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  GEOGRAFIA DE SÃO PAULO  
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São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no sul da região Sudeste e tem como limites os estados Minas Gerais (N e NE), Rio de Janeiro (NE), oceano Atlântico (L), Paraná (S) e Mato Grosso do Sul (O). É dividido em 645 municípios e ocupa uma área de 248.209,426 quilômetros quadrados, sendo pouco maior que o Reino Unido.

 

 

Fundação 25 de Janeiro de 1554 (454 anos)

23° 32' 52" S 46° 38' 09" O23° 32' 52" S 46° 38' 09" O
Estado São Paulo
Mesorregião Metropolitana de São Paulo
Microrregião São Paulo
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Oeste: Cajamar, Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, Osasco, Santana de Parnaíba e Taboão da Serra;
Norte: Caieiras, Guarulhos e Mairiporã;
Leste: Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e Poá;
Sudeste: Diadema, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul;
Sul: Itanhaém e São Vicente.
Características geográficas
Área 1.522,986 km²
Densidade 7.216,3 hab./km²
Altitude 792 metros
Clima subtropical Cwa
Fuso horário UTC-3


Bandeira de São Paulo


Brasão de São Paulo

 

São Paulo (pronuncia-se AFI: [sɐ̃w̃ ˈpawlu] ouça) é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano e de todo o hemisfério sul, e a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é constituído pela frase em latim "Non ducor, duco", cujo significado em português é "Não sou conduzido, conduzo".

Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, São Paulo Fashion Week e a São Paulo Indy 300.

O município possui o 10º maior PIB do mundo, representando, isoladamente, 12,26% de todo o PIB brasileiro e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005. A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado.[16] São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.

São Paulo é a sexta cidade mais populosa do planeta e sua região metropolitana, com 19 223 897 habitantes, é a quarta maior aglomeração urbana do mundo. Regiões muito próximas a São Paulo são também regiões metropolitanas do estado, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba; outras cidades próximas compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. A população total dessas áreas somada à da capital – o chamado Complexo Metropolitano Expandido – ultrapassa 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.

 

Período colonial

A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25 de janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí.

Fundação de São Paulo, quadro de 1913 de Antônio Parreiras.


Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha, por finalidade, a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".

O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus:
A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!

O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fora criada por Tomé de Sousa em 1553, para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga", local alto e mais adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos ataques dos índios.

Desta forma, em 1560, a Vila de Santo André da Borda do Campo foi transferida para a região do Pátio do Colégio de São Paulo e passou a se denominar Vila de São Paulo, pertencente à Capitania de São Vicente.


Pátio do Colégio, no Centro Histórico de São Paulo. Neste local, foi fundada a cidade, em 1554. O prédio atual é uma reconstrução feita na segunda metade do século XX, tendo, como modelos, o colégio e igreja jesuítas que foram erigidos no local em 1653.

São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o litoral e se mantinha por meio de lavouras de subsistência. São Paulo foi, por muito tempo, a única vila no interior do Brasil. Esse isolamento de São Paulo se dava principalmente porque era dificílimo subir a Serra do Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de São Vicente para o Planalto de Piratininga. Subida esta que era feita pelo Caminho do Padre José de Anchieta.

Mem de Sá, quando de sua visita à Capitania de São Vicente, proibira o uso do "Caminho do Piraiquê" (hoje Piaçaguera), por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.

Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de São Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.

Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa na América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os paulistas não podiam comprar escravos africanos. Saíam, também, em busca de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, na década de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo.

Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania Real de São Paulo e Minas do Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria de cidade. Logo em seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos bandeirantes, nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade de Goiás, fato que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas.

Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.

 

Período imperial


Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje fica o Monumento do Ipiranga, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823.

Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.

Monumento à independência no Parque da Independência, situado no local onde foi proclamada a independência do Brasil.


Outro fator do crescimento de São Paulo foi a expansão da produção do café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e depois nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto. De 1869 em diante, São Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que liga o interior da província de São Paulo ao porto de Santos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, chamada de A Inglesa.

Surgem, no final do século XIX, várias outras ferrovias que ligam o interior do estado à capital, São Paulo. São Paulo tornou-se, então, o ponto de convergência de todas as ferrovias vindas do interior do estado. A produção e exportação de café permite à cidade e à província de São Paulo, depois chamada de Estado de São Paulo, um grande crescimento econômico e populacional.

