O município de Chapecó foi criado em 25 de agosto de 1917. A
colonização iniciou com os tropeiros que utilizavam a região como
trajeto para o transporte de gado.
O processo de migração de outros estados, principalmente do Rio Grande do
Sul, começou com a chegada das companhias colonizadoras. A principal
atividade econômica na época era o extrativismo da madeira.
Outro fator que garante a Chapecó a condição de cidade-pólo é a economia
diversificada. Agroindústrias, prestação de serviços e comércio são
alguns dos principais ramos da economia local. O município ficou
reconhecido internacionalmente por concentrar o maior parque
agroindustrial latino-americano.
Chapecó é palavra de origem Kaigang com
várias interpretações: "chapadão alto", "chapéu feito de cipó" e "põe no
chapéu" para nativos da língua.
Segundo pesquisas feitas pelo Dr.
Selistre de Campos, a palavra origina-se dos termos "echa" + "apê" + "gô",
que na língua dos nativos significa " donde se avista o caminho da roça".
A denominação foi oficializada em 25 de
Agosto de 1917 através da Lei nº 1.147 do governo estadual, por ocasião
da sua emancipação. Na época, Chapecó tinha como base territorial a
região conhecida como Oeste catarinense, não havendo limites
administrativos.
Mais
historias,
A Região Oeste Catarinense é o espaço constituído
pelo território do primitivo Município de Chapecó.
Se, administrativamente, havia ali uma região, isto
não ocorria sob o ponto de vista geográfico, pois o
recenseamento de 1920 encontrou, naquela área, a
população de 11.315 habitantes.
Chapecó, no princípio do século, não era um espaço
vivido, pois não possuía contingente humano para a
vida regional.? (Peluso, 1892,). Numa retrospectiva
histórica, desde os tempos do Brasil-Colônia, a
região oestina foi objeto de questões de domínio de
sua área: Questão de Missiones ou Questão de Palmas
e Questão de Limites (Contestado) entre SC e PR,
dificultando grandemente o processo efetivo de
povoamento.
Os primeiros momentos referentes ao povoamento
regional, estão ligados aos paulistas em sua marcha
rumo ao sul do Brasil.
A criação do Município de Chapecó, em 25 de agosto
de 1917, representou para a região oestina: a) a
definição da região como parte integrante do
contexto catarinense - nova unidade administrativa;
b) a necessidade urgente de uma ação de colonização
para a região por parte das autoridades constituídas
em nível local e estadual; c) a transferência da
colonização para a iniciativa particular.
Assim, a colonização da região inicia-se com as
primeiras manifestações no sentido de a região
receber ações e empreendimentos das Companhias de
Colonização, através da venda e/ou doações governo.
As Companhias Colonizadoras chegam à região oestina
instalando-se com capital próprio. O governo de
Santa Catarina participava concedendo alguns
incentivos para a iniciativa empresarial
colonizadora? pela necessidade premente de ocupação
da região. Inaugura-se assim a colonização
sistemática da região.
Dentre as Companhias de Colonização que atuaram na
região do Município de Chapecó, a partir de sua
criação, destacam-se a Empresa Colonizadora fundada
por Ernesto Francisco Bertaso e os irmãos Agilberto
Atílio e Manoel dos Passos Maia em 1918 e que se
instalou no antigo povoado de Passo dos Índios (atual
cidade de Chapecó) com um escritório.
Em 1923 houve a
dissolução da sociedade, passando todo o ativo e
passivo para Ernesto Bertaso e seus descendentes.
Esta colonizadora tornou-se proprietária de vasta
área e responsável por qualquer iniciativa comercial
e colonizadora dentro de seu patrimônio que atingiu
a casa de 2.249.259.441m².
A área inicial, sob a jurisdição da colonizadora
Bertaso, abrangia as fazendas: a) Campina do
Gregório, com 15.000 mil alqueires, ou seja
509.234.874m², adquirida por compra em 1918 dos
herdeiros da Baronesa de Limeira (SP). b) Fazendas
Rodeio Bonito e Chapecó, totalizando 100.000 mil
hectares, por concessão do Governo do Estado de
Santa Catarina, cujo contrato data de 26 de junho de
1920. Respectivamente, a área das fazendas era de:
288.202.080m² e 538.186.742m².
