, explosões, fumaça, pancadaria, agressões e correrias culminando
na prisão de 65 pessoas e um saldo de 35 feridos, entre manifestantes,
policiais e populares.
Atualmente, estima-se que há apenas 3% de clandestinos circulando de
madrugada e nos fins de semana, nas horas em que a fiscalização não atua
e, geralmente, em carros de passeio.
Os seguintes aeroportos conectam Belo Horizonte ao Brasil e ao mundo:
Aeroporto de Confins: construído na década de 1980, o Aeroporto
Internacional Tancredo Neves localiza-se na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, no município de Confins. É um dos mais modernos do Brasil e
capaz de receber cinco milhões de passageiros por ano com conforto e
comodidade. Com a conclusão da Linha Verde, a previsão é de que o
trajeto do centro de Belo Horizonte até Confins seja efetuado em 35
minutos. O Aeroporto Industrial de Confins opera desde agosto de 2006,
com a produção voltada para a exportação.
Aeroporto da Pampulha: Instalado em uma área de dois milhões de m² na
região da Pampulha, localiza-se distante oito quilômetros do centro da
cidade. O Aeroporto Carlos Drummond de Andrade (ou da Pampulha) opera
apenas voos regionais para o interior do Estado. Porém, ainda mantém em
caráter temporário sete voos diários com destino a São Paulo, Rio de
Janeiro e Brasília.
Aeroporto Carlos Prates: O Aeroporto de Carlos Prates é vocacionado para
a aviação aerodesportiva, aviação geral de pequeno porte e a aviação de
asa rotativa (helicópteros) além de ser um polo formador de
profissionais da aviação.
Cultura
Artes
Frequentemente, a cidade realiza concertos musicais e teatrais no Parque
Municipal, na Praça da Liberdade e no Parque das Mangabeiras além de
vários festivais internacionais de teatro e de dança durante o ano, o
que atrai artistas de todo mundo para seus eventos.
A cidade conta com 36 teatros (destacando-se o Palácio das Artes), 54
salas de cinema e mais de 30 galerias de arte, além de 18 museus que
recontam a história da cidade, do estado e do país.
Artes cênicas
O Palácio das Artes.No teatro, os grandes expoentes são o Grupo
Galpão e o Giramundo Teatro de Bonecos, que é um importante grupo
especializado em teatro de bonecos. Eles mantêm um museu de bonecos que
criaram desde a sua fundação em 1970, tendo lançado seu primeiro álbum
completo em 1981 e 11 trabalhos desde então.
Há muitos grupos artísticos brasileiros notáveis que tem sua origem em
Belo Horizonte como o Grupo Primeiro Ato e o Grupo Corpo, que é talvez o
mais famoso grupo de dança contemporânea do país, foi criado na cidade
em 1975, excursionando e sendo aclamado por platéias em todo o mundo.
Grandes atores da televisão e do teatro são oriundos de Belo Horizonte,
como Débora Falabella, Iran Malfitano, Jonas Bloch, Daniel de Oliveira,
Priscila Fantin, Joana Fomm, Bete Coelho e Letícia Sabatella. Três nomes
conhecidos do teatro de humor brasileiro também se iniciaram nos palcos
belo-horizontinos: Saulo Laranjeira, Geraldo Magela e Gorete Milagres.
Já se tornou uma tradição na cidade a realização de encontros, mostras e
festivais artísticos. Anualmente, são realizados o Festival
Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), o Festival Internacional
de Teatro de Bonecos, o Festival Internacional de Dança (FID), o
Festival Internacional de Corais (FIC), o Festival de Arte Negra (FAN),
o Festival Internacional de Curtas e a Mostra de Cinema Mundial - Indie
Brasil. Bienalmente, são realizados o Encontro Mundial de Artes Cênicas
(ECUM), o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa, o
Festival Mundial de Circo do Brasil (FMCB) e o Festival Internacional de
Quadrinhos (FIQ).
Além desses, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança que
acontece nos meses de janeiro e março, quando dezenas de peças teatrais
são oferecidas a preços populares à população, leva um grande número de
pessoas aos teatros da capital mineira. Em 2009, a campanha levou
313.866 pessoas aos teatros de Belo Horizonte.
Escultura no Museu de Arte da Pampulha.Artes visuais
A Escola Guignard, dirigida pelo artista Alberto da Veiga Guignard,
formou artistas importantes no circuito mineiro, nacional e
internacional das artes plásticas. Destacam-se Amilcar de Castro,
Farnese de Andrade, Leda Gontijo, Franz Weissmann, Mary Vieira, Maria
Helena Andrés, Mário Silésio, Yara Tupynambá e Inimá de Paula.
