Estado Bahia
Mesorregião Centro-Sul Baiano
Microrregião Vitória da Conquista
Região metropolitana
Municípios limítrofes Anagé, Barra do Choça, Cândido Sales, Itambé,
Encruzilhada, Ribeirão do Largo, Planalto, Belo Campo.
Distância até a capital 509 quilômetros
Características geográficas
Área 3.204,257 km²
Densidade 90,4 hab./km²
Altitude 923 metros
Clima Tropical de altitude Cfb
Distâncias
Salvador : 527 km
Itabuna : 262 km
Teófilo Otoni : 395 km
BRASÃO
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Foi instituído pelo projeto de Lei Municipal nº 688, de 24 de maio de
1968, durante a gestão do prefeito Fernando Spínola.
O brasão é de autoria do heraldista Alberto Lima e tem as seguintes
características heráldicas:
Escudo português terciado em faixas, sendo que na primeira faixa em campo
de blau (azul) e campanha de sineple (verde) com 4 estrelas de ouro e
uma faixa de entrada de prata. Na 2ª faixa dividido em dois campos, à
direita um arco e uma flecha de ouro, em posição de ataque em campo de
gales (vermelho), à esquerda uma cruz sobre um monte, tudo em ouro, em
campo de blau (azul). Na última faixa, em campo de blau (azul) um monte
de ouro carregado de uma esmeralda em sua cor natural (verde). No
lastro, acompanhando a forma de escudo, um listel de prata ostentando os
seguintes dizeres: “1752 – Vitória da Conquista – 1891” . Integrando o
conjunto na parte superior a coroa mural de cinco torres de prata que é
a cidade, carregada de uma eclipse de blau (azul), ostentando uma
flor-de-lis em ouro. |
BANDEIRA
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Foi instituída pelo Projeto de Lei
Municipal nº 182, de 27 de outubro de 1978, na gestão do prefeito Raul
Ferraz.
O modelo da bandeira foi elaborado pelo heraldista Fernão Dias Sá. As
cores dessa bandeira sintetizam os pavilhões Nacional e Estadual, com o
acréscimo das cores municipais, sendo o verde e o amarelo
correspondentes ao primeiro, com a sua significação, simbolizando,
ainda, o verde, o café, nossa principal riqueza, o vermelho e o branco,
são as cores estaduais, sendo as municipais azul e amarelo.
A faixa vermelha, azul e branca formam o “C”, inicial de Conquista. Estas
três, mais a verde formam o “E” inicial de Educação, moderna preocupação
do poder público municipal. As faixas azul e verde formam o “T”, inicial
de Trabalho, fator móvel do progresso e lembra que só trabalhando o
homem constrói o mundo e consegue bem estar. As estrelas em amarelo.
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Economia
Até a década de 1940, a base econômica do município se funda na pecuária
extensiva. A partir daí, a estrutura econômica e social entraria em um
novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na
economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com
a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR 116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o
município pode integrar-se a outras regiões do Estado e ao restante do
País; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do
sudoeste da Bahia e norte de Minas.
No início da década de 1970, dois novos vetores de desenvolvimento são
introduzidos na economia local: a cafeicultura e a indústria de
transformação. O polo cafeeiro será responsável por um grande dinamismo da
economia regional, o que se refletirá no aumento substancial da população
do município, no crescimento e diversificação do comércio e das atividades
de prestação de serviços. No entanto, o crescimento da cidade ocorre de
uma forma desordenada, o que redundará na insuficiência de equipamentos
sociais básicos, para a maioria da população. A indústria não cresce como
se desejava, ocorrendo mesmo o fechamento de muitas fábricas.
No final da década de 1980, com a grave crise que se abate sobre a
cafeicultura (queda nos preços internacionais e longo período de
estiagem), associado aos problemas provocados pelo longo período de
recessão da economia brasileira, em seu conjunto (década perdida), a
economia de Vitória da Conquista será sustentada, fundamentalmente, pelo
setor de serviços, e pelo comércio, com destaque para a atividade
varejista.
