|
1. TUBERCULOSE O bacilo de Koch não é excretado pelo leite materno A transmissão se faz usualmente pela inalação de gotículas de vias aéreas superiores de um indivíduo com infecção tuberculosa. A porta de entrada é quase sempre o trato respiratório. Formas clínicas maternas: Tuberculose extra-pulmonar: não contra-indica a amamentação Tuberculose pulmonar: Conduta para mãe contagiante ou bacilífera (não tratada ou com tratamento iniciado a menos de três semanas do nascimento da criança): -não suspender a amamentação -diminuir o contato íntimo mãe-filho -amamentar com máscara ou similar -lavar, cuidadosamente, as mãos -rastrear comunicantes, especificamente os domiciliares -administrar, ao RN hidrazida (INH) na dose de 10 mg/kg/dia uma vez ao dia, durante três meses -após três meses de hidrazida (INH), realizar um teste tuberculínico (PPD), adotando as seguintes condutas: Teste Positivo (criança reatora): rastrear doença: se necessário tratar de acordo com as normas do M.S. se não houver infecção ativa, manter a quimioprofilaxia até o 6º mês Teste Negativo: Proceder a vacinação com BCG-ID e suspender a hidrazia (INH). Durante todas as etapas continuar com a amamentação. Conduta para mãe não-contagiante ou abacilífera: (com tratamento iniciado a mais de três semanas do nascimento da criança): não suspender a amamentação proceder à vacinação com BCG-ID Observações: Na impossibilidade de seguimento do R.N., proceder a variação com BCG-ID e administrar hidrazida (INH) por um período de seis meses. Nos casos em que o diagnóstico de TB materno for realizado após o início da amamentação, o lactente deve ser considerado potencialmente infectado e rastreado. Não suspender a amamentação A administração de drogas tuberculósticas à mãe não contra-indica a amamentação. 2. HANSENÍASE Não contra- indica a amamentação A transmissão pode ser feita através de contato interno-humano, preferencialmente prolongado, secreções nasais e através da pele intacta. Embora o bacilo possa ser excretado pelo leite materno nos casos de hanseníase de forma virchowiana, não-tratada ou tratada há menos de três meses com sulfona (diapsona) ou três semanas com a rifampicina, não se sabe se esta é uma via significativa de infecção. Conduta com mãe contagiante ou bacilífera (não-tratada ou tratada há menos de três meses com sulfona ou três semanas com rifampicina: evitar contato íntimo mãe-filho amamentar com máscara ou similar lavar cuidadosamente as mãos, antes de manipular a criança desinfecção de secreções nasais e lenços Conduta com mãe não-contagiante ou abacilífera: Manter a amamentação Observação: Possível passagem das drogas utilizadas no tratamento da Hanseníase não contra-indica a amamentação. 3. HEPATITE B Apesar do vírus de hepatite B ser excretado pelo leite materno, com dados disponíveis até o momento, não contra-indica a amamentação A transmissão perinatal pode ocorrer quando a mãe é HBs Ag Positivo (especialmente as HB e Ag Positivo) através do sangue e secreções. Conduta: lavar bem o RN retirando todo o vestígio de sangue e/ou secreção materna indicar a amamentação mesmo que haja sangramento em fissura mamária administrar nas primeiras 12 horas (no máximo até 24 horas) IGBH (Imuniglobulina Específica contra Hepatite B) 0,5 ml/dose única, via intramuscular ou 1,5 ml de imunoglobulina Atendard (I.M.) administrar, até o 7º dia de vida, a 1º dose de vacina contra hepatite B na dose de 0,5 via intramuscular. Observações caso aplicada concomitantemente com a IGHB (Imuniglobulina Específica contra Hepatite B) utilizar seringas, agulhas e locais diferentes de aplicação o local ideal para aplicação I.M. das injeções na RN é a face anterolateral na coxa RNs com peso inferior a 2000 gr. Devem ter a sua vacinação adiada até atingirem esse peso. Se esse período prolongar-se por mais de três meses, uma segunda dose de imunoglobulina deve ser aplicada nas mesmas