Antecedentes da Conquista da
Paraíba
Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a
explorar economicamente o Brasil,uma vez que os
interesses lusitanos estavam voltados para o
comércio de especiarias nas Índias, e além disso,
não havia nenhuma riqueza na costa brasileira que
chamasse tanta atenção quanto o ouro, encontrado nas
colônias espanholas, minério este que tornara uma
nação muito poderosa na época.
Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários
começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito
encontrada no Brasil-colônia, eespecial devido a
extração de um pigmento, usado para tingir tecidos
na Europa.
Esses invasores eram em sua maioria franceses, e
logo que chegaram no Brasil fizeram amizades com os
índios, possibilitando entre eles uma relação
comercial conhecida como "escambo", na qual o
trabalho indígena era trocado por alguma manufatura
sem valor. Os portugueses, preocupados com o aumento
do comércio dos invasores da colônia, passaram a
enviar expedições para evitar o contrabando do
pau-brasil, porém, ao chegar no Brasil essas
expedições eram sempre repelidas pelos franceses
apoiados pelos índios.
Com o fracasso das expedições o rei de Portugal
decidiu criar o sistema de capitanias hereditárias.
Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi
dividida em 15 capitanias, para doze donatários.
Entre elas destacamos a Capitania de Itamaracá, a
qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da
Traição.
Inicialmente essa capitania foi doada à Pedro Lopes
de Souza, que não pôde assumir, vindo em seu lugar o
administrador Francisco Braga, que devido a uma
rivalidade com Duarte Coelho, deixou a capitania em
falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou
algumas benfeitorias na capitania como a fundação da
Vila da Conceição e a construção de engenhos.
Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou
em declínio, ficando a mercê de malfeitores e
propiciando a continuidade do contrabando de
madeira. Com a tragédia de Tacunhaém*, em 1534 o rei
de Portugal desmembrou Itamaracá, dando formação à
Capitania do Rio Paraíba.
Existia uma grande preocupação por parte dos
lusitanos em conquistar a capitania que atualmente é
a Paraíba, pois havia a garantia do progresso da
capitania pernambucana, a quebrada aliança entre
Potiguaras e franceses, e ainda, estender sua
colonização ao norte.
Tragédia de Tacunhaém: Foi uma tragédia na qual
índios mataram todos os moradores de um Antecedentes
da Conquista da Paraíba A Conquista e Fundação da
Paraíba Primeiras Vilas da Paraíba na Época
Colonial.
Expedições para a Conquista
Quando o Governador Geral (D. Luís de Brito) recebeu
a ordem para separar Itamaracá, recebeu também do
rei de Portugal a ordem de punir os índios
responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e
fundar uma cidade. Assim começaram as cinco
expedições para a conquista da Paraíba.
Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o
Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. I Expedição
(1574): O comandante desta expedição foi o Ouvidor
Geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil,
Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que
houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas
uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por
indígenas e teve que recuar para Pernambuco.
II Expedição (1575): Quem comandou a segunda
expedição foi o Governador Geral, D. Luís de Brito.
Sua expedição foi prejudicada por ventos
desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras
paraibanas. Três anos depois outro Governador Geral
(Lourenço Veiga), tenta conquistar a o Rio Paraíba,
não obtendo êxito.
III Expedição (1579): Frutuoso Barbosa impôs a
condição de que se ele conquistasse a paraíba, a
governaria por dez anos. Essa idéia só lhe trouxe
prejuízos, uma vez que quando estava vindo à
Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e
além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua
esposa.
IV Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta
por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa
volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na
armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa
desiste após perder um filho em combate.
V Expedição (1584): Este teve a presença de Flores
Valdez, Felipe de Moura e o insistente Frutuoso
Barbosa, que conseguiram finalmente expulsar os
franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista,
eles construíram os fortes de São Tiago e São
Felipe.
Conquista da Paraíba
Para as jornadas o Ouvidor Geral Martim Leitão
formou uma tropa constituída por brancos, índios,
escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se
depararam com índios que sem defesa, fogem e são
aprisionados. Ao saber que eram índios Tabajaras,
Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua
luta era contra os Potiguaras (rivais dos
Tabajaras). Após o incidente, Leitão procurou formar
uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra
traição, a rejeitaram.
Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa
finalmente chegaram aos fortes (São Felipe e São
Tiago), ambos em decadência e miséria devido as
intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso
Martim Leitão nomeou outro português, conhecido como
Castrejon, para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca
só fez piorar a situação. Ao saber que Castrejon
havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a
sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou
de volta à Espanha.
Quando ninguém esperava, os portugueses se unem aos
Tabajaras, fazendo com que os Potiguaras recuassem.
Isto se deu no início de agosto de 1585. A conquista
da Paraíba se deu no final de tudo através da união
de um português e um chefe indígena chamado
Piragibe, palavra que significa Braço de Peixe.
Fundação da Paraíba Martim Leitão trouxe pedreiros,
carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a
Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das
obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o resto
dos franceses que permaneciam na Paraíba. Leitão
nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte.
Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no
Brasil e a última do século XVI.
Primeiras Vilas da Paraíba na Época Colonial
Com a colonização foram surgindo vilas na Paraíba. A
seguir temos algumas informações sobre as primeiras
vilas da Paraíba. Pilar: O início de seu povoamento
aconteceu no final do século XVI, quando fazendas de
gado foram encontradas pelos holandeses.
Hoje uma cidade sem muito destaque na Paraíba, foi
elevada à vila em 5 de janeiro de 1765. Pilar
originou-se a partir da Missão do Padre Martim
Nantes naquela região. Pilar foi elevada à município
em 1985, quando o cultivo da cana-de-açúcar se
tornou na principal atividade da região.
Sousa: Hoje a sexta cidade mais populosa do Estado e
dona de um dos mais importantes sítios arqueológicos
do país (Vale dos Dinossauros), Sousa era um povoado
conhecido por "Jardim do Rio do Peixe". A terra da
região era bastante fértil, o que acelerou
rapidamente o processo de povoamento e progresso do
local. Em 1730, já viviam aproximadamente no vale
1468 pessoas.
Sousa foi elevada à vila com o nome atual em
homenagem ao seu benfeitor, Bento Freire de Sousa,
em 22 de julho de 1766. Sua emancipação política se
deu em 10 de julho de 1854.
Campina Grande:Sua colonização teve início em 1697.
O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo instalou na
região um povoado. Os indígenas formaram uma aldeia.
Em volta dessa aldeia surgiu uma feira nas ruas por
onde passavam camponeses. Percebe-se então que as
características comerciais de Campina Grande
nasceram desde sua origem.Campina foi elevada à
freguesia em 1769, sob a invocação de Nossa Senhora
da Conceição. Sua elevação à vila com o nome de Vila
Nova da Rainha se deu em 20 de abril de 1790. Hoje,
Campina Grande é a maior cidade do interior do
Nordeste.
São João do Cariri: Tendo sida povoada em meados do
século XVII pela enorme família Cariri que povoava o
sítio São João, entre outros, esta cidade que
atualmente não se destaca muito à nível estadual foi
elevada à vila em 22 de março de 1800. Sua
emancipação política é datada de 15 de novembro de
1831.