Atualmente, com uma estrutura econômica relativamente complexa, a
sociedade conquistense mobiliza-se no sentido de colocar o seu município
novamente na rota do desenvolvimento.
Vitória da Conquista: Cidade das Oportunidades
Vitória da Conquista, localizada no Sudoeste da Bahia, polariza uma
área com um raio de 200 km, onde mora uma população de aproximadamente 2
milhões de habitantes. Por ser dotado da melhor infra-estrutura urbana na
região, Vitória da Conquista Com uma renda média de R$ 2.700,00, o
Sudoeste contribui com 17% da população do Estado e tem um PIB da ordem de
R$ 5.400.000.000,00 (cinco bilhões e quatrocentos milhões de reais), que
corresponde a 16% do valor total da produção baiana.
A localização geográfica de Vitória da Conquista privilegia sobremaneira a
forma de lidar com estes números. Centro de um cruzamento no sentido
Norte-Sul do País (BR-116) e Leste-Oeste do Estado (Ba-262), situada a 134
Km da ferrovia de Brumado (Ferrovia Centro-Atlântica ), o que lhe
possibilita enorme facilidade de se integrar aos novos sistemas de
transporte intermodal (hidroviário do São Francisco / Rio Corrente, para
escoamento da soja, ferroviário e rodoviário em direção ao porto de
Ilhéus).
Os fatores locacionais possibilitam o aproveitamento das potencialidade da
próprio Sudoeste e de todas as regiões circunvizinhas. Como exemplo,
pode-se indicar as condições favoráveis para utilizar o algodão do
meio-oeste para transformação em fio ou posterior tecelagem.
Também podem
ser incluídos a mamona para esmagamento e refino do óleo e a mineração,
com baixo valor do frete agregado do material extraído e reduzido custo de
transporte do produto acabado. Ou ainda os derivados da soja, ração e
grãos produzidos no Oeste do Estado, para utilização na promissora
indústria da carne de suínos que por aqui começa a se firmar e a
avicultura que já é uma realidade com enorme perspectiva, além da pecuária
leiteira e confinamento de bovinos.
Integrando o principal polo cafeicultor do Estado, só o município de
Conquista responde por 20.000 empregos diretos, gerando uma produção
média, ao longo dos seus 25 anos, de 500.000 sacos/ano, correspondendo a
um incremento de R$ 75 milhões o equivalente a 10% do seu PIB que é de R$
760 milhões, ou a 2% do Produto Interno Bruto da Bahia.
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Apoiada em uma
ampla rede hospitalar, hoteleira,
escolas, Universidade, aeroporto (com
vôos diários para BH, SP e Salvador),
intensa atividade comercial tanto
atacadista como sofisticado comércio
varejista, Vitória da Conquista conta,
ainda, com uma oferta na área de
serviços profissionais diversos, dada a
quantidade de profissionais liberais e
escritórios especializados, que a
credencia para liderar o processo de
transformação da Economia Regional. |
Considerando a expressão deste equipamento urbano, quaisquer novos
investimentos econômicos propostos para a região proporcionarão uma taxa
de crescimento no seu produto, incidindo positivamente para a expansão da
economia do município. Por exemplo, existe uma relação direta entre os
investimentos no Oeste da Bahia e uma expansão da demanda por produtos e
serviços na cidade de Vitória da Conquista.
A sua poupança interna, aliada à capacidade de atrair investimentos, pode
assegurar um modelo de crescimento sustentado, seja através da utilização
da captação de recursos locais (por exemplo, no Mercado Comunitário de
Ações), ou através de linhas específicas direcionadas, com juros
subsídiados, tanto para o setor industrial, agropecuário e até mesmo para
projetos populares, profundamente germinativos.
Saliente-se ainda os incentivos fiscais do Estado através do Probahia e os
União, através dos benefícios fiscais para o Nordeste, além dos incentívos
creditícios extremamente favoráveis. Já o Município dispõe também de
mecanismos legais para atração de investimento como o Comfia - Comissão
Municipal de Fomento à Industria e à Agropecuária, com isenções e
incentivos previstos em lei.
