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  HISTORIA DE ANALÂNDIA  
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Em 20 de outubro de 1887, formou-se o núcleo populacional que deu origem ao atual município de Analândia.

Seus fundadores foram um grupo de senhores liderados por Diogo Eugênio de Sales, considerado o fundador oficial do município, entre eles o representante do proprietário da fazenda Santa Maria da Glória, Manoel Vicente Lisboa, que havia doado 20 alqueires de terras para a formação de um povoado.

O povoado recebeu o nome de Cuscuzeiro, oriundo de um pico que estava situado em uma propriedade do barão de Araraquara.

Em 17 de dezembro de 1890, o povoado foi elevado à categoria de distrito com o nome de Anápolis, em terras do município de Rio Claro, tornando-se município somente em 21 de junho de 1897.

A partir de 30 de novembro de 1944 teve seu nome alterado para Analândia, em virtude de já existir outro município brasileiro com o nome de Anapólis, no Estado de Goiás, e, desde 14 de julho de 1966, foi considerada estância climática.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Anápolis, pelo Decreto Estadual n.º 105, de 17-12-de 1890, subordinado ao município de Rio Claro.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Anápolis, pela Lei Estadual n.º 505, de 21-06-1897, desmembrado de Rio Claro. Sede na vila de Anápolis. Constituído do distrito sede. Instalado em 30-11-1897.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Anápolis, pela Lei Estadual n.º 1038, de 19-12-1906.

Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de 30-11-1944, o município de Anápolis tomou o nome Analândia.

Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município de Analândia (ex-Anápolis), é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

Mais historias

Inauguração em 15.10.1884 do trecho entre Rio Claro e São Carlos de linha ferroviária pela Cia-Rioclarense, atualmente desativada.

A primeira estação em terras analandenses num ponto isolado nasce com o nome de Cuzcuzeiro, logo tomando o nome da cidade, Annapolis. Esta existe até os dias de hoje e está em propriedade privada.
Manoel Vicente Lisboa, proprietário da Fazenda Santa Maria da Glória doa vinte alqueires na chamada Sesmaria do Cuscuzeiro, em um local meio em declive, porém cercado por diversos rios para estabelecimento de uma povoação.

A este povoado da-se o nome de Cuscuzeiro.
Pela Lei número 505, o distrito foi elevado a município em 21/06 sendo Presidente do Estado de São Paulo o Dr. Manoel Ferraz de Campos Salles.

Neste mesmo ano se fez a constituição da primeira câmara dos vereadores sendo seu presidente o Dr. Francisco Dias Martins.
Fez-se o primeiro intendente do Município, Antônio Coelho de Oliveira, no período de 05 de maio de 1898 à 09 de novembro de 1898.

19 de dezembro de 1906 - Por instrumento da Lei estadual número 1038 a Vila de Anápolis, sede do município e do distrito do mesmo nome, foi elevada a categoria de cidade.

30 de novembro de 1944 - Anápolis se torna Analândia pela Lei número 14.334.

1966 - Analândia se torna Estância Climática pelas sua qualidades naturais. Água e Clima.
 
 
IMIGRANTES
 
Imigrantes que também chegaram em Analândia, gerando conflitos entre Italianos, todos quase já instruídos, e fazendeiros, acostumados somente com o trato aos seus escravos, este relacionamento chegou ao seu pior momento a 3 de outubro de 1900.

Diogo Salles, chefe político do distrito de Rio Claro, irmão do presidente do Brasil, Campos Salles (1898-1902), foi morto numa discussão com um dos colonos na sua fazenda. O assassino foi o imigrante italiano Angelo Lungaretti, de 22 anos, que ainda vivia com os pais. A família Colona estava na fazenda havia três anos.

Tudo aconteceu por causa de Raul Salles, filho do fazendeiro e político Diogo. Raul dera uma pistola ao jovem colono Angelo para agradá-lo, uma vez que sentia atração por uma, duas ou talvez todas as três irmãs de Angelo, de 15, 17 e 19 anos.


Raul já havia tentado seduzir a mais jovem, Isabel, que o repelira. Acompanhado por um capanga, tentara impressioná-la uma noite, sem consegui-lo. Para proteger as irmãs, o jovem Angelo procurou transferir a família para outro fazendeiro.

Quando Raul soube disso, convenceu o dono da outra fazenda a não receber a família que tentava transferência. E fez com que Angelo fosse preso.
Os outros colonos, sabendo da armação de Raul contra o italiano, entraram em greve. Raul pressionou para que o delegado de polícia alegasse que Angelo fôra preso por embriaguez. Para se precaver de futuros problemas, Raul resolveu despedir a família Lungaretti.
 
Ao saber disso, logo que foi solto da cadeia, o jovem Angelo acabou piorando a cena. Ele próprio estava vivendo um drama, pois desejava casar com a filha de outro colono, contra a vontade do pai da moça.

Em 3 de outubro, as duas famílias de italianos começaram a discutir, em grande alarde. Raul aproveitou-se da situação para alegar que os Lungaretti eram fonte de discordia na fazenda e que dali deveriam sair imediatamente. Raul, então, foi chamar o pai, que provavelmente nada sabia do que se passava, pois tinha chegado à fazenda naquela manhã.
O crime Durante toda a cena, Angelo estava armado. Na realidade, pretendia usar a arma contra o pai da moça com a qual queria se casar. Mas, no calor da expulsão de sua família, Angelo acabou transferindo a raiva anterior para os Salles.

Francisco Lungaretti, pai de Angelo, resolveu reagir. A família inteira foi para o cafezal colher café, a fim de mostrar ostensivamente aos Salles, já voltando ao local, que não tinha intenção de ir embora da fazenda. Diogo e o filho Raul apareceram. Diogo repetiu a ordem de expulsão.
 
O velho Lungaretti insistiu no direito de permanecer até o fim do ano, ou pelo menos, de receber imediatamente o que lhes era devido, o que alcançava 2.000 réis. Diogo recusou e agarrou o velho Lungaretti, sacudindo-o tanto que ele caiu ao chão.

Então, o jovem Angelo saca da arma e dispara. Diogo recebe um tiro no meio do peito e morre. Raul foge. E também Angelo.
Conseqüências: Foi como se uma pedra jogada numa poça tivesse provocado um maremoto, comenta o historiador americano Warren Dean, relatando os fatos com detalhes. Em Analândia, a polícia espancou vizinhos a fim de arrancar depoimentos favoráveis aos Salles. Em Rio Claro, onde a facção dos Salles constituía a oposição na política local, e onde o julgamento teria de ter lugar, eram fortes as simpatias por Angelo.
 
A classe média dos italianos imigrantes contratou um dos advogados brasileiros mais renomados para defendê-lo. No Rio de Janeiro, o presidente atordoado defrontava a perspectiva de uma reação por parte do governo italiano.


Referencias:
www.analandialegal.com.br
Confederação Nacional de Municípios
IBGE
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