Pombal: No final do século XVII, Teodósio de
Oliveira Ledo realizou uma entrada através do rio
Piranhas. Nesta venceu o confronto com os índios
Pegas e fundou ali uma aldeia que inicialmente
recebeu o nome do rio (Piranhas).
Devido ao seucesso da entrada não demorou muito até
que passaram a chamar o local de Nossa Senhora do
Bom Sucesso, em homenagem a uma santa.Em 1721 foi
construída no local a Igreja do Rosário, em
homenagem à padroeira da cidade considerada uma
relíquia história nos dias atuais.Sob força de uma
Carta Régia datada de 22 de junho de 1766, o
município passou a se chamar Pombal, em homenagem ao
famoso Marquês de Pombal. Foi elevada à vila em 3/4
de maio de 1772, data hoje considerada como sendo
também a da criação do município.
Areia: Conhecida antigamente pelo nome de Bruxaxá,
Areia foi elevada à freguesia com o nome de Nossa
Senhora da Conceição pelo Alvará Régio de 18 de maio
de 1815. Esta data é considerada também como a de
sua elevação à vila.Sua emancipação política se deu
em 18 de maio de 1846, pela lei de criação número 2.
Hoje, Areia se destaca como uma das principais
cidades do interior da Paraíba, principalmente por
possuir um passado histórico muito atraente.
2.1 Primeiros Capitães- Mores
João Tavares
João Tavares foi o primeiro capitão-mor, ao qual
governou de 1585 a 1588 a Capitania da Paraíba.
João Tavares foi encarregado pelo Ouvidor-Geral,
Martim Leitão, de construir uma nova cidade.
Para edificação dessa cidade, vieram 25 cavaleiros,
além de pedreiros e carpinteiros, entre outros
trabalhadores do gênero. Chegaram também jesuítas e
outras pessoas para residir na cidade.
Foi fundado por João Tavares o primeiro engenho, o
d’El-Rei, em Tibiri, e o forte de São Sebastião,
construído por Martim Leitão para a proteção do
engenho.
Os jesuítas ficaram responsáveis pela catequização
dos índios. Eles ainda fundaram um Centro de
Catequese e em Passeio Geral edificaram a capela de
São Gonçalo.
O governo de João Tavares foi demasiadamente
auxiliado por Duarte Gomes da Silveira, natural de
Olinda.
Silveira foi um senhor de engenho e uma grande
figura da Capitania da Paraíba durante mais de 50
anos. Rico, ajudou financeiramente na ascensão da
cidade. Em sua residência atualmente se encontra o
Colégio Nossa Senhora das Neves.
Apesar de ter se esforçado muito para o progresso da
capitania, João Tavares foi posto para fora em 1588,
devido à política do Rei.
Frutuoso Barbosa
Devido à grande insistência perante a corte e por
defender alguns direitos, Frutuoso Barbosa foi, em
1588, nomeado o novo capitão-mor da Capitania da
Paraíba, auxiliado por D. Pedro Cueva, ao qual foi
encarregado de controlar a parte militar da
capitania.
Neste mesmo período, chegaram alguns Frades
Fransciscanos, que fundaram várias aldeias e por não
serem tão rigorosos no ensino religioso como os
Jesuítas, entraram em desentendimento com estes
últimos. Esse desentendimento prejudicou o governo
de Barbosa, pois aproveitando-se de alguns
descuidos, os índios Potiguaras invadiram
propriedades. Vieram em auxílio de Barbosa o
capitão-mor de Itamaracá, com João Tavares, Piragibe
e seus índios. No caminho, João Tavares faleceu de
um mal súbito. Quando o restante do grupo chegou à
Paraíba, desalojou e prendeu os Potiguaras.
Com o objetivo de evitar a entrada dos franceses,
Barbosa ordenou a construção de uma fortaleza em
Cabedelo.
Piragibe iniciou a construção do forte com os
Tabajaras, porém, devido a interferência dos
Jesuítas, as obras foram concluídas pelos
fransciscanos e seus homens. Em homenagem a Felipe
II, da Espanha, Barbosa mudou o nome da cidade de
Nossa Senhora das Neves para Felipéia de Nossa
Senhora das Neves.
Devido às infinitas lutas entre o capitão Pedro
Cueva e os Potiguaras e os desentendimentos com os
Jesuítas, houve a saída da Cueva e a decisão de
Barbosa de encerrar o seu governo, em 1591. André de
Albuquerque Maranhão André de Albuquerque governou
apenas por um ano. Nele, expulsou os Potiguaras e
realizou algumas fortificações. Entre elas, a
construção do Forte de Inhobin para defender alguns
engenhos próximos a este rio.
Ainda nesse governo os Potiguaras incendiaram o
Forte de Cabedelo. O governo de Albuquerque se
finalizou em 1592.
Feliciano Coelho de Carvalho
Em seu governo realizou combates na Capaoba, houve
paz com os índios, expandiu estradas e
expulsou os fransciscanos. Terminou seu governo em
1600.
As Ordens Religiosas da Capitania da PB e Seus
Mosteiros
Os Jesuítas
Os jesuítas foram os primeiros missionários que
chegaram à Capitania da Paraíba, acompanhando todas
as suas lutas de colonização.
Ao mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram
a construir um colégio na Felipéia. Porém, devido a
desavenças com os fransciscanos, que não usavam
métodos de educação tão rígidos como os jesuítas, a
idéia foi interrompida. Aproveitando esses
desentendimentos, o rei que andava descontente com
os jesuítas pelo fato de estes não permitirem a
escravização dos índios, culpou os jesuítas pela
rivalidade com os fransciscanos e expulsou-os da
capitania.
Cento e quinze anos depois, os jesuítas voltaram à
Paraíba fundando um colégio onde ensinavam latim,
filosofia e letras. Passado algum tempo, fundaram um
Seminário junto à igreja de Nossa Senhora da
Conceição. Atualmente essa área corresponde ao
jardim Palácio do Governo. Em 1728, os jesuítas
foram novamente expulsos. Em 1773, o Ouvidor-Geral
passou aresidir no seminário onde moravam os
jesuítas, com a permissão do Papa Clementino XIV.
Os Franciscanos
Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os padres
franciscanos, com o objetivo de catequizar os
índios. O Frei Antônio do Campo Maior chegou com o
objetivo de fundar o primeiro convento da capitania.
Seu trabalho se concentrou em várias aldeias, o que
o tornou importante.
No governo de Feliciano Coelho, começaram alguns
desentendimentos, pois os franciscanos, assim como
os jesuítas, não escravizavam os índios. Ocorreu que
depois de certo desentendimentos entre os
franciscanos, Feliciano e o governador geral,
Feliciano acabou se acomodando junto aos frades. A
igreja e o convento dos franciscanos foram
construídos em um sítio muito grande, onde
atualmente se encontra a praça São Francisco.
Os Beneditinos
O superior geral dos beneditinos tinha interesse em
fundar um convento na Capitania da Paraíba. O
governador da capitania recebeu o abade e conversou
com o mesmo sobre a tal fundação. Resolveu doar um
sítio, que seria a ordem do superior geral dos
beneditinos.
A condição imposta pelo governador era que o
convento fosse construído em até 2 anos. O
mosteiro não foi construído em dois anos, mesmo
assim, Feliciano manteve a doação do sítio.