De meados desse século até o seu final, foi o período que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parte italianos, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.

 

Republica Velha

Com o fim do Segundo Reinado e início da República a cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento econômico e populacional, também auxiliado pela política do café com leite e pela grande imigração europeia e asiática para São Paulo. Sobre o grande número de imigrantes na capital paulista, Cornélio Pires recolheu, em seu livro "Sambas e Cateretês", uma modinha, de 1911, de Dino Cipriano, que descreve a impressão que o homem do interior tinha da capital paulista:

!Só úa coisa aquí in S. Pólo que eu já ponhei in reparo: que só se vê é estrangero! Brasilêro é muito raro!
— Dino Cipriano

Durante a República Velha (1889-1930), São Paulo passou de centro regional a metrópole nacional, se industrializando e chegando a seu primeiro milhão de habitantes em 1928. Seu maior crescimento, neste período, relativo se deu, na década de 1890, quando dobrou sua população. O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram muitas mansões.

O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região situada à sua margem esquerda passa a ser conhecida como Centro Novo. A sede do governo paulista é transferida, no início do século XX, do Pátio do Colégio para os Campos Elísios. São Paulo abrigou, em 1922, a Semana de arte moderna que foi um marco na história da arte no Brasil. Em 1929, São Paulo ganha seu primeiro arranha-céu, o edifício Martinelli.

As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado, o Barão de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919, contribuíram para o clima de desenvolvimento da cidade; alguns estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída naquele período.

Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, para a qual contribuiu também as dificuldades de acesso às importações durante a Primeira Guerra Mundial, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras.

A partir da década de 1920 com a retificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas águas para alimentar a Usina Hidrelétrica Henry Borden, terminaram os alagamentos nas proximidades daquele rio, permitindo que surgisse na zona oeste de São Paulo, loteamentos de alto padrão conhecidos hoje como a "Região dos Jardins".

 

 

Revolução de 1932 à contemporaneidade

Em 1932, São Paulo se mobiliza no seu maior movimento cívico: a revolução constitucionalista, quando toda a população se engaja na guerra contra o "Governo Provisório" de Getúlio Vargas. Em 1934, com a reunião de algumas faculdades criadas no século XIX e a criação de outras, é fundada a Universidade de São Paulo (USP), hoje a maior do Brasil.

Multidão reunida em protesto ao assassinato dos estudantes MMDC durante a Revolução Constitucionalista de 1932.


Outro grande surto industrial deu-se, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura na década de 1930 e às restrições ao comércio internacional durante a guerra, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento econômico muito elevada que se manteve elevada no pós-guerra.

Em 1947, São Paulo ganha sua primeira rodovia asfaltada: a Via Anchieta, (construída sobre o antigo traçado do Caminho do Padre José de Anchieta), liga a capital ao litoral paulista. Na década de 1950, São Paulo era conhecida como A cidade que não pode parar e como A cidade que mais cresce no mundo.

São Paulo realizou uma grande comemoração, em 1954, do "Quarto Centenário" de fundação da cidade. É inaugurado o Parque do Ibirapuera, lançados muitos livros históricos e descoberta a nascente do rio Tietê em Salesópolis. Com a transferência, a partir da década de 1950, de parte do centro financeiro da cidade que fica localizado no centro histórico (na região chamada de "Triângulo Histórico"), para a Avenida Paulista, as suas mansões foram, na sua maioria, substituídas por grandes edifícios.

No período da década de 1930 até a década de 1960, os grandes empreendedores do desenvolvimento de São Paulo foram o prefeito Francisco Prestes Maia e o governador do estado de São Paulo Ademar de Barros, o qual também foi prefeito de São Paulo entre 1957 e 1961. Prestes Maia projetou e implantou, na década de 1930, o "Plano de Avenidas de São Paulo", que revolucionou o trânsito de São Paulo.

Estes dois governantes são os responsáveis, também, pelas duas maiores intervenções urbanas, depois do Plano de Avenidas, e que mudaram São Paulo: a retificação do rio Tietê com a construção de suas marginais e o Metrô de São Paulo: em 13 de fevereiro de 1963, o governador Ademar de Barros e o prefeito Prestes Maia criaram as comissões (estadual e municipal) de estudos para a elaboração do projeto básico do Metrô de São Paulo, e destinaram ao Metrô suas primeiras verbas.

