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  1. Gás nas linhas de astrofísica estelar e extragaláctica
     
  2. Núcleos ativos de galáxias
     
  3. Processos de acréscimo em binárias compactas
     
  4. Pulsações em anãs brancas

Núcleos ativos de galáxias

        Variabilidade é uma das propriedades mais fundamentais e intrigantes de núcleos ativos de galáxias (AGN), abrangendo um vasto espectro de luminosidades (de LINERS a quasares) e distâncias, sendo observada em objetos  desde o  universo local até as maiores distânciais conhecidas (z > 4). Dado que a emissividade de núcleos ativos é máxima na região dominada pelo chamado "Big UV Bump que cobre a faixa do óptico e ultra-violeta, o estudo da variabilidade nessa faixa espectral é central para o entendimento do mecanismo gerador de energia.

        0 tema da variabilidade em AGNs ganhou Impeto nos anos 80, quando ficou estabelecido que as variações no contínuo precediam as variações das linha de emissão por intervalos de dias a meses, um fenômeno tradicionalmente interpretado como um efeito de "reverberação" ou "eco" . Nesse cenário as nuvens da "Broad Line Region" (BLR) ecoam as variações do campo de radiação nuclear, de modo que o retardo entre o sinal da fonte central e o eco das linhas espectrais reflete a distribuição geométrica das nuvens emissoras.

         Esta teoria motivou intensas campanhas de monitoramento de cerca de uma dezena de fontes, visando mapear a BLR destes objetos usando técnicas matemáticas de inversão. É importante porém observar que a teoria de reverberação não faz qualquer alusão à origem física das variações do contínuo. Dessa maneira, o enfoque no mapeamento por técnicas de reverberação desviou o interesse da comunidade astronômica da fisica da variabilidade para a geometria da BLR, deixando uma enorme lacuna a ser preenchida.

        É objetivo desta linha de pesquisa corrigir esta situação, deslocando a ênfase dos efeitos da variabilidade sobre o meio para o entendimento de suas causas. Para tanto, investigamos aspectos da variabilidade de AGNs de todas as luminosidades, tanto individual como globalmente, de modo a proporcionar um entendimento amplo do mecanismo responsável pela variabilidade de galáxias ativas..

        Dentre os estudos desenvolvidos atualmente destacamos: (1) Reconhecimento de padrões recorrentes de variabilidade em AGNs. Estamos analisando a curva de luz histórica de NGC 5548 para testar a proposta de Cid Fernandes et al.  de que as variações de brilho em AGN seguem um padrão matemático regular. (2) Monitoramento de AGNs de baixa luminosidade (LLAGN). Embora se conheçam muitos LLAGN, pouco se sabe sobre sua variabilidade. Sabe-se porém que variações dramáticas podem ocorrer após longos períodos de quiescência, como comprova o interessante caso de NGC 1097 . 0 monitoramento de uma amostra grande de LLAGN permitirá deduzir a frequência de variações entre LLAGN, a duração do ciclo de atividade e sua energética, bem como aprimorar a estatística das transições de Seyfert  tipo 1 para tipo 2. Estes resultados proporcionarão testes diretos de teorias para a origem das variações.
 

Processos de acréscimo em binárias compactas

        Discos de acréscimo (DAs) são um fenômeno importante em astrofísica, pois ocorrem em uma ampla gama de cenários e situações e são fundamentais para se compreender a formação de sistemas planetários e de estrelas e explicar a enorme energia observada em quasares e AGNs. Apesar dos esforços desenvolvidos ao longo das últimas décadas, tanto no campo teórico quanto no observacional, a estrutura e a física básica dos DAs permanecem pouco compreendidas. Os melhores prospectos para avanços significativos do conhecimento nesta área residem em estudos espacialmente resolvidos de DAs.