dosagens já referidas. Com um mês de vida: fazer a 2º dose da vacina contra Hepatite B Com seis meses de vida: fazer a 3º dose da vacina contra Hepatite B Durante todas estas etapas continuar com a amamentação. Hepatite B diagnosticada durante a lactação em criança com menos de um ano de idade Conduta: Manter a amamentação administrar Imuniglobulina Específica contra Hepatite B na dose de -0,04 ml/kg - I.M. ou administrar gamaglobulina “Standard” na dose de 0,12 ml/kg - I.M. testar a criança para Hbs Ag. Se negativo, vaciná-la e seguir as medidas profilática para o caso. Hepatite diagnosticada durante a amamentação Conduta Manter a amamentação; aplicar Imunoglubolina Standard, na dose de 0,02 - o,o4 ml/Kg dose única IM o mais precocemente possível. 4. CITOMEGALIA Conduta: Manter a amamentação; a transmissão pós-natal pode ocorrer pelo leite materno mas não costuma ocorrer doença, pois junto com os vírus passam também anticorpos maternos passivos. 5. MASTITE não contra-indica a amamentação especial atenção deve ser dada ao diagnóstico diferencial entre ingurgitamento mamário, obstrução dos ductos e mastite. Nenhuma dessas afecções contra-indica a amamentação. O uso de antibióticos não contra-indica a amamentação, exceção as tetraciclinas e derivados que não devem ser prescritos. Os analgésicos e antiinflamatórios não contra-indicam a amamentação com exceção da indometacina e da fenilbutazona que não deverão ser prescritos. 6. MALÁRIA não contra-indica a amamentação o modo de transmissão mais comum é pela picada do mosquito anopheles. Menos comumente, transfusão de sangue e agulhas contaminadas o uso de drogas antimaláricas à nutriz, não contra-indica a amamentação. 7. HERPES SIMPLES não contra-indica a amamentação, exceto quando as vesículas herpéticas estiverem localizadas na mama cuidados adicionais devem ser tomados com vesículas em face, dedos e mamas. Conduta: Cobrir as lesões lavagem rigorosa das mães antes de manipular as crianças uso de luvas ou proteção para as mãos (lesão dos dedos) evitar contato íntimo mãe-filho (beijos e afagos) até que as lesões estejam secas. 8. VARICELA mães com varicela com início até cinco dias antes do parto formam e passam anticorpos. O RN deverá ter uma forma leve de varicela e a separação mãe-filho está contra-indicada: amamentar a criança mães com varicela com cinco dias antes do parto ou até dois dias depois: a criança poderá desenvolver uma forma grave de varicela estando indicado o isolamento do RN e da mãe durante a fase contagiante materna (até a fase de crosta). Durante este período o leite materno deverá ser ordenhado e dado ao RN administrar, ao RN o mais precoce possível: Imunoglobulina Standard = 2 ml/dose única/IM (de valor discutível) ou VZIG ((Imunoglobulina Específica contra Varicela) 125 unid./dose/I.M. O RN deverá ficar em observação até o 21º dia de vida. Se nesse período desenvolver a doença, iniciar a administração de aciclovir mães com varicela a partir do 3º dia do pós-parto: o RN poderá desenvolver forma leve de doença não estando indicado nem o isolamento nem a profilaxia: amamentar a criança. 9. DOENÇAS DE CHAGAS Não contra-indica a amamentação No caso de haver fissura sangrante, pode ocorrer parasitomia e consequentemente passagem do T. Cruzi. Durante esta etapa não amamentar. 10. Covid-19 se transmite pelo ar, sangue, leite materno, placenta e contato direto. Não estamos sozinhos, é vital dividirmos espaço com outras criaturas ou seremos também eliminados do planeta. Proteger as árvores, os animais, rios e mares são dever cívico de cada cidadão. Seremos todos responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo a natureza. Conheça o Ache Tudo e Região o portal de todos Brasileiros. Cultive o hábito de ler, temos diversidade de informações úteis ao seu dispor. Seja bem vindo, gostamos de suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a melhorar a cada ano.
|