Naquele ano, São Paulo somava quatro milhões de habitantes. Iniciado a sua construção em 1968, na gestão do prefeito José Vicente de Faria Lima, o metrô paulistano começou a operar comercialmente em 14 de setembro de 1974.

Atualmente, o crescimento tem-se desacelerado, devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil. As últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um grande polo nacional de serviços e negócios, sendo considerada, hoje, um dos mais importantes centros de comércio global da América Latina.

 

Geografia

São Paulo é a capital do estado mais populoso do Brasil, São Paulo, situando-se próximo ao paralelo 23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total do município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão territorial.

De toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas, sendo a maior área urbana do país.

Imagem de satélite focalizando a Região Metropolitana de São Paulo.


São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem a altitude média de 760 metros.

O ponto culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros, localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.

O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos, entre várias outros. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39 municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira maior das Américas.

Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2008 cerca de 572 bilhões de reais.

 

Imigrantes e migrantes

São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões de imigrantes chegaram ao estado, vindos de todas as partes do mundo. Atualmente, é a cidade com as maiores populações de origens étnicas italiana, portuguesa, japonesa, espanhola, libanesa e árabe fora de seus países respectivos, e com o maior contigente de nordestinos fora do Nordeste.

Imigrantes italianos posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes (atual Memorial do Imigrante), ca. 1890.


A comunidade italiana é uma das mais fortes, marcando presença em toda a cidade. Dos dez milhões de habitantes de São Paulo, 60% (seis milhões de pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes de italianos que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália é Roma, com 2,5 milhões de habitantes).

Ainda hoje, os italianos agrupam-se em bairros como o Bixiga, Brás e Mooca para promover comemorações e festas.[64] No início do século XX, o italiano e seus dialetos eram tão falados quanto o português na cidade, o que influenciou na formação do dialeto paulistano da atualidade.

São Paulo é a segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo. São seis mil pizzarias produzindo cerca de um milhão de pizzas por dia.

A comunidade portuguesa também é bastante numerosa, e estima-se que três milhões de paulistanos possuem alguma origem em Portugal.

A colônia judaica representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentra-se principalmente em Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença menor, atualmente). A partir do século XIX, e especialmente durante a primeira metade do século XX, São Paulo recebeu também imigrantes alemães (no atual bairro de Santo Amaro), espanhóis e lituanos (no bairro Vila Zelina).

Bairro da Liberdade, reduto da comunidade japonesa da cidade.


Podemos destacar também a importante comunidade armênia, com suas diversas instituições instaladas nas proximidades dos bairros Bom Retiro, próximo a Estação Armênia do Metrô, Imirim e Brás. Os armênios fizeram do comércio e da fabricação de calçados, suas principais atividades.

 

Com a decadência da imigração europeia e asiática após a década de 1930, passou a predominar a vinda de migrantes, em sua maioria oriundos da região Nordeste do Brasil.

A cidade já contava com população afrodescendente no século XIX, mas foi a partir da segunda metade do século XX que a população de origem africana cresceu rapidamente, através da chegada de pessoas de outros estados brasileiros, principalmente da zona litorânea da Bahia.

De acordo com o IBGE, em 2005, pelo menos cerca de 30% da população paulistana tinha alguma ascendência africana; isto é, declaravam-se como "pretos" e "pardos".

Uma das colônias mais marcantes da cidade é a de origem árabe. Os libaneses e sírios chegaram em grande número entre os anos de 1900 a 1930. Hoje seus descendentes estão totalmente integrados à população brasileira, embora aspectos culturais de origem árabe marcam até hoje a cultura da capital paulista.

Restaurantes de comida árabe abundam por toda a cidade, vendendo pratos que já entraram definitivamente na culinária brasileira: quibe, esfiha, charutinho de repolho etc. A rua 25 de Março foi criada pelos árabes, que eram em sua maioria comerciantes.

A cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática (amarelos) do Brasil. Cerca de 456 mil pessoas são de origem oriental, dos quais 326 mil são japoneses. A comunidade japonesa da cidade é a maior fora do Japão. Imigrantes vindos do Japão começaram a chegar em 1908, e imigraram em grande número até a década de 1950.

