Para promotor, houve
negligência no rompimento da barragem em MG
Um documento emitido pelo Ministério Público
de Minas Gerais revela que havia riscos de
rompimento nas barragens do município de Mariana
(MG), que deixou uma rastro de destruição em
pelo menos cinco distritos da região na semana
passada.
O parecer do MP do estado de Minas foi emitido
em outubro de 2013 durante o processo de
renovação da licença de concessão para a Samarco,
empresa de mineração responsável pelas barragens.
De acordo com o texto, a situação da estrutura
não era recomendada por conta de possíveis
erosões (como fendas, trincas ou aberturas) que
poderiam desestabilizar a barragem de rejeitos,
oriundos do processo de mineração.
Assinado pelo promotor de Justiça, Carlos
Eduardo Ferreira Pinto, o relatório ainda diz
que “a pilha de estéril [camada de terra] requer
baixa umidade e boa drenagem" condições que,
segundo o promotor, não são encontradas em
barragens como as que se romperam em Mariana, já
que exigem alta umidade por funcionarem como um
reservatório de água.
Em estruturas do tipo, ocorrem infiltrações -
que devem ser devidamente drenadas. O problema é
quando o sistema de drenagem da água infiltrada
falha e provoca uma erosão interna na barragem.
Esse, contudo, é apenas um dos motivos mais
comuns para desabamentos do tipo.
Em coletiva de imprensa na última sexta, o
promotor declarou que uma barragem dessa
magnitude não se rompe por acaso, mesmo que
ocorra um evento de causa natural. “O que houve
foi uma negligência na operação do
empreendimento e é isso o que estamos apurando”,
disse Pinto.
Para Hernani Mota de Lima, professor de
engenharia de Minas da Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP), as condições climáticas da
região contrariam a hipótese da Promotoria.
“Hoje estamos em um período de seca. Sendo assim,
a estrutura não tem contato com umidade, o que
contradiz o relatório de 2013”, descreve. “Mas é
preciso aguardar o parecer técnico”.
Para o MP, no entanto, é questionável a decisão
do poder público de autorizar que
empreendimentos de grande impacto como os
instalados em Mariana sejam construídos próximos
de comunidades tão populosas. “A
responsabilidade da empresa é integral”, afirma.
Até o momento, no entanto, não há qualquer
parecer técnico que indique as causas para o
desastre. O que se sabe é que abalos sísmicos
foram registrados na região e de que uma obra de
aumento da capacidade de uma das represas estava
sendo tocada em uma das barragens no momento do
desmoronamento.
Testes indicaram mercúrio na água, no dia
seguinte tentaram desmentir, existem sim, altas
doses de mercúrio no rio de lama, e por até
séculos quem beber desta água contrairá com
certeza câncer, hepatite entre outras doenças
graves.
No Brasil é comum empresas multinacionais
explorarem minério, madeiras etc., Elas faturam
milhões, mas quando não há mais o que explorar a
devastação é sempre a mesma, basta pagar propina
a políticos que eles camuflam tudo, até a mídia
laranja se cala rapidamente, o Brasil que esta a
beira da calamidade ambiental, recebe em troca
de uma exploração sem precedente, um enorme rio
de ‘lama tóxica’.
(com conteudo de exame.com e Agencias
internacionais) |
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