Apps ameaçam privacidade dos brasileiros, afirma Symantec
São Paulo -- Você deixaria um aplicativo móvel monitorar sua localização em troca de poder usar o
app de graça? A Symantec fez uma pesquisa e descobriu que 36% das pessoas responderiam sim a essa
pergunta. Muitas outras acabam compartilhando sua localização sem perceber.
A pesquisa, chamada Norton Mobile Insight, foi feita no final do ano passado com 6 mil usuários de
smartphones em nove países, incluindo o Brasil. A Symantec diz que 68% dos entrevistados estão
dispostos a ceder informações pessoais em troca de poder usar um app gratuitamente. Considerando só o
Brasil, o número sobe para 74%.
Para chegar aos 68%, a empresa somou os usuários que cederiam sua localização (36%), os que estão
dispostos a compartilhar seus contatos (17%) e os que liberariam o acesso a suas fotos (15%).
É uma conta questionável, já que deve haver alguma sobreposição entre esses três grupos de
entrevistados (ou seja, o total é provavelmente menor que a soma dos três percentuais). Mas a
conclusão geral é que mais de um terço dos usuários não dão muito valor à privacidade.
As pessoas se preocupam com a proteção dos dados mais sensíveis, como senhas e informações
financeiras. Mas poucas se importam em ceder informações de saúde, compromissos e localização.
A Symantec ainda afirma que muitos usuários não têm consciência de quanto os apps podem espioná-los ou
mesmo drenar mais rapidamente a carga da bateria do smartphone (algo que todos os apps que usam GPS
fazem).
Mais da metade das pessoas que responderam à pesquisa não sabem que os aplicativos móveis podem
monitorar sua localização, por exemplo. Mas a Symantec constatou que 22% dos apps fazem isso.
“Quando se trata de aplicativos, a palavra ‘grátis’ raramente vem sem um custo. Os dados pessoais se
tornam a moeda de troca”, diz Beto Santos, diretor de consumo da Symantec, num comunicado da empresa.
Vírus?
A Symantec ainda apurou que 37% dos usuários não estão preocupados com a possibilidade de seu
smartphone ser contaminado por vírus. Outros 63% demonstram algum grau de preocupação com esse tipo de
ameaça.
Embora a Symantec não diga isso, os 37% que não se preocupam não estão totalmente errados. O problema
do malware em dispositivos móveis é mais sério na China e em outros lugares onde o acesso à loja
Google Play é bloqueado.
Nesses países, os usuários recorrem a repositórios alternativos de aplicativos, que podem conter
malware. Lojas oficiais – como a Google Play, a loja da Amazon e as dos fabricantes de smartphones –
costumam ter controle de qualidade dos apps para evitar esse tipo de ameaça.
(Com conteudo de exame.com)
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