A maior concentração de orientais da cidade está no distrito da Liberdade. Este distrito de São Paulo possui inúmeros restaurantes japoneses, lojas com peças típicas do Japão, e nele veem-se letreiros escritos em japonês e ouve-se muito o idioma. A colônia coreana da cidade também é notável. São mais de 60 mil pessoas de origem sul-coreana, particulamente concentrados no Bom Retiro, Aclimação e Liberdade. No bairro da Aclimação é possível encontrar diversos restaurantes coreanos, além de locadoras de vídeo e mercearias coreanas. Os chineses são bastante numerosos nos distritos da zona central da cidade, como o Brás e a Liberdade.

Habitação e uso do espaço urbano

Ver também: Favelas na cidade de São Paulo
Segundo dados do censo de 2000 do IBGE, da fundação SEADE e de pesquisas feitas pela prefeitura de São Paulo no período 2000-2004, o município apresentava até aquele momento um déficit de aproximadamente 800 mil unidades habitacionais.

 



Isto equivaleria, segundo tais pesquisas, a aproximadamente três milhões de cidadãos sem acesso à habitação formal ou em habitações precárias: nestes números constam a população de loteamentos clandestinos e irregulares, a população moradora de favelas e a população moradora de cortiços.

Tal déficit equivaleria, segundo alguns autores, a aproximadamente um décimo de todo o déficit habitacional nacional (estimado em aproximadamente oito milhões de unidades). Em 2006, dos 1 522,986 km² do município de São Paulo, 31 km² eram ocupados por mais de duas mil favelas.

Aliado ao problema do déficit habitacional está o fato de que, ainda segundo dados das pesquisas em distritos censitários do IBGE e da fundação SEADE, a cada ano as áreas centrais da cidade - correspondentes às regiões centrais tradicionais e àquelas ligadas ao já citado vetor sudoeste - apresentam uma taxa negativa de crescimento demográfico (de -5% entre 2000 e 2008).

 

Indicadores socioeconômicos

São Paulo possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado (0,841), o décimo oitavo maior do estado e o 68º do Brasil. Porém a distribuição do desenvolvimento humano na cidade não é homogênea. Os distritos mais centrais em geral apresentam IDH superior a 0,900, gradualmente diminuindo à medida que se afasta do centro, até chegar a valores inferiores a 0,800 nos limites do município. Isto se deve a questões históricas, uma vez que a área central, sobretudo a localizada entre os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, foi o local onde mais se concentraram os investimentos e o planejamento urbano por parte do poder público.

As populações de mais baixa renda, por não terem como arcar com o custo de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do município, mais desprovidas de infraestrutura.

O IDH estabelece três critérios para avaliação: o índice de educação, longevidade e renda. O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2000 a marca de 0,919 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.

Mapa dos distritos de São Paulo por índice de desenvolvimento humano, de acordo com o Atlas de Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo - Atlas Municipal, em 2007.


Os melhores distritos classificados pelo IDH em educação são Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, os piores são Marsilac, Jardim Ângela e Grajaú.
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona colocação entre as capitais brasileiras.

Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados.

Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado carencial.

No fator renda estabelecido pelo IDH, 11 dos 96 distritos apresentam a maior classificação (1,000), enquanto 14 estão no grupo dos níveis médios, abaixo de 0,700. Em longevidade os distritos de Pinheiros, Moema e Perdizes lideram a lista e os piores colocados foram Marsilac, Parelheiros e Lajeado.

Pelo Índice de Gini, que mede a desigualdade social, os distritos de Vila Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem a maior disparidade econômica. Todos os índices são publicados no Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São Paulo, uma ferramenta eletrônica que abriga mais de 200 indicadores socioeconômicos da capital.

Um ranking mundial de qualidade de vida, elaborado pela consultoria internacional em recursos humanos Mercer, aponta a capital paulista na 117ª posição entre 221 cidades e na terceira posição entre as três cidades brasileiras do ranking. O status ecológico em um ranking paralelo aponta a cidade na 148ª posição.