Bertaso, mesmo não
tendo sido o fundador de algumas povoações no Oeste
catarinense, foi inegavelmente um dos principais
elementos responsáveis pelo crescimento e expansão
das mesmas.
A empresa por ele dirigida deixou como marco os
traçados da atual cidade de Chapecó e dos povoados
de então, Quadro Coronel Freitas (hoje município),
Fernando Machado (hoje distrito de Cordilheira
Alta), Simões Lopes (hoje distrito de Coronel
Freitas) e Quilombo (município).
A empresa Colonizadora Bertaso construiu estradas e
estabeleceu nas terras milhares de colonos
procedentes de lugares diversos das antigas colônias
do Rio Grande do Sul. Paulatinamente, a incorporação
da região ia acontecendo. A atividade econômica do
extrativismo, com a conseqüente venda da produção
aos países do Prata, através do sistema de balsas,
tomou conta.
Graças à fertilidade de seu solo, num curto espaço
de tempo a região oestina inseriu-se em um processo
amplo de expansão econômica colonial do Sul do país.
Chapecó é palavra de
origem Kaingang com várias interpretações: "chapadão
alto", "chapéu feito de cipó" e "põe no chapéu" para
nativos da língua.
Formação
Administrativa
Elevado à categoria de
vila com a denominação de Chapecó, pela Lei Estadual
n.º 1.147, de 25-08-1917. Instalado em 14-11-1917.
Pela Lei Municipal n.º
1.260, de 05-09-1919, a vila de Chapecó passou a
denominar-se Xanxerê.
Nos quadros do
recenseamento geral de I-IX-1920, a vila de Xanxarê
é constituída do distrito sede.
Por Lei Estadual de
16-03-1923, a vila de Xanxerê passou denominar-se
Rui Barbosa.
Pela Lei Municipal n.º
1645, de 03-10-1929, a vila voltou a denominar-se
Xanxerê.
Pelo Decreto n.º 100,
de 09-04-1931, a sede do município passou a
denominar-se Passo dos Índios ou Passo Bormann.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1933, o município
tem sua sede localizada na vila de Passo dos Índios
é constituído de 13 distritos: Passo dos Índios,
Abelardo Luz, Barracão, Campo Erê, Caxambu, Cascalho,
Faxinal dos Guedes, Guatambu, Mondaí, Itapiranga,
São Domingos, Xaxim e Xanxerê.
Pelo Decreto-lei
Estadual n.º 86, de 31-03-1938, o município de Passo
dos Índios voltou a denominar-se Chapecó, o distrito
de Barracão a denominar-se Dionísio Cerqueira e o
distrito de Cascalho a denominar-se Pssarinhos.
Pelo Decreto-lei
Estadual n.º 238, de 01-12-1938, é criado o distrito
de São Carlos com território desmembrado do distrito
de Passarinho (ex-Cascalho) e anexado ao município
de Chapecó.
No quadro fixado para vigorar no período de
1944-1948, o município é constituído de 14 distritos:
Chapecó, Abelardo Luz, Campo Êre, Caxambu, Dionísio
Cerqueira, Faxinal dos Guedes, Guatambu, Itapiranga,
Mondaí, Passarinhos, São Carlos, São Domingos,
Xanxerê e Xaxim.
Pela Lei Estadual n.º
247, 30-12-1948, o distrito de Passarinhos passou a
denominar-se Palmitos.
Pela Lei Municipal n.º
25 - A, de 21-12-1949, é criado o distrito de São
Miguel do Oeste, com território desmembrado dos
distritos de Dionísio Cerqueira, Itapiranga e Mondaí
e anexado ao município de Chapecó.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1950, o município é constituído de
16 distritos: Chapecó, Abelardo Luz, Campo Erê,
Caxambu, Descanso, Dionísio Cerqueira, Faxinal dos
Guedes, Guatambu, Itapiranga, Mondaí, Palmitos (ex-Passarinhos),
São Carlos, São Domingos, São Miguel do Oeste,
Xanxerê e Xaxim.