A igreja de São Bento se encontra atualmente na rua
nove, onde ainda há um cata-vento em
lâmina, construído em 1753.
Os Missionários Carmelitas
Os carmelitas vieram à Paraíba a pedido do cardeal
D. Henrique, em 1580. Mas devido a um
incidente na chegada que colheu os missionários para
diferentes direções, a vinda dos carmelitas demorou
oito anos.
Os carmelitas chegaram à Paraíba quando o Brasil
estava sob domínio espanhol. Os carmelitas chegaram,
fundaram um convento e iniciaram trabalhos
missionários. A história dos carmelitas aqui é
incompleta, uma vez que vários documentos históricos
foram perdidos nas invasões holandesas. Frei Manuel
de Santa Teresa restaurou o convento depois da
revolução francesa, mas logo depois este foi
demolido para servir de residência ao primeiro bispo
da Paraíba, D. Adauto de Miranda Henriques. Pelos
carmelitas foi fundada a Igreja do Carmo.
A População Indígena
Na Paraíba haviam duas raças de índios, os Tupis e
os Cariris (também chamados de Tapuias). Os Tupis se
dividiam em Tabajaras e Potiguaras, que eram
inimigos. Na época da fundação da Paraíba, os
Tabajaras formavam um grupo de aproximadamente 5 mil
pessoas. Eles eram pacíficos e ocupavam o litoral,
onde fundaram as aldeias de Alhanda e Taquara.
Já os Potiguaras eram mais numerosos que os
Tabajaras e ocupavam uma pequena região entre o rio
Grande do Norte e a Paraíba.
Esses índios locomoviam-se constantemente, deixando
aldeias para trás e formando outras. Com esta
constante locomoção os índios ocuparam áreas antes
desabitadas.
Os índios Cariris se encontravam em maior número que
os Tupis e ocupavam uma área que se
estendia desde o Planalto da Borborema até os
limites do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Os Cariris eram índios que se diziam ter vindo de um
grande lago. Estudiosos acreditam que eles tenham
vindo do Amazonas ou da Lagoa Maracaibo, na
Venezuela. Os Cariris velhos, que teriam sido
civilizados antes dos cariris novos, se dividiam em
muitas tribos; sucuru, icós, ariu e pegas, e paiacú.
Destas, os tapuias pegas ficaram conhecidos nas
lutas contra os bandeirantes.
O nível de civilização do índio paraibano era
considerável. Muitos sabiam ler e conheciam ofícios
como a carpintaria. Esses índios tratavam bem os
jesuítas e os missionários que lhes davam atenção.
A maioria dos índios estavam de passagem do período
paleolítico para o neolítico. A língua falada por
eles era o tupi-guarani, utilizada também pelos
colonos na comunicação com os índios. O tupiguarani
mereceu até a criação de uma gramática, elaborada
por Padre José de Anchieta. Piragibe, que nos deu a
paz na conquista da Paraíba; Tabira, que lutou
contra os franceses e Poti, que lutou contra os
holandeses e foi herói na batalha dos Guararapes,
são exemplos de índios que se sobressaíram na
Paraíba.
Ainda hoje, encontram-se tribos indígenas Potiguaras
localizadas na Baía da Traição, mas em
apenas uma aldeia, a São Francisco, onde não há
miscigenados, pois a tribo não aceita a presença de
caboclos, termo que eles utilizavam para com as
pessoas que não pertencem a tribo.
O Cacique dessa aldeia chama-se Djalma Domingos, que
também é o prefeito do município de Baía da Traição.
Aos poucos, a aldeia vai se civilizando; um exemplo
disso é um posto telefônico implantado na mesma há
um mês.
Nessas aldeias existem cerca de 7.000 índios
Potiguaras, que mantém as culturas antigas. Eles
possuem cerca de 1.800 alunos de 7 a 14 anos em
primeiro grau menor. No Brasil, só existem três
tribos Potiguaras, sendo que no Nordeste a única é a
da Baía da Traição.
Em 19 de Abril eles comemoraram seu dia fazendo
pinturas no corpo e reunindo as aldeias locais na
aldeia S. Chico e realizaram danças, como o Toré.
A principal atividade econômica desses índios é a
pesca e em menor escala, a agricultura.
Invasões Holandesas
Em 1578 o jovem rei de Portugal, D. Sebastião, foi
morto na batalha de Alcácer-Quibir, na África,
deixando o trono português para seu tio, o cardeal
D. Henrique, o qual devido à sua avançada idade
acabou morrendo em 1579, sem deixar herdeiros. O Rei
da Espanha, Felipe II, que se dizia primo dos reis
portugueses, com a colaboração da nobreza portuguesa
e do seu exército, conseguiu em 1580 o trono
português.
A passagem do trono português à coroa espanhola
prejudicou os interesses holandeses, pois eles
estavam travando uma luta contra a Espanha pela sua
independência e a Holanda era responsável pelo
comércio do açúcar nas colônias portuguesas, o que
lhes garantiam altos lucros. Dessa forma, rivais dos
espanhóis, os holandeses foram proibidos de
aportarem em terras portuguesas, o que lhes trouxe
grande prejuízo.
Interessados em recuperar seus lucrativos negócios
com as colônias portuguesas, o governo e
companhias privadas holandesas formaram a Companhia
das Índias Ocidentais, para invadir as
colônias.
A primeira tentativa de invasão holandesa ocorreu em
1624, em Salvador. O governador da Bahia, Diogo de
Mendonça Furtado, havia se preparado para o combate,
porém com o atraso da esquadrilha holandesa, os
brasileiros não mais acreditavam na invasão quando
foram pegos de surpresa.
Durante o ataque o governador foi preso. Mas
orientadas por Marcos Teixeira, as forças
brasileiras mataram vários chefes batavos,
enfraquecendo as tropas holandesas. Em maio de 1625,
eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de D.
Fradique de Toledo Osório.
Ao se retirarem de Salvador, os holandeses,
comandados por Hendrikordoon, seguiram para Baía da
Traição, onde desembarcaram e se fortificaram.
Tropas paraibanas, pernambucanas e índios se uniram
a mando do governador Antônio de Albuquerque e
Francisco Carvalho para expulsar os holandeses. A
derrota batava veio em agosto de 1625.
Após esse conflito ao holandeses seguiram para
Pernambuco, onde o governador Matias de
Albuquerque, objetivando deixá-los sem suprimentos,
incendiou os armazéns do porto e
entrincheirou-se.
Na Paraíba, por terem ajudado os holandeses, os
Potiguaras foram expulsos por Francisco Coelho.
Percebe-se nesse período a grande defesa da terra.
Temendo novos ataques, a Fortaleza de Santa
Catarina, em Cabedelo, foi reconstruída e guarnecida
e a sua frente, na margem oposta do Rio Paraíba, foi
construído o Forte de Santo Antônio.
Aos cinco dias de dezembro de 1632, comandados por
Callenfels, 1600 batavos desembarcaram na Paraíba.
Ocorreu um tiroteio, os holandeses construíram uma
trincheira em frente a fortaleza de Santa Catarina,
mas foram derrotados com a chegada de 600 homens
vindos de Felipéia de Nossa Senhora das Neves a
mando do governador.
Após esse acontecimento os brasileiros tentam
construir uma trincheira em frente a fortaleza. Os
holandeses tentam impedir, mas o forte resiste.