 

  • Jordânia Amman, Jordânia
  • Paraguai Assunção, Paraguai
  • Roménia Bucareste, Romênia
  • Argentina Buenos Aires, Argentina
  • Roménia Cluj-Napoca, Romênia
  • Estados Unidos Chicago, Estados Unidos
  • Portugal Coimbra, Portugal
  • Espanha Córdoba, Espanha
  • Portugal Funchal, Portugal
  • Portugal Góis, Portugal
  • Alemanha Hamburgo, Alemanha
  • Cuba Havana, Cuba
  • Argentina Mendoza, Argentina
  • Itália Milão, Itália
  • Bolívia La Paz, Bolívia
  • Portugal Leiria, Portugal
  • Portugal Lisboa, Portugal
  • Angola Luanda, Angola
  • Uruguai Montevidéu, Uruguai
  • Chile Santiago, Chile
  • Canadá Toronto, Canadá
  • Síria Damasco, Síria
  • República Popular da China Macau, China
  • Japão Naha, Japão
  • República Popular da China Ningbo, China
  • Japão Osaka, Japão
  • República Popular da China Pequim, China
  • Portugal Póvoa de Varzim, Portugal
  • Espanha Santiago de Compostela, Espanha
  • Coreia do Sul Seul, Coreia do Sul
  • Israel Tel Aviv, Israel
  • Arménia Yerevan, Armênia
Relações internacionais

As cidades-irmãs da cidade de São Paulo estão regulamentadas através da lei nº 14 471/2007.

 

Subdivisões

O município de São Paulo está, administrativamente, dividido em trinta e uma subprefeituras, cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos, sendo estes últimos, eventualmente, subdivididos em subdistritos (a designação "bairro", porém, não existe oficialmente, embora seja usualmente aplicada pela população).


Localização População Área
Zona est. de 2008 em km²
Central 328.597 31
Noroeste 1.007.691 144
Norte ou Nordeste 1.181.582 152
Leste 1 1.212.099 140
Leste 2 1.342.924 68,8
Sudeste 1.494.770 128
Sul 2.346.913 607
Centro-Sul 715.910 74
Oeste 872.817 128
Cidade de São Paulo
10.940.311 1509
Os atuais distritos foram criados pela lei municipal nº 11 220 de 20 de maio de 1992, e as atuais subprefeituras pela lei municipal n° 13 399, de 1º de agosto de 2002.


As subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove regiões (ou "zonas"), levando em conta a posição geográfica e história de ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.

Cabem às subprefeituras os serviços ordinários à população, dessa forma, descentralizando alguns serviços rotineiros.

A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem prática (como a divisão de duas subprefeituras em uma avenida importante).

Porém, muitas vezes tal divisão não reflete a percepção socioespacial que a população local tem dos lugares: há regiões da cidade que não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de forma que sua delimitação seja informal e abranja diferentes distritos e subprefeituras, mantendo o nome por tradição, contiguidade física ou facilidade de localização. O fenômeno tende a se repetir na cidade inteira e considerado de forma ampla, pode levar a uma não identificação dos moradores com as instâncias políticas locais.

Além da divisão política, há também uma divisão em nove zonas geográficas, cada uma delas representada por cores diferentes nas placas de ruas e na cor dos ônibus que circulam na região. Essas regiões são estabelecidas radialmente, usando apenas critérios gráficos, e, salvo algumas exceções, não têm uma homogeneidade urbana, nem qualquer distinção administrativa, com exceção do centro histórico e do centro expandido, onde vigora o rodízio municipal.

 

Economia

São Paulo possui o maior PIB dentre as cidades brasileiras, o 10º maior do mundo e, segundo projeção da PricewaterhouseCoopers, será o 6º maior em 2025. Segundo dados do IBGE, em 2005 seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de R$ 263 177 148 000,00, o que equivale a aproximadamente 12,26% do PIB brasileiro e 36% de toda produção de bens e serviços do estado de São Paulo.

Sua região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$ 416,5 bilhões, o que corresponde a 57,3% de todo o PIB paulista. Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 28% da população e 40,5% do PIB brasileiro.

A capital paulista é a sexta cidade do mundo em número de bilionários, segundo a listagem da revista Forbes considera como referência o endereço principal dos 1 210 bilionários da lista de 2011 feita pela revista, com base em valores convertidos para o dólar norte-americano.

