A estrada de ferro Rio Grande do Sul/São Paulo, que no início do século
atravessava regiões despovoadas e cobertas de matas virgens, foi responsável
direta pelo surgimento de várias cidades ao longo de seu percurso. E foi assim,
que em 1908 se originou o povoado de Paiol Grande, ocupado inicialmente por
trinta e seis pioneiros, entre imigrantes europeus e outros vindos das terras
velhas (Caxias do Sul), pela estrada de ferro.
Desprovido de um mínimo de conforto, ao colonizador restou ir à luta, desbravar,
trabalhar e esperar pelos frutos do seu esforço. As quatro etnias que aqui se estabeleceram foram: alemã, italiana,
polonesa e israelita, que em sua maioria, vinham em busca de uma vida melhor. |
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A pequena propriedade rural, logo gerou o comércio, o aproveitamento da
erva-mate, o cultivo dos barbaquás e carijós e os engenhos de serra que serravam a madeira.
Invadir a nova terra era o objetivo dos pioneiros, que iniciaram os
trabalhos de demarcação do futuro município. Devido ao clima, parecido com o
europeu, continuaram afluindo imigrantes poloneses, italianos, alemães,
franceses, austríacos e outros. Na época da colonização foi instaurada a chamada
Comissão de Terras, que exercia papel preponderante para o desenvolvimento do
município.
Essa Comissão era responsável pela demarcação e financiamento de
terras, cadastramento de imigrantes, construção de hospedagens e abrertura de
caminhos. Encarretava-se, também, de fornecer alimentos, material agrícola,
sementes, assistência médica, além de aferir dados demográficos e climáticos de
produção e exportação, bem como locar a sede do Município e promover a
urbanização.
O fato típico da colonização foi a variedade de etnias que para aqui
vieram. O controle da colonização estava a cargo de descendentes portugueses,
sendo que a chefia da Comissão de Terras era da responsabilidade do engenheiro
Severiano de Souza Almeida.
Em 1918, através do Decreto nº 2343, de 30 de abril, deixou de ser
Distrito de Passo Fundo, tornando-se Município. Inicialmente, chamado de Paiol
Grande e depois, sucessivamente de Boa Vista, Boa Vista de Erechim, José
Bonifácio e finalmente Erechim.
Este município sofreu bastante com as revoluções de 1923 e 1926. Erechim
dedicou-se ao cultivo de cereais, sendo denominada a Capital do Trigo.
Posteriormente perdeu grande parte de suas terras para a formação de novos
municípios. Hoje conta com dois distritos: Jaguaretê e Capoerê.
Decorridos mais de 84 anos de trajetória histórica, Erechim se transformou
em cidade pólo do Alto Uruguai, integrando-se cada vez mais ao Mercosul, levando
seu nome, seu trabalho e seu progresso além fronteiras.
Referencias:
Wikipédia
Ache Tudo e Região