Hidrografia
Os cursos d'água, que drenam o município, apresentam-se
perenes com direcionamento consequente de extensão
aproximada de 12Km. Suas principais cabeceiras localizam-se
na serra da Saudinha (rios Meirim, Saúde e Prataji) nos
tabuleiros (riachos Reginaldo, Jacarecica, Doce e o rio
Sauaçuí), alguns próximos à área urbana do município,
nas proximidades dos conjuntos residenciais: Henrique
Equelman, Moacir Andrade e do Parque Residencial
Benedito Bentes I e II.
As bacias hidrográficas destes rios apresentam na sua
maioria um padrão de drenagem dendrítico, tendendo a
paralelo em escoamento, exorreico; formando canais
distribuídos de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª ordens, cada uma recebe
dos tributários de ordens inferiores. Quanto à forma de
seus vales, no alto curso é marcado por vale em "V"
agargantado. No médio curso assemelha se ao anterior,
mas com fundo chato e margens um pouco afastadas e altas
dos tabuleiros que os rodeiam. O baixo curso apresenta
se na forma de uma baixada larga típica de "rias", com
vale em calha, leito raso, entulhado e de foz flutuante
pelas vagas que movimentam os bancos arenosos. Os
riachos são paralelos, com regime de enxurradas de
outono, inverno ou por chuvas ocasionais de primavera e
originam se em uma estrutura monoclinal, entalhada, por
ocasião dos movimentos eustáticos negativos que os
levaram a tangenciar o nível do mar.
Vegetação
Maceió apresenta vegetação herbácea (gramíneas) e
arbustiva (poucas árvores e espaçadas). Além destas,
Maceió possuia também a Mata Atlântica, agora extinta. Essas vegetações
estão associadas a um sistema regulado de chuvas.
A vegetação natural encontra-se bastante degradada em
algumas áreas isoladas dos tabuleiros costeiros e
principalmente nas encostas. Ocorrem remanescentes de
floresta ombrófila secundária (mata atlântica) e
descaracterizada (macega-capoeira). No baixo curso dos
rios ocorrem formações pioneiras aluviais e na sua foz,
a influência da maré alta dá origem a formações
fluviomarinhas (mangues).
A cidade possui um parque municipal de 80 hectares,
localizado entre os bairros de Bebedouro e Tabuleiro do
Martins. Na área encontram-se plantas típicas da Mata
Atlântica e nascentes de várias correntes de água. É
aberto à visitação ao público.
Relevo
O relevo do município de Maceió apresenta um predomínio
de terras baixas com altitudes inferiores a 100 metros,
ocorrendo, no entanto na porção norte-noroeste áreas que
alcançam mais de 160 metros. A Serra da Saudinha alcança
300 metros.
Estruturalmente são encontradas três unidades: a
Planície ou Baixada Litorânea, os Tabuleiros Costeiros e
o Maciço Cristalino da Saudinha.
A Planície Litorânea compreende a área de menor
expressão espacial e de menor altitude, 0 a 10 metros.
De origem recente (quaternária), nela predominam as
formas de acumulação marinha, fluvial, fluviomarinha,
fluviolacustre e eólica, representadas por terraços,
pontas arenosas, restingas, cordões litorâneos, ilhas
fluviomarinhas, recifes e lagunas.
Os Tabuleiros Costeiros são uma superfície de agradação
composta basicamente por terrenos plio-pleistocênicos,
também conhecidos como baixo planalto sedimentar
costeiro. Apresenta relevo tipicamente plano com suaves
ondulações e altitudes em geral inferiores a 100 metros.
Na faixa costeira, o trabalho de abrasão marinha (antes
do presente), estabelecia contato direto do oceano sobre
as encostas do tabuleiro deram origem às falésias
fósseis, separadas atualmente do oceano por depósitos
quaternários.
São cortados transversalmente por rios que correm em
cursos paralelos, separados por interflúvios
tabuliformes (dissecados e aplanados), formando vales e
encostas fluviais, várzeas e lagunas. Destacam-se o
Prataji e seus afluentes Messias ou Prata (integrante do
Sistema Pratagy); Meirim e seu afluente, o Saúde; o
Estiva e o Sauaçuí (divisa com Paripueira); além dos
riachos: Carrapatinho, do Silva (que já abasteceu Maceió
até a década de 50), Reginaldo, Jacarecica, Garça Torta,
Doce. Nos baixos cursos dos rios a ação das marés dão
origem a manguezais que ocorrem ao longo de todo litoral,
principalmente na ilha do Lisboa e na foz dos rios
Prataji, Meirim, Estiva e Sauaçuí.
No extremo norte-noroeste do município, cercado pelos
Tabuleiros Costeiros, ocorre uma área de rochas
cristalina (serra da Saudinha), formada por um esporão
granítico, profundamente dissecados em encostas com
níveis entre 160 e 300 metros, que corresponde a borda
residual da porção meridional do Planalto da Borborema
comandada pela referida serra, uma rede hidrográfica
divergente drena suas águas diretamente para o Oceano
Atlântico.
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