Entretanto, a crise financeira de 2008-2009 afetou a renda média domiciliar per capita dos moradores de São Paulo, que, em 2008, era de R$ 816,40, o que posiciona a cidade na oitava colocação no ranking das capitais brasileiras, atrás de Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para funcionários estrangeiros, São Paulo está entre as dez cidades mais caras do mundo, classificada na décima posição en 2011, 11 postos acima de sua clasificação de 2010, e na frente de cidades como Londres, Paris, Milão e Nova Iorque.

 

Um dos maiores centros financeiros do Brasil e do mundo, São Paulo passa hoje por uma transformação em sua economia. Durante muito tempo a indústria constituiu uma atividade econômica bastante presente na cidade, porém São Paulo tem atravessado nas últimas três décadas uma clara mudança em seu perfil econômico: de uma cidade com forte caráter industrial, o município tem cada vez mais assumido um papel de cidade terciária, pólo de serviços e negócios para o país. Em São Paulo, por exemplo, está sediada a BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), a bolsa oficial do Brasil. A BMF&Bovespa é a maior bolsa de valores do continente americano e a segunda maior do mundo, ambos em valor de mercado.

O município tem alguns centros financeiros espalhados por seu território, sendo o principal e mais famoso deles a avenida Paulista, que abriga sedes de bancos, multinacionais, hotéis, consulados e se impõe como um dos principais pontos turísticos e culturais da cidade. O centro da cidade, que apesar de ter sido ofuscado pelas centralidades econômicas mais recentes, abriga a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), diversas empresas e hotéis.

Rua Oscar Freire na região dos Jardins, eleita a oitava rua mais luxuosa do planeta.


Contudo, existem outras centralidades no chamado vetor sudoeste, como a avenida Brigadeiro Faria Lima e os bairros do Brooklin e Vila Olímpia, na região oeste da cidade, que se destacam por sua intensa e moderna verticalização, pela presença de hotéis de luxo e empresas multinacionais.

Muitos analistas também têm apontado São Paulo como uma importante "cidade global" (ou "metrópole global", classificação dividida apenas com o Rio de Janeiro entre as cidades brasileiras).

Como cidade global, São Paulo tem acesso às principais rotas aeroviárias mundiais, às principais redes de informação, assim como sedia filiais de empresas transnacionais de importância global, além de importantes instituições financeiras, mesmo estando conectada marginalmente aos fluxos transnacionais de pessoas, investimentos e empregos.

O urbanista João Sette Whitaker Ferreira, entretanto, considera que a desigualdade social e a segregação espacial descaracterizam São Paulo como uma cidade global. Apesar de ser o centro financeiro do país, São Paulo apresenta também alto índice de negócios ligados à economia informal.

Neste mesmo cenário, segundo dados de 2001 da prefeitura do município, cerca de 10% dos paulistanos vivi abaixo da linha de pobreza.
A cidade de São Paulo também tem se consolidado em um polo de comércio de produtos contrabandeados, pirateados e falsificados, em geral localizados em alguns pontos do centro da cidade como a Rua 25 de Março, a rua Santa Ifigênia e áreas próximas a estações de metrô. Os artigos em geral são CDs com versões piratas de softwares, filmes ou álbuns em CD e DVD, ou então acessórios e itens de vestuário, principalmente mochilas e tênis de marcas internacionais, entre outros artigos.

 

Tecidos Urbanos

São Paulo possui uma miríade de tecidos urbanos. Os núcleos originais da cidade apresentam-se verticalizados, caracterizados pela presença de edifícios comerciais e de serviços; e as periferias desenvolvem-se, de forma geral, com edificações de dois a quatro andares - embora tal generalização certamente encontre exceções no tecido da metrópole.

Comparada a outras cidades globais (como as cidades-ilha de Nova Iorque e Hong Kong), porém, São Paulo é considerada uma cidade de "edifícios baixos". Seus maiores edifícios raramente atingem quarenta andares, e a média entre os edifícios residenciais é de vinte. Todavia, é a terceira cidade no mundo em quantidade de prédios, de acordo com a página especializada em pesquisa de dados sobre edificações Emporis Buildings, além de possuir o maior arranha-céu do país, o Mirante do Vale, também conhecido como Palácio Zarzur Kogan, com 170 metros de altura.
São comuns as seguintes regiões, caracterizadas de acordo com seu tecido urbano:

Casario composto por sobrados de classe média, recuados em relação ao lote, em bairros predominantemente residenciais ou comerciais.
Periferias nas quais a legislação de ocupação do solo é menos respeitada, composta por sobrados ou residências térreas mas com densidade maior que o casario supracitado.