Incapazes de vencer, os batavos se retiram para
Pernambuco. Os holandeses decidem atacar o Rio
Grande do Norte, mas Matias de Albuquerque, 200
índios e 3 companhias paraibanas os impediram de
desembarcar.
Os holandeses voltam à Paraíba para atacar o Forte
de Santo Antônio, mas ao desembarcarem percebam a
trincheira levantada pelos paraibanos, fazendo com
que eles desistissem da invasão e voltassem ao Cabo
de Santo Agostinho.
Após um tempo os holandeses resolvem tentar invadir
a Paraíba novamente, pois ela representava uma porta
para a invasão batava em Pernambuco. Dessa forma, em
25 de novembro de 1634 partiu uma esquadra de 29
navios para a Paraíba.
Aos quatro dias de dezembro de 1634, bem preparados
os soldados holandeses chegam ao Norte do Jaguaribe,
onde desembarcaram e aprisionaram três brasileiros,
entre eles o governador, que conseguiu fugir.
No dia seguinte o resto da tropa holandesa
desembarcou aprisionando mais pessoas. No caminho
por terra para Cabedelo os batavos receberam mais
reforços.
Antônio de Albuquerque Maranhão enviou à Paraíba
tudo o que foi preciso para combater com os chefes
holandeses na região do forte. Enquanto isso,
Callabar roubava as propriedades. Vieram reforços do
Rio Grande do Norte e de Pernambuco. O capitão
Francisco Peres Souto assumiu o comando da fortaleza
de Cabedelo.
Apenas em 15 de novembro chegou à Paraíba o Conde
Bagnuolo, para auxiliar os paraibanos. Como os
paraibanos já encontravam-se em situação
irremediável, resolveram entregar o Forte de
Cabedelo e logo em seguida o Forte de Santo Antônio.
O Conde de Bagnuolo foi para Pernambuco; Antônio de
Albuquerque e o resto da tropa, juntamente com o
resto do povo, tentou fundar o Arraial do Engenho
Velho. Os holandeses chegaram com seus exércitos na
Felipéia de Nossa Senhora das Neves em 1634, e a
encontraram vazia. Foram então à procura de Antônio
de Albuquerque no Engenho Velho, mas não o
encontraram.
O comandante das tropas holandesas entendeu-se com
Duarte Gomes, que procurou a Antônio de Albuquerque,
que prendeu-o e mandou-o para o Arraial do Bom
Jesus. Depois, os holandeses mandaram libertar
Duarte Gomes.
No Engenho Espírito Santo, os nossos guerreiros
venceram os invasores, que eram chefiados por André
Vidal de Negreiros. Os paraibanos continuavam com a
idéia de querer expulsar os holandeses. Buscaram
forças para isso: arranjaram homens no Engenho São
João e contaram com o apoio de André V. de
Negreiros.
Quando os holandeses descobriram, também se
prepararam para o combate. Os paraibanos
reuniram-se em Timbiri, e depois seguiram para o
Engenho Santo André, onde foram atacados por Paulo
Linge e sua tropa.
Após várias lutas, morreram oitenta holandeses e a
Paraíba perdeu o capitão Francisco Leitão.
Os combatentes, que estavam recolhidos no engenho
Santo André, continuaram com as
provocações aos holandeses, tornando assim
complicada a situação de Pernambuco.
A fortaleza de Pernambuco estavam entregue aos
prisioneiros soltos por Hautyn. Francisco Figueroa
chegou para governar a capitania por um determinado
tempo. Em 1655, chegou João Fernandes Vieira para
assumir a Capitania da Paraíba.
Jerônimo de Albuquerque conquistou o Maranhão com a
ajuda de seu filho Antônio de Albuquerque Maranhão.
Em 1618, então este teve por herança o governo do
Maranhão, que teria a assessoria de duas pessoas
escolhidas pelo povo. Antônio não gostou muito de
seus auxiliares e os dispensou. Seguindo os
assessores seu próprio caminho, Antônio de
Albuquerque abandonou o governo do Maranhão e
casou-se em Lisboa, tendo desse casamento dois
filhos.
Antônio voltou ao Brasil em 1627, com a nomeação de
Capitão-Mor da Paraíba. A Capitania da Paraíba na
época da invasão holandesa Na época da invasão
holandesa, a população era dividida em dois grupos:
os homens livres (holandeses, portugueses e
brasileiros) e os escravos (de procedência
brasileira ou africana). Durante muito tempo de
domínio holandês no Brasil, não houve mistura de
raças.
Forma administrativa holandesa na Paraíba
Por uma década, a capitania da Paraíba teve como
administradores alguns governadores
holandeses: Servais Carpentier:Também governou o Rio
Grande do Norte, e sua residência oficial foi no
Convento São Francisco.
Ippo Elyssens:Foi um administrador violento e
desonesto. Apoderou-se dos melhores engenhos da
capitania.
Elias Herckmans:Governador holandês importante, que
governou por cinco anos.
Sebastian Von Hogoveen:Governaria no lugar de Elias
H., mas morreu antes de assumir o cargo.
Daniel Aberti: Substituto do anterior.
Gisberk de With:Foi o melhor governador holandês,
pois era honesto, trabalhador e humano.
Paulo de Lince:Foi derrotado pelos "Libertadores da
Insurreição", e retirou-se para Cabedelo.
Conquista para o Interior da Paraíba
Através de entradas, Missões de Catequese e
bandeiras, o interior da Paraíba foi conquistado,
principalmente após as invasões holandesas.
Os missionários pregavam o cristianismo nas suas
Missões, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos
índios e construíam colégios para os colonos.
Os missionários encontraram um planalto com uma
campina verde e um clima agradável. Um
aldeamento de índios cariris que se organizaram na
região deram-lhe o nome de Campina Grande.
Entre os missionários, destacou-se o Padre Martim
Nantes, cuja missão deu origem à vila de Pilar.
As Missões de Catequese foram as primeiras formas de
conquista do interior da Paraíba. Após elas foram
executadas bandeiras com a finalidade de capturar
índios.
O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo foi o homem
que comandou a primeira bandeira na
Paraíba. Esta bandeira se deu através do Rio Paraíba
e teve como destaque a fundação de um povoado
chamado Boqueirão. Esta primeira bandeira, apesar de
ter sido tumultuada, foi bem sucedida, uma vez que
Teodósio aprisionou vários índios. Teodósio é tido
como o grande
responsável pela colonização do interior da Paraíba.
Ele estabeleceu-se no interior e trouxe famílias e
índios para povoá-lo.
Os passos de Teodósio foram seguidos pelo
capitão-mor Luís Soares, que também se destacou por
suas penetrações para o interior. Um homem chamado
Elias Herckman procurou minas e chegou à Serra da
Borborama. Sua atitude (a de procurar minas) foi
seguida por Manuel Rodrigues.
O fundador da Casa da Torre, Francisco Dias D’ávila,
foi outro bandeirante que se destacou na
colonização da Paraíba. Entre as várias tribos
(caicós, icós, janduis, etc.) que se destacaram no
conflito contra conquista do interior paraibano, os
mais conhecidos são os sucurus, que habitavam
Alagoas de Monteiro. 3.3 Análise política, econômica
e social da capitânia nos séculos XVII e XVIII
Análise do governo
Na administração colonial do Brasil, foram
configurados três modalidades de estatutos
políticos: o das capitanias hereditárias, o do
governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba,
tivemos a criação da Capitania Real em 1574.
Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação,
esta capitania se tornou independente.
Entretanto, passados mais de sessenta anos, a
capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em
1o de janeiro de 1756.
Houve prejuízo nesta fusão para a capitania
paraibana, além de prejudicar o Real Serviço, em
virtude das complicações de ordem General de
Pernambuco, do governador da Paraíba e do Rio Grande
do Norte.
Por isto, em 1797, o governador da capitania,
Fernando Castilho dá um depoimento, descrevendo a
situação da Capitania Real da Paraíba à Rainha de
Portugal. Em 11 de janeiro de 1799, pela Carta
Régia, a Capitania da Paraíba separou-se da de
Pernambuco.
O interior da capitania foi devastado por
bandeirantes, que penetravam até o Piauí. Entretanto
a conquista do Sertão foi realizada pela família
Oliveira Ledo. Outro fato político foram as
constantes invasões de franceses a mando da própria
coroa francesa.
A invasão holandesa e a Guerra dos Mascates, em que
a Paraíba esteve sempre presente com heroísmo de
seus filhos, tiveram a sua conseqüência política,
uma vez que estimulou o sentimento nacionalista dos
paraibanos.
Análise Econômica
Na época colonial, a Paraíba ofereceu no aspecto
econômico um traço digno de registro. Entre os
principais produtos e fontes de riqueza,
destacavam-se o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o
algodão e o comércio de negros.
O pau-brasil, proveniente da Ásia, era conhecido
como ibira-pitanga pelos índios. O seu valor como
matéria prima de tinturaria foi atestado na Europa e
na Ásia. Daí a sua importância econômica. Pernambuco
e Paraíba figuravam entre os pontos do Brasil onde a
ibira-pitanga era mais encontrada.
A cana-de-açúcar, que foi a principal riqueza da
Paraíba com os seus engenhos, veio do Cabo
Verde. Foi plantada inicialmente na Capitania de
Ilhéus. A cana não se aclimatou na Europa. Na idade
média o açúcar era um produto raro de preço
exorbitante. Figurava em testamento no meio das
jóias.
Isto provou bem a importância do açúcar, de que
resultou o desenvolvimento e progresso das
colônias brasileiras. Na primeira década da fundação
da Paraíba, já se encontravam dez engenhos montados.
Desde 1532 que entrava na capitania este produto
armazenado nos celeiros, na feitorias de
Iguarassú. Os franceses já traficavam com o algodão.
Entretanto a economia do "ouro branco" só se
desenvolveu no século XVIII. Aqui na capitania o
algodão teve uma suma importância na
balança da economia.
Na Paraíba o rebanho de gado vacum também teve
importância econômica. Não foi ele somente utilizado
como fonte de subsistência entre nós. Entrou nos
engenhos como impulsionador das moendas. Teve o gado
a sua fase áurea durante a "idade do couro", quando
tudo se fazia com o couro com fins comerciais;
móveis, portas, baús, etc.
O Tráfico de Escravos
No início da colonização, começaram a ser
introduzidos no Brasil os escravos. A data é omissa,
mas presume-se que tenham vindo primeiro com Martim
Afonso de Souza para a Capitania da São Vicente.
Na Paraíba, o empreendimento do comércio de negros
iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559, da
Regente Catarina permitindo aos engenhos comprar
cada um doze (12) escravos.
O escravo era mercadoria cara. Seu valor médio
oscilava entre 20 e 30 libras esterlinas.
Análise Social; Igrejas
Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia,
composta apenas por nobres. Alguns nobres de
Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que
ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem,
fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo,
desfrutando de tudo.
Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a
nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças
analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos.
Havia também outras classes sociais, compostas por
comerciantes e aventureiros, que enriqueciam
rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo
chegar a fazer parte da nobreza. Os integrantes da
máquina administrativa constituíam outra classe.
Eles eram considerados os homens bons, viviam
uniformizados.
O fator mais importante para a sociedade foi a
Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.
As principais igrejas que acompanharam a Paraíba no
tempo colonial foram:
A matriz de Nossa Senhora das Neves
Igreja da Misericórdia
Igreja das Mercês
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Capela de Nossa Senhora da Mãe dos Homens
Igreja do Bom Jesus dos Martírios.
Revoltas em que a PB Participou
Guerra dos Mascates:A Guerra dos Mascates foi uma
guerra civil, ocorrida em Pernambuco, no século
XVIII, mais propriamente em Olinda, sede do governo
pernambucano na época.
Ocorreu que houve indignação contra a elevação de
Recife à categoria de vila, a pedido da
população de Recife, composta por comerciantes
portugueses chamados Mascates que aspiravam por uma
maior autonomia.
Nesta época a economia nordestina entrava em
declínio, pois os preços do açúcar estavam baixando
no mercado mundial e haviam descoberto as Minas
Gerais. Muitos senhores de engenho deviam dinheiro
aos mascates. Em 1707 o povoado de Recife foi
elevado a vila, o que provocou revolta em Olinda.
Alguns olindenses ocuparam Recife e elegeram um novo
governador a seu favor; Olinda ocupou Recife por
três meses.
João da Mata, um mascate, adquiriu o apoio do
governador da Paraíba, João da Maia Gama, para
desforrar-se dos senhores de engenho. Desta forma os
mascates aprisionaram o governador pernambucano.
Após este fato entrou um novo governador no poder
(Félix José Machado de Mendonça), que a princípio
foi imparcial, mas que em seguida ficou ao lado dos
mascates, os quais saíram vencedores desse conflito.
Revoluções Liberais: A passagem do século XVIII para
o XIX foi marcada pelo surgimento de
idéias revolucionárias. No mundo surgia o estilo
literário conhecido como Realismo/Naturalismo,
que procurava descrever as classes inferiores e
mostrar os aspectos mais degradantes e cruéis da
sociedade. Na Paraíba as idéias revolucionárias
foram estimuladas pela marçonaria.
O mundo todo se baseava no ponto de vista
científico. Temos como exemplo o padre Manoel
Arruda, que começou a pesquisar a fauna e a flora
nordestina.
Todas estas idéias liberais provocaram um surto
revolucionário, no qual podemos citar as
revoluções de 1817, 1824 e 1848, todas com
tendências republicanas, federalistas e
democráticas. Revolução de 1817:Este movimento de
caráter republicano e separatista, surgiu na
Província de Pernambuco e logo se espalhou pelas
províncias de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte
e Ceará.
Influenciados pela Revolução Francesa e polo exemplo
de República norte-americano, os revoltosos queriam
emancipar o Brasil. Quando a revolta estourou os
revoltosos instalaram um governo provisório
republicano. Porém o Governo Geral não perdeu tempo.
Quatro meses depois os líderes da revolta foram
condenados à morte e a revolução contida.
Como líderes da revolução podemos citar Domingos
José da Silva (comerciante) e os paraibanos
militares Peregrino de Carvalho e Amaro Gomes.
Revolução Praieira:Esta revolta durou apenas cinco
meses e ocorreu na província de Pernambuco entre
1848/49.
