O rio Paraíba do Sul é um rio brasileiro
que banha os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de
Janeiro.
O rio Paraíba do Sul nasce na confluência dos rios
Paraitinga e Paraibuna, no município de Paraibuna,
estado de São Paulo, percorre um pequeno trecho do
sudeste de Minas Gerais, fazendo a divisa natural deste
com o estado do Rio de Janeiro, atravessa grande parte
desse último e tem sua foz no Oceano Atlântico próximo à
cidade de São João da Barra. Seu percurso total é de
1.120 km, no sentido oeste para leste.
Comprimento 1.120 km
Nascente Serra do Mar
Altitude da nascente 1.800 m
Foz Oceano Atlântico
Área da bacia 56.500 km²
Afluentes
principais Rio Pomba, Rio Muriaé, Rio Paraibuna, Rio
Piabanha, Rio Jaguari
País(es) Brasil |
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Os principais afluentes do rio Paraíba do Sul são o
Jaguari, o Buquira, o Paraibuna, o Piabanha, o Pomba e o
Muriaé. Esses dois últimos são os maiores e deságuam,
respectivamente, a 140 e a 50 quilômetros da foz. Entre
os sub-afluentes, está o rio Carangola, importante rio
da bacia do rio Paraíba do Sul, posto que serve a duas
unidades da federação, o Estado de Minas Gerais e o
Estado do Rio de Janeiro.
Foi neste rio que encontraram a estátua de Nossa Senhora
da Conceição Aparecida, em meados de 1717.
Bacia
A bacia do rio Paraíba do Sul está situada entre as
latitudes 20°26' e 23°39'S e as longitudes de 41° e
46°30'W, com uma área de 56.500 km², abrangendo não só
as regiões do Vale do Paraíba Paulista e Fluminense, mas
também o Noroeste Fluminense e grande parte da Zona da
Mata Mineira.
Trata-se de território quase completamente antrópico,
com a Mata Atlântica original restrita a parques e
reservas florestais. O próprio rio tem seu curso marcado
por sucessivas represas, destinadas à provisão de água e
eletricidade para as populações da bacia e também da
Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em razão disso,
o rio encontra-se hoje em estado ecológico crítico, com
margens assoreadas e 40% da sua vazão desviada para o
Rio Guandu. Suas águas também são utilizadas para
abastecimento industrial, preservação da flora e fauna e
disposição final de esgotos.
A bacia do rio Paraíba do Sul tem como principais
atividades econômicas os setores industrial e de
agropecuária. O médio vale do Paraíba foi a primeira
grande região produtora de café no Brasil, com a
economia baseada em latifúndios e no trabalho escravo.
Com a perda da primazia na produção cafeeira para o
oeste paulista, seguiu-se uma estagnação econômica,
sucedida por sua vez, a partir da fundação da Companhia
Siderúrgica Nacional, por um processo de
industrialização que fez do vale uma das maiores regiões
industriais do país.
A industrialização se concentrou na parte alta do vale,
sendo mais relacionada à linha principal da Estrada de
Ferro Central do Brasil, ligando o Rio de Janeiro a São
Paulo, do que ao rio Paraíba propriamente dito, deixando
de lado boa parte da região de desenvolvimento cafeeiro,
principalmente as fazendas mais afastadas da ferrovia,
depois suplantada em importância pela Rodovia Presidente
Dutra.
Em Volta Redonda o Rio foi muito importante,pois sua
"curva" deu o nome da cidade.
Por isso o povo de Volta Redonda agradece pelo
abastecimento de suas aguas e de sua curva cujo nome e
dado a cidade.
Atualmente a gestão da bacia hidrográfica do rio Paraíba
do Sul é feita pelo CEIVAP, dentro de uma política de
participação instituída pela Lei Federal n.° 9.433/97.
Navegabilidade
Atualmente, somente dois trechos do Paraíba do Sul podem
ser navegados: o trecho inferior e o médio superior. O
trecho inferior, entre a foz e São Fidélis, numa
extensão de aproximadamente 90 km, possui uma
declividade de 22 cm/km. Existe uma navegação incipiente
feita por pequenas embarcações que transportam,
essencialmente, material de construção para o município
de Campos dos Goytacazes. No trecho médio superior,
entre Cachoeira Paulista e Guararema, numa extensão de
aproximadamente 280 km, apesar da pequena declividade de
19 cm/km, a navegação restringe-se a embarcações de
turismo.
Diversos acidentes prejudicam a navegação no Paraíba do
Sul: saltos, corredeiras, trechos de forte declividade,
bem como obras efetuadas para fins hidrelétricos sem
previsão de transposição de níveis. Outros fatores
impeditivos são a existência de um número apreciável de
pontes rodoviárias e ferroviárias, a proximidade de
rodovias e ferrovias margeando o rio e a localização de
várias cidades junto às suas margens.
Poluição
O Rio Paraíba do Sul recebe atualmente o esgoto da maioria
dos municípios pelos quais passa. Um estudo recente
desenvolvido pela Universidade de Taubaté (UNITAU) revelou
que o rio possui um alto nível de poluentes, que apresentam
riscos de danos genéticos e de câncer em organismos
aquáticos e humanos.
Atualmente se encontra assoreado, extremamente poluído e
risco de extinção. |
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A pesquisa abrangeu a coleta e a análise de amostras de
água, no período de três anos, nos municípios de
Tremembé e Aparecida, que são as áreas mais poluídas do
trecho paulista. Os resultados apontaram para a presença
de substâncias que são tóxicas às células, como metais
pesados (principalmente alumínio e ferro), inseticidas e
herbicidas, substâncias danosas ao ecossistema. Seu
efeito principal é a perda de diversidade biológica no
rio. No homem, pode causar patologias, chegando a casos
de câncer.
Dentre os agentes poluidores, como os resíduos
industriais, extrativistas, da pecuária e da agricultura,
o estudo aponta como sendo o mais preocupante o esgoto
urbano.
Referências:
1. AGEVAP. Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do
Paraíba do Sul. Página visitada em 19 de dezembro de
2007.
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