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Pernambuco foi uma
das primeiras áreas brasileiras ocupadas pelos portugueses. Em 1535, Duarte
Coelho torna-se o donatário da Capitania, fundando a vila de Olinda e espalhando
os primeiros engenhos da região. No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das artes, Nassau tem na sua equipe inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout, pioneiros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus habitantes. Os pernambucanos se orgulham de sua participação altiva na História do Brasil, sempre mantendo altos ideais libertários, como na Guerra dos Mascates, entre 1710 e 1712; a Revolução Pernambucana, em 1817; a Confederação do Equador, em 1824; a Revolta Praieira, em 1848. Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede rodoviária até o sertão e investindo em pólos de investimento no interior do estado. Na última década, consolidam-se os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de modernização da administração pública. O estado de Pernambuco é formado por 184 municípios e um território, o arquipélogo de Fernando de Noronha. Foram os índios que deram ao nosso estado o nome de Pernambuco - Paranampuka, em tupi, significa "o mar que bate nas pedras". Mais Historias, No começo, alguns pescadores e homens do mar se estabeleceram na estreita porção da terra, que vinha de Olinda e se alargava para as bandas do extremo sul. Alguns armazéns para recolher os açúcares; uma pequena ermida, sob a invocação de um santo amigo das gentes do mar - São Telmo, o Recife começou assim. Mais tarde, os pesados veleiros, que precisavam refrescar em águas bem abrigadas, livres da agitação do ancoradouro de Olinda, buscaram a sombra dos arrecifes, que se erguiam ao sul. Assim surgiu o Recife, em função do velho ancoradouro espécie de largo canal situado entre os arrecifes de arenito e a península, onde se misturavam as águas do mar e as dos dois rios - o Capibaribe e o Beberibe. Construíram-se, depois alguns fortes - o do Mar, o de São Jorge e o do Bom Jesus, que, mais tarde, em 1561, defenderiam o Recife contra o ataque dos piratas franceses, aqueles que deixaram gravada numa das pedras do arrecife "Le monde va de pis en pis". Mas, somente em 1630, quando a humilde povoação se estendera até a ilha dos Navios, na confluência dos dois rios, e já apresentava a igreja que os frades franciscanos ali haviam erguido, dar-se-ia a grande invasão holandesa, empreendida por uma esquadra de 56 navios, comandada por Henry Cornell Lonck. Abria-se um dos capítulos mais movimentados, vivos e heróicos da história de Recife. Defendida por Matias de Albuquerque, ocupada pelos holandeses, governada pelo Conde João Maurício de Nassau, Recife nunca foi subjugada de todo. Nem mesmo no brilhante governo de Maurício de Nassau, que dotou a terra de amplos jardins e palácios, promoveu a vinda de homens ilustres, como Marcgraf, botânico; Franz Post e Eckout, pintores; Clalitz, geógrafo; Plante, latinista e poeta; Piso, naturalista. João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Filipe Camarão e Henrique Dias são os principais heróis da Restauração Pernambucana, movimento em que culminava a surda hostilidade e resistência contínua contra os dominadores. Na Campina do Taborda, pernambucanos e holandeses, depois das duas memoráveis batalhas dos montes Guararapes, assinam a capitulação no dia 23 de janeiro de 1654. Durara 24 anos o domínio holandês. Após a Restauração, o Recife entra em período de intenso desenvolvimento, facilitado pelas trocas comerciais através do seu porto. Disto resulta grave rivalidade com Olinda, cujo desfecho vem a ser o conflito que passou à historia com a denominação de Guerra dos Mascates. Era a revolta dos nobres de Olinda contra os portugueses do Recife, ciosos da elevação de seu povoado à categoria de Vila, mediante a instalação do pelourinho, em 1710. Nessa movimentada luta surgiu o Sargento-mor Bernardo Vieira de Melo, com a sua proposta da instauração de uma República na capitania, "ad instar" da de Veneza, talvez a primeira tentativa de implantação do regime republicano na América. Sufocada a rebelião, o pelourinho é reerguido e o Recife permanece como Vila. A cidade marca o seu progresso com a instalação de uma Alfândega, a construção de várias pontes, a execução de aterros, que ganham novas superfícies úteis às terras alagadas. A 6 de março de 1817, rebenta no Recife uma revolução de caráter republicano e nativista. Os nomes de Domingos Teotônio, Manuel Correia de Araújo, Domingos José Martins, Pedro de Souza Tenório, José de Barros Lima e outros estão na boca de todos. O movimento, porém, é dominado e um governo despótico é instituído, tendo à frente Luís do Rego Barreto. Mais tarde, a 26 de outubro, o governador português e suas tropas embarcam para Portugal; tropas de além-mar não mais desembarcariam no Recife. Pernambuco, assim, tornava-se independente antes do Grito do Ipiranga. O Recife é elevado à categoria de Cidade, no dia 5 de dezembro de 1823. No ano seguinte, rebenta outra revolução de caráter republicano, que passou à história sob o nome de Confederação do Equador. Dentre os heróis desse movimento destaca-se Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, que