Congresso dos EUA aprova
reforma na polêmica vigilância da NSA
O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma ampla
reforma nos programas de vigilância da Agência de
Segurança Nacional. A votação foi nesta terça-feira
Congresso dos EUA reforma polêmica lei de vigilância
da NSA
Washington, 2 jun (EFE).- O Congresso dos Estados
Unidos aprovou nesta terça-feira a reforma da lei de
vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA),
após duas semanas de debate no Senado que fizeram
com que partes do polêmico "Patriotic Act"
expirassem na noite de domingo.
O Senado finalmente aprovou hoje seu consentimento à
lei de reforma conhecida como "Lei de Liberdade dos
EUA" sem nenhum tipo de emenda, e agora ela só
necessita da rubrica do presidente americano, Barack
Obama, para entrar em vigor com as remodelações
correspondentes.
Após a divulgação do resultado da votação no Senado,
o próprio Obama emitiu um comunicado em que
comemorou a aprovação da Lei de Liberdade e afirmou
que a assinará assim que chegar em seu escritório.
"A aplicação desta legislação fortalecerá as
garantias das liberdades civis e dará mais segurança
ao público nestes programas", indicou o presidente,
que qualificou de "desnecessário" o tempo que a lei
demorou a ser reformada e de "indesculpável" que ela
expirasse durante alguns dias.
Desta maneira, os EUA continuarão com suas práticas
de vigilância, mas não será o governo que compilará
a informação dos cidadãos, tarefa que caberá agora
às companhias telefônicas, que deverão ser
especificamente entregues caso sejam requeridas por
motivos de segurança.
Com 67 votos a favor e 32 contra, a votação pôs fim
a duas semanas de desacordos entre duas facções da
oposição republicana, apesar do texto original ter
sido aprovado de maneira arrasadora e bipartidária
na Câmara dos Representantes.
Inclusive o presidente da Câmara baixa, o
republicano John Boehner, e o próprio Obama,
entraram num acordo para apoiar a reforma do
"Patriotic Act", uma situação excepcional dada a
polarização que existe entre o Congresso, controlado
pelos republicanos, e a Casa Branca, democrata.
Os empecilhos para a aprovação do texto foram
protagonizados por dois republicanos, o líder da
maioria no Senado, Mitch McConnell, e o senador e
pré-candidato presidencial Rand Paul, mas por razões
bem diferentes.
Enquanto Paul é um firme crítico da espionagem em
massa executada pelos Estados Unidos desde 11 de
setembro, amparada por essa legislação, McConnell
pretendia que ela se mantivesse como está, incluindo
a polêmica capacidade do governo de compilar dados
dos usuários.
Diante do fracasso em levar adiante sua opinião e o
vencimento da própria lei que defendia, McConnell
cedeu aceitar a nova legislação, mas introduziu
várias emendas para "garantir que os programas de
vigilância funcionem corretamente".
A apresentação dessas modificações indicava a
necessidade de um atraso até maior para a reativação
da lei de vigilância, já que o texto deveria ter
voltado à Câmara dos Representantes, no entanto
todas as emendas foram derrubadas hoje pelo
senadores.
"Há um grande número de nós que sente totalmente que
se trata de um enfraquecimento significativo das
ferramentas iniciadas por causa do 11/9 para
proteger o país", disse McConnell.
A primeira de suas emendas, rejeitada em uma votação
de 42 votos a favor e 56 contra, pretendia mudar a
estrutura de um novo grupo de especialistas criado
pela "Lei de Liberdade dos EUA" e cedê-la ao
Tribunal Secreto de Vigilância de Inteligência
Estrangeira, encarregado até agora de revisar a
coleta de dados.
A segunda emenda, rejeitada por 44 a 54, teria
atrasado o tempo de transição da NSA para encerrar
seu programa de registros telefônicos de seis meses
para um ano, embora os funcionários da agência
tenham assegurado que seis meses era tempo
suficiente para passar para um novo sistema.
A emenda final teria imposto novos requisitos às
empresas de telefonia, agora encarregadas de
armazenar os dados, e obrigado o diretor de
inteligência nacional, James Clapper, a certificar
que o governo não perderia informação crítica ao
renunciar ao recolhimento da informação.
Os legisladores da câmara dos representantes,
incluídos os do próprio Partido Republicano,
derrubaram cada possibilidade de mudança no projeto
de lei, que teve 338 votos a favor e somente 88
contra.
