Os primeiros navegadores europeus,
portugueses principalmente, chegaram à África do Sul no século XV. Diogo Cão
alcançou a costa sul-africana em 1485 e em 1488 foi a vez de Bartolomeu Dias.
A Historia do país, propriamente dita, começa no século XVII com a ocupação
permanente da região do Cabo da Boa Esperança pelos holandeses. Em 1909, a união
das colónias britânicas de Cabo, Natal, Transval e Orange River origina a nação
da África do Sul.
Pintura da chegada de Jan van Riebeeck na
Baía da Mesa (por Charles Bell).
De 1948 a 1993/1994, a estrutura política e social é baseada no Apartheid, o
sistema legalizado de discriminação racial que manteve o domínio da minoria
branca nos campos político, económico e social.
Em 1983, é adotada uma nova Constituição que garante uma política de direitos
limitados às minorias asiáticas, mas continua a excluir os negros do exercício
dos direitos políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tem direito de
voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do
Apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra
é o Congresso Nacional Africano (ANC), que durante quase cinquenta anos foi
considerado ilegal.
Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o Governo
sul-africano começa a desmantelar o sistema do Apartheid, libertando Nelson
Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como outras
anti-Apartheid.
Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A abertura
das negociações entre os representantes de todas as comunidades, com o objetivo
de elaborar uma Constituição democrática, marca o fim de uma época na África do
Sul.
Em 1993, o Governo e a oposição negra acordam nos mecanismos que garantam a
transição para um sistema político não discriminatório. É criado um comité
executivo intermediário, com maioria negra, para supervisionar as primeiras
eleições multipartidárias e multirraciais, e é criado, também, um organismo que
fica encarregado de elaborar uma Constituição que garanta o fim do Apartheid.
Em Abril de 1994 fazem-se eleições multirraciais para o novo Parlamento. O ANC
ganha as eleições e Nelson Mandela, formando um Governo de unidade nacional,
torna-se o primeiro Presidente sul-africano negro. Em 2004, ano em que Thabo
Mbeki completou cinco anos como sucessor de Nelson Mandela, o Presidente da
República da África do Sul prometeu acabar com toda a violência de carácter
político que ainda possa existir no país.
Fatos Históricos
Os europeus chegam à região em 1487, quando o navegador português Bartolomeu
Dias contorna o cabo da Boa Esperança. Ponto estratégico na rota comercial para
as Índias e habitada por diversos grupos negros (bosquímanos, khoi, xhosas,
zulus), a região é povoada por imigrantes holandeses, franceses e alemães no
século XVII.
Esses colonos brancos (chamados bôeres ou africânderes) se fixam na
região e desenvolvem uma língua própria, o africâner. Em 1806, os ingleses tomam
a Cidade do Cabo e lutam contra negros e bôeres. Os choques levam os bôeres a
emigrar maciçamente para o nordeste (a Grande Jornada, em 1836), onde fundam
duas repúblicas independentes, Transvaal e Estado Livre de Orange. A entrada dos
britânicos no Transvaal provoca tensão e resulta na Guerra dos Bôeres, que
termina com a vitória britânica.
Mais Historia
Os seres humanos modernos habitam a África Austral há mais
de 100.000 anos. Na época do contato com os Europeus, os povos indígenas
dominantes eram tribos que migraram de outras partes da África há cerca
de mil anos antes da colonização europeia. Entre os séculos IV e V,
tribos falantes do Bantu vieram para o sul, onde deslocaram,
conquistaram e assimilaram os povos originários da África Austral. Na
época da colonização europeia, os dois maiores grupos eram os povos Zulu
e Xhosa.
Em 1652, um século e meio após a descoberta da Rota Marítima do Cabo, a
Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou uma estação de
abastecimento que mais tarde viria ser a Cidade do Cabo. A Cidade do
Cabo tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização européia
expandiu-se na década de 1820 com os Bôeres (colonos de origem
Holandesa, Flamenga, Francesa e Alemã) enquanto os colonos Britânicos se
assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos
surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners que competiam por
território.