        0 objetivo desta linha de pesquisa é melhorar o conhecimento acerca da física dos DAs, tentando entender os mecanismos relevantes na determinação das estruturas radial e vertical do disco, a natureza e a magnitude da viscosidade responsável pelo acréscimo, bem como a origem da cintilação intrínseca de brilho (flickering) característica dos processos de acréscimo. Para tanto, investigamos discos de acréscimo em torno de anãs brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros em sistemas binários em interação (FIGURA 1) com técnicas de mapeamento por eclipses (FIGURA 2) e Tomografia Doppler , resolvendo e mapeando estruturas em escalas angulares da ordem de micro-segundos de arco.

        Estas técnicas permitem isolar e estudar o espectro da radiação emitida em qualquer parte do DA  (FIGURA 3). Ajustando modelos de atmosferas de discos a estes espectros, somos capazes de determinar a dependência radial dos parâmetros fisicos do DA - a temperatura do gás emissor, a densidade superficial, o número de Mach, e o gradiente vertical de temperatura. Através da comparação das propriedades de sistemas distintos, estamos explorando os efeitos de diferenças na massa do objeto central, inclinação, irradiação no disco, e período orbital no espectro observado.

        A partir do conjunto de eclipses de cada objeto, pretendemos estudar e mapear a distribuição das fontes de flickering e acompanhar a evolução secular da distribuição de brilho dos seus DAs. Esta evolução segue as mudanças na taxa de acréscimo bem como a movimentação de frentes de onda de aquecimento e resfriamento durante erupções do disco, fornecendo testes cruciais para modelos de instabilidade e viscosidade em DAs.

        Para estes trabalhos, dispomos de um amplo conjunto de dados de fotometria e espectroscopia de alta resolução temporal obtidos com o HST e a partir de telescópios em terra.
 

Pulsações em anãs brancas

        0 estudo de pulsações em estrelas proporciona uma forma única de investigarmos o seu interior. Em analogia com a ciência que estuda o interior da Terra chamamos esse estudo de astrossismologia. Depois do Sol as estrelas anãs brancas são aquelas para as quais mais informação foi possível obter. Até o presente, a astrossismologia permitiu medir velocidades de rotação, massadas camadas superficiais (anãs brancas possuem uma estrutura em camadas), massas totais, rotação diferencial, bem como as taxas de esfriamento das anãs brancas ao longo do diagrama HR.

        Há mais de três décadas existem previsões teóricas que os núcleos de anãs brancas frias devem cristalizar. Contudo, até hoje nenhum teste observacional da teoria foi efetuado.

        Winget et al. mostraram que é possível usar anãs brancas como cronômetros para medir a idade de grupos estelares, em particular de nossa Galáxia, o que por sua vez serve como um limite inferior para a idade do Universo. Em face à discórdia atual dos valores da idade do Universo obtidos através do valor da constante de Hubble (H0) e de idades estelares em nossa nossa Galáxia [e.g. a cronologia de anãs brancas ganhou atenção redobrada. A compreensão do fenômeno da cristalização é essencial para os estudos de esfriamento de anãs brancas. Se a cristalização realmente ocorre ela adiciona aproximadamente 1 bilhão de anos aos tempos de esfriamento calculados para anãs brancas. Existe ainda um efeito potencialmente maior associado com a possível separação de fase dos elementos durante a cristalização que poderia adicionar entre 1 e 3 bilhões de anos às idades calculadas.

        Esta linha de pesquisa se propõe a testar observacionalmente a teoria de cristalização, visando alcançar uma melhor compreensão do processo de esfriamento em anãs brancas e obter estimativas mais acuradas de suas idades. Para tanto investigamos a estrutura interna de anãs brancas através do estudo das suas pulsações. Ao longo de 1998 estamos realizando uma campanha observacional visando obter cobertura permanente da curva de luz da anã branca pulsante BPM 37093, fazendo uso do Whole Earth Telescope. Os dados serão usados para comparar as características de suas pulsações com modelos teóricos para estrelas pulsantes com núcleos cristalizados.



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