A cidade possui grande quantidade de museus e galerias de arte, que
exibem uma parte da história da arte moderna brasileira. Destacam-se o
Museu de Arte da Pampulha, o Museu Histórico Abílio Barreto e o Museu de
Artes e Ofícios. A cidade também abriga o Jardim Zoológico de Belo
Horizonte, fundado em janeiro de 1959 e que possui cerca de 250 espécies
e 1.200 indivíduos entre répteis, aves e mamíferos, além de um
borboletário onde são criadas mais de 40 espécies.[156]
Literatura
O intelectual e escritor Frei Betto.Desde as suas primeiras décadas, a
cidade já demonstrava sua vocação cultural. Jovens idealistas e poetas,
na década de 1920, incorporavam-se à Rua da Bahia, a principal via da
cidade na época. Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a
geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário
nacional, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro
Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos,
Belmiro Braga e Abgar Renault, que se encontravam no Bar do Ponto, na
Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que
revolucionaram a literatura brasileira. Em 1925, Carlos Drummond de
Andrade e seus companheiros lançaram A Revista que, apesar da vida
breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.
Sucederam-se muitos outros intelectuais e poetas como Fernando Sabino,
Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Ziraldo, Paulo Mendes Campos, Henfil, Henriqueta Lisboa, Afonso Arinos de Melo Franco, Stella Libânio,
Paulo Mendes Campos, Frei Betto, Murilo Rubião, Affonso Romano de
Sant'Anna e Roberto Drummond.
Música
Fernanda Takai, vocalista da banda belo-horizontina Pato Fu.Muitos
artistas reconhecidos no país e no exterior, surgiram em Belo Horizonte.
O Clube da Esquina é um movimento musical originado em meados da década
de 1960 e desde então seus membros influenciam a cultura da cidade e do
estado, tendo artistas importantes como Tavinho Moura, Wagner Tiso,
Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho
Horta, Márcio Borges, Fernando Brant e o 14 Bis. Outros artistas
importantes surgidos no cenário da cidade são Paulinho Pedra Azul,
Vander Lee, Skank, Pato Fu (selecionada pela revista Time como uma das
10 melhores bandas do mundo), Sepultura, Jota Quest, Tianastácia, a
dupla César Menotti e Fabiano e os corais Ars Nova e Madrigal
Renascentista.
O Uakti, grupo de música instrumental.Um outro grupo artístico inovador
é o Uakti. Eles criam seus próprios instrumentos musicais usando
materiais como PVC, madeira, metais e vidro. A origem dem seu nome é
baseado num mito dos índios Tukano, e reflete o sentimento índigena
presente em seus trabalhos.
A cidade ainda sedia anualmente grandes festivais populares que levam
milhares de pessoas ao Mineirão como o Axé Brasil, de música baiana, e o
Pop Rock Brasil, de música pop. Belo Horizonte também tem se consagrado
como um dos grandes polos da música eletrônica mundial, realizando
diversos festivais do gênero com bandas e DJs de renome internacional
atraindo turistas de todas as partes do país. Destaque para o Festival
Creamfields Brasil sediado na cidade e realizado em 12 países além do
Brasil.
Esportes
Mineirão.Belo Horizonte é sede de dois grandes clubes brasileiros de
futebol: Atlético Mineiro e o Cruzeiro. Há outras duas agremiações
futebolísticas profissionais: o América e o Venda Nova. Belo Horizonte
abriga importantes e tradicionais clubes sociais onde se praticam os
esportes especializados como o Iate Tênis Clube, o Clube Belo Horizonte,
o Mackenzie Esporte Clube, o Pampulha Iate Clube, o Ginástico Esporte
Clube e o Minas Tênis Clube. O destaque no esporte colegial é o Colégio
Arnaldo cujo time de basquete é campeão nacional intercolegial e
representou o Brasil no mundial da Turquia em 2009.
A cidade conta com dois grandes estádios:
Mineirão, é o maior estádio de futebol de Minas Gerais e segundo maior
do Brasil. Tem capacidade para 76.500 espectadores;
Independência, do América, com capacidade para 18.000 pessoas;
Arena Vivo.Além desses, Belo Horizonte sedia três grandes ginásios:
Mineirinho, com capacidade para cerca de 25 mil pessoas;
Arena Vivo, arena multiuso do Minas Tênis Clube, com capacidade para
4.000 pessoas;
Chevrolet/Marista Hall, do Instituto Marista, é uma arena multiuso com
capacidade em torno de 3.700 pessoas. Atualmente, o espaço é utilizado
para shows e eventos culturais e artísticos.