Ela foi influenciada pelo espírito de 1848 que
dominava a Europa. Esta revolta consiste não apenas
em um movimento de protesto contra a política
Imperial, mas num movimento social que pretendia
estabelecer reformas.
Dentre outras exigências feitas pelos revoltosos,
podemos citar: a divisão dos latifúndios; a
liberdade de imprensa; emocracia; fim da importação
de indústrias têxteis; fim do domínio português
sobre o comércio de Recife; fim da oligarquia
política, entre outros.
Os revoltosos eram os liberais adversativos dos
conservadores (grandes latifundiários e
comerciantes portugueses). O principal jornal
liberal em Recife tinha sua localização na Rua da
Praia.
Por causa disto, os liberais ficaram conhecidos como
praieiros. A revolução iniciou-se com choques entre
os liberais e conservadores de Olinda, ao sétimo dia
do mês de novembro de 1848. Em 1849 os revoltosos
atacaram Recife, mas fracassaram. Depois de ter sido
derrotado pelas tropas do Brigadeiro Coelho, em
Pernambuco, Borges da Fonseca continuou a lutar na
Paraíba. Outros líderes foram torturados ou
assassinados. Este foi o último movimento
revolucionário do Império.
Confederação do Equador: Esta revolta surgiu com a
atitude autoritária de D. Pedro I, o qual
dissolveu a Assembléia Constituinte. Esta situação
agravou-se quando D. Pedro I quis substituir
Manoel Pais de Andrade, governador da província,
ex-revolucionário, que gozava de grande
popularidade entre os pernambucanos, por uma
apadrinhado seu (Francisco Reis Barreto).
Desta forma, as câmaras municipais de Olinda e
Recife se declararam contrárias ao governo de
Barreto. Em 2 de julho de 1824, Pais de Andrade se
empenhou na revolta, pedindo apoio às outras
províncias nordestinas. Seu objetivo era reunir as
províncias do Nordeste em uma república, denominada
de Confederação do Equador.
Foram mandados emissários às províncias da Paraíba,
Rio Grande do Norte e Ceará. Porém a
repressão sobre esta revolta foi intensa. D. Pedro I
enviou navios de guerra para derrotá-la. Após a
derrota das tropas republicanas de Pernambuco, as
outras províncias se enfraqueceram e foram
derrotadas.
Seus líderes foram todos executados, entre eles Frei
Caneca, que morreu fuzilado, pois ninguém tinha
coragem de enforcá-lo. Revolta dos Quebra-Quilos:
Ocorrida em 1874, ficou assim conhecida pela
modificação que provocou no sistema de pesos e
medidas, fato este que provocou uma grande revolução
na Paraíba. Esta revolta causou muitas prisões,
inclusive a do padre de Campina Grande (Calisto
Correia Nóbrega).
Ronco da Abelha:A revolta do ronco da abelha se deu
nos sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba,
em 1851, com o intuito de fazer o controle sobre os
trabalhadores, visto que, com a queda do tráfego
negreiro, os homens livres foram trabalhar.
Princesa Isabel Frente de oposição ao presidente
João Pessoa, na cidade de Princesa Isabel,
Paraíba. Teve como líder José Pereira, que possuía
amizades influentes no Estado. Coluna Prestes Foi um
movimento iniciado por alguns políticos que estavam
descontentes com o
governo do presidente do Rio Grande do Sul, e velhos
participantes da Revolta Federalista de 1893. Seus
principais líderes foram: Luís Carlos Prestes,
Miguel Costa e Juarez Távola.
Os integrantes da Coluna, apesar de todas as
dificuldades, conseguiram romper as barreiras do
sul. Ao final, a Coluna se retirou para a Bolívia, o
Paraguai e a Argentina.
Revolução de 30:Representou o acontecimento mais
importante em toda a história da Paraíba. A
liderança da Paraíba foi para frente a partir do
memento em que João Pessoa recusou aceitar a
candidatura de Júlio Prestes à presidência da
república.
Tudo piorou com o levante de Princesa, que contou
com o apoio de todos os coronéis do açúcar e do
algodão, entre outros fatores que contribuíram para
o agravamento da situação.
Logo após esse acontecimento, veio a morte do
presidente da Paraíba, João Pessoa. A revolução se
espalhou por diversos lugares (Nordeste do Maranhão
à Bahia).
Sítios Arqueológicos da PB
Em se tratando de arqueologia, a Paraíba possui um
potencial invejável. No município de Ingá,
encontra-se o sítio arqueológico mais visitado do
Estado, conhecido como Pedra do Ingá, onde estão
gravadas, na dura rocha, no leito de um rio, dezenas
e dezenas de inscrições rupestres, formando
fantásticos painéis com mensagens até hoje não
decifradas.
Embora ainda fazendo parte do desconhecido, os
achados da Pedra do Ingá estão já há bastante tempo
catalogados por notáveis arqueólogos como um dos
mais importantes documentos líticos, motivando
permanente e incessantes pesquisas, que buscam
informações mais nítidas sobre a vida e os costumes
de civilizações passadas.
Seriam as itacoatiaras do Ingá manifestações dos
deuses? O que estes antepassados quiseram
transmitir, com suas inscrições sincronizadas,
esculpidas na rocha? As respostas vêm sendo tentadas
por arqueólogos, antropólogos, astrônomos e
ufólogos, que chegam de várias partes do mundo,
interessados em desvendar esses mistérios.
O destaque do Sítio Arqueológico são três painéis de
riquíssima arte rupestre. Existem sulcos e pontos
capsulares seqüênciados, ordenados, que lembram
constelações, serpentes, fetos e variados animais,
todas parecendo o modo que os indígenas ou os
visitantes de outras latitudes tinham para anunciar
idéias ou registrar fatos e lendas. O bloco
principal, de 24 metros de comprimento por cerca de
4 metros de altura, divide o rio Ingá de Bacamerte
em dois, durante o inverno. No verão, o rio corre
por trás das inscrições.
No sítio arqueológico de Ingá surgiu um Museu de
História Natural, que acolhe cerca de duas
dezenas de fósseis de animais que aí viveram,
retirados do sítio Maringá e em Riachão do
Bacamarte. O sítio arqueológico de Ingá é ainda uma
reserva ecológica da biosfera da caatinga, onde
encontram-se diversas espécies de árvores, entre
elas uma velha baraúna, com mais de 100 anos de
vida. Curiosamente, a ingazeira, espécie de árvore
que inspirou o nome da cidade, desapareceu a mais de
40 anos. A prefeitura de Ingá está trazendo da
cidade de Areia várias mudas de ingazeira, a fim de
restaurar um pouco da história local.
No alto sertão, mais propriamente no município de
Sousa, encontra-se o Vale dos Dinossauros, uma vasta
área onde estão registradas inúmeras pegadas
fossilizadas de animais pré-históricos,
transformadas em rochas pela ação do tempo.
Localização
A Paraíba se encontra localizada no leste da região
Nordeste. Com uma área de 56.584,6 Km², o Estado se
caracteriza como um dos menores do país. Por ser
cortado pelo Planalto da Borborema, a região
sertaneja do Estado possui um clima extremamente
seco, característico do sertão nordestino. Isso
ocorre porque o Planalto da Borborema impede a
passagem de massas de ar que iriam provocar chuvas
no interior.