A expiração da legislação, cujas práticas foram
reveladas pelo ex-contratado pelo governo americano,
Edward Snowden, há dois anos, reabriu o debate sobre
a busca de equilíbrio entre a segurança nacional e a
liberdade e a privacidade das pessoas, o que esta
reforma alcançou, para a maioria dos congressistas e
também do próprio Obama. EFE
Veja mais informações sobre o que faziam os
políticos americano até serem denunciados por Edward
Snowden
Agência de Segurança Nacional (em inglês: National
Security Agency - NSA) é a agência de segurança dos
Estados Unidos, criada em 4 de novembro de 1952 com
funções relacionadas a Inteligência de sinais
(SIGINT), incluindo interceptação e criptoanálise.
Também é um dos órgãos estadunidense dedicados a
proteger as comunicações americanas. A NSA é parte
do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
A NSA durante algum tempo após sua criação era tão
secreta que o governo americano negava sua
existência. Por isso, recebeu alguns "apelidos": No
Such Agency (algo como não há tal agência), Never
Say Anything (nunca diga nada, ou nunca diga alguma
coisa) ou em português "Ninguém Sabe dessa Agência".
Em 1982, apos vários anos de pesquisas e coleta de
informações, o jornalista James Bamford,
especialista na história da NSA e no sistema de
vigilância americana, publicou o livro The Puzzle
Palace e nele revelou ao publico e documentou pela
primeira vez a existência da Agência de Segurança
Nacional (NSA). Ate então, e as atividades da
agencia e mesmo a existência da agencia eram negadas
pelo governo americano.
Em 5 de junho de 2013 , o jornalista americano Glenn
Greenwald através do The Guardian e juntamente com
vários outros jornais incluindo o The New York
Times, The Washington Post, Der Spiegel, iniciou a
publicação das revelações da vigilância global
americana que inclui inúmeros programas de
vigilância eletrônica ao redor do mundo, executados
pela Agência de Segurança Nacional (NSA).
Um dos primeiros programas revelados foi o chamado
PRISM. Os programas de vigilância que vieram as
claras através dos documentos fornecidos por Edward
Joseph Snowden, técnico em redes de computação que
nos últimos quatro anos trabalhou em programas da
NSA entre cerca de 54 mil funcionários de empresas
privadas subcontratadas - como a Booz Allen Hamilton
e a Dell Corporation. Os documentos revelados por
Snowden mostram a existência de os inúmeros
programas visando a captação de dados, e-mails,
ligações telefônicas e qualquer tipo de comunicação
entre cidadãos a nível mundial.
Através da publicação desses documentos foi trazida
ao conhecimento publico a vasta dimensão do sistema
de Vigilância global americano . A coleta de dados,
descrita por Snowden, começou em 1992, durante a
administração do presidente George H. W. Bush[8] ;
embora, a CIA já fizesse espionagem industrial desde
os anos 80, a NSA massificou a espionagem industrial
e financeira com o avanço da tecnologia.
Espionagem do Brasil
No Brasil, o programa Fantástico do dia 8 de
Setembro de 2013, baseado em documentos fornecidos
por Snowden a Greenwald, revelou que a NSA vem
espionando a Petrobrás com fins de beneficiar os
americanos nas transações com o Brasil.
Ainda em 2013, em reportagem com a jornalista Sônia
Bridi Grenwald revelou que além de grandes empresas
como a Petrobrás, o presidente do Brasil, foi
espionado pelo governo americano.
A partir de então, as revelações têm se tornado mais
alarmantes a cada dia e têm provocado reação em
todos os países do mundo e na comunidade de
especialistas em proteção da Internet.
Elas vão desde a participação nos programas de
vigilância de empresas como Google, Facebook,
Microsoft, a contaminação de computadores no mundo
todo e a quebra dos códigos de criptografia da
internet, fazendo toda a internet vulnerável a
ataques tanto pela NSA americana como por pedradores
e criminosos.
A "administração" de Obama defendeu as atividades
terroristas do governo americano afirmando serem:
“uma ferramenta fundamental para proteger a nação de
ameaças terroristas, encerra”. Mas para
especialistas, esta não é e nunca foi à finalidade
dos políticos americanos, mas sim, roubarem ideias e
projetos em massa, para ajuda-los eles tem em mãos o
sistema operacional mais usado do planeta, como
também os maiores sites de pesquisa como, Google,
Facebook e MSN.
Alguns Países como Rússia e Alemanha prometem
processar e até banir estes dois gigantes que se
tornaram espiões e ladrões da riqueza de
informações, como também invasão de privacidade de
seus usuários.
"Do ponto de vista das liberdades civis, o programa
não poderia ser mais alarmante. É um programa em que
um número incontável de pessoas inocentes foram
colocados sob a vigilância constante de agentes do
governo americano.
É além de orwelliano, e fornece uma evidência
adicional da dimensão em que direitos democráticos
básicos estão sendo destruídos em segredo para
atender as demandas dos órgãos de inteligência
irresponsáveis".
(com conteúdo de EFE e Wikipédia)
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