O objetivo é construir um modelo de "desenvolvimento endógeno," que
consiste na melhor estratégia possível, gerando inclusive a possibilidade
de expansão futura através de empreendimentos de porte. Trata-se de criar
as condições para o aproveitamento da capacidade máxima da região em
conseguir mobilizar recursos internos para alavancar um período de
prosperidade para o município e região. O Mercado Comunitário de Ações é
um dos meios para tanto e constitui, desta forma, uma prática de economia
participativa, com efetiva mobilização de recursos internos,
reestruturando as forças produtivas locais.
Revelados os condicionantes básicos dos recursos disponíveis, pode-se
afirmar que intensas medidas e esforços estão sendo desenvolvidos pelo
Governo Municipal e outros organismos a nível Federal e Estadual, no
sentido de encontrar caminhos que conduzam Vitória da Conquista e Região a
um projeto de desenvolvimento compatível ao seu potencial econômico, seu
porte geográfico e seu volume demográfico.
A Indústria
A expansão industrial no município de Vitória da Conquista, ocorre a
partir do início da década de 1970, com a criação do Distrito Industrial
dos Imborés, cuja origem esta relacionada às políticas do Governo Federal
com vistas à redução dos desequilíbrios regionais, complementadas com as
do Estado para interiorizar o desenvolvimento industrial. Para tanto,
essas políticas se apoiaram em medidas de isenção e renúncia fiscal,
dotação da infra-estrutura básica, concessão de créditos, dentre outros
mecanismos.
O distrito Industrial, esta localizado a 5 Km do centro da cidade, às
margens da BR 116, com uma área equipada de 851 mil m2. Os
principais ramos industriais são produtos alimentares. Minerais não
metálicos, química, metalurgia, sabões, bebidas e mecânica, cujos insumos
são originários em sua maioria, no próprio estado, mas também com fortes
ligações com o resto do país. O ramo mais representativo é o de produtos alimentares, seguido do ramo de
minerais não metálicos.
A Agropecuária
Vitória da Conquista teve, por muito tempo, como base econômica a
atividade agropecuária, mais particularmente, a criação de gado bovino em
regime extensivo. Subsidiamente, as terras eram ocupadas com uma
agricultura de subsistência, baseada no trabalho familiar.
Um ponto de
inflexão ocorre no início dos anos 70, com a implantação da cultura do
café, modificando o quadro da propriedade, posse e uso das terras do
município. Embora o setor passasse a especializar-se na produção de café,
essa mudança ocorrerá em detrimento dos cultívares de alimentos, com a
eliminação do setor é uma tendência que se impõe, na medida em que o
Governo não estabelece uma Política Agrícola consistente e de longo prazo.
Geografia
Vitória da Conquista está localizada na Região Sudoeste da Bahia e é o
terceiro município do Estado em população, com 262.585 habitantes, segundo o
Censo 2000/IBGE. Apesar da alta taxa de urbanização (85,8%), há uma grande
população rural, distribuída por 284 povoados espalhados numa extensão
territorial de 3.743 km2. O município situa-se a uma altitude de 923m e a
-14,86611º de latitude e -40,83944º de longitude, numa região dentro dos limites
do Semi-Árido, sofrendo, portanto, os efeitos da baixa pluviosidade e das secas
periódicas. Trata-se de uma área de transição geoambiental com uma grande
diversidade de microclimas e extratos florestais como remanescentes de mata
atlântica, matas de cipó, cerrados e caatinga.
Clima
Vitória da Conquista tem um clima tropical, amenizado pela relativa
altitude do lugar, e é uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas
no estado da Bahia, chegando a registrar 6,2°C em 2006 mas já foram registradas
temperaturas inferiores a 5°C em diversos anos anteriores. Perde em temperatura
média apenas para as cidades mais altas da Chapada Diamantina, como Piatã). "As
chuvas de neblina", como são chamadas, se concentram no período de Abril a
Agosto, já "as chuvas das águas" (mais intensas e fortes) ficam concentradas de
Outubro a Março.
