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O Vale do Paraíba é uma região sócio-econômica que abrange a Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista no estado de São Paulo e Mesorregião Sul Fluminense no estado do Rio de Janeiro, e que se destaca por concentrar uma parcela considerável do PIB do Brasil. O nome deve-se ao fato de que a região é a parte desde inicial da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul.


Deve-se ressaltar que o nome, em sentido estrito, é comumente utilizado apenas para se referir a uma região com certas características sócio-econômicas, se tratando portanto, de uma Região, Mesorregião ou microrregião oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística,IBGE Somente correspondendo aproximadamente ao curso superior do rio Paraíba do Sul, já que esse rio se estende ainda ao longo de quase todo o comprimento do estado do Rio de Janeiro e separa parte deste do estado de Minas Gerais.

Localização

Localiza-se nas margens da rodovia Presidente Dutra (BR-116), exatamente entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, dentro do complexo metropolitano formado pelas duas capitais e com seu principal eixo urbano seguindo o traçado da Via Dutra. Apesar de altamente urbanizada e industrializada, a região também tem reservas naturais importantes, como a Serra da Mantiqueira, na divisa com Minas Gerais, um dos pontos mais altos do Brasil, e a da Bocaina, reduto de Mata Atlântica que também inclui pequenas cidades e fazendas de interesse histórico e arquitetônico.

Municípios da região

A população somada de todos os municípios da região é de quase 3,3 milhões de habitantes, equivalente à população do estado do Rio Grande do Norte.

As cidades mais importantes da região são:
No lado fluminense: Porto Real, Volta Redonda, Resende, Barra Mansa e Barra do Piraí;
No lado paulista: São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Cruzeiro.

Outras cidades da região são:
No lado fluminense: Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Quatis, Rio Claro, Valença, Rio das Flores e Paraíba do Sul.

No lado paulista: Aparecida, Arapeí, Areias, Atibaia, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Cunha, Guararema, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lorena, Lavrinhas, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Paraibuna, Piquete, Pindamonhangaba, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Salesópolis, Santa Branca, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Tremembé e Ubatuba.

Embora geograficamente façam parte do vale, algumas cidades não compartilham de história comum com as demais cidades da região, motivo pelo qual estarem politicamente na Região Metropolitana de São Paulo, fazendo com que os valeparaibanos muitas vezes desconheçam o fato dessas cidades ficarem geograficamente dentro do vale, embora na sua extremidade. Elas são as cidades de Guararema, Santa Isabel e Salesópolis, que fazem parte do Vale do Paraíba, mas não da Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista.


Historia

A história do Vale do Paraíba está intimamente ligada ao ciclo econômico do café, período de opulência que deu prestígio e poder político à região. A despeito da cidade de Lorena que começou seu desenvolvimento com o ciclo do ouro nos idos de 1700 devido à passagem pelo Rio Paraíba do Sul.

No início do século XX, um grupo de religiosos da ordem trapista se instalou na fazenda Maristela, em Tremembé, e introduziu a cultura do arroz nas várzeas do rio Paraíba do Sul, além de novas técnicas de plantio e irrigação.

A produção de leite foi introduzida com a decadência do café, ocorrida a partir da crise econômica mundial de 1929.

A industrialização do Vale do Paraíba iniciou-se na década de 1940, durante o Estado Novo, após um acordo diplomático feito entre Brasil e Estados Unidos, que previa um projeto ambicioso: a construção de uma usina siderúrgica que suprisse a demanda por aço dos "países aliados" durante a Segunda Guerra Mundial e ajudasse no desenvolvimento do Brasil.

No ano de 1946, foi inaugurado um dos maiores complexos siderúrgicos do mundo e o maior da América Latina, a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN, instalada em Volta Redonda. O início da produção de aço na CSN serviu de base para a industrialização do país e, especialmente, do Vale do Paraíba, com a chegada de empresas ligadas a siderurgia na região, assim como a indústria automotiva e aeroespacial.

Economia

A agropecuária ainda é de grande importância para vários municípios dessa região.

O Vale do Paraíba é o segundo maior polo produtor de leite do país. Por questões conjunturais, a produção de leite se encontra em decadência, mas ainda sustenta boa parte da população rural dos pequenos municípios.

O arroz é um dos mais importantes produtos agrícolas da região atingindo na safra de 2002/2003, a marca de 850 mil sacas de 60 kg.

Outras culturas diversificadas vêm sendo experimentadas por alguns produtores nessas várzeas.

A atual estrutura fundiária do Vale do Paraíba é fruto de mudanças significativas na forma de distribuição das terras ocorridas a partir da decadência do café, quando as grandes fazendas passaram a ser retalhadas em partilhas e heranças familiares. Esse processo se multiplicou à medida que as gerações foram se sucedendo, o que resultou numa região pontuada por pequenas propriedades e produção agropecuária marcadamente familiar.

INDÚSTRIAS

Na década de 1950, a região industrializou-se rapidamente. Nesta época destacou-se, no lado paulista, a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a consequente instalação da indústria aeronáutica com a EMBRAER, o maior complexo aeroespacial da América Latina, além das montadoras Volkswagen, Ford e de eletrônicos LG.