No atletismo, é realizado anualmente desde 1999 a Volta Internacional da
Pampulha, prova pedestre disputada de 17.800m de percurso, em
comemoração ao aniversário de capital.
Ciência e tecnologia
Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas
Gerais (IPEAD): criada em 1948 por professores da UFMG como fundação de
apoio à Faculdade de Ciências Econômicas da universidade, realiza
pesquisas aplicadas, serviços de consultoria, assessoria e treinamento
especializado relacionados com as ciências econômicas, administrativas,
contábeis, demografia e afins.
Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR): é uma unidade regional da
Fiocruz em Minas Gerais que através de atividades integradas de
pesquisa, referência, ensino, formação de recursos humanos e prestação
de serviços, gera conhecimento científico em saúde. Nos laboratórios do
CPqRR são estudadas a doença de Chagas, a esquistossomose, as
leishmanioses e a malária em seus diversos aspectos (biologia,
diagnóstico, imunologia, terapêutica, clínica, fisiologia, epidemiologia
e controle, sistemática). Recentemente também passaram a ser estudados a
epidemiologia do envelhecimento, do comportamento de risco e
ocupacional. Nos últimos cinco anos, o centro de pesquisa produziu 513
artigos científicos publicados em revistas indexadas, 49 dissertações e
81 teses.
Fundação Christiano Ottoni (FCO): instituição estabelecida em março de
1974, foi criada para agilizar o desenvolvimento da Escola de Engenharia
da UFMG (EEUFMG) mantendo um convênio com a universidade para utilizar
equipamentos e instalações da instituição e a colaboração de seus
servidores. A instituição tem por finalidade promover, técnica e
financeiramente, os programas acadêmicos de ensino, pesquisa e extensão
da UFMG, em especial da Escola de Engenharia.
Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC): criada em março de 1972, é
uma fundação pública vinculada ao governo estadual. A instituição
executa atividades de pesquisa e desenvolvimento, de prestação de
serviços de referência e de difusão tecnológica. O CETEC atua na
pesquisa em Tecnologia Mineral, Tecnologia Metalúrgica e de Materiais,
Tecnologia Ambiental, Biotecnologia e Tecnologia Química, Metrologia e
Ensaios e Informação Tecnológica.
Centro de Pesquisa Professor Manuel Teixeira da Costa (CPMTC-IGC-UFMG):
órgão complementar do Instituto de Geociências da UFMG, apoia a
realização de projetos de pesquisa, cursos de pós-graduação e graduação,
e prestação de serviços em Geologia e áreas afins das Geociências. A
instituição conta com dez núcleos de pesquisa: Geodinâmica de Coberturas
Superficiais e do Meio Ambiente, Geologia Estrutural Aplicada, Geologia
Econômica, Geologia Urbana, Geomorfologia Aplicada e Gestão Ambiental,
Geoquímica Ambiental, Geotectônica e Geocronologia, Granitoides e
Pegmatitos, Mapeamento Geológico em Áreas do Pré-Cambriano e Minerais
Industriais e Rochas Ornamentais.
Fundação João Pinheiro (FJP): é uma instituição pública estadual criada
em 1969, realiza projetos de pesquisa aplicada, consultorias,
desenvolvimento de recursos humanos e ações de apoio técnico ao governo
do estado. Atua nas áreas da administração pública e privada, avaliação
de políticas públicas, economia, demografia, estudos históricos,
culturais, municipais e político-sociais. É uma referência nacional nas
áreas de estatísticas e informações, pesquisas históricas, econômicas e
demográficas, desenvolvimento humano, segurança e criminalidade,
desenvolvimento urbano, ensino e pesquisa em administração e
administração pública.
Fundação Ezequiel Dias (FUNED): surgida a partir do desmembramento da
Fiocruz em 1922, está integrada à estrutura do sistema estadual de saúde
desde 1932. A Fundação Ezequiel Dias é referência nacional na produção
de medicamentos e soros, na pesquisa em saúde pública e nas ações de
vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental. Possui linhas de
pesquisas em Bioquímica e Química de Proteínas, Biologia Molecular e
Bioinformática, Biologia Celular e Inovação Tecnológica, Virologia
Molecular e Bioprodutos, Bioprospecção Farmacêutica, Recursos Vegetais e
Opoterápicos e Biotecnologia Vegetal.
Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte: criada em 1991 pelo governo
municipal, administra o Jardim Zoológico e o Jardim Botânico numa área
total de 1.440.000m² na região norte do município. Da área total, 10
hectares são ocupados pelo Jardim Botânico, cuja área de visitação
possui estufas temáticas, jardins temáticos, pergolados, praças, lagos,
fonte e anfiteatro. O Jardim Botânico promove a criação de políticas
públicas e desenvolve programas educativos e de pesquisas, especialmente
estudos e ações voltados para a conservação da flora regional, com
destaque para as espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção. É
instituição de referência nas áreas de Botânica Aplicada e
Fitossanitarismo. Um dos projetos de destaque é o Educação para
Conservação da Caatinga Mineira.
Pontos turísticos
Pampulha
Igreja de São Francisco de Assis.A 8,5 km do centro de Belo Horizonte
está a Região da Pampulha, com uma grande lagoa artificial, com belas e
modernas residências. Ali há um conjunto arquitetônico de importantes
obras: a Capela de São Francisco de Assis, localizada na beira do lago,
projetada por Oscar Niemeyer e decorada com pinturas de Cândido
Portinari, recebeu jardins do paisagista Roberto Burle Marx. É também na
Pampulha que se encontra o estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido
como o Mineirão, o segundo maior estádio de futebol do país; o
Mineirinho, que detém o recorde de público em um jogo da Superliga, na
partida entre Telemig Celular/Minas x Ulbra em 21 de abril de 2001 com a
presença de 23.535 torcedores, e o recorde mundial de público em um jogo
de vôlei indoor na partida entre Brasil e a Itália, com 25.326
torcedores presentes; a Casa do Baile; o Museu de Arte da Pampulha
(MAP); o Parque Ecológico da Pampulha; o Jardim Botânico de Belo
Horizonte; o Parque Guanabara; e o Jardim Zoológico da cidade.
Alto das Mangabeiras
Parque das Mangabeiras.Subindo a avenida Afonso Pena, encontra-se o
bairro das Mangabeiras, um dos bairros mais altos e mais nobres de Belo
Horizonte. Entre as grandes mansões e a serra do Curral estão o Palácio
das Mangabeiras (residência oficial do governador), a Praça da Bandeira
e a Praça Governador Israel Pinheiro, conhecida popularmente como Praça
do Papa: em 1980, durante a visita do Papa João Paulo II, ele exclamou:
"Pode-se olhar as montanhas e Belo Horizonte, mas sobretudo quando se
olha para vocês, é que se deve dizer: que belo horizonte!".
O fato
acabou batizando a praça, que é um dos melhores locais para se avistar
toda a cidade. Há também a Rua do Amendoim, que devido a uma ilusão de
ótica, parece fazer os carros andarem contra o sentido da gravidade.
Subindo além da Praça do Papa chega-se ao pé da Serra do Curral e
seguindo pela Avenida José do Patrocínio Pontes chega-se à entrada
principal do Parque das Mangabeiras, criado em 1983 pela Prefeitura de
Belo Horizonte, grande reserva natural e local de entretenimento ao pé
da serra acima citada. O bairro das Mangabeiras é o ponto mais alto e
mais belo da capital mineira.
Edificação moderna no bairro Savassi.Savassi
Savassi
O italiano Amilcare Savassi estabeleceu-se na região nos anos 1930 e
montou uma padaria com o seu sobrenome, que se tornou famosa pela
reunião de jovens em torno do estabelecimento na Praça Diogo de
Vasconcelos, a Turma da Savassi. O local ganhou o apelido de Praça da
Savassi. Atualmente a padaria não existe mais mas o seu nome ficou no
bairro e na praça onde se localizava. Mais que um bairro, a Savassi é
uma região tradicional de comércio na cidade e de vida noturna, com
muitos clubes, restaurantes, casas de shows e boates. Engloba a Praça da
Liberdade, um grande shopping (o Pátio Savassi), parte da Avenida do
Contorno e o início da Avenida Nossa Senhora do Carmo.
Centro de Belo Horizonte
O "pirulito" da Praça Sete, no coração da capital mineira.A diversidade
de estilos arquitetônicos é a marca do centro de Belo Horizonte. A
avenida Afonso Pena, seu principal corredor viário, contém vários
exemplos de edificações que marcaram época na capital mineira, por
exemplo: o prédio do Tribunal de Justiça, inaugurado em 1911; o luxuoso
prédio do Automóvel Clube, da década de 1920; a sede da Prefeitura da
cidade, em art déco, da década de 1940; Edifício Acaiaca, inaugurado em
1943, estilo art-déco e influência Marajoara; e o Palácio das Artes,
dentre outros. O centro abriga, ainda, o Parque Municipal (Américo Reneé
Giannetti), o Mercado Central, Edifício JK, a famosa Praça Sete de
Setembro, mais conhecida como Praça Sete, que possui um obelisco
apelidado de Pirulito, construído em 1922 e comemora os cem anos de
Independência do Brasil, além da Praça Afonso Arinos, onde localiza-se a
Faculdade de Direito da UFMG, a Praça Rio Branco (Praça da Rodoviária) e
a Praça Rui Barbosa (conhecida como Praça da Estação), a qual possui um
monumento com o brasão e partes da história do Estado de Minas Gerais
retratadas em placas de metal em suas quatro faces e é também sede do
Museu de Artes e Ofícios e da estação central de metrô.