Limites
A Paraíba possui, entre seus extremos, a Ponta do
Seixas , importante ponto turístico da capital do
Estado. Localizada na praia do Cabo Branco, a Ponta
do Seixas é o local que marca o ponto mais oriental
das Américas. Este local marca o limite do Estado
para o leste, onde o mesmo se encontra com o Oceano
Atlântico.
Já à oeste, a Paraíba se limita com o Estado do
Ceará, cuja capital é Fortaleza. Ao norte, o Estado
se limita com o Rio Grande do Norte, que tem Natal
como capital. Finalmente, ao sul, a Paraíba se
limita com o Estado de Pernambuco, cuja capital é
Recife.
Microregiões
Microregiões Homogêneas
CIDADE KM
Catolé do Rocha 2.952 Km²
Seridó Paraibano 2.669 Km²
Curimataú 2.755 Km²
Piemente da Borborema 2.345 Km²
Litoral da Borborema 2.345 Km²
Sertão de Cajazeiras 5.567 Km²
Depressão do Alto Piranhas 12.409 Km²
Brejo Paraibano 1.105 Km²
Agro Pastoral do Alto Paraíba 1.698 Km²
Serra do Teixeira 3.043 Km²
Relevo
As terras que formam a Paraíba não apresentam a
mesma forma em todo o Estado. A baixada
litorânea possui altitudes que variam entre 0 e 10
metros e tem as seguintes formas de relevo:
I - As praias: Depósitos arenosos ou terras de
várzeas, que ficam junto às embocaduras dos rios que
lançam suas águas no Oceano Atlântico.
II - Restingas: Depósitos arenosos em forma de
língua ou flecha.
III - Dunas: São montes de areia formados pela ação
dos ventos.
IV- Mangues: São planícies de marés com vegetação
formada por árvores e arbustos.
Os tabuleiros variam de altitude de 20 a 30 metros,
havendo alguns com até 200 m. São formados pelo
acumulo de terras provenientes de lugares mais
altos. São terras altamente férteis e próprias para
o cultivo da cana-de-açúcar.
As planícies aluviais correspondem aos grandes vales
formados pelos rios Paraíba e Mamanguape, que cortam
os tabuleiros.
O Planalto da Borborema constitui a parte mais
elevado do relevo paraibano, cruza a Paraíba de
Nordeste a Sudeste, com presença de várias serras,
com altitude variando entre 500 e 650 metros. Entre
as principais serras, podemos destacar a da Araruna,
Viração, Caturité, Teixeira, Comissária e outras.
Na Serra de Teixeira fica o Pico do Jabre, o ponto
mais elevado da Paraíba, com mais de 1.000 metros de
altitude. A depressão sertaneja se inicia em Patos,
após a serra da viração. Constituem um conjunto de
terras baixas, ocupando uma área extensa entre a
Borborema e as terras situadas nos estados vizinhos.
Clima
A Paraíba situa-se à faixa tropical do hemisfério
sul, pois está a uma latitude de 7° próximo ao
Equador, porém existem desvios significativos no
sentido leste-oeste dos ventos, provocados pelas
regiões planálticas.
A região situada próximo ao Equador recebe uma alta
radiação energética, que corresponde a
3.000 horas de insolação anual, determinando um
clima quente e úmido, com temperatura média anual de
46°C e subindo conforme o desmatamento avança.
Percebe-se também pequenas diferenças térmicas
influenciadas pelo relevo.
A Paraíba situa-se dentro das faixas dos ventos do
Sudeste (alísios), porém estes ventos sofrem desvios
relevantes devido à presença de áreas serranas, mais
ou menos transversais à direção destes ventos, o que
evidenciam sobre a força e a continuidade da massa
de ar. Este fato determina uma zona de chuvas
abundantes na parte oriental, no inverno; uma zona
de chuvas escassas na parte central, no verão e uma
zona de chuvas menos escassas na parte ocidental no
verão e outono.
O total pluviométrico de 400 a 1.000 mm, juntamente
com o período de seca, possuem grande
influência na atividade agropecuária da Paraíba,
este nível esta baixando a cada ano levando o estado
ao deserto.
Podemos concluir que as regiões mais próximas do mar
estão sob o domínio do clima quente e
úmido. A partir que distanciam-se do litoral as
regiões passam a ter o predomínio de climas
quentes e secos e deserticos.
Hidrografia
A mais forte característica dos rios paraibanos é o
fato de a maioria serem temporários, ou seja,
diminuem bastante de volume ou mesmo secam nos
períodos de saca, principalmente no sertão, o que
complica a agricultura na região.
As principais bacias hidrográficas da Paraíba são a
do rio Piranhas, a do Paraíba, a do Curimataú, a do
Camaratuba, a do Mamanguape, a do Miriri, a do
Gramame e a do Abiaí.
A principal bacia de todas é a do rio Piranhas, que
nasce na serra do Bongá, na fronteira com o Estado
do Ceará. Ele tem uma relevante importância para o
Estado, uma vez que através da
barragem de Mãe D'Água, em Coremas, viabiliza a
irrigação de muitas terras. O Rio Paraíba, o mais
famoso do Estado, nasce na serra de Jabitacá, em
Monteiro, no Planalto da Borborema. Todos os rios
assoreados, contaminados e com sérios riscos de
extinção.
População
No final da década de 70 e início de 80, a Paraíba
possuía uma população de 2.770.176 habitantes. Um
novo recenseamento, realizado em 1996, revelou uma
população total de 3.305.562 habitantes, sendo
1.598.372 homens e 1.707.190 mulheres.
A população descendo do elemento branco, que era o
português colonizador, do negro, procedente da
África como escravo para trabalhar na agricultura, e
o índio, de origem local.
A população é essencialmente mestiça, resultante da
miscigenação dos três grupos étnicos:
Mulato: Mistura do branco com o negro. Predominante
no litoral do Estado. Caboclo: Mistura do branco com
o índio, predominante no interior do Estado. O
cafuzo: Mistura do negro com o índio. Este é mais
raro.
A Paraíba ocupa o 4° lugar no Nordeste em população
absoluta, com uma densidade demográfica de 58,63
hab/Km².
O litoral tem as maiores densidades do Estado, com
300 hab/Km², observados na grande João
Pessoa, por ser uma área mais urbanizada e
polarizadora. O Agreste e o Brejo vêm depois com
densidades entre100 e 300 hab/Km², seguido do
Sertão, com densidades entre 10 e 25 hab/Km²,
elevando-se para 50 hab/Km² em algumas regiões
urbanas.
Em 1970, a população paraibana se encontrava, na sua
maioria, no campo. Havia 58% de
habitantes no campo, contra 42% nas cidades. Em
1980, o quadro já havia se invertido (42% rural e
58% urbana). Essa mudança, que ocorreu em todo o
país nesse período e que tende a evoluir, é
proveniente do êxodo rural, onde famílias inteiras
saem do campo e vão para as cidades a procura de
melhores condições de vida.
Entre os anos de 70 e 80, houve redução de pessoas
no setor primário, de 64,83% para 49,99%, o que só
veio a confirmar a transferência da população do
campo para as cidades. Durante este período,
verificou-se um crescimento do setor terciário, de
26,44% para 36,96%. Isto se justifica pelo fato de
as pessoas provenientes do campo trabalharem nas
cidades justamente neste setor.
