Aramina teve início como Povoado, por volta de 1905. Em 1910 tomou
impulso com a instalação da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, em terrenos doados pelo Capitão Antônio
Scandiuzzi, recebendo o nome de Aramina, em virtude da existência de grande quantidade de uma planta
que assim se cognominava, em toda a Região.
Em 1934, o povoado passou a Distrito, do Município de Igarapava, por iniciativa de Juvenal Campos,
Fábio José de Araújo, Paulo Bortoletto, Eraclides Fernandes e outros.
Em 1963, por ocasião da campanha para a emancipação Administrativa, quando se destacaram os
araminenses Neder Cagliari, Thomaz Antônio Scandiuzzi e Paulo David, foi realizado um plebiscito
visando à criação do novo Município, o que se efetivou em 1964.
Gentílico: araminense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Aramina, pelo decreto nº 6761, de 10-10-1934, subordinado ao
município de Igarapava.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito de Aramina figura no
município de Igarapava.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado á categoria de município com a denominação de Aramina, pela lei estadual nº 8092, de
28-02-1964, desmembrado do município de Igarapava. Sede no antigo distrito de Aramina. Constituído do
distrito sede. Instalado em 04-04-1965.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Historia da planta Aramidia
Urena Ilobata, L é a mais importante das aramina, tem uma história bastante espetacular. Foi pela
primeira vez mencionada por José Henrique Ferreira numa comunicação feita à Real Academia de Ciências
de Lisboa em 1789. Logo a seguir foram conhecidos mais detalhes, pois a planta se encontra em quase
todos os países tropicais do mundo, sendo bastante comum na Florida onde é conhecida por “Caesar
Weed”.
Experiências repetidas feitas na África, Índia e Brasil alentaram os botânicos deste último país a
fazer uma intensa propaganda a favor do fabrico de sacos de café deste material resultando disso o
estabelecimento de uma fábrica em São Paulo. Durante o primeiro ano de fabrica deu muito bons lucros e
a notícia desse sucesso espalhou-se por todo o mundo. O sucesso, porém foi de tal maneira exagerado
pela publicidade que chegou a predizer que a fibra iria revolucionar a indústria têxtil.
Não obstante a fabrica produzir 800 mil sacos por ano e encontrar compradores começaram a surgir
dificuldades que foram aumentando depois de alguns anos de laboração e a fabrica passou a fabricar só
sacos de juta.
O fracasso não foi devido á pobre qualidade dos sacos, mas sim, à falta de entendimento entre os
agricultores que não se importaram com a preparação das fibras e continuaram a insistir em preços
exorbitantes. A aramina, infelizmente tem um grande número de companhias más e estas se encontram
freqüentemente misturadas com as fibras genuínas.
A planta é de um tamanho médio atingindo uma altura máxima de 9 pés e no Brasil raras vezes excedendo
a 6 pés.
Tem uma grande quantidade de pequenas folhas verdes; da flor duas vezes por ano e uns pequenos frutos
em forma do botão que aderem ao vestuário quando este toca pelas plantas.
As flores aparecem em fevereiro e em julho e pouco depois o fruto amadurece. Nesse intervalo as folhas
são cortadas e se o corte se demora as folhas tornam-se fracas e sem lustro. O tronco e os ramos são
colocados em água quente para amolecer as fibras que depois de alguns dias se colocam em molhos para
secar.
A classificação delas é feita a maquina. Depois de preparada a fibra cerca de ¼ do seu peso total
corresponde a fibras de 8 a 9 pés com maior poder de resistência do que o da juta. Algumas das antigas
plantações estão produzindo fibras para cordas e a impressão geral é que a aramina “voltará”.
Bibliografia:
Alamanaque Agrícola Brasileiro 1922 - J.L.Azon
Referencias:
IBGE
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