Bairros de classe média, normalmente localizados em um anel periférico imediatamente seguinte ao Centro da cidade, mas não tão distantes quanto as periferias extremas, ocupados por condomínios verticais (edifícios de apartamentos isolados em meio ao lote, contendo quase 50% de espaço livre e normalmente de acesso privativo).

Regiões verticalizadas do Centro da cidade, variando bastante a relação entre a largura da rua e a altura dos edifícios.
Novas regiões verticalizadas e com edifícios mais recuados e com maior presença do automóvel (como a Nova Faria Lima e a região da avenida Luís Carlos Berrini).

Favelas

Favela (português brasileiro), bairro de lata (português europeu) ou musseque (português angolano), tal como definido pela agência das Nações Unidas, UN-HABITAT, é uma área degradada de uma determinada cidade caracterizada por moradias precárias, falta de infraestrutura e sem regularização fundiária. Segundo a Organização das Nações Unidas, a porcentagem da população urbana que vive em favelas diminuiu de 47 por cento para 37 por cento no mundo em desenvolvimento, no período entre 1990 e 2005.

Favela Dharavi, uma das maiores do mundo, em Mumbai, Índia. 55% da população da cidade vive em favelas, que cobrem apenas 6% das terras da cidade. A taxa de crescimento de favelas em Mumbai é maior do que a taxa de crescimento urbano geral.


No entanto, devido ao crescimento populacional e ao aumento das populações urbanas, o número dos moradores de favelas ainda é crescente. Um bilhão de pessoas no mundo vivem em favelas e esse número provavelmente irá crescer para 2 bilhões em 2030. Outro relatório da ONU, divulgado em 2010, apontou que 227 milhões de pessoas deixaram de viver em favelas na década de 2000.

O termo tem sido tradicionalmente referido a áreas de habitação que já foram respeitáveis, mas que se deterioraram quando os habitantes originais foram deslocados para novas e melhores partes da cidade, porém o termo também é aplicado aos vastos assentamentos informais encontrados nas cidades do mundo subdesenvolvido e em desenvolvimento.

Muitos moradores opõe-se energicamente contra a descrição de suas comunidades como "favelas", alegando que o termo é pejorativo e que, muitas vezes, resulta em ameaças de despejos.[8] Muitos acadêmicos têm criticado a UN-HABITAT e o Banco Mundial, argumentando que a campanha criada pelas duas instituições denominada "Cidades Sem Favelas" levou a um aumento maciço de despejos forçados.

Embora suas características geográficas variem entre as diferentes regiões, geralmente essas áreas são habitadas por pessoas pobres ou socialmente desfavorecidas. Os edifícios de favelas variam desde simples barracos a estruturas permanentes e bem-estruturadas. Na maioria das favelas ocorre a falta de água potável, eletricidade, saneamento e outros serviços básicos, como policiamento e corpo de bombeiros, por exemplo.

Etimologia

A origem do termo em português brasileiro favela surge no episódio histórico conhecido por Guerra de Canudos. A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles o Morro da Favela, assim batizado em virtude da planta Cnidoscolus quercifolius (popularmente chamada de favela) que encobria a região.

Alguns dos soldados que foram para a guerra, ao regressarem ao Rio de Janeiro em 1897, deixaram de receber o soldo, instalando-se em construções provisórias erigidas sobre o Morro da Providência.

O local passou então a ser designado popularmente Morro da Favela, em referência à "favela" original. O nome favela ficou conhecido e na década de 1920, as habitações improvisadas, sem infraestrutura, que ocupavam os morros passaram a ser chamadas de favelas.

 As características associadas a favelas variam de um lugar para outro. Favelas são normalmente caracterizadas pela degradação urbana, elevadas taxas de pobreza e desemprego. Elas normalmente são associadas a problemas sociais como o crime, toxicodependência, alcoolismo, elevadas taxas de doenças mentais e suicídio. Em muitos países pobres, elas apresentam elevadas taxas de doenças devido as péssimas condições de saneamento, desnutrição e falta de cuidados básicos de saúde.