De acordo com o censo de 1980, 54,5% da população
possuía entre 0 e 19 anos, 37,8% entre 20 e 59 anos
e 7,7% com 60 anos ou mais. Já o censo de 1989
mostrou um declínio da população jovem para 48,4%, o
aumento da população adulta para 42,2% e dos idosos
para 9,4%.
Os principais órgãos públicos que auxiliam o governo
são:
Telpa:Telecomunicações da Paraíba, responsável pelos
serviços telefônicos; Paraiban:Banco do Estado da
Paraíba S/A. Foi fechado pelo Banco central e
reaberto no goveerno de Ronaldo Cunha Lima;
Cagepa:Companhia de Água e Esgoto da Paraíba;
Ceasa:Centrais de Abastecimento Sociedade Anônima,
responsável pelo abastecimento agrícola;
Saelpa:Sociedade Anônima de Eletrificação da
Paraíba, responsável pelo abastecimento de energia
elétrica no Estado, com exceção de Campina Grande,
onde o serviço é prestado pela Celb; Ipep:Instituto
de Previdência do Estado da Paraíba, responsável
pela assistência médica, benefícios e aposentadorias
dos trabalhadores estaduais;
Cehap:Companhia Estadual de Habilitação Popular,
responsável pela habilitação das pessoas mais
pobres;
Pbtran:Batalhão da Polícia de Trânsito;
ECT:Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Para coordenar as atividades comerciais, agrícolas,
sociais e políticas, a fim de melhorar as
condições de vida da população, o poder é dividido
em três:
Poder Legislativo:Exercido pelos deputados
estaduais, eleitos pelo povo como seus
representantes, durante um período de 4 anos. Poder
Judiciário:Exercido pelo Tribunal de Justiça, por
meio dos desembargadores e juizes. Poder Executivo:
Exercido pelo governador do Estado, que atua por 4
anos.
Aspectos Econômicos
Sob o ponto de vista econômico, considerando a
P.E.A. (população economicamente ativa)
correspondente aos setores econômicos, percebe-se
que está ocorrendo uma redução no número de pessoas
ocupando o setor primário paraibano, o que confirma
a saída da população do campo.
Enquanto isso, nas cidades, o setor terciário está
sofrendo aumento gradativo, ao receber a
população proveniente do setor primário.
A debilidade da indústria no Estado mostrou uma
redução nos percentuais da população
pertencente ao setor secundário entre as décadas de
70 e 80. A indústria, em 1995, teve uma
crescimento de 7,7% e sua produção de 2,6%, que por
pouco não se nivelou ao crescimento líquido
demográfico.
Apesar da população paraibana continuar participando
cada vez menos do setor primário, este
ainda representa a base da economia do Estado. Os
principais produtos agrícolas paraibanos são:
Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba se destaca como o
maior produtor, tendo grande importância para a
exportação. O abacaxi é cultivado em Sapé, Mari e
Mamanguape. Sisal Nos anos 50 e 60 foi o principal
produto agrícola paraibano. Hoje ocupa o terceiro
lugar na exportação estadual.
Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica,
pois dela se fabrica o álcool usado como
combustível. As principais áreas de cultivo são os
vales, os tabuleiros e o litoral.
Algodão: Na região sertaneja, ocupa lugar de
destaque. Essa cultura já representou o principal
produto agrícola paraibano.
Mandioca, milho e feijão:São culturas de
subsistência. Na produção animal, destacamos os
rebanhos: Bovino:Sua produção se destina basicamente
a alimentação local. Localiza-se mais intensamente
no Agreste e no Sertão.
Suíno:Com a melhoria das técnicas de criação, o
rebanho vem apresentando um crescimento.
Localiza-se no Cariri e no Sertão.
Caprinos e Ouvinos: Fornece carne e leite.
Localiza-se nos Cariris e no Sertão. Eqüinos,
Asininos e Muares: Destinados ao transporte.
Percebe-se que a pecuária é praticada de forma
extensiva na Paraíba.
Aspectos Sociais
Nosso povo surgiu na mistura das raças branca, negra
e índia. Esta última já habitava a região.
A população da Paraíba é essencialmente mestiça, o
que resulta da união de três etnias: a mulata, a
cabocla e a cafuza.
A Paraíba é o Estado mais pobre do Brasil, mas
atualmente o governo do estadual está com a
iniciativa de gerar empregos, trazendo indústrias do
sul do país como, por exemplo, podemos citar a
Embratex (indústria têxtil implantada em Campina
Grande há pouco tempo).
Aspectos Culturais
Folclore
As manifestações folclóricas e populares existem em
grande quantidade na Paraíba. Tais
manifestações fazem parte da cultura do Estado
paraibano. Dentre estes acontecimentos, podemos
citar:festas de padroeiro, festas natalinas,festas
juninas, casamentos, batizados, noivados, festas de
ano novo, festas de caráter religioso, vaquejadas,
exposições agropecuárias, festas do calendário
cívico, entre outras.
Artesanato
Literatura transmitida de pessoa a pessoa, que se
conserva na memória do povo. Fazem parte
desta literatura: as anedotas, a cantoria de viola,
a glosa, a parlenda, o folheto de cordel, o
provérbio, advinha, etc.
Anedota: Tipo de estória curta, que tem por
finalidade provocar risos em alguém.
Cantoria:Atividade própria do poeta-cantador. A
cantoria sofreu codificações desde o seu
surgimento até hoje, e atrai muitas pessoa para
vê-la.
Parlenda:Poema feito em versos curtos, geralmente
utilizados para distrais crianças.
Provérbio:Sentença breve, criada pelo povo. Tem por
finalidade mostrar a experiência humana.
Advinha: Tipo de passatempo divertido.
Festas Populares
Na Paraíba, as festas cívicas e populares são
comemoradas pela população com grande entusiasmo.
Os paraibanos aprenderam a festejar acontecimentos
religiosos com os portugueses, tendo
influência também dos indígenas.
Os festejos populares realizados em homenagem aos
padroeiros servem para reencontrar pessoas que não
se vinham a muito tempo, especialmente familiares
que vêm de outras localidades para fazer uma visita
à sua terra natal. Esses festejos também servem para
o divertimento da população.
As principais festas populares são:
Festa da Luz, em Guarabira;
Festa da Guia, em Patos;
Festa do Rosário, que ocorre em Pombal e Santa
Luzia.
O autor
Leandro de Lima Lira nasceu no dia 11 de maio de
1981, em Campina Grande. É graduando em Ciências da
Computação (UFCG) e Direito (UEPB), ambos com
ingresso em 1999. Possui o Curso de Formação de
Alfabetizadores de Jovens e Adultos do Projeto
BBeducar, promovido pela Fundação Banco do Brasil,
em Campina Grande; Abril de 2001. Curso PCN em AÇÃO,
promovido pela Secretaria Municipal de Educação de
Campina Grande; 2001 e 2002. Em 1997, quando ainda
estudava no 2º ano do Ensino Médio do Colégio
Imaculada Conceição (Damas), em Campina Grande, PB,
elaborou a monografia de História da Paraíba,
juntamente com Aluízio Jácome, Andréia Benari
Oliveira, Camila Azevêdo e Érica Samara.
Referencia;
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