Pela Resolução s/n.º
da Câmara Municipal, é criado o distrito de Águas de
Chapecó, desmembrado do distrito de Caxambu e
anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
7, de 18-11-1950, é criado o distrito de Descanso
com território desmembrado do distrito de Mondaí e
Itapiranga e anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
40, de 30-11-1950, aprovado pela Lei Estadual n.º
26, de 16-10-1951, é criado o distrito de Coronel
Freitas e anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
23, de 22-08-1951 e Lei Estadual n.º 50, de
18-07-1952, é criado o distrito de São Lourenço,
desmembrado do distrito de Campo Erê e anexado ao
município de Chapecó.
Pela Lei Estadual n.º
133, de 30-12-1953, são desmembrados do município de
Chapecó os distritos Xanxerê, Abelardo Luz e Faxinal
dos Guedes, para formar o novo município de Xanxerê.
E ainda pela mesma Lei são desmembrados do município
de Chapecó os distritos de Descanso, Dionísio
Cerqueira, Itapiranga, Mondaí, Palmitos, São Carlos,
São Miguel do Oeste e Xaxim, todos elevados à
categoria de município.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 7
distritos: Chapecó, Águas de Chapecó, Campo Erê,
Caxambu, Coronel Freitas, Guatambú e São Lourenço.
Pela Resolução n.º 2,
de 03-03-1956, é criado o distrito de Quilombo,
desmembrado dos distritos de Coronel Freitas e São
Lourenço e anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
3, de 10-08-1956, é criado o distrito de Itaberaba,
desmembrado dos distritos de Guatambú e Caxambu e
anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
4, de 11-05-1957, é criado o distrito de Cairu,
desmembrado o distrito de Itaberaba e anexado ao
município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
5, de 11-05-1957, é criado o distrito de Marechal
Bormann e anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Municipal n.º
6, de 11-05-1957, é criado o distrito de Serrinha e
anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Estadual n.º
348, de 21-06-1958, são desmembrados de Chapecó os
distritos de Campo Erê e São Lourenço do Oeste
(ex-São Lourenço), ambos elevados à categoria de
município.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 9
distritos: Chapecó, Cairu, Caxambu, Coronel Freitas,
Guatambú, Itaberaba, Marechal Bormann, Quilombo e
Serrinha.
Pela Lei Estadual n.º
763, de 06-10-1961, são desmembrados do município de
Chapecó os distritos de Coronel Freitas e Cairu,
para formar o novo município de Coronel Feitas. Sob
a mesma Lei, é desmembrado do município de Chapecó o
distrito de Quilombo. Elevado à categoria de
município.
Pela Lei Estadual n.º
865, de 14-12-1962, é criado o distrito de Figueira
e anexado ao município de Chapecó.
Pela Lei Estadual n.º
866, de 14-12-1962, é desmembrado do município de
Chapecó o distrito de Caxambu. Elevado à categoria
de município com a denominação de Caxambu do Sul.
Pela Lei Estadual n.º
881, de 05-04-1963, é criado o distrito de Cachoeira
Alta e anexado ao município de Chapecó.
Em divisão territorial
datada de 31-XII-1963, o município é constituído de
7 distritos: Chapecó, Cordilheira Alta, Figueira,
Gôio-en, Guatambú, Itaberaba, Marechal Bormann.
Pela Lei Estadual n.º
4.130, de 26-01-1968, é criado o distrito de Alto da
Serra e anexado ao município de Chapecó.
Em divisão territorial
datada de 1-I-1979, o município é constituído de 8
distritos: Chapecó, Alto da Serra, Cordilheira Alta,
Figueira, Gôio-en, Guatambú, Itaberaba, Marechal
Bormann.
Pela Lei Estadual n.º
8.557, de 30-03-1992, é desmembrado do município de
Chapecó o distrito de Cordilheira Alta. Elevado à
categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º
8.482, de 12-12-1991, é desmembrado do município de
Chapecó o distrito de Guatambú. Elevado à categoria
de município.
Pela Lei Estadual n.º
8.354, de 26-09-1991, é desmembrado do município de
Chapecó o distrito de Itaberaba. Elevado à categoria
de município com a denominação de Nova Itaberaba.
Em divisão territorial
datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 5
distritos: Chapecó, Alto da Serra, Figueira, Gôio-en,
Marechal Bormann.
Assim permanecendo em
divisão territorial datada em 2003.
Referencias;
Prefeitura Municipal
IBGE
Ache Tudo e Região
|