No lado fluminense, destaque para Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), as montadoras PSA Peugeot Citroën, Volkswagen Caminhões e Ônibus (a maior fábrica de caminhões do Brasil), Guardian do Brasil, Votorantim (Siderúrgica Barra Mansa), as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Michelin, White Martins, a Industria Nacional de Aços Laminados (INAL), a Companhia Estanífera Brasileira (CESBRA) e da S/A Tubonal (fabricante de tubos de aço), Saint-Gobain Canalização, entre outras. Há também montadoras em construção na região, como a Chery em Jacareí, a Nissan em Resende, a Land Rover e a Hyundai Heavy Industries, em Itatiaia.


Educação

Ensino Médio e Técnico

O Vale do Paraíba é uma região que conta com várias ETECs, presentes nas seguintes cidades ETEC Machado de Assis (Caçapava), ETEC Prof. Marcos Uchôas dos Santos Penchel (Cachoeira Paulista), ETEC Professor José Santana de Castro (Cruzeiro), ETEC Professor Alfredo de Barros Santos (Guaratinguetá), ETEC Cônego José Bento (Jacareí), ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva (Lorena), ETEC João Gomes de Araújo (Pindamonhangaba), ETEC São José dos Campos (São José dos Campos), e ETEC Doutor Geraldo José Rodrigues Alckmin (Taubaté).

Todas as cidades do Vale do Paraíba contam com no mínimo uma escola do Sistema S de Ensino SENAR, SENAC, SESC, SESCOOP, SENAI, SESI, SEST, SENAT, SEBRAE, entre outros.

São José dos Campos possuí o colégio Embraer Juarez Wanderley, que apesar de ser uma escola considerada particular é totalmente gratuita, ela atendendo a 600 alunos nas três séries do ensino médio, em regime de tempo integral ( 10 horas/dia - 6.000 horas-aula em 3 anos).

As cidades de Lorena e Guaratinguetá também possuem colégios técnicos, oferecendo também o Ensino Médio, vinculados às universidades. Em Lorena, é o Colégio Técnico de Lorena "Professor Nelson Pesciotta" (COTEL), que é vinculado à USP e oferece curso de Química com aulas durante período integral. Já em Guaratinguetá, o Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá "Prof. Carlos Augusto Patrício Amorim" (CTIG), vinculado à UNESP, oferece 4 cursos, Eletrônica, Eletroeletrônica, Mecânica e Informática, todos em período integral. Em ambos os colégios, para que o aluno receba o diploma de técnico, é necessário que ele faça um estágio supervisionado.

Ensino superior

O Vale do Paraíba é uma região com grande concentração de instituições de ensino superior. Entre as públicas, estão: FATEC (Cruzeiro, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Taubaté e São José dos Campos), ITA (em São José dos Campos), UERJ (campus em Resende), UFF (campus em Volta Redonda), Unesp (campus em São José dos Campos - Odontologia e Engenharia Ambiental e campus em Guaratinguetá), Unifesp (campus em São José dos Campos), USP (campus em Lorena) e Unitau (Taubaté e Ubatuba).

Na região também estão situadas a Escola de Engenharia da UFF (em Volta Redonda), o Instituto Nacional de Pós-graduação (INPG), um campus da UNIP, a Universidade do Vale do Paraíba (Univap, em São José dos Campos), unidades da Anhanguera Educacional (Taubaté, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Jacareí, Pólo presencial em Roseira), um campus da Unisal (em Lorena), a Fatea também em Lorena, a FARO (Faculdade de Roseira), a FAPI (Faculdade de Pindamonhangaba), UNESA e Faculdades Dom Bosco em Resende, pólos do CEDERJ, pólos da ETEP Faculdades (São José dos Campos e Taubaté), Faculdade Bilac, a FACIC(Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro), UBM (Universidade de Barra Mansa), UNIFOA, Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) e a FASF (Faculdade Sul Fluminense) em Volta Redonda.

Uma historia de negligencia

O rio Paraíba do Sul esta entre as (3) piores regiões do Brasil, tudo começou por volta de 1912, onde colonos, fazendeiros e latifundiários corriam para invadir ou tomar posse de terras em suas margens, assim foram se formando lavouras e pequenas cidades, desmatando enormes áreas para plantio ou especulação imobiliária, retirando a proteção dos solos e as matas ciliares que impedem a erosão que causa o assoreamento, ou seja, diminui a quantidade de armazenamento de água dos rios.

Por volta de 1939 com a revolução industrial, a situação do rio que já não era boa quintuplicou sua poluição, calcula-se que ao longo dos anos o rio tenha perdido 80% de sua capacidade de vazão em metros cúbicos por segundo.

Em todo o Brasil, o desmatamento transformou a paisagem verde em amarelo do deserto, faz o Brasil perder pelo menos 165 trilhões de litros de água por ano, só no Sudeste 56 trilhões de litros de água perdido, a probabilidade de todo país virar deserto é certa, caso as condições de descaso das atuais administrações continuar.

Em 15 de agosto de 2015, o que os ambientalistas já previam e nenhum governo escutou aconteceu, uma redução da vazão mínima do afluente à barragem de Santa Cecília foi emergencial, o Rio Paraíba do Sul finalmente entra em colapso ou o começo de seu fim, um rio que possivelmente sobreviveu pelo menos 200 milhões de anos, pode morrer com a ocupação humana.


Referencias:
Wikipedia
Ache Tudo e Região



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