Vegetação
O engenheiro agrônomo Ângelo Paes de Camargo distribui a vegetação da
região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior para o litoral, em
faixas:
Faixa A - Caatinga ou cobertura acatingada - Vegetação típica de áreas
com deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a cafeicultura. Seus
solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
Faixa B - Carrasco, também conhecido como "campos gerais"ou cerrado - É
uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito pobre e seca.
Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes marítimas continentais a
altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos arenosos. Essa faixa é
considerada inapta à cafeicultura. Ela pode ser encontrada também a sudeste da
estrada Rio-Bahia.
Faixa C - Mata de Cipó. Esta cobertura parece ser a predominante no
platô. Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta, fechada com
muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono).
Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau-de-leite, jacarandá, angico, etc.
Também farinha-seca, ipê (pau-d'arco) são frequentes. Como vegetação secundária
é abundante: corona, cipó-de-anta, pitiá, caiçara, avelone, bem como capim
corrente ou barra-do-choça, além dos amargoso e tricoline.
Faixa D - Mata-de-Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo da
Mata-de-Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais
baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita samambaia, sapé, capim
Andrequicé e muitas leguminosas.
São também encontradas muitas palmeiras, planta
que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de Mata-de-Larga são mais úmidas. A
vegetação secundária e a relva resultante é mais verde na estação seca que na
Mata-de-Cipó. A cafeicultura deve encontrar condições climáticas satisfatórias
em terras de Mata-de-Larga. A maior disponibilidade hídrica deve reduzir os
problemas com incidência de ferrugem. Praticamente esta vegetação encontra-se
toda a sudeste da Rio-Bahia.
Faixas E e F - Mata Fria e Mata Fluvial Úmida - São as vegetações que
aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da
Mata-de-Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes aéreas
frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a frequentes e
prolongados nevoeiros. Em plena estação seca... a vegetação herbácea se mantém
inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente nenhuma madeira de lei.
Predomina a madeira branca.
Relevo "Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais elevada,
suavemente ondulado, com pequenas elevações de s arredondados. Seus vales
são largos, desproporcionais aos finos cursos d'água que aí correm, de fundo
chato e com cabeceiras em forma de anfiteatro.
Ocorrem no platô elevações
geralmente de encontas suaves (embora existam aquelas com encostas íngremes),
que podem atingir 1.000m ou mais. A Serra do Periperi, por exemplo, localizada a
Norte/Noroeste do núcleo urbano de Vitória da Conquista, tem cota máxima de
cerca de 1.109m e mínima de 1.000m, enquanto que seu entorno próximo apresenta
altitudes que variam de 857 a 950 metros.
Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são verificáveis em
"Duas Vendas" (Município de Planalto) adiante da "Fazenda Salitre"(em Poções),
em terrenos íngremes, e a "Serra da Ouricana" (uma das serras localmente
conhecida como "Serra Geral"), em Poções e Planalto. A medida que as altitudes
caem e que se aproxima das encostas, o relevo torna-se fortemente ondulado."
Principais bairros
Entre os vários bairros que compõem a cidade de Vitória da Conquista,
destacam-se o Centro, Candeias, Recreio, Urbis de 1 a 6, Santa Cecília, Alto
Maron, Brasil,Itamarati, Guarani, Sumaré, Patagônia, Kadija, Ibirapuera, Morada
do Pássaros de 1 a 3, Senhorinha Cairo, Miro Cairo, Heriqueta Prates, Bruno
Bacelar, Inocoop 1 e 2, Alegria, Morada Real, Alto da Colina, Remanso, Recanto
das Águas, Conveima, Vila América, Ipanema, Santa Helena, Santa Cruz, Jurema,
Bela Vista, Jardim Guanabara, Jardim Valéria, Cruzeiro, Panorama, Morada do Bem
Querer, Vila Serrana de 1 a 4, São Vicente, Alvorada, N. Sra. Aparecida, Urbis
1,2,3,4,5 e 6 e vários outros.Ao todo são mais de 70 bairros além de inúmeros
loteamentos recentes.
Referencia: Wikipédia
Ache Tudo e Região |