Mais tarde, a descoberta de minas de diamante e de ouro desencadeou um
conflito do século XIX conhecido como Segunda Guerra dos Bôeres, quando
os Bôeres e os Britânicos lutaram pelo controle da riqueza mineral do
país. Mesmo vencendo os Bôeres, os Britânicos deram independência
limitada à África do Sul em 1910, como um domínio britânico. Durante os
anos de colonização Holandesa e Britânica, a segregação racial era
essencialmente informal, apesar de algumas leis terem sido promulgadas
para controlar o estabelecimento e a livre circulação de pessoas
nativas.
Boêres em combate (1881).
Nas repúblicas Bôeres, já a partir
do Tratado de Pretória (Capítulo XXVI), os subsequentes governos
sul-africanos tornaram o sistema de segregação racial legalmente
institucionalizado, o que mais tarde ficou conhecido como apartheid.
O governo então estabeleceu três categorias de estratificação
racial: brancos, colorados e negros, com direitos e restrições
específicos para cada categoria.
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A África do Sul conseguiu sua independência política em 1961 e
declarou-se uma república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o
governo manteve o regime do apartheid. No início do século XX alguns
países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com o
país por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos
civis. Após anos de protestos internos, ativismo e revolta de
sul-africanos negros e de seus aliados, finalmente, em 1990, o governo
sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis
de discriminação e às eleições democráticas de 1994. O país então aderiu
à Comunidade das Nações.
"For use by white persons" (em português: "Para uso de pessoas brancas")
– placa da era do apartheid.Em 1983, é adotada uma nova constituição que
garante uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas
continua a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e
civis. A maioria negra, portanto, não tinha direito de voto nem
representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do
apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização
política negra era o Congresso Nacional Africano (ANC), que durante
quase 50 anos foi considerado ilegal.
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"For use by white persons" (em português: "Para
uso de pessoas brancas") – placa da era do apartheid. |
Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o
governo sul-africano começa a desmantelar o sistema do apartheid,
libertando Nelson Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta
organização, bem como outras antiapartheid.
Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A
abertura das negociações entre os representantes de todas as
comunidades, com o objetivo de elaborar uma Constituição democrática,
marca o fim de uma época perturbada na África do Sul que iniciou-se em
1948 e teve seu fim em 1990, 42 anos, época está chamada de Apartheid,
que numa tradução para o português seria "segregação racial"
No dia 10 de abril de 1993, um dos principais líderes do movimento negro
da África do Sul, Chris Hani, tombou vítima de dois tiros, diante da
própria residência. O que seus assassinos não previram é que essa morte
acabaria por acelerar o fim do apartheid.
Em 1993, o governo e a oposição negra acordam nos mecanismos que
garantam a transição para um sistema político não discriminatório. É
criado um comité executivo intermediário, com maioria negra, para
supervisionar as primeiras eleições multipartidárias e multirraciais, e
é criado, também, um organismo que fica encarregado de elaborar uma
Constituição que garanta o fim do Apartheid.
Em Abril de 1994 fazem-se eleições multirraciais para o novo Parlamento.
O ANC ganha as eleições e Nelson Mandela, formando um Governo de unidade
nacional, torna-se o primeiro presidente sul-africano negro. Em 2004,
ano em que Thabo Mbeki completou cinco anos como sucessor de Nelson
Mandela, o presidente da república da África do Sul prometeu acabar com
toda a violência de carácter político que ainda possa existir no país.
Mbeki demitiu-se do cargo em 20 de Setembro de 2008 após pressões do seu
próprio partido sob acusação de interferência no poder judicial. Dois
dias depois o ANC apontou Kgalema Motlanthe para chefe-de-estado.
Em Abril de 2010 foi assassinado o líder de extrema-direita Eugène Ney
Terre'Blanche, que defendia a supremacia branca no país. O acontecimento
marca o aumento da violência e da tensão racial no país. Terreblanche
foi encontrado morto na sua casa, no nordeste do país, com ferimentos na
cabeça. O assassinato foi atribuído a dois dos seus empregados.
Referencias
Wikipedia
Ache Tudo e Região
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