Bares e restaurantes
Nacionalmente conhecida como a "capital nacional do boteco", existem na
cidade cerca de 14.000 estabelecimentos, mais bares per capita do que
qualquer outra grande cidade do Brasil. O lazer da cidade ocorre em seus
milhares de restaurantes, bares e botecos. A culinária mineira é uma
atração concomitante que acompanha bem a cerveja, o chope, o vinho ou a
famosa cachaça mineira.
As opções para ir são inúmeras. É possível frequentar desde o
tradicional boteco-copo-sujo até sofisticados restaurantes, adegas,
choperias, pubs e cafés. As motivações para frequentar os bares também
são variadas: há estabelecimentos especializados no happy hour, no
fim-de-noite, em negócios, em paquera, em música e outros.
Todos os anos no mês de abril é realizado o festival Comida di Buteco,
competição anual de bares que serve de pretexto para visitar diversos
bares e botecos de BH todas as noite durante um mês em busca dos
melhores petiscos ou tira-gostos, como dizem os mineiros. Alguns dos 40
melhores bares disputam em categorias como higiene, temperatura da
cerveja, serviço e principalmente, o melhor tira-gosto. Os vencedores
são decididos não só pelos jurados mas também por votação popular.
Feira da Afonso Pena
Feira da Afonso PenaA Feira de Artes e Artesanato de Belo Horizonte é a
maior do gênero em espaço aberto da América Latina. Reunindo
aproximadamente 50 mil visitantes por semana, conta com mais de 2.500
expositores que expõem e vendem trabalhos artesanais. Os produtos chegam
de diversas regiões do estado: das peças artesanais do Vale do
Jequitinhonha até as roupas de frio do Sul de Minas, incluindo
quinquilharias, bijuterias, sapatos e alimentos. Ocorre sempre aos
domingos, das 6 às 14 horas na Avenida Afonso Pena (que é fechada para o
trânsito de veículos) entre a Rua da Bahia e Rua dos Guajajaras, numa
distância de cerca de 700 metros nos dois sentidos da avenida.
Surgiu em 1969 na Praça da Liberdade, no auge do movimento hippie, onde
os artesãos (chamados hippies) expunham seus produtos artesanais. Daí a
alcunha carinhosa de Feira Hippie dada pelos belo-horizontinos ao
evento. Em 1991, a Prefeitura a transferiu para a Avenida Afonso Pena,
dada a necessidade de preservação do conjunto arquitetônico da Praça da
Liberdade, que já não podia abrigar o grande número de expositores.
Consolidou-se assim como um patrimônio cultural e turístico da capital,
ampliando suas atividades e crescendo em diversidade, se tornando nos
dias atuais um dos maiores pontos de produtos artesanais do país,
recebendo milhões de visitantes de todos os cantos do Brasil e até do
exterior. O turista tem na feira um autêntico encontro com o artesanato
e a culinária típica, expressões da grande riqueza cultural verificada
no Estado.
Mercado Central
Uma banca de especiarias do Mercado Central Mercado Central de Belo
Horizonte
No centro de Belo Horizonte está o Mercado Central, centro popular da
cultura mineira na capital e grande atração turística de Belo Horizonte.
O mercado foi criado em 7 de setembro de 1929 com o intuito de reunir
num só local os produtos destinados ao abastecimento dos então 47.000
habitantes da cidade. Ao longo dos anos, foi ampliando suas atividades e
hoje além de produtos alimentícios pode-se encontrar lá desde artesanato
a animais de estimação, de artigos religiosos a relojoaria, dentre
várias outras especialidades em suas 400 lojas. Essa diversidade fez do
Mercado Central um centro popular da cultura mineira, onde há o convívio
de realidades sociais diversas que o tornam ainda mais interessante.
No Mercado Central se encontra desde animais, flores, artesanatos,
frutas, queijos de todos os tipos e comidas. Um prato famoso de
"tira-gosto" é fígado com jiló.
Referências:
IBGE
Prefeitura
Wikipedia
Ache Tudo e Região
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