foi fuzilado a 13 de janeiro de 1825. Em 1827, o Recife passa a ser capital da província. Dois movimentos revolucionários, a setembrizada e a abrilada, em 1831 e 1832, respectivamente, são logo dominados. Em 1838, assume o governo da província Francisco do Rego Barros, posteriormente Conde da Boa Vista, cuja administração foi assinalada por notáveis melhoramentos urbanos. Duas grandes realizações datam desse período: a construção do Palácio do Governo e a do primitivo Teatro Santa Isabel, obra do engenheiro francês Louis Léger Vauthier, que o Conde fizera vir de Paris, de onde vieram, também, outros técnicos. Cais, estradas, pontes, abastecimento de água, uma Repartição de Obras Públicas, foram algumas das tarefas empreendidas por Francisco do Rego Barros. Esse brilhante período da vida do Recife foi perturbado, todavia, pela Revolução Praieira, irrompida em 1848 e organizada pelo partido liberal, composto dos "praieiros". Chefes principais: Pedro Ivo, João Roma, Nunes Machado - este último morto bravamente em combate. O Recife entra, então, numa fase de acelerado progresso. A cidade começa a ampliar-se, iniciando-se, em 1907, a execução do grande e modelar plano de saneamento, concebido pelo higienista Saturnino de Brito. Gentíico: recifense Formação Administrativa A povoação do Recife surgiu em 1561 passando, no ano de 1637, sob domínio holandês a denominar-se Maritzstad (Mauricéia), em homenagem a Maurício de Nassau. Elevada à categoria de vila com a denominação de Recife, por Carta Régia de 19 11.1709. Instalada em novembro de 1771. Pela resolução de 31-07-1817 e lei municipal nº 1, de 06-04-1892, é criado o distritos de Poço de Panela e anexado a vila de Recife. Por alvará de 25-08-1789, é criado o distrito de Santo Antônio e anexado a vila de Recife. Pela lei provincial nº 173, de 20-11-1846, é criado o distrito de Várzea e anexado a Vila de Recife. Distrito criado com a denominação de Recife, por alvará de 20-03-1772 e lei municipal nº 1, de 06-04-1892. Elevado à condição de cidade, por carta Imperial, de 05-12-1823. Elevado à Capital do Estado, por portaria, de 29-12-1825, confirmado pela resolução de 15-02-1827. Pela lei municipal nº 1, de 06-04-1892, são criados os seguintes distritos: Afogados, Boa Vista, Encruzilhada, Graças, Poço da Panela, Santo Amaro, Santo Antônio, São Frei Pedro Gonçalves, São José,Várzea e anexado ao município de Recife. Pela lei nº 8, de 28-06-1893, é criado o distrito de Peres e anexado ao município de Recife. Pela lei nº 95, de 27-04-1896, são criado os distritos de Madalena e Torre e anexado ao município de Recife. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 14 distritos: Recife, Santo Antônio, 1º e 2º distritos de São José, 1º e 2º distritos de Boa Vista, 1º e 2º distritos da Graças, 1º, 2º e 3º distritos Afogados, Torre, Poço da Panela e Várzea. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município aparece constituído de 19 distritos: Recife, afogados, Boa Vista, Caxangá, Graças, Ilha Fernando de Noronha, Ilhas do Pina, Madalena, Areias, Nogueira, Peres, Poço da Panela, Pombal, Santo Amaro, Santo Antônio, São José, Torres e Várzeas. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 10 distritos: Recife, Afogados, Beberibe, Boa Vista, Graças, Poço, ex-Poço da Panela, Santo Antônio, São José, Tigipio e Varzea, Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o município é constituído de 4 distritos: Recife, Boa Vista, Afogados e Graças. Em divisão territorial datada de 31-XII-1937, o município é constituído de 5 distritos: Recife, Fernando de Noronha, Boa Vista, Afogados e Graças. Pelo decreto-lei estadual nº 92, 1938, o município de Recife figura unicamente do distrito sede, entretanto, abrange 10 zonas Recife, Santo Antônio, São José, Afogados, Boa Vista, Graças, Poço, Várzea, Tejípio e Beberibe. Pelo decreto-lei federal nº 1402, de 09-02-1942, desmembra do município de Recife o distrito de Fernando de Noronha. Elevado à categoria de Território Federal. Pelo decreto-lei nº 324, de 31-07-1942, o município de Recife ficou dividido em 4 sub-distritos: 1º Recife, Santo Antônio e São José; 2º Boa Vista, Santo Amaro, Graças e Encruzilhada; 3º Afogados, Madalena, Tijípio e Boa Viagem; 4º Poço, Casa Amarela, Várzea e Beberibe. Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído do distrito sede e se compõe de 15 zonas administrativas: Recife, Boa Vista, Santo Amaro, Graças, Encruzilhada, Afogados, Madalena, Tejipió, Boa Viagem, Poço, Casa Amarela, Várzea, Beberibe, Santo Antônio e São José. Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-I-1979. Pela Constituição Federal de 1988, o território de Fernando de Noronha foi extinto e sua área reincorporado ao Estado de Pernambuco. Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído do distrito sede. e se compõe de 15 zonas administrativas: Recife, Boa Vista, Santo Amaro, Graças, Encruzilhada, Afogados, Madalena, Tejipió, Boa Viagem, Poço, Casa Amarela, Várzea, Beberibe, Santo Antônio e São José. Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído do distrito sede. Em divisão territorial datada de 15-VII-1999, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. Fonte: IBGE
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