Um grupo de peritos das Nações Unidas criou uma definição operacional de uma favela como uma área que combina várias características: acesso insuficiente à água potável, ao saneamento básico e a outras infraestruturas; má qualidade estrutural de habitação; superlotação; e estruturas residenciais inseguras. Pode-se acrescentar o baixo estado socioeconômico de seus residentes. A nova Lei do inquilinato tem contribuido para o aumento acentuado das favelas pelo Brasil.

Referências:

Wikipédia

Ache Tudo e região

Slums, Stocks, Stars and the New India
Slums
http://www.un.org/millenniumgoals/pdf/mdg2007.pdf p. 26
Article on Mike Davis's book 'Planet of Slums
Slum Dwellers to double by 2030 UN-HABITAT report, April 2007
a b Quatro capitais brasileiras estão entre as mais desiguais do mundo, diz ONU - G1, 19 de março de 2010 (visitado em 19-3-2010)
a b c UN-HABITAT 2007 Press Release on its report, "The Challenge of Slums: Global Report on Human Settlements 2003".
See, for instance, the press release from Abahlali baseMjondolo on the Slums Act in South Africa
For instance see the work of Marie Huchzermeyer
Measure Evaluation / NIPORT (2006) Slums of urban Bangladesh: mapping and census, 2005. Centre for Urban Studies / Measure Evaluation / National Institute of Population Research and Training. Accessed 9 June 2007 [2]
Jorge Hernández. Sólo tres unidades de bomberos atienden 2 mil barrios de Petare (em Spanish).
See the report on shack fires in South Africa by Matt Birkinshaw [3] as well as the wider collection of articles in fires in shanty towns at [4]
Georg Gerster, Flights of Discovery: The Earth from Above, 1978, London: Paddington, p. 116
Stewart Brand, "Stewart Brand on New Urbanism and squatter communities", The New Urban Network, reprinted from from Whole Earth Discipline, Penguin, 2010
[For more on this see the report on shack fires in South Africa by Matt Birkinshaw at http://abahlali.org/files/Big_Devil_Politics_of_Shack_Fire.pdf]
Millenium Development Goals - News, 5 de abril 2005
Comhabitat: Briefing paper produced for the Commonwealth Civil Society Consultation, Marlborough House, London, Wednesday, 15 de novembro de 2006
Indian slum population doubles in two decades. The Times (18/05/2007). Página visitada em 23/05/2010.
http://www.indiavision.com/news/article/national/98404/
http://www.dailyherald.com/special/philippines/part1.asp
http://showbizandstyle.inquirer.net/lifestyle/lifestyle/view/20070630-73994/High_transaction_costs,_rent_control_linked_to_RP_slums
http://home.earthlink.net/~lordprozen/PUF/bahang/state.html#ref4
http://www.globalpropertyguide.com/investment-analysis/Housing-Sales-and-Rental-Markets-in-Asia
See Robert Neuwirth's article 'Squatters and the Cities of Tomorrow'
UN-HABITAT, dados de 2005 - http://www.unhabitat.org/stats/Default.aspx
Dharavi - National Geographic Magazine
http://www.dawn.com/weekly/cowas/20071006.htm
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/greece/6147072/Greek-immigration-crisis-spawns-shanty-towns-and-squats.html
http://www.isuh.org/download/dhaka.pdf
http://olympics.scmp.com/Article.aspx?id=1419&section=insight
http://english.peopledaily.com.cn/200509/09/eng20050909_207472.html
http://www.isg-fi.org.uk/spip.php?article288
Pérouse, Jean-François (janeiro 2004). Gecekondu (em francês). ejts.revues.org. European Journal of Turkish Studies. Página visitada em 14 de julho de 2011.
http://www.blnz.com/news/2009/07/28/Madrid_calls_time_shameful_shanty_8445.html
http://www.siloam.org.uk/002.htm
Veja:Mais de 11 milhões de brasileiros vivem em favelas (21 de dezembro de 2011). Página visitada em 22 de dezembro de 2011.
Exame (Brasil):6% dos brasileiros vivem em favelas e similares, diz IBGE (21 de dezembro de 2011). Página visitada em 22 de dezembro de 2011.
Exame (Brasil):São Paulo é metrópole com mais moradores de favelas do Brasil, segundo o IBGE (21 de dezembro de 2011). Página visitada em 22 de dezembro de 2011.




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